segunda-feira, 30 de novembro de 2020

(VP) Sessão 25

A prisioneira da lâmpada

• Tolman retornou muito tarde com a lâmpada e a entregou nas mãos de Lex Drake, que a levou para seu quarto onde, depois de pedir por orientações divinas, ficou sabendo que não deveria tocá-la. Contudo, ao pedir a opinião de Tolman, o draconato viu seu companheiro esfregar sua base e um gênio surgir. Em forma feminina, muito parecida com uma efreeti, a aparição apontou para o feiticeiro e o levou com ela para dentro do objeto mágico. Lex Drake, mesmo preocupado, achou melhor descansar a noite e discutir o ocorrido com seus companheiros apenas pela manhã.

Autarkinas

• O grupo se reuniu pela manhã e Drake revelou que Tolman estava preso na lâmpada. Assustado, o grupo começou a pensar em alternativa. Mart usou seus poderes para identificar que o objeto possuía duas criaturas armanezadas em seu interior e que era uma espécie de cela.

• Mart também esfregou a lâmpada e acabou aprisionado assim como Tolman. Os dois então passaram a conversar e a negociar com a Efreeti Autarkinas. A dupla descobriu que ela possuía poderes totais sobre o que existia no interior da lâmpada, e que ela ou quem quer que fosse o senhor da lâmpada poderia existir ali para sempre. No entanto, aquilo era uma prisão. O proprietário da lâmpada, aquele que a esfregar e não for sugado para dentro, torna-se o mestre do gênio e ele não poderá agredi-lo, embora não tenha obrigação de obedecê-lo contra a vontade.

• É possível assumir o lugar de Autarkinas na lâmpada, e era isso que ela queria quando atraiu os dois lá para dentro. Se fizesse isso, o proprietário assumiria os poderes totais e Autarkinas seria libertada para fora. A efreeti também revelou que foi aprisionado pelo antigo sultão da Cidade de Bronze, há muitos séculos atrás, devido a algum crime que cometera, mas não revelou.

• Depois de algumas horas de conversa, Tolman conseguiu converser a efreeti a tirá-lo dali. Mart ainda permaneceu como garantia. O acordo seria de que o feiticeiro buscaria alguma forma de tirá-la da lâmpada. Com isso, o grupo tinha mais uma missão, embora o tempo para Drake cumprir o acordo com Luviam da Torres Blackstaff continuasse passando. Em novo contato com Kizuli, quatro dias depois, o clérigo ouviu o que não queria: o general não iria encontrá-los no local combinado.

Aguasprofundas, dia 16 a de Flamerule do ano de 1489.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

(SG) Sessão 52

O templo abandonado

• As discussões após o contato que Pedodes e Cóquem tiveram com o pelotão Maranense começaram com as considerações do napol. Ele cogitava revelar suas verdadeiras razões para o general Karr em troca de conseguir alguma aliança com Marana. No entanto, o fato dos dois soldados terem saído do pelotão no meio da noite em direção ao rio os deixava preocupados.

• Enfim, eles resolveram que Kaiser e Cóquem iriam atrás do soldados, um por terra, outro por ar. Landalfo e Lanâncoras seguiriam a uma distância segura, mantendo James no meio do caminho passando as instruções do napol. Torin, Éperus e Pedodes ficaram na tavera.

• Os dois soldados foram vistos a cerca de 2 km, retornando de uma ruína a mais ou menos 5 km. Ao se aproximar, o bardo encantou a dupla com uma canção de controle e, a seguir, sugestionou um deles para que lhe respondesse algumas questões. Eles revelaram que tinham levado um pequeno baú para o altar de oferendas do templo de Cruine sob ordem de seu comandante Karr. Eles não sabiam o que continha o pacote, mas sabiam que ele seria retirado em seguida. Depois, Cóquem lançou uma magia de esquecimento nos soldados e saiu da frente deles para que eles não lembrassem do grupo que acabara de encontrá-los.

• Enquanto isso, na taverna, Torin se aproximou dos soldados maranenses e puxou assunto. Os soldados falavam assuntos triviais, mas a presença de Torin não os agradou muito. Seu bafo alcólico parecia lhes deixar um pouco incomodados. Os soldados resolveram sair após alguns minutos de conversa. Foi Pedodes quem lhes avisou que Karr estava comandando o pelotão que chegou, o que os fez sair às pressas.

• O grupo que havia encontrado o soldado chegou nas ruínas do templo. O ambiente possuía uma aura profana, que tornava estar ali um tanto desconfortável especialmente para Lanâncoras e Landalfo. No altar, o pequeno baú com um cadeado, que foi aberto por Cóquem com certa facilidade, possuía diversas jóias e uma carta com uma mensagem. A carta de Karr dizia em Verrogari:

Vossa Majestade, rei do poderoso Império Verrogari, meu nome é Karr, o Impiedoso, e eu falo em meu nome apenas, mas trago-lhe uma proposta que pode interessar ao vossos interesses. Minha majestade, o Rei Augustu Zeneri, tem exércitos poderosos e que aspiram por provar seu valor em uma verdadeira guerra. No entanto, a inexperiência ainda paira sobre suas mentes e corpos. Assim, eu lhe garanto que se presentear o Rei Augustu com o conteúdo desta caixa, ele ficará grato em apoiá-lo nesta guerra contra os terríveis dantsenianos. Caso não se interesse, aproveite o presente.

