sexta-feira, 25 de setembro de 2015

(HH) Capítulo 10: Reencontrando os rumos

Parte 1: Destinos separados


De volta à tempestade da montanha


Após perderem Stor e Tom, o paladino e a assassina saíram da caverna da forma que conseguiram, evitando os desmoronamentos para sobreviveram. Ao se reencontrarem com o grupo, a dupla revelou que o mago preferiu assim ao ver que não teriam outra saída. Aceitando o destino, restou a eles apenas torcer que a dupla separada sobreviva à perigosa montanha, pois eles ainda teriam problemas a enfrentar. A tempestade continuava no alto da montanha, e eles carregavam um artefato de grande valor em suas mãos.

Em comum acordo, o grupo decidiu dar por encerradas as atividades deste dia e descansar na mesma gruta que havia parado antes de entrarem nas cavernas. Eles acamparam e conversaram um pouco, pensando em uma forma adequada de prosseguirem. Naquele momento, ainda lhe restavam as dúvidas se a tempestade no céu devia-se o não ao cajado. Eles podiam perceber que o horizonte estava limpo, mas mesmo assim não havia ninguém no grupo com conhecimento arcano suficiente para fazer deduções confiáveis.

Na manhã seguinte, os aventureiros perceberam que a tempestade lhes trazia outro problema: orientação. Sem o bárbaro Tom Bash os acompanhando, embora ele mesmo não fosse um especialista, o grupo não possuía ninguém competente para achar o melhor caminho de volta. Dalaran não conseguia discernir com clareza o norte do leste, tampouco Giles, Bruce ou Arthur. Restou a Demétria, com muito esforço, lembrar-se do caminho que haviam percorrido enquanto chegavam para guiar o grupo exatamente na mesma trilha.

Sobrevivendo por pouco

Um salto no escuro. Foi isso que Tom Bash propôs a Stor que, muito relutantemente, acabou obrigado a aceitar. A dupla, ao ver que Entrada para o Inferno poderia ser sua sepultura ao soterrá-los sobre rochas e magma, resolveu se atirar na escuridão e aguardar que não encontrassem a morte certa.

Tom foi o primeiro. Por alguns instantes ele caiu, chocando-se com pedras do seu lado até que finalmente atingiu queda livre. A visão não lhe ajudava, pois a escuridão era intensa. Para sua sorte, o fim da queda aconteceu na água. O bárbaro conseguiu nadar por alguns instantes, até que perdesse a consciência.

Stor, que saltou alguns minutos depois, empregou sua magia para amortecer sua queda. Ao mesmo tempo que lhe ajudou por um tempo, o feitiço não imepdediu que ele se chocasse com as paredes ou caísse na água, onde o mago encontrou o maior perigo. Com uma forte correnteza e completamente nas trevas, Stor se chocou várias vezes contra as pedras até que seu braço direito fosse partido gravemente. Ele perdeu a consciência, assim que teve o alívio de chegar à margem.

Tom acordou-se algumas horas depois, com uma perna certamente deslocada. Sem conseguir se levantar, o bárbaro se arrasou até o primeiro encosto que tateou, sentou-se e acendeu uma tocha. Na penumbra, ele conseguiu ver a silhueta de Stor, na outra margem. Mesmo lesionado, o bastardo Bash atravessou o rio a nado e acordou o mago, que logo sentiu a terrível dor em seu braço partido. Após situar-se, Stor acendeu uma luz e logo agradeceu aos mestres por ter-lhe ensinado os princípios da medicina. Graças a isso, ele conseguiu pô no lugar a perna de Tom e imobilizar seu braço.

Tom ainda buscou atravessou o rio duas vezes para buscar suas coisas antes da dupla prosseguir pelas escuras cavernas. Eles andavam com a visão limitada a poucos metros e os ouvidos ocupados pelo som da correnteza. Não fosse pela entrada dos raios de Sol ao sul, não saberiam nem por onde começar a andar. Enquanto se dirigiam para a tal fenda na montanha, Tom percebeu uma ossada no chão. Convencido por sua imaginação de que aquela ossada, que certamente pertencera a uma criatura enorme, deveria significar que um predador ainda maior rondava a caverna, Tom sugeriu a Stor que se apressassem para fora dali. Os dois seguiram até a fenda, quando perceberam que ela dava origem a uma cachoeira. O rio que haviam caído despencava por 20 metros naquela local, formando uma poça larga e represada antes de prosseguir novamente para dentro de uma floresta de pinheiros, rumo ao sul.

