sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

(RR) Sessão 009

 O primeiro covil

    O grupo reuniu-se na taverna de Kai para ter uma conversa decisiva com Klaus Karl. Os aventureiros estavam revoltados com sua forma de liderar, especialmente por ele ter guiado o grupo para uma missão de eliminação contratado por uma bruxa.

    Karl não pareceu abalar-se com os insultos. Com isso, seus companheiros resolveram destituí-lo da liderança. O campeão aceitou, com a ressalva de que exigira uma parte dos lucros das missões a partir dali, uma vez que até então ele não estava coletando qualquer espólio.

    Com a discussão encerrada, o grupo pôs-se sobre o mapa encontrado no covil de Idina para decidir onde iria. Haviam duas marcações além daquela sobre o vilarejo de Kai. Uma delas era ao lesta, sobre as colinas, enquanto outra ficava ao norte, nos pântanos.

    Como o destino natural do grupo era o norte, eles resolveram seguir primeiramente para o leste. Eles acreditavam que poderiam encontrar rastros da bruxa naquele local, que ficava a aproximadamente um dia de jornada, considerando o terreno inóspito.

    A caminhada pelas trilhas foi tranquila. A dificuldade apareceu assim que o caminho construído deu lugar a campos e charcos sem qualquer delimitação. Os aventureiros guiavam-se pelo céu e pelas colinas no horizonte, seu destino conhecido.

    O primeiro desafio foi transpor uma sequência de rios e lagos. O grupo contornou as áreas mais baixas e resolveu cruzar uma floresta. No caminho, Jean usou suas habilidades sobrenaturais para conversar com os animais do mato na esperança de obter alguma informação importante sobre a bruxa.


    Jean conversou com um sapo que não lhe trouxe muitas informações úteis. O anfíbio lhe disse que uma cobra vivia nas redondezas. O gnome foi, então, conversar com o réptil, que se mostrou muito hostil e o atacou. A mordida no traseiro que Jean sofreu foi um sinal claro de que ele não estava tendo sucesso nas suas tentativas de obter informações, e o grupo resolveu apenas seguir em frente.

    Depois do charco, a colina. Os aventureiros encontraram uma trilha rochosa ao lado de um despenhadeiro e a seguiram com cautela por algumas horas. Ela terminava em uma entrada na montanha com uma placa em um idioma desconhecido. Com atenção, os aventureiros invadiram o lugar e revelaram o seu interior. Era o covil de alguma criatura grande, que logo se mostrou um Wyvern.


    Torlam e os outros viram um ninho do Draco e também um em menor tamanho. Porém, logo chegou um maior e mais perigoso. Um combate foi necessário e os aventureiros viram que a criatura feroz era muito perigosa.

    A batalha durou tempo suficiente para Urodam se ferir, mas no fim os inimigos foram repelidos. O draco mais perigoso ordenou que o menor, seu filhote, fugisse, e ele seguiu atrás. Os aventureiros tiveram tempo para investigar o covil uma vez que ele esvaziou-se de inimigos.

    O covil dos monstros tinha marcas evidentes de que a bruxa estivera ali. Uma urna com um pó desconhecido, um altar com algumas peças de armaduras e um colar mágico com símbolos muito parecidos com o medalhão de Idina, que Jean já carregava.


    Os aventureiros deixaram o covil em seguida, pois perceberam que as Wyverns circulavam o superior da caverna. Eles se reagruparam perto da entrada e trataram seus ferimentos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

(RR) Sessão 008

O Covil da Bruxa

    Torlam saiu da cabana de Idina rapidamente, evitando que a menina o visse no retorno para casa. Enquanto isso, Jean seguia a jovem elfa desde a taverna até a residência dela. O gnomo se encontraria com os companheiros que estavam nos arredores.

    Torlam foi até a taverna de forma apressada e percorreu o caminho pelo campo, fora da estrada principal, para evitar os olhares curiosos. Ao chegar ao seu destino, invadiu o quarto de Klaus sem muita cerimônia. O elfo anunciou ao campeão de Abadar que o grupo precisava dele, pois haviam descoberto o covil da bruxa.

    Klaus Karl não demonstrou muito entusiasmo com a preocupação de seu subordinado. Ele começou a vestir sua armadura calmamente, mesmo percebendo a pressa do elfo, que partiu, de novo, de forma apressada.

    Idina entrou em sua casa e desapareceu. O grupo, que se reuniu sem Klaus, uma vez que o campeão não tinha pressa em alcançá-los, resolveu entrar na residência da criança de forma forçada.

    Urodam colocou-se à frente da porta e empurrou com força. Ele não a abriu na primeira tentativa, embora tenha anunciado sua chegada, mas a segunda investida derrubou a porta.

    Torlam já conhecia o que havia do lado de dentro, mas os outros não. Uma rápida investigação se sucedeu, enquanto o ladino foi direto para debaixo do tapete para revelar o alçapão trancado. A chave não estava na urna onde Torlam a havia deixado, e seria necessário encontrar uma forma alternativa de abrir a passagem.

    Sem a chave para abrir o alçapão, Danael pediu que Urodam o fizesse com sua arma. No entanto, o orc pegou o machado debaixo da cama, como Torlam o orientou, e partiu o alçapão em pedaços. Isso ocorreu bem a tempo da chegada de Klaus.

    A escadaria até a porta vermelha e mágica era estreita. Os aventureiros foram um atrás do outro, com Urodam liderando o caminho e Klaus e Torlam ficando para trás. Ao encontrarem o obstáculo, Jean tomou a frente e começou a analisar as inscrições místicas para encontrar uma forma de entrar.

    Enquanto Jean buscava o segredo para abrir a porta, o restante do grupo se reorganizava para invadir. Quando o gnomo finalmente descobriu as palavras mágicas, a porta vermelha se abriu e deu acesso a uma sala com um cheiro de carniça muito forte, diversos cadáveres no chão e um caldeirão.


    Até uma criatura não humanoide se encontrava morta naquele ambiente.

    Os aventureiros começaram a investigar a sala. Com exceção de Torlam, que preferiu ficar na escadaria vigiando a entrada, os outros se espalharam e começaram a procurar por sinais de Idina. Eles perceberam que um dos corpos no chão parecia-se muito com a elfa Idina, o que sugeriu para Jean de que aquele fora o corpo que a bruxa usou como padrão para criar a aparência atual.

    O caldeirão tinha uma chama acesa e cozinhava um produto fedorento e estranho, que emitia um gás esverdeado. Klaus estava se dirigindo para ele quando a porta de entrada se fechou repentinamente. Torlam ouviu o barulho e, entre ele e a saída, surgiu uma velha mulher humana, de longos cabelos e aparência que lembrava a de Idina.

    "─ Vocês não deviam ter vindo até aqui", disse a velha. "─ Agora vão morrer". 

    Torlam não hesitou e partiu para cima da humana. Ele tentou enganá-la com seus movimentos rápidos, mas não foi capaz de fazer isso. Embora a aparência de sua adversária fosse de uma velha humana, seus movimentos se mostraram rápidos e sobrenaturais. O elfo atacou três vezes, e nas três foi defletido. Os contra-ataques se mostraram letais. As garras venenosas da bruxa o pegaram pelo pescoço e feriram. Em alguns segundos, Torlam estava inconsciente.

    Enquanto isso, o restante do grupo se viu preso no covil. O vapor esverdeado do caldeirão começou a se propagar e algumas bonecas de brinquedo que estavam de posse dos cadáveres se ergueram e atacaram os aventureiros. Uma luta começou entre eles e os brinquedos assassinos.
 


    A batalha contra as bonecas armadas com lâminas não durou muito. Mesmo mostrando que elas eram perigosas, os aventureiros conseguiram destruir todas elas sem receber ferimentos muito graves. Porém, o vapor esverdeado ainda se mostrava uma ameaça.