• Cóquem retornou até o grupo que estava na estalagem para entregar a carta aos companheiros, os únicos no grupo que conseguiam ler no idioma inimigo. Pedodes leu a carta e disse para o napol retornar aos outros enquanto eles iriam a pé. O grupo que ficou no templo recebeu Cóquem de volta e começaram a discutir algumas alternativas. Ainda antes do grupo a pé chegar, eles decidiram que substituiriam o pacote deixado pelos maranenses pela cabeça do verrogari que haviam matado algumas horas atrás. Para isso, Cóquem voou rapidamente até a floresta para pegar o corpo do homem que haviam enterrado.

• Quando Pedodes, Torin, Alcax e Éperus chegaram, o grupo já estava decidido a trocar o baú pela cabeça do verrogari abatido. Eles perceberam que algumas jóias tinham procedência amiense. No entanto, enquanto discutiam o que poderia acontecer e também qual poderia ser a relação dos objetos no baú que poderiam influenciar o rei de Verrogar, Pedodes encontrou uma passagem para o subterrâneo das ruínas do templo e desceu imediatamente, o que acabou obrigando o restante do grupo a ir com ele. James, no entanto, ficou de vigia para alertar se os responsáveis por recolher o pacote chegassem.

• O interior também estava em ruínas. Alguns corredores levavam a buracos muito profundos que emanavam uma aura maligna. Algumas das salas também estavam repletas de uma trepadeira que gerava uma gosma ácida que corroía armaduras. Assim, com cautela, o grupo foi percorrendo os corredores atrás da presença maligna que sentiam, guiados por Pedodes. Eles eventualmente acaberam chegando a uma grande porta com o símbolo de Ricutatis riscados por cima dos símbolos apagados de Cruine. James contatou Landafo para alertá-lo de que os responsáveis por pegar o objeto no altar estavam chegando, vindos do lado verrogari da fronteira. O grupo então permaneceu quieto, tentando não alertar quem estava no andar de cima até que a dupla de mensageiros pegasse a cabeça e, mesmo obviamente achando aquilo estranho, deixassem o templo.

• Com a partida dos verrogaris os aventureiros resolveram abrir a porta. Eles se depararam com zumbis e um cavaleiro etígio saindo de enorme buraco parecido com o primeiro. Pedodes conseguia perceber uma forte aura maligna sendo emanada da abertura, que claramente tornava os mortos-vivos mais poderos.

• O combate contra os mortos-vivos foi duro. Torin, que tomou a dianteira, foi atingido em cheio na cabeça pelo inimigo. Não fosse pelo elmo, que se partiu e foi arremessado do lugar, sua cabeça teria sido partida ao meio. Atordoado, o anão não foi capaz de reagir imediatamente. Os zumbis se mostravam adversários mais incômodos do que realmente perigosos, e iam sendo abatidos pelos aventureiros. Já o cavaleiro se mostrava letal. Ele passou perto de abater Pedodes, que apelou por ajuda de Cruine e demorou mais do que o de costume para ser atendido graças à aura maligna emanada no local. Ao mesmo tempo, esta aura parecia renovar as forças das criaturas.

• A chegada do aliado divino auxiliou no combate, pois deu tempo para os aventureiros se recomporem, além de ajudar a encurralar o inimigo que já se via cercado. Torin, mesmo enfraquecido, mostrou toda sua técnica de guerreiro e conseguiu desferir um golpe letal no pescoço do inimigo, arrancando-lhe a cabeça. Mesmo Lanâncoras tendo ficado aliviado pela vitória, Pedodes percebeu que o fim ainda não havia chegado. O mostro teria se levantado não fosse o sacerdote ter pego seus restos e o exorcizado ali mesmo, vaporizando seus restos.

• Com o fim da batalha o grupo se via frente a uma nova decisão. Eles iriam investigar todo o templo?

Marana, madrugada entre os dias 10 e 11 do mês da Justiça do ano de 1500.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

(VP) Sessão 24

O Retorno de Tolman

Objeto dado à Lex Drake

• Lex Drake retornou para a Fairgrass Corporated após ter tido uma negociação com Luviam na Torre Blackstaff. O draconato tinha muito a contar ao seus companheiros, e assim já chegou anunciando que precisava falar com todos na sala de reunião. Porém, uma surpresa lhes aguardava logo na primeira sala do local. Um estranho com o rosto coberto por um chapéu de abas largas limpava sob as unhas com um punhal.

• A recepção do estranho foi de cautela. Ele não era o primeiro a invadir a Fairgrass, tornando o grupo mais alerta contra possíveis inimigos. Porém, após alguns segundos de tensão em que os punhos começavam a coçar as armas, o chapéu se ergueu revelando o rosto de Tolman com uma nova cicatriz.

A nova face de Tolman

• Surpresos, aliviados, mas alegres por reencontrarem o companheiro, o grupo passou um bom tempo colocando os assuntos em dia. Tolman chegava de uma longa viagem desde Lantam. Uma aventura que lhe custou uma perna e o faria mancar pelo resto da vida. Além disso, o feiticeiro ouviu sobre um nome chamado Réskel que ele não sabia que seria útil até descobrir o novo rumo que a Fairgrass havia assumido em Aguasprofundas: a de que ela estava a se tornar um sindicado do crime. Esse nome seria, supostamente, um contato entre uma organização criminosa em Lantam e também em Aguasprofundas.

