quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

(FI) Capítulo 1: Um contrato para Qi

Parte 1 - A proposta da sacerdotisa

Apresentações


Na cidade de Qi, o velho Duke tem um pequeno quarto afastado da multidão urbana em que desenvolve pesquisas sobre a Numenera. Seu interesse especial está em Numeneras de éons passados que ele é capaz de identificar como sendo de radiotransmissão, com as quais já está mais adaptado e consegue extrair informações preciosas.

Duke contratou o glaive Vaan para protegê-lo, visto que seu laboratório está localizado em uma região afastada e perigosa da cidade. Mesmo que até agora não tenha sido atacado, o velho vê a necessidade de manter um eficiente guarda, uma vez que suspeita que o Durkhal tem sequestrado pesquisadores de Numenera, como fizeram com seu mentor, Zach Aether. Vaan, que é ex militar, não enxerga dificuldade em sua missão e ocasionalmente desdenha do serviço.

Maddog é o mais novo integrante do trio. O nano surgiu há alguns meses de uma fenda dimensional que o trouxe da Terra do século 21 para o Nono Mundo. Em sua terra natal, Maddog estudava tecnologias “alienígenas” graças a seu mentor, Phineas. Após o acidente dimensional que levou o nano para onde ele está agora, ele acabou surgindo em frente ao Duke. Os rastros de energia do acidente acabaram imputando ao velho uma proteção especial contra os poderes de Maddog.

Vaan possui uma arma especial que encontrou há algum tempo atrás. Esta arma possui vida própria e é constituída de material metálico e orgânico misturados. Por alguma razão, esta espada é agressiva com todos, mas não com Vaan. O glaive não sabe a razão disso, mas crê que tenha a ver com a origem do artefato Numenera.

A chegada de Maddog acabou gerando perguntas na mente do glaive. Isso porque o nano também parece não incomodar seu artefato-espada. Assim, enquanto serve ao velho Duke, o glaive tem a expectativa de descobrir mais sobre sua ferramenta de trabalho especial.
A biblioteca de Qi

Era um dia convencional de pesquisas para o velho Duke. Ele estava junto com Maddog em seu laboratório e precisava de alguns instrumentos que poderia utilizar. Para conseguir mais informações sobre estas ferramentas, o nano pediu ao estrangeiro que fosse até a biblioteca de Qi e pesquisasse sobre alguns assuntos pertinentes. Ele disse que o glaive deveria acompanhá-lo.

A dupla foi até a bilbioteca. Ao chegarem lá, o glaive não pode entrar devido a sua enorme espada. Visivelmente irritado, Vaan retornou até o laboratório de Duke. Enquanto isso, Maddog continuava lendo sobre diversos assuntos na biblioteca. Ele pesquisou sobre vermes e outras criaturas que achou interessantes, mas esqueceu-se por completo de qual tinha sido o pedido do Duke.

Quando terminou suas tarefas na biblioteca, o nano saiu e percebeu que alguém o seguia. Ele tentou desviar o caminho até uma região movimentada da cidade, mas longe do laboratório do nano. Ao ser abordado, Maddog viu que tratava-se de uma sacerdotisa dos éons. Ela se apresentou como Vien de Qi e disse que queria muito falar com Duke, pois tinha uma proposta que envolvia um pagamento. Maddog ficou de passar a mensagem e encontrá-la no dia seguinte naquele local.

Duke ficou desconfiado quando recebeu a notícia da abordagem de Maddog. O velho era muito receoso de tratar com sacerdotes dos éons por acreditar que eles estavam sumindo com pesquisadores de Numenera. Contudo, resolveu encontrar a mulher e ouvir a proposta. Os três foram ao encontro, incluindo o guarda costas Vaan.
A conversa com Vien não ocorreu no local marcado. Ao encontrá-la no local, a sacerdotisa pediu para que fossem para um local menos movimentado. Em um campo vazio, Vien falou que desejava contratar Duke para explorar uma caverna recém descoberta no subterrâneo de Qi. Ela aceitou pagar 10 shins para cada integrante do grupo e uma parte das cifras que encontrarem. Satisfeito com a recompensa, o nano aceitou o contrato e marcou de encontrá-la no dia seguinte do outro lado da cidade para que o trio fosse levado ao local da missão.


A caverna sob Qi


Como combinado no dia anterior, o grupo encontrou-se com a sacerdotisa na Ponte do Mercado. Para chegar lá, o trio foi em um dos dirigíveis que servem como transporte pela cidade. Após a conversa, Vien os levou até uma área aberta ao sul da ponte e a oeste do rio Wyr. Lá, ela usou um mecanismo que carregava para desativar uma espécie de ilusão no solo que abriu uma caverna em forma de escadaria de metal.

Entregues ao local da missão, Vien os deixou e disse que os encontraria na Ponte do Mercado nos próximos dias, depois que terminassem.
O trio seguiu descendo as escadas e percebeu que a iluminação na “caverna” era difusa, vinda de algum lugar que não se podia determinar. Eles seguiram por vários metros abaixo do solo até encontrarem um piso plano. Em pouco tempo depararam-se com um buraco de pelo menos 4 metros e um painel do outro lado. Vaan foi o escalado para saltar. Embora tenha tido um percalço do outro lado, o glaive concluiu o salto com êxito.