    Jean conseguiu diminuir a velocidade com que o vapor se espalhava ao absorver o fogo sob o caldeirão. Já Danael teve uma estratégia muito mais drástica. O mago criou uma esfera flamejante a fez destruir uma viga de sustentação do covil. Com isso, em alguns instantes, uma parte do teto desabou desde a superfície.

    Urodam foi soterrado no desmoronamento, mas foi salvo por seus companheiros. Quando saíram de volta para a superfície do vilarejo, viram a cabana de Idina em chamas. Como não viram Torlam nos arredores, Urodam correu para dentro da cabana ruindo e resgatou o companheiro que ainda jazia inconsciente na escada.

    Os aldeões de Kai ajudaram a acalmar as chamas da cabana. Depois disso, Jean levou todos para o salão comunitário e explicou a situação de Idina ser uma bruxa. A história demorou a convencer a todos, mas a habilidade do gnomo fez a diferença, e todos acabaram convencidos e assustados por terem tido uma bruxa vivendo por tanto tempo entre eles.

    Os aventureiros, especialmente Torlam, queriam encontrar a bruxa foragida. Mas a primeira etapa seria remover os corpos em decomposição do covil para comprovar a história do gnomo para os aldeões.

    A noite de Kai foi longa. Os aldeões ajudaram os aventureiros a removerem os destroços tanto da cabana de Idina quanto do covil. Rever fragmentos de seus antigos conhecidos foi difícil para muitos.

    Os aventureiros encontraram algumas moedas e objetos mágicos entre os mortos e os bens da bruxa. Eles guardaram tudo para si, pois Jean e Danael os avaliariam em momento mais oportuno.

    Pensando tanto em um plano para encontrar Idina quanto em uma forma de criticar a imprudência de Karl em ter aceito o pedido dela, o grupo resolveu descansar por algumas horas.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

(RR) Sessão 007

Bruxa?

    Os aventureiros resolveram passar um mês inteiro no vilarejo de Kai, mesmo contra as intenções de Klaus.

    Cada membro do grupo passou o mês de uma forma diferente. Alguns aproveitaram para reunir algumas moedas, enquanto outros contentaram-se em subsistir.

    Urodam integrou-se na comunidade e ajudou os pescadores. Ele recebeu seu pagamento como um habilidoso pescador e fez algumas amizades.

    Torlam se aproximou do médico do vilarejo. Ele tinha a intenção de aprender e de estudar. O profissional gostou de suas tarefas, mas o elfo não foi capaz de administrar as responsabilidades de um médico pleno quando foi designado, pois seu treino intensivo durante o mês o distraíam.

    Dannael praticou com Gip a arte do ferreiro, mas ele também não foi capaz de se concentrar plenamente em seu serviço paralelo, pois a dedicação em decifrar o medalhão que Torlan havia encontrado deteve grande parte de seu esforço.

Medalhão da forma humanoide

    Jean Kward fez um acordo com o taverneiro. Ele prometeu atrair mais visitantes para o estabelecimento, e assim colocou uma placa na estrada que bifurca para o vilarejo ribeirinho e se comprometeu a entreter os visitantes, de forma a fazê-los espalhar a boa reputação de Kai. Os resultados não foram tão bons quanto ele esperava, mas os visitantes começaram a surgir em número maior do que antes de sua chegada.

    Além disso, todos os aventureiros se dedicaram a investigar Idina. A criança elfa já estava despertando uma inquietação pela ausência de sua mãe, e a possibilidade dela estar usando o medalhão da transformação para efetivamente ser a sua mãe perturbava os aventureiros.

    Dannael usou parte de seu tempo para investigar em seu livro antigo, herança de seu pai, sobre possíveis criaturas que teriam métodos parecidos com o que os aventureiros já haviam detectado. O mago encontrou uma pequena lista de bruxas que poderiam ser a verdade por trás da identidade de Idina.

    Certos de que a criança não era o que aparentava, os aventureiros começaram a perguntar para os aldeões sobre os fatos que ocorreram nos últimos anos. Eles descobriram que é comum que aldeões desapareçam ocasionalmente. Alguns somem no rio, outros na floresta. Os desaparecidos são geralmente homens jovens, mas nem sempre.

Ludius, o taverneiro
    Idina e sua mãe chegaram no vilarejo há alguns anos. Ludius, o taverneiro, explicou que elas chegaram pouco depois do lenhador deixar o vilarejo. Este lenhador havia chegado pouco tempo antes, construído a casa onde mãe e filha residem hoje e deixado Kai, supostamente por falta de serviço. Porém, os sumiços dos aldeões começaram muito antes da chegada da pequena elfa e sua mãe.

    Decididos a investigar mais de perto, o grupo armou um plano para entrar na casa de Idina e ver com seus próprios olhos seu "covil", uma vez que, como uma bruxa, ela deveria possuir um.

    O grupo aguardou o momento em que a elfa deixou sua casa e se aproximou da residência. Jean ficou de vigia. Dannael fez Torlan invisível para que ele invadisse a residência. Urodam também ficou nas redondezas, vigiando, mas Klaus não foi comunicado sobre o plano.

    Torlan entrou na residência por uma janela lateral. O elfo ficou preocupado com um galinheiro ao fundo, já que os animais poderia acusar sua presença tanto na chegada quanto na saída.

    Torlan não encontrou objetos diferentes do comum do lado de dentro da casa de Idina. Uma lareira, duas camas e alguns objetos pessoais. No entanto, quando já estava quase desistindo de sua busca, encontrou um alçapão sob o tapete perto das camas. A entrada estava disfarçada por magia quando ele entrou, mas o elfo conseguiu permanecer ali por tempo o suficiente para o encanto ser desfeito, especialmente devido a uma distração que Jean Kward conseguiu aplicar em Idina, fazendo-a ir a taverna e explicar novamente os detalhes de seu medalhão desaparecido.

    O alçapão conduzia a um túnel descendente com uma escadaria escavada sob o solo. Dez metros abaixo da superfície, o túnel terminava em uma porta de madeira rubra, com glifos e inscrições aparentemente mágicas, mas sem fechadura ou maçaneta. Torlam teve receio de tocar a porta e resolveu retornar para seus companheiros. Idina já estava em seu caminho de volta, mas o grupo já tinha uma nova etapa para investigar.



sexta-feira, 29 de novembro de 2024

(RR) 006 - Kormine, o anão ladrão

    Kormine e seu grupo se posicionaram para resistir ao grupo que o ameaçara de morte. Os três protetores do anão portavam espadas e escudos e pareciam preocupados com o ataque. O ladrão disse que não se entregaria e que não seria capturado, o que deu início a uma batalha sangrenta.

    Urodam avançou enfurecido sobre um dos inimigos e o matou imediatamente. Ele feriu um segundo, partindo o escudo que ele carregava em pedaços com seu machado.

    Kormine ficou bastante preocupado quando viu seus protetores sendo mortos rapidamente. Os dois restantes foram abatidos por Torlam e Urodam sem muito esforço. Com isso, o anão bebeu uma poção que carregava em seu cinto e desapareceu.

    O grupo sabia que ele não havia fugido para longe. Eles começaram a caminhar pelo terreno em busca de sinais do ladino, atirando solo para o ar na expectativa de pegá-lo na passagem, mas não tiveram sucesso.

    Klaus foi até o burro de carga que o anão trouxeram, pois sabia que, como um ladrão, ele não deixaria seus pertences para trás. E o campeão estava certo, mas mesmo assim não foi capaz de prever a habilidade sorrateira do inimigo, que o pegou pelas costas e colocou uma espada em seu pescoço.

    Torlan conversou com Kormine enquanto Klaus era feito de refém. O elfo tentava convencê-lo de que seria melhor para ele se entregar e os acompanhar, mas Urodam estava decidido a matá-lo e deixou isso muito claro. Vendo que não seria poupado, Kormine disse que não se entregaria, mas baixou a guarda e permitiu que Klaus se libertasse com um movimento.

    Um breve confronto se deu entre o campeão, Kormine e o orc Urodam, que conseguiu se aproximar depois de superar o atraso que o solo escorregadio convocado por Danael lhe provocou. Mas Kormine estava em desvantagem e, afastando-se de seus inimigos, bebeu outra poção de seu cinto e foi transportado para fora da gruta onde lutavam.