• Passadas todas as reapresentações, com o grupo tendo explicado para Tolman os acontecimentos recentes, eles passaram a planejar o que fariam com o objeto que Drake havia trazido da Torre Blackstaff. O clérigo estava decidido a cumprir o trato que fez com a arquimaga, embora o grupo tenha considerado ficar com o objeto (que Mart descobriu tratar-se de uma prisão de almas). As preocupações do grupo estavam em ter que ir até o plano do fogo e se encontrar com um Efreet que eles nem sabiam quem era.

• Para tentar obter melhores informações sobre quem era o alvo da missão, Drake utilizou sua magia de mensagem para entrar em contato com Kizuli. A seguinte mensagem foi enviada:

Preciso saber quem é Grumarrur e qual a importância e influência dele. Você pode responder essa mensagem.

• A resposta da jovem veio em seguida:

Olá. Pra que vocês querem saber sobre Grumarrurrr? Ele é o general braço direito do Sultão. Eu duvido que vocês o conheçam, pra ser sincera.

• Após descobrirem que o efreet se trata de um militar, e ainda general da Cidade de Bronze, o grupo ficou mais preocupado em ter que ir até o plano elemental. Para tentar contornar a situação, outra mensagem foi enviada, seguida pela resposta de Kizuli:

LexDrake
Preciso cobrar o favor que nos deve avise Grummarrur que entregarei o cristal de Luvian no laboratorio de Drakenbahn em dez dias. Pode fazer isso?

Kizuli
Eu não tenho contato com Grummarrurr Ele é superior ao meu pai no exército. Posso tentar, mas não garanto. Ele é pouco amistoso, mas honrado.

A Lâmpada da loja de Élix

• O plano estava em execução. Em alguns dias eles voltariam a entrar em contato com a moça com a intenção de saber se o efreet seguiria o combinado. Enquanto isso eles ainda tinham tarefas a cumprir em Aguasprofundas. As duas mais emergentes eram cobrar seus "inquilinos", tarefa a qual Talon ficou responsável, e conseguir a lâmpada mágica da loja de Élix, a qual Tolman assumiria.

• A chegada de Tolman na loja de Élix já foi repleta de elogios a bela elfa. Lisongeada, ela naturalmente não reconheceu o feiticeiro como membro da Fairgrass, já que ele não estava na comitiva que veio cobrá-la. Alguns minutos depois Élix já estava encantada pela pose e pelas belas palavras de Tolman, e algumas horas depois ambos se retiraram para um canto mais privado. Mesmo com toda a intimidade e com a aquisição de 2% da loja da elfa, ela nao reduziu o preço da lâmpada mágica para menos do que 650 moedas de ouro. O que ainda pareceu um ótimo negócio.

Aguasprofundas, dia 15 de Flamerule do ano de 1489.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

(SG) Sessão 51

A ameaça espreita

• O grupo se reuniu na taverna da estalagem que pernoitaram em Chipara. O grupo feminino havia partido muito cedo, e Pedodes saiu às ruas com Alcax para tentar rastreá-las. Ele ainda queria tirar alguma satisfação com a necromante. Enquanto isso, Lanâncoras avaliava o mural da taverna, identificando que um decreto real havia ordenado que todos os esforços de reconstrução da cidade fossem destinados primeiramente para as estruturas militares. Landalfo foi às compras para reabastecer o grupo com mantimentos.

• Pedodes e Torin foram até o templo de Selimon depois de descobrirem que o local mantinha um memorial ao ataque dos dragões que ocorrera contra Chipara há cinco anos. Lá eles viram um salão com diversas ilustrações criadas diretamente sobre as paredes. Mesmo questionando a razão dos ataques dos dragões, o vingador percebeu que o clérigo não possuía uma explicação para o ataque. No entanto, ele foi orientado a visitar o cemitério local, que também possui um templo de Cruine e uma homenagem aos mortos.

• O encontro com a sacerdotisa de Cruine foi um pouco decepcionante para Pedodes. A pequenina que administrava o local era bastante ativa, mas não parecia ser possuidora da verdadeira bênção divina. Ela pouco sabia sobre o ataque dos dragões sobre a cidade além do que o vingador já escutara. Porém, ela afirmou que não acreditava na existência de mortos vivos no interior do Monte, embora também não descartasse a possibilidade. Por fim, ela afirmou que uma maga chamada Nir poderia possuir algumas teorias sobre a razão das criaturas terem atacado Chipara, uma vez que vem estudando o ocorrido desde o fatídico dia.

• Embora tenham ficado curiosos, os aventureiros mais uma vez deixaram os assuntos de Chipara para serem tratados no futuro e pensaram na importante missão que lhes incumbia. A partida da cidade ocorreu no última dia do mês da vida para uma jornada de 10 dias até a chegada na pequena vila fronteiriça de Vilalta.