Sabendo que muitos monstros rondam o alto da montanha, o bárbaro e o mago concordaram que seria mais seguro se acampassem ali, naquele mesmo local, antes de pularem na manhã seguinte. O descanso também daria tempo para Stor recuperar sua energia, que será útil no momento do salto. Assim, os aventureiros aguardaram até a manhã seguinte para saltar protegidos pela magia de queda de pena de Stor.

O demônio não esquece

Dalaran e os outros partiram na manhã seguinte orientados por Demétria. Eles tinham visibilidade curta mesmo durante o dia devido a forte tempestade que os acompanhava, e portanto iam escolhendo a rota a medida que as opções vinham surgindo.

Ainda durante a manhã o grupo foi surpreendido pelo demônio Trakast. Dalaran havia feito um acordo com o demônio: o paladino aprisionaria o Djinni e Trakast lhe devolveria o cajado. Os aventureiros nunca mais viram o gênio, mas mesmo assim invadiram a Entrada para o Inferno e recuperaram o cajado das mãos do servo de Trakast, enfurecendo-o profundamente.

Um combate se tornou inevitável quando Tymora não garantiu a Dalaran força suficiente para afastar o monstro. Trakast investiu inicialmente atacando e ferindo um pouco o paladino. Contudo, a recuperação foi muito rápida e, em poucos instantes, o demônio se viu cercado. Hilda o atacava pela retaguarda enquanto Arthur, Dalaran e Bruce o atacavam pela dianteira. O combate durou poucos instantes, pois o demônio, ferido, não teve tempo de empregar toda a sua técnica durante a luta. Suas asas estavam feridas, impossibilitando-o de voar com eficiência. Bruce arrancou a asa esquerda para impedi-lo de voar de qualquer forma. Arthur desferiu três golpes tão certeiros que deixaram o monstro cambaleante e, finalmente, Dalaran arrancou a cabeça da criatura com sua alabarda especial. Trinta segundos, se tanto, foram suficientes para o grupo de heróis expurgar um demônio que os imputava medo há muito tempo.

Como troféu, Dalaran recolheu os chifres do demônio Malebranche e levou seu garfo consigo.

O urso e a caçadora

Stor e Tom caíram no lago suavemente e conseguiram nadar até a margem. Eles então prosseguiram pela floresta margeando o rio por mais um dia orientados pelo bárbaro. Para acampar, Tom achou prudente que o fizessem sobre as árvores. Ele montou uma estratégia para aproximar dois galhos usando cordas. Stor até surpreendeu-se por um instante com a engenhosidade do bárbaro, mas ao subir no "abrigo", as finas madeiras de duas árvores diferentes, aproximadas e tensionadas por cordas, se quebraram e fê-lo cair por 3 metros direto ao chão. Felizmente ele não caiu sobre seu braço partido, e então a dupla pode recomeçar e, desta vez, acertar na montagem do acampamento.

No dia seguinte a dupla seguiu as margens do rio até se depararam com um urso. Embora Tom tenha ficado inspirado para atacá-lo, Stor o convenceu do contrário. Ele usou sua magia para tornar os dois invisíveis e assim se afastaram da criatura, que os percebia pelo olfato mas não tinha coragem de atacar. O bárbaro e o mago seguiram floresta adentro para evitar o animal, quando foram surpreendidos por uma névoa. Stor os tornou invisível de novo e eles saíram daquela nuvem. Contudo, uma saraivada de flechas os alvejava. A dupla fugia, enquanto as flechas continuavam vindo em suas direções, fazendo Tom ter certeza de que uma criatura que via o invisível os perseguia.

A dupla fugiu por vários minutos. Eles foram levados até uma armadilha, que conseguiram perceber e evitar e então separaram-se. Eles terem se separado, aparentemente, instigou o caçador a falar com eles, quando perceberam que se tratava de uma mulher. Tom deu início a uma aproximação amistosa, ao chegar próximo da mulher quando ela preocupava-se com outra direção, e então desfazer sua invisibilidade. Surpresa, ela se apresentou como Bashan e disse que pensava que os dois eram uma tropa enviada de Amn para persegui-la. Vendo que obviamente os dois não eram soldados reais, a jovem caçadora disse que os ajudaria.