    O ladrão continuou sendo perseguido e bebeu outra poção, desta vez uma que ampliou sua velocidade. Mas não foi o suficiente. Urodam também teve seus movimentos melhorados por uma magia de Jean, e o orc foi capaz de alcançar o ladrão em fuga. Enfraquecido pelos ataques do bárbaro enfurecido, Kormine terminou abatido por uma flechada lançada pelo cadáver de seu próprio protetor, reanimado por uma magia de Danael Finnar.

    Urodam não permitiu nem mesmo a queda do corpo do anão enquanto ele ainda estava vivo. O bárbaro segurou o ladrão agonizante pelo pescoço e o decapitou, matando-o antes que a perda de sangue o fizesse.

    A negociação de Torlam com Kormine, enquanto Klaus ainda era um refém, fizeram-no crer que o ladino não havia feito o que o campeão havia dito. Assim, ele resolvera não atacar o inimigo. Em vez disso, o elfo foi o primeiro a investigar o burro de carga e encontrar 25 moedas de ouro e um medalhão de madeira com entalhos estranhos. Ele guardou o dinheiro e os objetos consigo.

    Depois da batalha o grupo se reuniu ao redor da fogueira e começaram a conversar. Jean parecia intrigado com o que Kormine havia dito durante o combate, sempre negando que tivesse feito qualquer mal a uma criança. O gnome interrogou o campeão e, mesmo sem ter uma resposta clara, acabou descobrindo que Klaus manipulou as palavras para fazer o delito de Kormine mais grave do que de fato fora. Indignado, Jean cogitou deixar a companhia do grupo, mas foi convencido por Torlam e Danael a prosseguir.



    O retorno para Kai teve início apenas na manhã seguinte. O grupo chegou no pequeno vilarejo ao fim da tarde e a taverna já estava cheia. Torlam anunciou que pretendia ficar pelo menos 1 mês no vilarejo, pois tinha algumas tarefas que gostaria de praticar antes de seguir viagem. Klaus não se opôs, e nem o restante do grupo.

    Ainda na primeira noite de espera, Danael e Torlam foram ao encontro do ferreiro Gip. O elfo pediu para forjar uma lança na oficina e o humano aceitou sem problema algum. Enquanto isso, Jean encontrou-se com Idine, a pequena elfa que pediu que Klaus encontrasse seus pertences com Kormine. A pequena estava sozinha em sua casa na extremidade do vilarejo. A conversa revelou que a pequena havia sido roubada em 12 moedas de ouro e um medalhão de madeira.

    Aproveitando o espaço da oficina de Gip, Danael usou seus conhecimentos para descobrir que o medalhão de madeira concedia a seu usuário a magia forma humanoide algumas vezes ao dia. A dupla não tinha certeza se o objeto havia sido roubado de Idine, mas Jean logo ligaria os pontos e aumentaria a suspeita sobre a jovem.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

(RR) 005 - Um pedido singelo

     Após descansarem do duro confronto que tiveram contra os wargs, os aventureiros seguiram sua viagem rumo ao norte até saírem do bosque e alcançarem a vila de Kai, às margens do rio homônimo.



    Os aventureiros chegaram ao meio, e se depararam com uma taverna fechada na entrada da vila. Frustrados por não terem um local para passarem o tempo, eles se dividiram em diferentes atividades.

    Torlam foi até a praia, onde presenciou uma dúzia de pescadores retornando de uma manhã proveitosa no rio. Os trabalhadores conduziam suas redes repletas de peixes até a areia grossa às margens do rio Kai. Ali a pesca era eviscerada e a preparada para ser usada na panela, serviço este realizado principalmente pelas mulheres locais.

    Danael resolveu ajudar os trabalhadores conduzindo, principalmente no corte do pescado. Já Urodam se beneficiou de sua força para auxiliar no arrasto das redes até a praia. Enquanto isso, Klaus e Jean Kward ficaram assistindo tudo de longe.

    Danael descobriu que a vila também abrigava um ferreiro enquanto ajudava os locais na evisceração do pescado. O mago se reuniu com Torlam e com Jean e foi até lá assim que o serviço foi concluído. Enquanto isso, Klaus e Urodam foram para a taverna aproveitar as refeições que logo seriam preparadas.

    Danael conheceu o ferreiro Gip enquanto ele trabalhava em uma ferramenta de pesca. A oficina denunciava que a maior parte de seu tempo era destinado a confecção de ferramentas para a prática principal do vilarejo, mas o mago questionou se ele sabia criar algo a mais. Para sua surpresa, ele ouviu que Gip aprendera tudo com um ferreiro em Setearcos, e forjar armaduras estava entre este conhecimento.

    Klaus e Urodam pediram comida para todos enquanto aguardavam na taverna. O pequeno estabelecimento mantinha todos à vista, mas o tumulto da hora do almoço não permitia uma conversa calma. Assim, Urodam resolveu aceitar a participação em um jogo de tabuleiro dos pescadores, enquanto Klaus permanecia impassível.

    A dureza do campeão perdurou até uma pequena menina elfa chamá-lo e pedir por ajuda. Idine, como se chamou, acusava o anão Kormine de tê-la roubado. Segundo a história da pequena, o anão é um ladrão conhecido que visita Kai com alguma frequência, e ele roubou algo importante dela e da mãe dela em sua última passagem.

    A expressão fechada do campeão mudou com o pedido da menina. Ele se decidiu por ajudá-la e começou a procurar seus companheiros para explicar a situação. Urodam e Gomuk foram mais fáceis de convencer, especialmente com a escolha de palavras que Klaus utilizou: "vamos atrás de um anão que abusou de uma criança". Mas a explicação para o restante do grupo não soou tão convincente e ele teve problemas para converter todos para executar o seu plano.

    Danael combinara com o ferreiro uma troca de conhecimentos que seria benéfica aos dois. O mago prometeu retornar para o vilarejo e trabalhar na forja do humano, que por sua vez trabalharia no que fosse necessário. Depois da oficina, Finnar foi até a taverna para ouvir os pedidos de Klaus.

    O campeão ficou irritado com o desdém que Jean Kward e Danael demonstraram com sua pressa. Os dois pediram um banho antes de atenderem à demanda urgente Klaus. Depois, ainda argumentaram que o plano não parecia prudente, pois embora a localização do anão era mais ou menos conhecida, nada se sabia sobre se ele estava sozinho, ou mesmo sua habilidade em combate. 

    De nada adiantou, o grupo acabou conduzido pelo velho campeão rumo às colinas do norte em busca de um anão que roubou uma criança elfa.

    A jornada pelas colinas durou um dia. Era noite quando os aventureiros avistaram as luzes de um acampamento na trilha pouco trafegada. Os aventureiros anunciaram sua chegada assim que viram um trio de humanos fazendo guarda em um acampamento. Eles perguntaram por Kormine, na esperança de encontrá-lo sem dificuldade, e foram agraciados pelos deuses. O anão ouviu e surgiu de dentro de uma caverna ao lado do fogo, perguntando o que eles queriam.

    Klaus foi enérgico, mas não deu muitas explicações. O campeão anunciou que o anão acertaria as contas com Abadar e recuperaria o que foi roubado, sem explicar exatamente porque estava fazendo aquilo. Kormine se pôs em defensiva e seus companheiros fizeram o mesmo. Uma luta estava prestes a começar.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

(RR) 004 - Os Wargs na Floresta

    A noite nebulosa no acampamento não parecia segura. Jean fazia seu turno de guarda e escutou os sons de wargs espreitando em algum lugar próximo. O gnomo não demorou para reagir e acordar seus companheiros, que assumiram uma posição de alerta, perdendo o descanso que precisavam.

    Os aventureiros ouviram um grito profundo de sofrimento vindo do fundo da floresta. Os sons de wargs continuavam. Depois de algum tempo, resolveram avançar com cautela para verificar o que estaria acontecendo.