• O vilarejo que se localiza às margens do rio que serve de marco fronteiriço entre os reinos de Marana e Verrogar ligava-se ao vizinho por uma grande ponte. Verrogar mantinha um pelotão militar do outro lado, que vistoriava todos que passassem por ali, apesar de Vilalta ser pequena e sem muitos atrativos, nem ser um grande ponto comercial, pois se localizava fora da estrada principal.

• Assim que entraram na taverna os aventureiros perceberam que um soldado verrogari conversava com outros maranenses em uma mesa. A maioria deles resolveu evitar o local, com excessão de Kaiser e Torin que ficaram para escutar o que acontecia. Enquanto isso, Cóquem resolveu sobrevoar a floresta próxima da cidade para procurar por alguma coisa de interessante, uma vez que o soldado fazia menções a ela.

• O napol acabou percebendo um cheiro a carniça enquanto sobrevoava a floresta. Ao se aproximar ele percebeu que o cheiro vinha do cadáver de outro napol, diferente daqueles que vieram com ele mas também dos Mangues e servo da mesma rainha. Cóquem foi capturado por uma armadilha quando se aproximou: uma gaiola caiu sobre ele, impedindo-o de ver o corpo do meio-ave. Por sorte, Landalfo havia mandado James seguir o companheiro e conseguiu libertá-lo ao abri um portal para longe dali.

• Mesmo sabendo dos riscos, Cóquem resolveu retornar para o corpo do companheiro napol. Desta vez ele não se deparou com nenhuma armadilha e conseguiu vasculhar o corpo. Com o falecido estava uma carta da própria rainha Perse, juntamente com um presente valioso que o morto deveria ter entregue em mãos para Cóquem, o que ele parecia estar bem perto de conseguir fazer antes de ter a missão interrompida pelos Verrogaris.

Karr, o Gigante

• Kaiser aguardou o soldado verrogari sair da taverna e o seguiu. O inimigo entrou na floresta anunciando que já deveria ter pego alguma coisa com suas armadilhas. Mas ele jamais chegou ao seu destino, pois duas flechas rápidas e certeiras do meio-elfo mataram ele e seu companheiro. Depois disso o grupo se reencontrou com Cóquem no ponto onde o napol morrera. Ali Landalfo percebeu que uma armadilha mágica fora ativada, lançando Clarividência em algum momento anterior, provavelmente revelando Cóquem.

• Pouco depois de retornarem para Vilalta, já tarde da noite, o grupo presenciou um grande pelotão maranense chegando na cidade liderados por Karr, o mais importante general do reino. Pedodes e Cóquem foram até o acampamento e se apresentaram ao sacerdote de Blator do pelotão, conseguiram sua simpatia e acabaram compartilhando uma bebida com os soldados. Karr os conheceu e conversou um pouco com ambos, revelando que estava ali para fazer exercícios militares. Depois de esgotado o assunto a dupla voltou para o grupo. No entanto algo ainda os deixava preocupados: eles viram uma dupla de soldados maranenses saírem em direção à fronteira com Verrogar de forma muito discreta, e ainda não haviam descoberto por quê.

Marana, dia 30 do mês da vida ao dia 10 do mês da Justiça do ano de 1500.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

(SG) Sessão 50

Por dentro do reino de Marana

• O prisioneiro havia sucumbido à magia de Cóquem, que lhe deixou sugestionado para não tentar fugir ou mentir. Assim, o grupo estabeleceu uma conversa relativamente calma com o soldado verrogari durante várias horas da viagem para Sensera. Todos estavam espremidos na grande carruagem, mas o interesse em obter informações sobre o reino inimigo era grande demais para isso ser um obstáculo.

• O prisioneiro era um soldado comum e jovem. Ele não tinha informações privilegiadas e sabia aquilo fazia parte de seu cotidiano. Logo, ele foi capaz de informar que seu comandante, Vozum, fora convocado para Aberdim porque o general Afren estaria lá nos próximos dias. Além disso, ele soube dizer que os aventureiros já eram conhecidos em Verrogar, pois Kâminus espalhou suas descrições depois que conseguiu fugir. Por último mas não menos importante, o soldado informou que Verrogar formou uma tropa de magos com pelo menos quarenta deles, e que pretendia usá-los para invadir Calinior.

• Os personagens ouviram atentos as informações que o jovem soldado passava. Quando nada mais poderia ser tirado dele, Pedodes fez uma breve oração para sua entrada no reino dos mortos e Torin o matou com uma machadada ali, dentro da carruagem mesmo. O sangue foi limpo em uma parada posterior no caminho para Sensera, e um túmulo honrado foi erguido em memória ao soldado morto.

• A cidade de Sensera era grande e movimentada. O grupo chegou a noite e parou na primeira estalagem que encontrou, antes da primeira ponte. Eles notaram de imediato o grande número de obras que acontecia, especialmente nas torres de vigia ao redor da cidade. Além disso, um templo de Crezir estava sendo erguido próximo ao hotel. Uma grande arena chamava a atenção mesmo a noite, e despertou a curiosidade do anão. Pedodes também ouviu que a cidade tinha execuções quase diariamente na praça do Abutre.

Cidade de Sensera

• Pela manhã ficou decidido que eles passariam da forma mais discreta possível por Sensera. Marana exigia o cadastro dos magos, mas nem Lanâncoras nem Landalfo tinham a intenção de deixarem seus nomes registrados na capital.