Bashan disse que havia uma pequena comunidade ao leste de onde estavam que talvez tivesse algum animal de transporte. Ela também disse que conhecia alguém que poderia ajudar Stor com seu braço. Assim ela os levou até sua casa, uma cabana em uma ladeira no meio do mato, que abrigava sua mãe, Lena, uma mulher madura e de pose altiva.

Lena ficou surpresa e inicialmente preocupada por Bashan ter trazido desconhecidos à cabana. Contudo, a caçadora, por alguma razão, confiou nois dois e essa confiança foi passada para sua mãe. A mulher então reuniu alguns ingredientes para ajudar Stor. Ela juntou ervas, água e alguns panos quentes e antes que o mago pudesse fazer qualquer tipo de resmungo ela colocou o osso partido de volta no lugar e, certamente com magia, colou instantaneamente seu braço.

Após o movimento, a bela mulher perguntou a sua filha se eles ficariam ali naquela noite. Bashan disse que sim, e Tom agradeceu. Os quatro então fizeram sua seia juntos, quando Tom Bash viu algo que o surpreendeu: o símbolo de seu pai, Gofren Bash. Stor foi quem comentou alto durante a seia, gerando um clima sutilmente constrangedor. Lena pediu que Bashan conversasse em particular com Tom logo após a refeição, e assim ela o fez.

Em uma curta caminhada na floresta, Bashan explicou a Tom que Gofren Bash também era seu pai, mas que o nobre não sabia e sua mãe, Lena, não queria que ele soubesse. A caçadora disse a Tom que revelara o fato a ele porque pensou que o bárbaro tinha percebido durante a seia. Mesmo assim, ela ficou aliviada e gostou que ele concordou em não contar ao lorde sobre sua existência. Retornando a cabana, Stor lhe fez algumas perguntas indiscretas, mas o bárbaro não revelou ao mago que caçadora era, na verdade, sua meia-irmã, por mais improvável que pudesse ser tal primeiro encontro em uma floresta selvagem.

(Picos Nebulosos, dia 6 e 7 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Froggest outra vez

Dalaran e o grupo continuavam sua viagem em condições extremas, protegidos apenas por uma densa pele de urso cada um. Hilda havia os deixado durante a manhã, após revelar na noite anterior que não tinha interesse em retornar ao grupo. A Tiefling havia visto demais da escravidão para pôs os olhos sobre Riátida mais uma vez.

O quinteto restante ainda não tinha decidido exatamente a rota que tomaria. Demétria os estava levando até a estrada, para que depois pudessem seguir sem a preocupação se iriam ou não perderem-se na montanha.

As preocupações deles aumentaram quando viram no horizonte um grupo de pelo menos uma dúzia de bárbaros se aproximando. Com excessão de Dalaran, todos reconheceram Froggest, o Bárbaro, e um grupo de seus homens. Enquanto os dois grupos se aproximavam, Dalaran pedia algumas explicações de quem era ele e o que havia acontecido. Não houve muito tempo para detalhes, mas quando o bárbaro se aproximou foi o paladino que teve a iniciativa de conversar.

Froggest não se mostrou muito simpático, como sempre. Arthur interrompeu o paladino, dizendo que os aventureiros ainda eram aliados do bárbaro. O xamã do draconato também se intrometia eventualmente para sugerir que os bárbaros massacrassem aqueles aventureiros. Contudo, Dalaram reassumiu o rumo da conversa e, após demonstrar ao draconato que eles o reconheciam como rei e ofercer-lhe como oferenda o garfo de Trakast, conseguiu que eles recebesse permissão para seguir.

O draconato ainda impôs algumas condições, como jamais ver o rosto dos aventureiros de novo. Demétria disse que já era a quarta vez que eles encontravam o draconato e que em todas eles escaparam de um combate. Certamente, dizia a barda, esta havia sido a última.

Livres do combate e seguindo novamente em direção à Helús, o grupo aproveitou o próximo repouso para discutir os rumos que tomariam. Dalaran levantou os riscos que eles corriam de entregar o cajado à Viriuns, um mago poderoso que eles não conheciam as intenções. Várias possibilidades foram levantadas, como o fato dele pegar o cajado e não devolver, tentar controlar vários dragões e partir em uma jornada de conquista pelo mundo; ele não ter interesse em um cajado incompleto; ou mesmo do mago ter planos que eles não façam ideia do que seja, mas não ser bom. De qualquer forma, eles percebiam que a tempestade que acompanhava o cajado revelavam suas presenças. Por isso, e por acreditar que eles deveriam cumprir a promessa que fizeram, ao mago, os aventureiros rumaram para o Observatório de Escamas.