    Torlam ficou um pouco para trás. O elfo estava preocupado em ser pego de surpresa e se manteve oculto na vegetação densa às margens da trilha na floresta. Os outros avançaram buscando enxergar no meio da escuridão, mas auxiliados por duas luzes mágicas criada por Dannael.

    Algumas dezenas de metros à frente os aventureiros se depararam com um acampamento destruído e um grupo de wargs se alimentando  do cadáver de um desafortunado viajante.

    As criaturas não avançaram de imediato. Elas pareciam bastante concentradas em seu jantar. Porém, Jean Kward lançou uma de suas magias contra elas, fazendo-as reagir imediatamente.

    Os wargs investiram contra os aventureiros e feriram Jean e Urodam, que assumiram a linha de frente ao lado de Claus. Contudo, o paladino conseguia resistir à maioria dos ataques, enquanto seus dois companheiros não tinham a mesma perícia. 

    Danael convocou, por duas vezes, um morto-vivo esqueleto para auxiliá-los, mas a criatura foi repetidamente destruída sem hesitação.

    As criaturas convocadas pelo mago tiveram sua utilidade na batalha, atraindo golpes das bestas. Urodam foi o segundo mais visado. O orc foi abatido e esteve à beira da morte em mais de um momento. Jean, que também se viu cercado no início da batalha, deu um jeito de escapar e tornar-se invisível.

    O confronto contra as criaturas prolongou-se por menos de um minuto. O ataque repentino dos aventureiros contra as criaturas que se alimentavam revelou-se um trunfo no início da batalha, concedendo-lhes uma pequena vantagem inicial. Isso ajudou a garantir um desfecho favorável, com a derrota de todas as criaturas.

    O mais ferido após o combate foi Urodam. O orc tinha ferimentos profundos, mas Torlan o tratou com suas ferramentas médicas e ele ficaria bem. Enquanto isso, o restante do grupo investigou o acampamento destruído e encontrou algumas moedas de prata, uma espada e um elmo mágico capaz de ler auras. Danael queimou o corpo do viajante azarado, e o grupo retornou para seu acampamento, esperando não ser perturbado novamente até o raiar do sol.

Floresta


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

(RR) 003 - O Rio

     A chuva intensa ainda prejudicava a visão e os pensamentos dos aventureiros depois da batalha contra os assassinos enviados pelo Teleiro. Com isso, eles se enervaram e resolveram avançar na travessia do rio mesmo com a tormenta e com a cheia.

    Klaus e Urodam conseguiram atravessar na parte mais rasa do rio, vencendo a força de uma correnteza de água pela cintura. O orc levou consigo uma corda, que Torlam amarrou em uma árvore do lado oposto.

    Gomuk acreditou que conseguiria saltar sobre o rio caso se aproveitasse de uma pedra que se projetava um pouco mais para dentro dele. Porém, o hobgoblin fracassou em sua tentativa, prejudicado pela solo molhado e pelo ar pesado. Ele caiu na água e afundou até a soleira do rio, prendendo uma de suas pernas no fundo lamacento.

    Urodam saltou imediatamente no rio para tentar resgatá-lo. O bárbaro, sem noção do risco que correria, perdeu o equilíbrio assim que foi atingido pela correnteza e se viu desnorteado sob a água turva. Seus companheiros começaram a se mover com uma urgência necessária em meio a tormenta a fim de salvar os dois do rio violento. Para a sorte de ambos, uma barreira natural evitaria que eles fossem arrastados rio abaixo, perdendo-se de seus aliados.

    Danael convocou um pequeno elemental da água. A criatura conseguia se deslocar facilmente mesmo na forte correnteza, mas não possuía força física suficiente para trazer, sozinha, os dois grandões do fundo do rio. No entanto ela foi útil e ajudou. Urodam acabou rompendo a corda que estava amarrada nele, e por poucos segundos não perdeu a consciência sob a água. Ele foi capaz de nadar para a superfície, auxiliado pelo elemental, nos seus últimos instantes de fôlego.

    Gomuk não tivera a mesma sorte. O hobgoblin já estava inconsciente e se afogando no fundo do rio. Torlam pegou a corda e a amarrou em uma árvore mais próxima de onde o companheiro estava enterrado no rio, e também mergulhou na correnteza violenta para, assim como Urodam, quase perder para o rio.

    O elemental conseguira soltar os pés de Gomuk do fundo lamacento, mas o hobgoblin inconsciente não conseguia se ajudar. Foi um Torlam já bastante prejudicado que conseguiu alcançá-lo no último instante e nadar, auxiliado pelo elemental e extraindo forças sabe-se lá de onde, até a margem mais próxima.

    Gomuk ainda estava vivo. O médico o trouxe de volta e em seguida todos encontravam-se em segurança. Suas vidas haviam estado a um tris de se perderem neste dia. Muito mais em decorrência de suas ações imprudentes quanto ao rio do que pelo ataque de assassinos contratado pelo Teleiro.

    Percebendo isso, resolveram aguardar a tormenta passar para, uma hora depois, atravessarem o rio com segurança, com sua correnteza já reduzida.



sexta-feira, 25 de outubro de 2024

(RR) 002 - Perseguidos por Teleiro

     Danael e Torlam pernoitavam na casa do filho do prefeito depois de terem sido educadamente convidados. Seu patrono Klaus, no entanto, estava em uma situação bem diferente. O campeão saía da prisão depois de ter discutido com Miki Teleiro.

    Klaus rumou para a estalagem Peixe-Espada, pois sabia que lá encontraria seus três mais novos seguidores, o hobgoblin Gomuk, o orc Urodam e o gnomo Jean Kward.

    O trio estava se divertindo na taverna. Porém, os outros clientes do estabelecimento não podiam dizer o mesmo. As pessoas olhavam para o peculiar grupo de forma preocupada e até amedrontada. Gomuk percebeu isso, mas, ao invés de apaziguar a situação, sentiu-se mais confortável em aumentar a tensão, encarando de forma ameaçadora um aldeão.

    A chegada de Klaus na taverna não melhorou muito a visão que os outros clientes da taverna tinham. Embora a atendente tivesse direcionado um tratamento claramente melhor para o campeão de Abadar, o tratamento dado ao trio que acabara de ser libertado da prisão de forma pouco tradicional continuava a ser bastante hostil.

    A noite para Klaus não durou muito. O velho campeão até tolerou uma ação pouco honesta de Jear Kward para extorquir algumas moedas de três clientes apavorados com Urodam e Gomuk, mas não demorou a deixar a mesa e se dirigir ao seu quarto. Ele e Jean foram os únicos a conseguirem aposentos, pois o taverneiro disse que os outros quartos estavam ocupados.

    Um dos clientes da taverna irritou-se com a presença intimidadora do orc e do hobgoblin. Tomado por uma coragem estúpida, ele pôs-se de pé e ameaçou a dupla com uma faca. Urodam não hesitou em arremessar o punhal encantado de Gomuk na perna do aldeão e depois erguê-lo pelo colarinho, devolvendo a ameaça com uma agressão física que quase acabou em assassinato.

    A guarda foi rapidamente chamada, mas Gomuk agiu antecipadamente e salvou a vida do homem que o ameaçara para não gerar outra acusação contra eles. No entanto os clientes continuavam amedrontados e até raivosos com os dois. O hobgoblin conseguiu convencer os seis membros da milícia que vieram detê-los a não erguerem as armas, pois eles concordaram em sair da cidade durante a noite.

    A conclusão da noite foi que Gomuk e Urodam acamparam perto do muro externo do vilarejo de Horija, mas retornaram pela manhã para se reencontrarem com Klaus e os outros.

    O grupo não perdeu muito tempo em Horja. Klaus Karl tinha um destino certo, ele pretendia reconquistar terras roubadas em nome de Pitax, lugar aonde crescera. O norte era o destino deles.