• Para surpresa dos aventureiros, eles se depararam com um grande número de elfos amienses na praça central. Landalfo foi capaz de notar um brasão bem próximo ao castelo, no lado interno dos muros da cidadela: Fariel. Com mais uma preocupação em mente, o grupo começou a traçar planos do que fazer com esta informação. Fariel era uma pessoa perigosa e certamente estaria tramando alguma coisa para estar ou ter enviado um representante para Marana. O receio do grupo era de que ele estivesse tentando aliciar o reino sedento por uma guerra para se aliar à Verrogar contra Dantsem.

• Para tentar descobrir mais alguma informação sobre os elfos estacionados no meio da cidade, Torin foi até as proximidades da arena e conversou com o artesão que construía a estátua de Crezir. Com muitas homenagens a deusa, o anão disse que os elfos estavam tomando conta de Sensera. Ele também falou sobre a luta que ocorreria naquele dia, entre Bartonigre e uma fera. Embora a conversa tenha sido agradável, ela não trouxe nenhuma informação útil para Torin.

• Finalmente, o grupo de aventureiros resolveu que iria ignorar a presença dos elfos em Sensera e seguir com sua missão principal. A presença de Éperus entre eles se mostrava um fardo especialmente para Kaiser, que temia que o jovem fizesse algo irresponsável, mas também para os outros, que sabiam do peso da missão que haviam assumido. A discussão sobre esta condição ocupou boa parte do tempo da viagem, já que Kaiser se mostrava mais interessado em fugir da rota planejada para realizar missões alternativas que poderiam mudar os rumos da guerra, enquanto os outros eram mais receosos, pois consideravam que se algo acontecesse com o bastardo de Verrogar Dantsem não teria mais nenhuma chance de vitória.

Lir
a guerreira anã

• O grupo, disfarçado como uma peregrinação de Cruine, chegou em Chipara uma semana depois de ter deixado Sensera. Eles dirigiram-se para uma estalagem e foram para uma taverna, onde algumas pessoas passavam a noite. Lhes chamou a atenção um grupo de mulheres aventureiras que, pela presença de uma anã, chamou ainda mais a atenção de Torin.

Itilara
a guerreira humana

• Cheio de confiança em suas habilidades de sedução, Torin aproximou-se da anã e começou a cortejá-la. Éperus e Pedodes também conversaram com as mulheres, embora o sacerdote não parecesse ter intenções secundárias. Eventualmente Cóquem se envolveu no assunto e descobriu que o grupo feminino vinha de Luna e rumava para as Terras Selvagens. As aventureiras queriam chegar nas Estepes Vítreas e fazer riquezas. Cóquem não pode ajudá-las falando sobre uma rota, pois viera voando. No entanto, sua aparição foi muito bem recebida por elas. A guerreira do grupo lhe presenteou com uma adaga muito bonita feita artesanalmente por ela, e pediu para que ele a devolvesse nos Mangues, quando eles se reencontrassem.

Auviana
a necromante

• Embora Pedodes não tenha percebido de imediato, Cóquem supôs que uma das aventureiras se tratava de uma necromante. O bardo fez diversas perguntas para mulher que pronunciava muito poucas palavras e acabou se retirando mais cedo do recinto. Alcax também não notou a presença da necromante, afirmando categoricamente que ela não realizou nenhum ritual na presença dele. Enquanto essa discussão ocorria, Torin já levava a anã para o quarto para uma... conversa mais particular.

• As aventureiras deixaram a estalagem logo cedo pela manhã. Cóquem foi ao quarto da necromante e procurou por algum pista, e acabou encontrando dois ratos mortos e um pergaminho rabiscado com tinta de sangue. Ao levar estes materiais para o grupo, ele ficou sabendo que o sangue dos ratos seria utilizado para escrever algum pergaminho necromântico, mas que a mulher desistiu na metade e não realizou magia alguma. Como elas já deviam estar longe a esta altura, o grupo deixou seguir e voltou-se para sua missão.

• Eles ainda não tinham recomeçado sua jornada, mas a princípio se deslocariam para oeste, passando ao norte da cidade verrogari de Seviala rumo à Lutrúcia, último paradeiro do bardo Escarlon. A reentrada no reino inimigo era o que mais lhes preocupava nesse momento.

Marana, dias 18 a 30 do mês da vida do ano de 1500.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

(OA) Sessão 03

As cavernas de Klothys

Depois do duro combate contra os ursos, o grupo tomou seu tempo para se reorganizar antes de seguir viagem pela estrada principal. O trajeto os levaria a vários pequenos vilarejos antes de chegarem a cidades maiores.

Em uma das paradas que realizaram fora da estrada o grupo pernoitou próximo a uma enorme estátua de Keranos. O deus das tempestades recebeu uma oração de Benthic, que lhe pediu mais previsibilidade no clima especialmente no mar. A manhã seguinte surgiu com uma chuva mais leve do que aquela que os castigava no dia anterior, e Benthic resolveu agradecer ao deus. No entanto, seu gesto foi repondido com um relâmpago a cair sobre o alto da estátua, assustando o tritão.