Ao chegar na pequena comunidade, o grupo dirigiu-se diretamente para a estalagem. Lá conversaram um pouco com o gnomo, quando foram surpreendidos pelo mensageiro da torre dizendo que Viriuns os aguardava. O grupo então reuniu suas coisas e partiu em direção ao Observatório.

(Picos Nebulosos, dias 6 a 9 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 2: Uma mesma meta

De Amn à Helús

Após o jantar na cabana das duas mulheres, Tom e Stor conversaram por alguns instantes com Bashan. Ela disse que poderia levar o grupo até a comunidade mais próxima.

Na manhã seguinte, Tom e Bashan conversaram por alguns minutos. Durante o diálogo, a moça pediu a Tom que não revelasse para Gofren sobre a existência dela. Ela também disse que foi bom ter conhecido um irmão. Em seguinda, o trio partiu em direação à comunidade. Eles chegaram até a casa do ancião da pequena comunidade e, graças ao prestígio da jovem caçadora, conseguiram um cavalo para ajudá-los na viagem.

Uma vez com a montaria, Bashan despediu-se da dupla e então eles partiram para o sul, até a cidade de Kulisk. Lá eles se dividiram e, dos dois, foi Stor quem teve problemas. O mago tentou questionar várias pessoas sobre a situação local das estradas, mas foi muito mal recebido. Ele foi confundido com um ladrão durante uma negociação com um feirante e, ao ser abordado pela milícia, tentou fugir. A fuga não deu certo e o mago acabou sendo levado ao chefe dos guardas, onde foi revistado e se percebeu que não havia nada roubado. Com isso, o mago foi liberado com a condição de que fosse imediatamente embora da cidade.

Stor e Tom se reencontraram mais tarde e então seguiram sua jornada para o oeste. Eles ainda passaram pela grande cidade de Véricond e então por Ulguim. Stor tentou saber o porquê da reação tão ruim dos habitantes de Kulisk, mas conseguiu apenas descobrir que haviam notícias turbulentas sobre estrangeiros no reino de Amn.

A dupla chegou em um monastéria próximo a Helús no dia 13 do mês de Marpenoth. Eles foram bem acolhidos e apenas aguardam a manhã para voltar à cidade do rei Justus.

(Picos Nebulosos, dias 7 a 14 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

A notícia do Observatório


Dalaran e o resto do grupo foram recebidos por Víriuns no Observatório de Escamas. O mago ficou visivelmente decepcionado ao ver o cajado sem a orbe em uma das partes. Ele inicialmente tentou argumentar com o grupo que eles haviam quebrado, mas Dalaran conseguiu convencê-lo de que o cajado já estava assim, e o grupo ainda recebeu um pagamento extra.

Víriuns pediu alguns dias a estudar o cajado e o grupo ficou hospedado na estalagem durante este tempo. Dalaran organizou uma festa bancada pelo mago do observatório enquanto isso e, nas oportunidades que teve, aproximou-se de Demétria e passaram a dividir o mesmo quarto.

No terceiro dia o mago do Observatório devolveu o cajado para o grupo. Ele conseguiu simular uma orbe no cajado que continha o poder do artefato. Contudo, ele deixou claro que a jóia substituta poderia se romper a qualquer momento e liberar um grande poder mágico.

A viagem até Helús


O quarteto partiu do Obsevatório de Escamas com suas montarias recuperadas. Eles resolveram seguir para o norte em direção a cidade de Passagem em vez de seguirem pelo mesmo caminho que tinha feito na vinda. Assim, levaram alguns dias até esta grande cidade e, logo em seguida, partiram para oeste em direação à Helús. O grupo conseguiu chegar a poucos quilômetros da cidade do rei Justus no dia 15 de Marpenoth.

(Picos Nebulosos, dias 10 a 15 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 3: Reencontrando a princesa

O grupo se reencontra em Helús e reencontra o rei e a princesa. Ao mesmo tempo, Bruce e Demétria tem reveses.