    A viagem pelos reinos fluviais não é fácil. A infraestrutura é quase inexistente, o que significou que eles tiveram que percorrer trilhas abandonadas e quase desfeitas, atravessar rios a pé e pisar sobre um terreno pantanoso difícil de trafegar.

    O segundo dia de viagem foi o mais difícil. Uma chuva intensa e tempestuosa dificultava a caminhada, e a travessia de um rio, mesmo que raso, se mostrou um desafio perigoso. Assim, resolveram aguardar algumas horas até que o sol se revelasse outra vez. No entanto, enquanto descansavam, o sexteto foi atacado por um grupo de rastreadores. Eles foram abordados de forma sorrateira, pegos de surpresa. O confronto foi inevitável.


    Durante a luta, um dos rastreadores anunciou a razão do ataque. Eles haviam sido enviados por Miki Teleiro como forma de vingança. A morte dos aventureiros estava encomendada.

    A batalha durou alguns minutos. O grupo conseguiu lidar com os rastreadores, mesmo depois da emboscada. Entre os espólios, encontraram uma carta que não denunciava o nome dos Teleiros, mas que deixava clara a proposta de que os aventureiros deveriam ser assassinados e esquecidos nos ermos. Indignados com o inimigo que se revelara mais perigoso do que parecera, o grupo considerava retornar até Horija pra lidar com o nobre. Klaus ainda não havia manifestado suas intenções.



sexta-feira, 11 de outubro de 2024

(RR) 001 - A convocação

    Klaus Karl é um humano campeão de Abadar que passou muito tempo de sua vida detido em uma prisão nos Reinos Fluviais, alimentado a certeza de que seu destino era a glória da liderança.
    O campeão e dois seguidores, o mago humano Danael Finnar e o guerreiro elfo Torlam, chegaram no vilarejo independente de Horija, no centro dos Reinos Fluviais. O campeão buscava novos seguidores para sua causa, a reconquista de um reino perdido, e para isso rumou diretamente para a prefeitura, onde pretendia interpelar o prefeito Rugero sobre a situação dos mais recentes detidos, acusados de extorsão contra o nobre Teleiro.

Prefeito Rugero
Prefeito Rugero
    
O vilarejo era movimentado, mas simples. O campeão se dirigiu até a praça e dali foi ao encontro do prefeito, que lhe informou haver apenas os três bandidos presos nas celas de Horija. Eles haviam atentado contra a segurança da casa do nobre do vilarejo e foram capturados em flagrante. Klaus foi enérgico em sua ordem para que o prefeito o deixasse ver os ditos bandidos, e assim foi atendido.

    A reunião com Urodam e Gomuk foi intensa. O campeão entrou na cela do trio sem temer pela própria segurança. Ele nem percebeu a presença do gnomo Jean, que ocultou-se durante toda a negociação em que Klaus tentava persuadir o orc e o o hobgoblin a servi-lo em sua missão gloriosa.

Miki Teleiro
Miki Teleiro

    
Apesar da aura presunçosa que o campeão emanava, ele foi bem sucedido em persuadir o grupo de bandidos a serem libertados. Porém, a conversa ficou mais intensa quando o próprio Miki Teleiro chegou na prisão. Ele estava enfurecido com os bandido que tentaram extorqui-lo em sua própria casa e não aceitava a proposta de Klaus. O campeão, intransigente em sua missão, disse que não sairia dali sem seus seguidores.

    Por fim, Klaus acabou detido na cela em que os prisioneiros estavam, acusado de colaborar com os extorsionistas. O campeão pressionou o nobre, ordenando-o a bater-lhe atingisse no rosto. Embora tenha resistindo por alguns instantes, Miki acabou cedendo às provocações e atingindo o campeão, o que permitiu a ele fazer uso de suas habilidades sobrenaturais para obrigar o nobre a se prostrar em sua frente.

    Com o nobre Teleiro de joelhos, Klaus deixou a cela e pegou seus equipamentos, antes de se dirigir para fora da prisão.

    Todos os outros também tiveram a oportunidade de sair da prisão. O trio de ex-presidiários estava na praça central enquanto Klaus ainda resolvia sua pendência com Miki Teleiro. Mas eles sabiam que precisariam de um plano se não pretendessem retornar para trás das grades.

Labuta-feira, 21 de Calistril de 4724.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

(SO) Sessão 007

O lago envenenado

    O grupo estava enclausurado na caverna, temendo que mais goblins vencessem o medo que os aventureiros conseguiram instaurar neles e invadissem o local. Eles não teriam condições de enfrentar um grande número de inimigos enquanto estivessem feridos como se encontravam. Assim, começaram a procurar uma saída alternativa como forma de escapar.

    Tigg acelerou a velocidade com que escavava a parede da caverna para abrir caminho pela saída alternativa. Enquanto isso, Zuri tratava os ferimentos dos aliados, na esperança de ter melhores chances se um novo confronto contra os goblins fosse inevitável.



    Já Aquiles acabou escutando as sugestões de Poppie, que sussurrava em seu ouvido enquanto estava sobre o ombro dele. O boneco disse para o guerreiro saltar as pedras e procurar nos arredores da árvore pelo tal objeto que amaldiçoava o lugar, mesmo sabendo que o lago em torno da árvore estava envenenado.

    Aquiles começou saltando algumas pedras na direção da árvore, mas não conseguiu avançar muito sem cair na água. Apesar de raso, o ambiente era nocivo e o guerreiro sentiu-se mal. Ele resistiu com vigor enquanto avançou para perto da árvore apodrecida até encontrar um baú sob a água. Com força e perseverança para resistir ao veneno, conseguiu abri-lo e investigar o que havia no interior.

    O guerreiro conseguiu quebrar a trava do baú com sua armas. Dentro dele, encontrou um pano cobrindo um estranho broquel de madeira mal cuidado, mas ornamental. Ele parecia a fonte da malignidade que tomava conta do lugar, e assim o pegou embrulhado no tecido que o acompanhava.

    Aquiles tirou o objeto de dentro do baú e de dentro da água, depois retornou para o grupo, que em sua maioria já havia saído da caverna pela abertura que Tigg conseguira construir. Poppie disse que o guerreiro fez muito bem, pois foi para isso que foram contratados: combater a sombra que assolava o lugar.

    Zuri ainda tratava seus companheiros do lado de fora da caverna, mas a aproximação dos goblins fez os aventureiros se apressarem em sair dali. Anduilos tentou encontrar um caminho seguro pela mata, mas não foi bem-sucedido ao perceber que fez eles se depararem com um grupo de rastreadores goblins.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

(SO) Sessão 006

O fantasma da caverna

    O grupo ouviu os sons do goblins circulando perto da caverna pouco tempo depois de terem parado para descansar. Isso acabou os obrigando a irem mais fundo nas passagens subterrâneas, com Tigg tomando a dianteira por sua visão no escudo privilegiada.

    
O anão acabou se enroscando em teias de aranha densos e fortes. Sem conseguir se desvencilhar rapidamente, o anão viu duas aranhas caçadoras se aproximando rapidamente, juntamente com um enxame de pequenos insetos venenosos.

    Sothur tentou se aproximar para ajudar Tigg, mas acabou envolvido no confronto contra uma das aranhas caçadoras que o atacou. Enquanto isso, Tigg foi picado pelos insetos, mas conseguiu resistir corajosamente à dor e ao veneno e se transportar para longe das teias pouco depois de ter sido envolvido ainda mais pela armadilha dos insetos.

    O combate contra as criaturas durou alguns segundos. Aquiles ateou fogo nas teias do enxame; Sothur e Tigg lidaram com as aranhas caçadoras, que eram maiores e mais perigosas. Com o caminho mais limpo dali para a frente, o grupo seguiu mais cauteloso caverna á dentro.

    Depois de percorrerem algumas dezenas de metros pela caverna úmida, o grupo viu a estátua de um elfo construída em mármore azul, mas com uma quantidade enorme de pequenas criaturas brilhantes ao seu redor. Eles a evitaram e foram para perto de uma pequena abertura na caverna que conduzia para o exterior. Porém, a abertura era muito pequena para que eles cruzassem, com exceção de Poppie. 