A próxima parada do grupo poderia ter sido a cidade de Barramen, um entreposto comercial muito movimentado devido à união das estradas que vem de Altrisos e de Meletis. No entanto, para tentar evitar chamar a atenção, o grupo resolveu passar ao lado da cidade marchar por mais três dias até a chegada na cidade de Cruzaz, uma cidade ainda maior do que a anterior e que servia de ponto de parada para todos que trafegavam entre as principais pólis.

Em uma taverna na cidade de Cruzas os aventureiros ouviram uma história de que muitos exploradores estavam morrendo na Caverna do Lagarto de Sangue recentemente. Supostamente, os intrépidos que conseguirem chegar ao coração da caverna teriam o direito de conversarem diretamente com a deusa Klothys.

No entanto, o objetivo imediato dos aventureiros era outro. Théodas pretendia se encontrar com o oráculo de Athreos na cidade e Cruzaz, onde saberia do melhor rumo a tomar. Ao chegar no templo do deus da passagem, o centauro se deparou com um ritual de sepultamento. Confundido com o novo sacerdote local, ele acabou por realizar o rito fúnebre. Somente depois ele ficou sabendo que o clérigo que ele buscava está afastando há algum tempo devido a uma doença.

Depois de descobrir que o clérigo doente chama-se Eadmulf, Théodas foi capaz de encontrar sua casa. Lá ele foi recebido por uma mulher que inicialmente não quis recebê-lo, mas logo em seguida disse que o próprio doente queria vê-lo pessoalmente. O encontro dos clérigos foi breve. Eadmulf disse que Athreus havia tomado um lado na disputa entre Ephara e Klothys: o lado de Ephara. No entanto, ele precisava que um de seus heróis dissesse isso pessoalmente para o deus do destino. E assim Théodas concluiu que deveria ir até a Caverna do Lagarto Sangrento para dizer para Klothys pessoalmente que seu deus patrono apoiava Ephara.

Eadmulf faleceu assim que passou a mensagem para o centauro. A mulher que cuidava dele era sua filha, Rose, e disse que Théodas poderia pegar o que quisesse no templo próximo ao cemitério. E assim o centauro se dirigiu até lá e acabou descobrindo o diário do velho sacerdote, que lhe revelou algumas informações sobre sua vida e os costumes locais.

A viagem até a Caverna do Lagarto Sangrento levou pouco mais do que uma hora. A entrada era escura e estreita. Logo na primeira centena de metros Benthic notou que a estrutura parecia estar desenhada para uma pedra rolante cair sobre os desavisados, e assim fez o grupo evitar o possível gatilho da armadilha. Ele não foi tão eficiente algumas dezenas de metros mais pra frente, quando um gatilho no chão ativou uma lâmina cortante que quase partiu ele e Théodas ao meio. Felizmente o grupo conseguiu se recuperar um pouco antes de prosseguir viagem.

Os aventureiros acharam um local adequado para fazerem um pequena pausa pouco antes de um pequeno lago de águas borbulhantes. Benthic foi quem mais se aproximou, mas resolveu que não tocaria na água por ora.

Platô Quatro Ventos, dias 8 a 15 de Lyokymion do ano 12 da era dos Heróis.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

(SG) Sessão 49

Marana e Verrogar

• Ainda na reunião do grupo na noite do dia 16, Kaiser surgiu com outro plano: o nobre iria enviar sua escudeira Osla para Léom com uma carta a ser entregue para o rei Azuma de Olives. Sua intenção era avisar o reino sobre a inclinação de Marana em entrar em uma guerra, e o vislumbre de que ela possa participar do confronto contra Verrogar ao lado de Dantsem. O guerreiro redigiu a correspondência em élfico, e sugeriu que um emissário fosse enviado à Sensera para negociar uma possível aliança. Para chegar em Léom, Osla faria uso da nova aliada do Marquês de Agrimir: os barcos pesqueiros dos Auciel.

• Retornado para os planos de percorrer o reino de Marana, o grupo cogitava em qual o próximo passo. No entanto, após muita conversa, o grupo não chegou a uma conclusão em como daria o próximo passo. Assim, pernoitaram na taverna sem uma decisão tomada, estressando um pouco o anão que insistia que uma decisão fosse tomada logo.

• O dia seguinte ainda não seria o da partida. Landalfo estava concentrado em seu ritual para animar suas armaduras mágicas, e assim o grupo precisaria fazer mais um dia em Portiara. Assim Cóquem e Torin foram fazer perguntas sobre Anendel em outros locais, em especial na estalagem do porto. Lá eles descobriram que a elfa frequentava muito pouco a cidade, mas visitava a vinícola dos Terra Morno eventualmente. Cóquem então, em acordo com o grupo, resolveu que iria até a vinícola para comprar uma garrafa do vinho de preferência de Anendel a fim de presenteá-la quando chegassem à sua casa.

• Cóquem e Pedodes foram visitar a vinícola. Lá eles foram rapidamente apresentados para a proprietária Ursulona (ou Ursa), uma pequenina mais baixa do que a média e um pouco acima do peso ideal. Bem humorada, a pequenina os recebeu muito bem e os levou para a sala de armazenaento dos produtos. A dupla pode experimentar alguma variedades e acabou ficando com algumas garrafas de duas linhas distintas: uma produção clássica, da "safra da Livração", envasado no ano da libertação de Marana da seita para oferecer para Anendel; e o outro muito forte, para agradar ao anão Torin.