Uma noite com os monges

Stor e Tom chegaram no fim do dia ao Monastério dos Frenes. Os monges foram cordiais e lhes ofereceram um abrigo pela noite, para que no dia seguinte eles pudessem partir para Helús. Após presenciarem uma pequena parte da rotina do monastério, a dupla foi orientada até suas camas preparadas no chão, junto com muitos outros monges.

Tom, que estava curioso e interessado pelo que via, puxou assunto com um monge ao seu lado. Ele queria saber sobre a rotina do local e do porquê eles agirem assim. Sem uma resposta compreensível para ele, o bárbaro seguiu falando que em sua terra natal havia um jogo que era usado para resolver conflitos sem muita violência. Era um espécie de combate com bastões chamado Matrag. Antes de encerrar a conversa, que não foi muito longa, Tom garantiu que ensinaria o jogo ao monge no dia seguinte.

Já na manhã seguinte, Tom Stor foram acordados por uma batida em um círculo de metal. Stor já havia passado por situação semelhante, mas Tom continuava com sua curiosidade sobre a rotina monástica. Ele foi até o pátio e viu dezenas de monges fazendo movimentos lentos no ar, como se treinando para um combate em câmera lenta. O jovem mulano tentou acompanhar os movimentos enquanto estava um pouco afastado, mas não teve muito sucesso mesmo com Stor tentando lhe explicar que cada movimento tinha um significado.

Após a "cerimônia", Tom reencontrou o monge da noite anterior e teve com ele uma conversa rápida antes de pegarem os bastões e começarem a jogar o Matrag. O primeiro combate foi ganhado por Tom, que era bem mais habilidoso e já conhecia o esporte. Já a segunda tentativa teve o monge como vitorioso, mesmo que com uma óbvia vantagem dada a ele pela bárbaro.

Encerradas as ativades no monastério, o grupo fez sua refeição e partiu em direção a Helús para, finalmente, reencontrar-se com o resto do grupo.

O mago desconhecido em Helús


A dupla formada pelo mago criado em um monastério e pelo bárbaro que gostaria de sido criado em chegou em Helús no final da tarde do dia 15 de Marpenoth. Eles foram direto para os portões internos e foram barrados pelos guardas por não possuírem uma carta de salvo-conduto. Um pouco decepcionados, os dois saíram e Tom decidiu ir até uma estalagem. Stor, no entanto, estava decidido a entrar e disse que faria isso enquanto estivesse invisível.

Tom ficou na estalagem dos Três, enquanto Stor passava invisível pelos guardas. O bárbaro pediu a bebida mais barata da estalagem, o que lhe trouxe um destilado de gosto forte e amargo. Enquanto isso, Stor percebeu que não conseguiria entrar no castelo e decidiu que poderia conseguir algumas informações na Estalagem Olho da Serpente. Ele perguntou a várias pessoas por lá e conseguiu alguns rumores sobre ruínas mal assombradas, além de informações sobre cidades não muito distantes.

Decidido de que passar invisível pelos guardas do portão seria fácil, Stor foi buscar Tom Bash. Ele não ficou muito satisfeito quando o viu bêbado na estalagem. Mesmo que estivesse em plenas condições de andar e falar, o bárbaro estava visivelmente bêbado e com um hálito de dragão. O mago o encantou com invisibilidade e o levou a um quarto na estalagem Olho da Serpente.

Stor acordou cedo no dia seguinte e foi até o castelo. Ele tentava descobrir uma forma de conseguir uma audiência com o rei, e foi levado até o  homem feio que registrava os interessados. Utilizado suas magias, Stor o encantou e fez com que ele permitisse sua entrada aos jardins. O mago então partiu rapidamente e invisível para entrar no castelo, mas viu a princesa Justina no caminho. Mostrando-se para ela com cautela, o mago explicou a situação e contou uma parte de sua história. A princesa ficou aliviada e lhe escreveu uma carta de salvo-conduto para entrar em Helús, gravando nela seu próprio brasão.

Um grupo reunido outra vez


Os outros cinco membros do grupo de aventureiros acamparam no campo no dia anterior Eles estavam muito próximos a cidade e faziam uma jornada tranquila até lá. Demétria estava particularmente contente por retornar e demonstrava isso elogiando muito a cidade para Dalaran.