    O boneco foi levado até a passagem, que se encontrava a 2 metros do chão, e percorreu os arredores para saber aonde levava. Poppie não percebeu nenhum goblin nos arredores daquela saída, mas ela ainda estava dentro da floresta. Ele logo retornou para o restante do  grupo, que já percebera que não havia outra saída daquele lugar senão por onde entraram ou pela estreita passagem.

    Enquanto isso, os goblins ainda estavam perseguindo o grupo. Eles montaram uma guarnição na entrada da caverna, mas pareciam com muito medo de avançarem. Para reforçar este medo, Tigg os assustou com berros e ameaças. Isso concedeu mais tempo ao grupo para se recuperar, pois Zuri não descansava de suas tarefas de ajudar os companheiros feridos, especialmente Anduilos e Poppie.

    Quando os goblins se afastaram, Tigg retornou para o interior da caverna e começou a usar sua picareta para aumentar a passagem estreita, de forma a permitir que o grupo fugisse por lá. No entanto, Sothur, que havia herdado a tarefa de afastar os goblins da caverna, percebeu que um corajoso hobgoblin começava a entrar solitário. O bárbaro retornou ao grupo e pediu que se preparassem para uma luta.

    O hobgoblin ficou fascinado ao ver a estátua do elfo e se aproximou dela para uma espécie de oração. Ele foi logo absorvido em uma espécie de transe convulsivo. Tigg tentou atacá-lo neste momento, mas não obteve os efeitos que esperava. O inimigo o atacou assim que recobrou a consciência. O grupo se aproximou pra ajudar, e uma luta teve início.

    Uma aparição surgiu enquanto o grupo enfrentava o hobgoblin. O morto vivo anunciava algo como "não perturbem a #Grande_Varigran" enquanto atacava com seu toque gelado. Tigg quase teve sua alma destruída pelo monstro, mas Zuri o salvou da morte certa por duas vezes.

    Embora tenha se mostrado um adversário perigoso, a aparição não foi páreo para destruir o grupo e foi destruída. Um outro fantasma surgiu assim que a aparição foi destruída, dizendo que o lago está amaldiçoado por alguma coisa perto da árvore apodrecida.

    Antes de continuarem seu planejamento, Tigg  arrancou a cabeça do hobgoblin. Tigg, desta vez com uma ilusão azul sobre o corpo, retomou sua cantoria assustadora na linguagem elemental do vento e arremessou a cabeça para os goblins do lado de fora, aterrorizando a todos que já temiam aquelas cavernas sombrias. O grupo ganhara mais algum tempo para planejar sua fuga.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

(SO) Sessão 005

 O líder dos goblins

A cabana do líder goblin

    O confronto contra Grum e seus asseclas se mostrou inevitável depois que os aventureiros se esgueiraram até sua cabana. O líder estava protegido por dois hobgoblins e um cão.

    Grum atacou assim que viu os invasores, disparando com seu arco e se protegendo atrás de seu trono de madeira. Seus guardas avançaram, mirando inicialmente m Tigg. Porém, Aquiles conseguiu flanquear o inimigo e desferir um golpe fatal.

    O cão inimigo investiu contra Poppie, mas o boneco o evitou e contou com a proteção de seus companheiros, que mataram o animal.

    Sothur avançou sobre o outro Hobgoblin, que ficou mais alerta ao ver a morte rápida de seu companheiro. Ele foi capaz de pegar o bárbaro desprevenido quando este tentou ignorá-lo para perseguir seu líder.

    Foi um disparo de Anduilos que derrubou o outro guarda. Grum, quando percebeu sua desvantagem, pôs-se a correr em fuga. Ele atravessou a janela de sua cabana e saltou sobre o muro do vilarejo, deixando a proteção de seus companheiros goblins para trás.

    O grupo inteiro saiu em perseguição do líder goblin. As trombetas do vilarejo já soavam indicando que o fogaréu criado pelo grupo não passara de uma distração, mas eles ainda não haviam percebido o grupo.

    Zuri foi quem mais tardou a dar início a perseguição. O humano não conseguiu passar pela pequena janela com a agilidade necessária para manter o passo junto de seus companheiros. Lefty foi a primeira a alcançar o inimigo, mas ele parou e contra-atacou, derrubando-a. Anduilos chegou a seguir, mas também acabou abatido.

    As paradas que Lefty e Anduilos forçaram Grum a fazer acabaram por atrasá-lo, e ele logo se viu cercado por inimigos. Poppie quase acabou sendo alvejado por uma flecha, mas Sothur desferiu uma chifrada mortal no inimigo antes que ele fizesse outra vítima.

    Com Grum abatido, Zuri reanimou Lefty e Anduilos. Sothur e Aquiles focaram nos espólios que o goblin carregava. Porém, eles não tiveram muito tempo a desperdiçar. A trombeta dos goblins já estava tocando e eles estavam se espalhando pela floresta bara caçar os invasores.

    O grupo percebeu que Grum estava fugindo através de uma trilha que levava a uma gruta. Ao fugirem para ela, perceberam que ela se tratava, na verdade, da entrada de uma caverna. Eles precisavam de algum tempo para se recomporem e despistarem os goblins, então não tinham outra alternativa senão descansarem por ali mesmo.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

(SO) Sessão 004

O plano de ataque

    O grupo conseguiu ir até a casa da prima de #Yvina e conversar com a ela depois que os ânimos se acalmarem no vilarejo de Rigoton. A moça recebeu os aventureiros um pouco desconfiada e lhes agradeceu por terem salvado sua consanguínea.

    A fim de conseguir um quarto para dormir, Aquiles acabou convencendo a mulher com uma mensagem intimidadora, a despeito de Zuri ter tentado uma abordagem mais diplomática. Independente disso, o grupo foi alojado no porão com camas de feno confortáveis pelo período da noite chuvosa.

Biarac
ex-líder dos goblins
    Já era manhã quando os aventureiros se reuniram no salão comunal da cidade para discutir o ataque do goblins. Eles ouviram novamente sobre o novo líder que tem modificado o comportamento do vilarejo até pouco tempo pacífico. No entanto, algo mais chamou a atenção de Poppie. Um jovem humano parecia inconformado com a reação do povo e dizia que a antiga líder, Biarac, era uma boa pessoa. Ao ouvir isso, o bardo de madeira conseguiu conversar com o jovem e descobrir que a goblin estava secretamente em Rigoton.

    O povo estava em fúria e queria erradicar o vilarejo dos goblins, mas Cleos tentava mantê-los calmos, pois sabia que isso traria o caos e muitas mortes. Ela revelou que o grupo de aventureiros havia aceitado a proposta de ajudar os aldeões a lidarem com o problema e que assim eles poderiam descansar por um tempo enquanto eles planejavam.

    Quando a reunião se desfez e os aventureiros se distribuíram a fazer outras atividades, Poppie foi para uma área discreta no milharal ao redor e encontrou-se com #Henri, o jovem humano, e a ex-líder dos goblins, Biarac. Ela parecia preocupada que os humanos ferissem seus antigos liderados, pois acreditava que a culpa era inteiramente de Grum, o novo líder, que estaria supostamente amaldiçoado. Assim, ela prometeu ajudar o grupo se eles minimizassem os danos contra seu povo.

    Poppie conseguiu convencer o grupo a ouvir #Biarac logo depois deles receberem um mapa da aldeia dos goblins de Cleos e planejarem se aproximar para colher informações sobre suas defesas sem, contudo, entrar em conflito sozinhos. 

    O grupo escutou o que #Biarac tinha a dizer longe dos ouvidos de #Cleos. A goblin sugeriu que eles entrassem em segredo por um dos muros da cidade, do lado mais perto da cabana do líder. Ela indicou a localização das torres de guarda e da cabana do caçador, a quem deveriam evitar.