• Ainda na vinícola, a dupla foi apresentada ao filho da pequenina, um músico talentoso que cantava e tocava instrumentos. Ele se sentiu muito a vontade com Cóquem e possuía algumas informações sobre Escarlon. Chamou-lhes a atenção a história de que ele já havia visitado a vinícola e tinha levado uma garrafa do mesmo vinho que Pedodes estava levando, da safra da Livração. Com essa informação, o bardo resolveu levar outra garrafa para a viagem. Depois de saírem dali, a dupla foi para o Portal do Povo abençoar algumas crianças.

• Kaiser, Torin e Osla foram até a casa dos Auciel para realizarem o plano do arqueiro. A senhora Joane os recebeu com um ânimo muito melhor do que no dia anterior e fez questão de deixar claro que ao aceitar o pedido ela ainda sentia-se em dívida. Ao saírem de lá já deixando a escudeira, a dupla se deparou com uma cena na frente do templo de Blator em obras. Uma mulher chorava aos pés de alguns guardas, implorando que eles libertassem seu filho. Ao falar com ela, eles descobriram que ela dizia que o rapaz havia sido preso injustamente e que havia sido levado como escravo para o sul, em um moinho.

• Lanâncoras havia ficado com Éperus. O jovem humano tentou conversar com o mago sobre o interesse que estava tendo pela comerciante do dia anterior. Lanâncoras foi direto e disse-lhe para não se deixar enganar pelos prazeres da carne. Algum tempo depois, já no meio da tarde, Éperus saiu para dar uma volta na cidade sob a supervisão de Alcax.

• Lanâncoras, Cóquem e Torin foram até a casa de Ezard, o sacerdote de Blator que fora visto no dia anterior, e levaram um dos vinhos fortes que Cóquem havia comprado. A reunião com o sacerdote se deu em uma sala de estar bastante confortável. Ele disse que a mulher chorando em frente ao templo de Blator pela manhã estava tentando libertar o filho preso, Órius. Segundo o sacerdote, o rapaz fora preso acusado de saber uma rota importante através da floresta de Marvion, em Dantsem, lar de seu pai. A conversa se desenvolveu de forma bastante amistosa. Ezard revelou que Isalíbel, em Dantsem, estava sob cerco há alguns dias, depois que Verrogar invadiu a planície ao seu redor através de uma estrada construíada por território eredri. O trio ficou um pouco desconfiado das intenções do sacerdote, que parecia afeito aos interesses belicosos do rei maranense, especialmente devido a um brinde que realizou em nome da guerra. Ao fim, Lanâncoras acabou embriagado por uma bebida oferecida por Ezard e teve de ser levado embora antes de entregar que o grupo estava ali sob ordens do rei de Dantsem.

Anendel

• Reunidos mais uma vez, o grupo decidiu que partiria para a casa de Anendel no dia seguinte. A alternativa seria resgatar Órius, a quem eles acharam que poderia possuir informações sensíveis sobre Dantsem. Porém, resgatá-lo com Éperus seria muito arriscado. A jornada até a casa da elfa foi rápida, levando pouco mais de três horas. Havia um acampamento militar verrogari nas proximidades, mas o grupo os deixou momentaneamente.

• Anendel os recebeu desconfiada, mas foi amistosa, pedindo para o grupo esconder bem sua carruagem e os animais. Ela agradeceu pelo presente e os deixou entrar na pequena casa cheia de mapas e desenhos presos nas paredes. O grupo perguntou sobre mapas da região dos Palomares e acabou comprando um. Ela também conheceu Escarlon, mas o último paradeiro que soube dele foi Lutrúcia. Enquanto estavam ali, um grupo de soldados verrogaris bateram a porta e importunaram um pouco Anendel, que parecia acostumada com a situação. Antes de partir, Cóquem usou seus encantamentos para apagar a memória recente da elfa, fazendo-a esquecer da presença do grupo.

Mapa dos Montes Palomares comprado de Anendel

• Saindo dali os aventureiros resolveram atacar o acampamento verrogari. Ele já não estava mais cheio de guardas como da primeira vez que o haviam visto há algumas horas. Os quatro guardas que faziam a proteção mal tiveram tempo de ver o ataque relâmpago e coordenado. Sob a estratégia de Éperus, o grupo matou três deles e levou um como prisioneiro. Vasculhando o acampamento o grupo ainda encontrou uma pilha de cartas pessoais dos soldados para suas famílias, bem como um ofício com o selo de Verrogar, oriundo de Aberdim e escrita em Verrogari. O despacho do dia 1 do mês da vida do ano corrente designava o comandande Vozum para a liderança do posto, e dizia que ele "deveria permanecer em alerta em virtude dos movimentos estranhos das tropas militares maranenses que representam perigo ao reino soberano de Verrogar." Depois de ler, Pedodes queimou a carta.

• O grupo finalmente resolveu seguir sua jornada pelo caminho mais seguro, viajando até a capital Sensera. No caminho eles interrogariam o prisioneiro que fizeram.