Demétria, assim como Arthur, carregavam uma carta de salvo-conduto para entrar e sair de Helús. Assim, o grupo entrou sem problemas para o lado de dentro das muralhas e foram direto para a Estalagem Olho da Serpente. Lá eles pediram comida e bebida para todos. Durante a comemoração, Tom Bash acordou e os encontrou, para a surpresa de todos. De forma repentina, o grupo havia se reunido. Tom disse onde estava Stor e contou parcialmente o que havia acontecido com a dupla. Após a refeição os seis dirigiram-se para o castelo.

Stor estava sentado no jardim aguardando pelo grupo que poderia chegar a qualquer momento quando os viu passando pelos portões do jardim. Todos reunidos, o grupo encontrou-se com a princesa, que os destinou a seus quartos.

Justina estava especialmente contente de reencontrar Arthur, por quem demonstrava mais afeto do que para com os outros integrantes da comitiva. Depois de feitas as instalações de todos, a princesa os levou ao encontro do rei, que lhes deu as boas vindas, pegou o cajado e pediu uma reunião na biblioteca a noite.

A reunião na biblioteca serviu para o grupo explicar ao rei o que tinham encontrado nas montanhas e para explicar como o cajado havia ficado naquele estado. O rei disse ainda que seus conselheiros deduziram que a jóia azul que segurava a energia do cajado era instável, e que uma substituta deveria ser encontrada. Depois dessa conversa, o rei disse que um baile da corte estava agendado para esta noite para comemorar o retorno do grupo e do artefato aos cofres da cidade. No dia seguinte eles deveriam ter uma conversa mais séria.

Notícias ruins


Na manhã após o baile, o grupo reencontrou o rei na sala de guerra. Justus leu para o grupo uma carta de Liene, que afirmava que Lud, um ex conselheiro, era na verdade um espião de Lorde Garr. Demétria, incrédula, disse que não tinha nada a ver com isso. Contudo, como a barda possuía uma íntima relação com Lud, o rei foi obrigado a detê-la até um julgamento.

Justus também sabia que Bruce havia recebido uma carta de sua mãe dizendo que seu pai estava morto e seu irmão desaparecido, fazendo dele o herdeiro do Baronato dos Três Afluentes, em Cormir, e forçando-o a retornar para casa. Justus disse que compreendia sua missão e entregava-lhe apoio emocional. O rei pagou a recompensa ao grupo, 250 moedas de ouro, e pediu que ficassem em Helús mais alguns dias enquanto seus conselheiros estudavam o cajado e Demétria era julgada. O monarca garantiu que eles teriam o melhor tratamento enquanto estivessem hospedados por lá.

O grupo então decidiu ficar. Stor trabalharia junto com os conselheiros do rei no estudo do cajado, e Dalaran auxiliaria Demétria no julgamento. Mesmo que de forma parcial, a missão do resgate do Cajado das Tempestades estava, finalmente, concluído.


(Terras Centrais, Helús, dias 14 a 17 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 4: Uma semana em Helús


Aguardando notícias de Liene e o julgamento de Demétria, o grupo permanece em Helús por uma semana até traçar um novo plano de ação.

O dia para se recompor


Após a traumática prisão de Demétria, o grupo teve uma tarde livre antes do julgamento. Com exceção de Dalaran, que passou o dia com Demétria, do lado de fora da cela.

Stor andou pela cidade a procura de um alfaiate que fizesse um novo traje e de um sapateiro, que lhe trocasse as botas. A alfaiataria visitada era bastante movimentada, e a costureira lhe garantiu que a peça estaria pronta em 3 dias. Já o sapateiro negociou com ele uma bota de couro de basilisco, rara e sob medida. Ela ficaria pronta em 4 dias. O preço era alto, mas Stor achou que valeria o sacrifício e ordenou que fosse feita.

Giles Halmis passou a tarde na taverna tentando obter informações diversas sobre a situação na cidade. Não obteve nada de novo além de fofocas que já conhecia. Ao fim da tarde, dirigiu-se até o templo de Lathander e utilizou uma das pombas locais para enviar uma correspondência a Istriis, seu informante na cidade de Riátida.

Tom ficou a tarde no estábulo, trabalhando com sua boa madeira em alguma coisa que ainda não sabia ao certo o que seria. Nesse tempo encontrou-se com Arthur e Bruce, que disseram que partiriam na manhã seguinte. Arthur sentia-se comprometido com seu jovem escudeiro, e sua missão era levá-lo em segurança até Cormyr, quando Verdizuz abandonaria sua função.