Vilarejo dos goblins

    Com tudo em mãos e ainda mantendo o segredo da presença de #Biarac em Rigoton, o grupo partiu no mesmo dia rumo a aldeia dos goblins. Eles não fariam apenas um reconhecimento, como combinado com #Cleos, mas tentariam eliminar Grum, o goblin amaldiçoado.

    Sabendo que os goblins tem uma visão excelente durante a noite e que por isso um ataque noturno seria uma desvantagem maior para eles do que para os inimigos, os aventureiros resolveram interromper sua viajem com o sol ainda alto para que pudessem abordar o vilarejo pela manhã.

    O plano traçado consistia em criar uma distração com uma fogueira do lado oposto da cabana do líder, perto da cabana do caçador. Um servo invisível de Poppie provocaria uma explosão quando o grupo precisasse pular o muro e chegar mais perto da cabana do líder.

    Todos conseguiram saltar o muro. Ele era baixo e um desafio apenas para os de menor estatura, mas mesmo assim quase foi o suficiente para ceder o tempo que os vigilantes precisavam para avistar Sothur. Não fosse o sucesso do plano de distração, os aventureiros teriam sido encontrados e precisariam lidar com as dezenas de inimigos perseguindo-os.

    A fumaça e a chuva estavam do lado dos aventureiros e facilitaram para eles se esgueirarem escondidos até a cabana do líder. Lá dentro, Grum repousava em seu trono protegido por dois hobgoblins e um cão. Os aventureiros precisariam lutar para se livrarem do líder, mas ele não parecia intimidado.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

(SO) Sessão 003

Os goblins em Rigoton

    Após o resgate da jovem Yvina no túnel, os aventureiros encontraram uma passagem que encurtou em algumas horas o caminho até Rigoton. Eles aproveitaram o tempo de viagem para conversar com a menina e descobrir um pouco sobre sua mãe e a missão dela.

    Já era o fim da tarde quando o grupo se aproximou da pequena cidade de Rigoton. Uma fumaça preta se erguia no céu e a distância já era observada como sendo o foco de algum incêndio. Com isso, eles se apressaram para identificar o que estava acontecendo.

    Enquanto isso, a cidade de Rigoton estava sendo atacada por goblins bárbaros. Eles estavam ateando fogo em algumas casas e ferindo as pessoas que passassem ao redor. Sothur, um guerreiro de tribos bárbaras que passava pelas proximidades, presenciou a situação e resolveu intervir. Ele invocou sua técnica primitiva de fúria e se lançou ao combate contra os goblins, logo vendo-se cercado.

    Quando o grupo de aventureiros passou pelos limites da pequena cidade, presenciaram os goblins cercando o bárbaro que tentava, solitário, protegê-la. Eles correram o máximo que puderam para tentar alcançar o combate antes que ele fosse superado pelo número de criaturas. Uma pequena ajuda, no entanto, acabou concedendo o tempo necessário para que o grupo chegasse. Cleos, uma guerreira que veio de dentro de uma das casas, se envolveu no combate para ajudar Sothur.

    Quando Aquiles conseguiu se aproximar do campo de batalha, três dos sete goblins já haviam caído. O guerreiro conseguiu abater mais um e Anduilos, de muito longe, conseguiu derrubar outro com a precisão habitual de seu arco e flecha.



    Quando todos os inimigos já estavam no chão, o grupo conseguiu se reunir e conversar. Eles foram todos apresentados a Sothur, um bárbaro que viajava se aventurando pelo continente a fim de obter experiência; e também a Cleos, a mensageira de Osmópole cuja mãe de Yvina era a dublê. A mulher lamentou a morte da mãe da menina.

Cleos, a mensageira de Osmópole
    Antes que mais apresentações fossem feitas, o grupo se dividiu naquelas que poderiam ajudar os feridos e naqueles que poderiam ajudar a recuperar os estragos causados pelos goblins. Com isso, Aquiles, Tigg e Anduilos foram ajudar os cidadãos para apagar as chamas e salvar os objetos possíveis, enquanto Zuri, Sothur e Cleos, que possuíam habilidades médicas, foram ajudar os aldeões feridos. O próprio Sothur era quem mais precisava de ajuda e foi atendido por Zuri.

    Depois que todas as ações emergenciais haviam sido concluídas, o grupo teve tempo de ouvir Cleos dizer que o ataque veio de um vilarejo de goblins que passou a agir com hostilidade recentemente. Ela veio de Osmópole na tentativa de aplacar a fúria dos cidadãos de Rigoton e negociar com os goblins, mas ouviu que o novo líder deles, Grum, estaria inclinado a violência. Ele tomou a posição de líder do vilarejo de Biarac, que era amistosa e negociadora.

    Os aventureiros ainda não haviam decidido o que fariam, mas uma oportunidade paga parecia à frente deles a medida em que Cleos pedia ajuda para lidar com seu problema.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

(SO) Sessão 002

 O confronto contra os gnomos

    Um dos gnomos avisou a outro "sem testemunhas, ou o chefe não vai gostar.". Depois disso, uma resposta ríspida em um idioma desconhecido o fez levantar sua máscara e se preparar para o confronto contra os aventureiros.

    A luta começou com um dos gnomos lançando uma bomba de fumaça entre ele e os aventureiros. Depois disso, disparou pedras com sua funda na direção de Tigg. O confronto prosseguiu com os aventureiros buscando atacar um inimigo de cada vez. Os três gnomos foram sendo empurrados e perceberam que não seriam páreo para o grupo, mas não foram capazes de fugir. Anduilos atingiu e matou um deles com uma flecha, Tigg queimou um segundo e o outro foi derrotado por Lefty, o Draemossauro de Anduilos.

    Após derrubados os inimigos, o grupo começou a investigar os arredores de onde eles estavam agrupados quando foram encontrados. Aquiles ouviu um som desde o momento em que se aproximou, ainda durante a confronto contra os gnomos. Ao ver um par de pés a se mexer por detrás de uma pedra, disparou sua besta algumas vezes, mas errou. Foi Tigg quem se aproximou e percebeu que se tratava de uma pessoa aprisionada em um saco e amarrada.

Yvina
    O grupo removeu as amarras da prisioneira e revelou uma humana muito jovem. Ela disse que sua mãe estava na carruagem roubada. Sua mãe era a dublê da mensageira e tomou uma carruagem na dianteira, tendo sido atacada no trajeto. Ela estava junto, pois acreditava que seria seguro.

    A menina ficou bastante chocada ao ver o corpo da mãe sob a carruagem depois que Poppie lhe avisou sobre o estado dela. Ela pediu alguns momentos para enterrar a mulher e foi ajudada por Aquiles. Depois disso, disse que acompanharia o grupo até Rigoton, pois tinha uma prima por lá. Também disse que tinha um tio em Osmópole, mas como a cidade estava distante ela iria até Rigoton com os aventureiros.

    Tigg seguiu explorando a caverna em que encontraram os goblins até achar uma saída para o outro lado. O atalho lhe economizaria pelo menos alguns quilômetros e os aventureiros resolveram seguir por ele. Dali até a aldeia de Rigoton levaria mais algumas horas, com previsão de chegada no fim do dia em que se encontravam.

quarta-feira, 29 de maio de 2024

(SO) Sessão 001

Uma missão por Osmópole

    O festival de homenagens a Grande Mãe estava ocorrendo em Osmópole, como ocorre em todos os anos.

    Aquiles, um guerreiro habilidoso, mas de inteligência questionável, já havia se classificado entre os sessenta e quatro melhores, assim como Leofiel e Tigg, um elfo e um anão que competiam um contra o outro mais do que contra o restante do campeonato.

    Zuri, um devoto de uma divindade estrangeira, agia discretamente para não revelar os dons divinos que recebia dela. Sua cura era utilizada com eficiência e foi desta maneira que ele conheceu o guerreiro Aquiles depois de uma das lutas dele.

    Poppie, um estranho boneco que ganhou vida há algumas semanas, narrava as lutas com uma desenvoltura que surpreendia a todos que relacionavam a voz que ouviam ao pequeno de pouco mais de 30 cm.