Portiara e Arredores, Marana, dias 17 e 18 do mês da vida do ano de 1500.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

(VP) Sessão 23

O fim de Daria

• O grupo passou a noite em tocaia na Fairgrass. Além de proteger o local, o grupo começou a elaborar um plano para se ver livre da gnoma que os importunava há meses.

Andar inferior da Fairgrass Corporated

• Durante toda a madrugada o grupo começou a preparar armadilhas para aguardar uma nova chegada da gnoma na Fairgrass Corporated. Ele prepararam algumas portas na entrada do esgoto e alarmes na entrada pelo andar superior. Por fim, colocaram caixas em posições estratégicas para aguardar a aproximação da ladra.

• Durante o dia seguinte eles espalharam uma falsa notícia pelos arredores do Distrito do Campo. Eles comunicaram a guilda sobre uma suposta ausência deles por alguns dias, bem como avisaram Volfre, o guarda do portão norte. Eles pediram a todos que a notícia não se espalhasse, mas confiavam que ela acabaria chegando aos ouvidos de Daria de qualquer forma. Mart removeu uma parte essencial do dispositivo de Kwalish para impedir que Daria conseguisse utilizá-lo, se por acaso chegasse até ele.

• A noite naquele mesmo dia o grupo estava em guarda. Eles trancaram a Fairgrass como se eles realmente tivessem saído e entraram pelos esgotos. Então aguardaram até a noite, torcendo para que o plano desse certo.

• A estratégia pareceu ter surtido efeito. No meio da madrugada as portas extras colocadas junto ao esgoto estavam sendo destrancadas por fora. Eventualmente a gnoma derrubou as defesas da sala, utilizou uma magia para abrir o dispositivo de Kwalish e entrou nele invisível, antes que qualquer um conseguisse impedir. Ela se trancou no equipamento, mas não conseguiu operá-lo graças às modificações de Mart.

• Para tentar fazer com que a pequena saísse do dispositivo, Mart começou a aquecer a porta do artefato, o que aos poucas acabava aquecendo o ar interno também. Revoltada, a ladra começou a quebrar o disposivo por dentro. Ela propunha uma conversa, mas o grupo queria apenas sua cabeça. Alguns minutos depois a gnoma abriu a porta do dispositivo. Dick tentou parti-la com seu machado em um golpe rápido, mas ela foi ligeira e escapou através dele, transportando-se para mais perto dos esgotos. Uma perseguição começou.

• A gnoma era muito rápida, mas Dick era maior e também era muito rápido. O bárbaro conseguiu contornar a pequena pela água e parar em frente a ela, acertando-a com seu machado de raspão na cabeça, mas de forma suficiente para deixá-la já enfraquecida. O restante do grupo chegou atrás e já ameaçavam a vida de Daria.

• Como última cartada, a ladina utilizou seus poderes pra suplantar a vontade de Dick. Ela ordenou a ele que a protegesse enquanto ela fugia. O bárbaro se pôs entre ela e Tao e preparou-se para impedir a passagem do guerreiro. No entanto, Tao fez uso de sua sombra para criar uma cópia além do bárbaro, próximo da pequena, e dar-lhe uma golpe que a tirou de combate. Enfim, Daria havia sido derrotada.

• Dick retornou a si após a inconsciência da gnoma. Furioso por perceber que havia sido enfeitiçado, ele não se contentou em deixá-la viva. O bárbaro ergueu seu machado e, com a jovem ladina indefesa no chão, a matou com um golpe no rosto. O corpo dela foi atirado no esgoto e o grupo voltou para suas tarefas sem remorso e, ao contrário, com alívio por terem se livrado de alguém que os importunava.

Luvian, a Arquimaga

• Os dias seguintes foram de normalidade na Fairgrass. O grupo recomeçou com suas funções de comerciantes e, principalmente, de milicianos, extorquindo os cidadão pela proteção que garantiam. O dia da fundação de Aguasprofundas, no primeiro dia de Flamerule, foi especialmente bom para os negócios, uma vez que o feriado lhes fez vender todos os objetos que possuíam. No dia 3 do mesmo mês, Argella Divanis saldou a dívida com o grupo.

• Drake tratou de agendar outra reunião com o arquimago da Torre Blackstaff. Ele conseguiu um agendamento para o dia 15 de Flamerule, e desta vez ele chegou na hora e bem vestido. A arquimaga que lhe atendeu foi Luvian, uma elfa com roupas extravagantes. Ela ouviu a proposta do draconato: uma favor que ele poderia fazer em troca dela completar a magia que falta no Livro do Entendimento. Após alguns assuntos discutidos, Luvian se mostrou surpresa pelo fato do portal para a Cidadela de Bronze ainda estar funcionando ─ Drake revelou todos os conhecimentos que a Fairgrass havia colecionado para ela ─ e então decidiu o que pediria para Lex Drake: Ela entregou um objeto de cristal transparente em formato de estaca para o draconato e exigiu que ele a levasse para Grumarrurr, um Efreet na Cidadela de Bronze.

• Lex Drake saiu da Torre Blackstaff com uma nova missão. Porém, ele ainda precisaria explicar para o grupo toda sua situação, que até então estava sendo guardada em segredo.

Aguasprofundas, do dia 26 de Kythorn até dia 15 de Flamerule do ano de 1489.