O julgamento das verdades


Arthur e Bruce partiriam cedo naquela manhã. Eles não aguardariam o julgamento da barda, pois a viagem até Cormyr era longa a missão do jovem escudeiro era urgente. A dupla de nobres despediu-se do grupo de forma simples, mas jurando lealdade. A expectativa de que voltariam a se encontrar permanecera acesa após o adeus.

Naquela manhã, Tom reencontrou-se com o jovem que levou o escudo artesanal que construíra até sua mãe, Robern. A conversa não foi longa, mas o mensageiro entregou o que trouxera do acampamento bárbaro: o bastão utilizado pela druida Grace Jones desde que Tom se lembrava. Ele é chamado de O Carvalho Mais Antigo. Honrado, o bárbaro pediu que Robern voltasse ao acampamento levando os dois ovos de grifo e avisasse sua mãe sobre Lena, uma mulher de Amn com quem seu pai, Gofren, teve uma filha. O jovem mensageiro ficou inicialmente com medo de reencontrar aquela violenta tribo bárbara, mas Tom o convenceu dizendo que agora que ele era conhecido não havia perigo... e que o pagamento seria em ouro.

Giles e Stor apenas aguardaram a hora do julgamento, mas Dalaran se dedicou intensamente a buscar informações sobre o tal Lud. A investigação teve alguns resultados. O paladino descobriu que ele é um meio elfo com uma reputação de prepotente e arrogante, especialmente entre os mais humildes. Ele foi o conselheiro do rei por muitos anos, mas, especialmente nos últimos, sua reputação piorou. Com o tempo ele veio perdendo influência na coroa até que, 8 meses atrás, foi substituído e abandonou a cidade.

Lud parecia mais bem quisto, ou melhor, menos mal quisto, quanto mais próximo do castelo se estivesse. Mesmo assim, em todos os locais que o paladino investigou as histórias contavam a mesma coisa: ele vinha piorando nos últimos tempos. Finalmente, Dalaran conversou com algumas pessoas que sugeriam que o ex-conselheiro havia se convertido de alguma forma.

O paladino esperava utilizar estas informações se fosse necessário. O julgamento começou logo após o almoço, e estava organizado de forma que dois clérigos de Tyr se revezavam interrogando a ré. Os três ficavam no meio de uma área preparada para que a plateia assistisse dos lados e o rei e a princesa assistiam de trás dos clérigos, de forma que ficavam de frente para Demétria.

O julgamento durou 3 horas, tempo em que a barda foi severamente interrogada sobre sua relação com o ex conselheiro Lud. Demétria afirmou em vários momentos que confiava nele. Também afirmou que o elfo era uma pessoa que inspirava essa confiança e que, como era conselheiro do rei, não era alguém que fosse necessário guardar segredos.

No fim do interrogatório, os clérigos de Tyr lançaram seus pareceres: Demétria havia cometido traição. Contudo, estava a cargo do monarca decidir se tais crimes foram intencionais ou não e se ela merecia ser condenada por tal ato. Enquanto pensava em sua decisão, o paladino Dalaran pediu a palavra e teceu um discurso ousado, afirmando que Lud havia enganado a todos, inclusive o próprio Justus. Ele disse que Demétria não foi a única a cometer traição, uma vez que todos compartilharam com o ex conselheiro informações sigilosas. Por fim, Dalaran afirmou que não acreditava que seria justo a barda ser condenada.

Após ouvir os argumentos do paladino, o rei Justus ergueu-se e proferiu sua decisão: Demétria estava absolvida dos crimes. Acolhendo o pedido do paladino, o rei não achou justo penalizá-la. Contudo, ele afirmou que a traição ocorreu, intencional ou não, como dissera o sacerdote de Tyr. Assim, Justus espera que Demétria pague sua liberdade com lealdade.

Experimentando Helús


O grupo teve como tempo livre todo o tempo que se passou entre o julgamento de Demétria e a chegada da esperada carta de Liene com novidades sobre Riátida. Nesse meio tempo, Stor permaneceu um bom tempo com os conselheiros do rei, Giles visitando o templo de Lathander, Dalaran dividiu-se entre Demétria e treinamentos com o exército real e Tom passou trabalhando com suas ferramentas.