    Já era o quarto dos cinco dias do Festival de honra à Primeira Mãe quando todos os participantes das lutas no festival foram convidados para um jantar especial na taverna.

    Antes que a cerimônia fosse interrompida por qualquer organizador, Zuri reconheceu o estranho animal que descansava sob a cadeira de Leofiel. Era um dinossauro. Um draemossauro, especificamente, como Zuri foi capaz de reconhecer. O clérigo se interessou e convidou Aquiles para se aproximar, embora o guerreiro parecia mais interessado nos peculiares trejeitos do anão, que mais tarde revelaria ter dons mágicos.

    Poppie, um boneco que ganhou vida e que se acostumou desde sua não existência a ser o centro das atenções, incomodou-se com a plateia que o draemossauro angariava. Ele se aproximou da criatura e a provocou, quase sendo engolido inteiro. Não foi um bom começo para os dois, mas o não foi possível amenizar muito a situação porque as ações na taverna logo foram interrompidas por Conardi, o encarregado do festival.

Conardi, o encarregado do festival
    O humano apresentou as homenagens a todos os recém chegados. Disse que todos ali tinham o respeito da Grande Mãe por terem alcançado tão expressiva marca, mas que ela precisava de heróis. Ele convocou aqueles que se interessassem a realizar uma missão em nome da Igreja. Como foi anunciado um pagamento e glória, Aquiles e os outros se interessaram.

    Os recém conhecidos se aproximaram de Conardi depois de passarem por uma ligeira fila. Poppie estava sobre o ombro de Aquiles, que o havia resgatado das garras de Lefty, o draemossauro de Leofiel.

    O encarregado lhes disse que apenas dez pessoas se interessaram na missão. Outros cinco já haviam sido designados e os cinco restantes, ou seja, Aquiles, Tigg, Zuri, Leofiel e Poppie, ficariam responsáveis por outra tarefa, mesmo que Conardi tenha desdenhado do fato de Poppie participar.

    A missão que o grupo recebeu foi simples: viajar para o leste até a vila de Rigoton e descobrir o que está acontecendo. Aquiles mal esperou o encarregado terminar de falar e se afastou. O restante do grupo ouviu os detalhes e então decidiram partir já no dia seguinte.

    A viagem até a aldeia de Rigoton levaria dois dias. Os aventureiros acamparam na primeira noite, depois de uma longa jornada a pé. Leofiel, na última guarda da noite, presenciou uma carriuagem desgovernada atravessando o bosque. Ele foi atrás e percebeu que ela se chocou contra as paredes de uma caverna. O elfo retornou ao grupo antes de explorar o lugar.

    Com todos em alerta, eles se aproximaram do local do acidente e perceberam que os animais que puxavam a carruagem haviam sido assassinados. Uma mulher humana também restava entre as vítimas. Pegadas indicavam que algumas criaturas pequenas, como goblins ou gnomos, haviam escapado para dentro da caverna. O grupo avançou com cautela.

    Leofiel conseguiu detectar uma armadilha em uma passagem estreita dentro da caverna. O elfo a desativou, mas não sem alertar um trio de gnomos que não parecia nada amigável com suas armas em punhos.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

(SC) Sessão 053

 A Ponta de Lança


Karlag conseguiu desativar os defensores de Xon que estavam dentro da Ponta de Lança. Enquanto isso, o grupo começava a enfrentar os robôs que estavam do lado de fora.

O confronto contra as máquinas estava menos difícil do que da última vez. O grupo parecia ter aprendido formas de enfrentá-los. Para ajudar, Karlag conseguiu abrir a porta da Ponta de Lança pelo lado de dentro.

O confronto contra os robôs restantes se desenvolveu de forma segura para os exploradores. Eles conseguiram destruir os três e explorar a Charlie.

Karlag perdeu algumas horas investigando a nave para detectar peças que poderiam serem aproveitadas na Charlie. Da mesma forma, o restante do grupo avaliou outras partes da nave para detectar peças úteis.

Enquanto investigavam, um grupo de Archons se aproximou e os ameçou. Os exploradores não se intimidaram e responderam com lasers. Os archons não tinham condições de enfrentá-los e fugiram. O grupo ainda estava decidindo se seria prudente deixar o grupo de archons escapar e contar aos outros o que estava acontecendo...

26 de Pharast de 318.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

(SC) Sessão 052

Depois do caos


Marvus seguia atacando o robô que se encontrava na sala de energia, mas Garig havia chegado para ajudá-lo. Os dois estavam concentrados em tentar arrancar a máquina do gerador de energia, embora a Charlie comunicasse que o sistema já parecia invadido.

Os ataques de Marvus continuaram até que o gerador, sobrecarregado por uma ordem do robô, foi detonado e arremessou ele e Garig. Com a súbida baixa na energia Charlie caiu sobre as árvores abaixo. Karlag, Nick e Hotspoth foram surpreendidos pela queda, mas foi Hotspoth quem acabou mais machucado, embora tenha conseguido continuar.

Na ponte, Karlag percebeu que não conseguiria acesso aos robôs inimigos facilmente, uma vez que Charlie havia se segmentado para impedir que eles o controlassem completamente. Assim, deduziram que precisariam de um acesso físico direto nas áreas afetadas se quisessem salvar sua nave.

O plano elaborado pelo grupo começou pelo arsenal. Eles foram até o local e se dividiram. Enquanto Nick operaria dos computadores, Marvus, Hotspoth e Kominski do grupo de Crisália manejavam os cabos e circuitos diretamente para conceder o máximo de tempo possível para que Karlag conseguisse separar a entidade do robô, que já havia assumido o comando do arsesnal, ou reiniciasse por completo o sistema.

A estratégia do grupo estava bem elaborada, mas ainda sim seria difícil de executá-la. Karlag logo percebeu que seria impossível separar a entidade do robô do sistema de comando do Arsenal. Assim, ele começou um protocolo de reinicio. Isso deu a máquina que estava no comando tempo para iniciar seu próprio protocolo de auto-destruição. Marvus e os outros precisavam dar tempo para que o plano de Karlag funcionasse, pois uma auto destruição do arsenal eliminaria Charlie por completo.

O grupo teve alguns percalços. Alguns disparos dos canhões foram provocados pelo super aquecimento dos circuitos, mas por fim Karlag conseguiu o tempo que precisou para reiniciar completamente o sistema. O custo, no entanto, foi o próprio setor de armamentos, que ficou completamente destruído com as explosões e disparos que foram ocorrendo enquanto o grupo evitava o pior, a detonação de uma ogiva nuclear.

Zuan, líder dos livians
Com todos os defensores de Xon destruídos, o grupo precisava pensar em uma forma de restaurar a Charlie para sua funcionalidade. Com o gerador de energia detonado e todos os sistemas de armas em frangalhos, eles precisariam providenciar alguns reparos antes de tirá-la do chão mais uma vez. Assim, resolveram conversar com o líder dos Livians, já que Xon estava coletando alguns objetos deles.

A caminhada até a praia onde se encontraram com o sumo-sacerdote Livian levou dois dias. O líder da tribo Xeno pareceu interessado no laser minerador que Hotspoth ofereceu sem a autorização de Nick. No entanto, o grupo não tinha interesse em lhe ofertar um objeto tão tecnológico. O capitão tentou um acordo de troca de bens, mas a reunião foi concluída sem um consenso.

O grupo deixou a reunião dividido. Crisália retornaria para a Charlie para protegê-la de qualquer saque. Enquanto isso, o grupo foi até a nave de Xon para tentar resgatar algumas peças que pudessem ser úteis e recolocassem a nave de volta ao espaço.

Ao chegarem na Ponta de Lança, o grupo se deparou com alguns dos robôs de Xon protegendo a nave. Karlag conseguiu entrar despercebido na nave enquanto o grupo começava a lidar com os inimigos pelo lado de fora. Porém, ele viu que haviam outros 6 defensores desligados. O cuidado era essencial para não tornar o combate impossível.

26 de Pharast de 318.