Giles havia enviado uma correspondência a Istriis. O clérigo em Riátida o respondeu no sexto dia, revelando informações perigosas. Embora ele mesmo ou qualquer outro sacerdote de Lathander estivessem bastante afastados da realeza neste momento, Istriis pode perceber que Lorde Garr tem feito muitas reuniões secretas nas últimas semanas. Ele pode ver, além de mercenários e militares, a presença de vários clérigos de Tyr e Helm. Contudo, o mais preocupando foi a reunião secreta com um clérigo de Cyric. Na verdade, segundo Istriis, a mera presença no castelo de um adorador desta divindade cruel já é um mal presságio.

Com a carta em mãos e a preocupação na mente, Giles resolveu convocar com urgência todos os seus companheiros de grupo. Todos se reuniriam em seu quarto, no castelo.

Stor percebeu, em seus dias de estudos junto com os conselheiros do rei, que todos eles, com excessão do velho e caduco ancião, era incompetentes em teoria e prática da magia. Assim, o apoio que três dos quatros conselheiros poderiam fornecer ao rei com respeito ao cajado era limitado a avaliações empíricas e superstições. O ancião, porém, demonstrava carregar consigo uma experiência e um conhecimento amplo. A dificuldade maior estava sua mente, já bastante afetada pela idade e muito difícil de fazer focar-se em algo.

Passados alguns dias, a conclusão que o mago conseguiu tirar do cajado das tempestades é de que ele é muito instável. A pedra substituta que Víriuns instalou tem um prazo de validade que, segundo estimativa de Stor, não deverá passar de dois meses a partir de então, embora nada garanta que algo ruim não possa acontecer antes disso. Além disso, dada a quantidade de energia já absorvida pela joia e a quantidade de energia que ela ainda poderá absorver, as consequências de um rompimento são imprevisíveis e perigosas, pois liberariam toda esta energia mágica de uma vez. Stor achava prudente contar isso ao rei, mas não encontrou oportunidade para tal.

Em seis dias, Dalaran pode perceber que o exército do rei Justus era basicamente amador. Com exceções pontuais, o paladino poderia apontar inúmeras falhas tanto na forma física dos soldados, como nos critérios de promoção das fileiras do exército. Considerando este fato bastante preocupando, Dalaran achou que seria prudente levar esta informação ao rei, e foi ao encontrar Justina que ficou sabendo que poderia encontrá-lo na biblioteca. A princesa ainda o alertou que Giles estava procurando por todo o grupo, e esperava o paladino em seus aposentos.

Ao encontrar o rei, Dalaran foi direto, afirmando que o exército era incapaz de suportar uma batalha real. O rei demonstrou preocupação, mas ao mesmo tempo afirmou que sabia disso. Nas palavras de Justus: "Eu jamais permitira que minha filha se casasse com um tirano se não fosse para salvar a ela e a todo o meu povo". Mesmo assim Dalaran não pareceu convencido, e pensava em alguma alternativa.

Na reunião no quarto de Giles, o grupo compartilhou a informação que todos haviam obtido. Eles se preocupavam com o próximo passo concluíram que encontrar a pedra que faltava para o cajado era o mais importante no momento.

Enfim, um plano de ação


Após vários dias em Helús, Giles acordou-se e percebeu uma movimentação intensa nos corredores do castelo. Rapidamente o clérigo acordou o restante do grupo e todos foram para a sala do trono, onde o rei reunia um pelotão. Justus disse que recebera uma carta de Liene afirmando que Riátida havia descoberto pistas sobre o paradeiro da Orbe do Dragão, a peça que faltava no Cajado das Tempestades, e que Erik havia despachado um grupo de 6 pessoas até a Floresta das Serpentes para procurá-la.

Com pouco tempo, o rei estava planejando enviar uma tropa interceptar estes homens de Erik, enquanto pediria ao grupo que procurasse pela pedra. Contudo, Dalaran surgiu com um plano diferente: ele pretendia pegar um grupo pequeno de soldados do rei e armar uma emboscada para estes soldados de Garr. Enquanto os soldados de Justus armariam um pedágio, o grupo de aventureiros observaria e aguardaria o momento oportuno para lançar um ataque surpresa. A ideia era capturar o líder inimigo e interrogá-lo para descobrir mais informações.

Com o plano traçado, o grupo preparava-se para partir já naquela tarde.

(Terras Centrais, Helús, dias 18 a 26 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)