O painel que viu do outro lado se parecia com um teclado. Sem saber o que fazer, ele pediu a ajuda dos nanos. Maddog também conseguiu saltar o buraco e então tentou mexer por alguns instantes, fazendo surgir uma série de estranhas no ar. Mesmo assim, tudo que ele conseguiu foi ativar um mecanismo de defesa: gás venenoso que saía da parede. Para evitar o envenenamento, Vaan ativou uma de suas cifras, agarrou o nano e saltou de volta para o outro lado. Os dois ficaram seguros e o trio aguardou o veneno se dispersar para voltar ao lado do console.

Antes da próxima tentativa, Vaan, ainda auxiliado pelo efeito de sua cifra, ajudou os dois a saltarem a brecha. Duke não parecia confiante para usar aquele teclado, e então Maddog voltou a tentar usar o teclado. Mesmo sem saber exatamente o que fazia, Maddog intuitivamente ia digitando códigos que achava que poderiam funcionar. A tentativa e erro deu certo em determinado momento, e uma porta a frente do trio se abriu.

Contudo, atrás desta porta estava um autômato mecânico e sem cabeça, mas com um enorme círculo envidraçado e com luz amarela no lugar do peito, de onde os braços saíam pelo lados. A criatura tinha braços longos e punhos reforçados, e não parecia disposta a conversar. O grupo preparava-se para uma luta.


Cidade de Qi, 26.04.898 - 27.04.898


Parte 2: A caverna metálica

Golem

Assim que a porta se abriu, o grupo foi obrigado a combater o monstro que estava do outro lado. O golem metálico atacava com os punhos e defendia-se com os antebraços reforçados. Ele conseguiu, no início do combate, desferir um encontrão em Vaan que o arremessou ao buraco atrás deles. O glaive chocou-se contra a parede mas não conseguiu evitar uma queda de uma altura considerável, machucando-se bastante.

Enquanto ele se recuperava do tombo, Maddog virava-se para enfrentar a criatura, com Duke dando apoio tentando provocar interferência no golem. Aparentemente os poderes mentais de Maddog surtiram mais efeitos, pois a criatura era propelida a medida que era atingida. Contudo, o combate só foi encontrar o seu final favorável ao trio quando Vaan retornou do buraco que havia caído. Ele desferiu um golpe certeiro e final contra a criatura, encerrando a batalha.


Corredores metálicos

Depois do combate, Vaan explicou que naquele buraco em que caíram havia uma passagem obstruída com escombros, e que ele foi obrigado a utilizar uma de suas cifras para escapar. Além disso, o glaive foi o primeiro a vasculhar por cifras nos restos da criatura destruída.

Depois de alguns minutos procurando peças, o grupo seguiu pelo corredor que iniciava na porta de que saiu o golem. Duke acreditava que a tubulação de gás que havia sido rompida deveria levar a algum lugar de interesse. Ele recomendou que o grupo seguisse esta linha. Isso levou o trio até um local com armadilhas de luzes vermelhas. Para passar, Vaan e Maddog realizaram um trabalho minucioso de retirada de pequenos espelhos do chão. Ao mesmo tempo, a dupla descobriu que poderia aproveitar aquelas que não foram danificadas na retirada para serem usadas como bombas.

Maddog se mostrava o mais curioso - e as vezes temerário - ao mexer em todos os painéis estranhos que via. Contudo, suas experiência resolveram o problema de uma porta, que foi aberta graças a ele.

 O trio encontrou o local mais preocupante em uma área mais alta da caverna. Era uma grande sala circular com tubos de gás semi transparente em que estavam 6 autômatos desligados. Dois destes tubos estava quebrados e sem gás, com os autômatos visíveis. O trio, preocupado, resolveu atentarem primeiramente para a porta na outra extremidade, para depois pensar melhor nos autômatos.


Cidade de Qi, Caverna Subterrânea, 27.04.898

Parte 3: Fim da linha?

Vaan foi o escolhido para abrir a porta. Com toda a delicadeza que lhe é peculiar, o glaive atacou o portão metálica com força, amassando-o e abrindo uma brecha para que ele pudesse usar sua espada Diplomacia como uma alavanca e, finalmente, derrubar a obstrução.

Uma vez no chão, o trio se deparou com um curto corredor e outra porta. Maddog foi investigar, enquanto Duke e Vaan ficavam analisando a sala anterior. O velho viu os painéis na lateral, mas não se atreveu a mexer. Já Vaan observou tubos e linhas estranhas que iniciavam no chão e nos tubos dos golens e se perdiam em algum ponto do centro do teto.

Após alguns instantes, a dupla resolveu ir ajudar Maddog, quando Duke acidentalmente tropeçou em um tubo solto, liberando uma corrente de gás. O dano provocou que uma porta de segurança se fechasse, isolando Maddog dos outros dois. O prejuízo foi rapidamente contido porque Duke, muito habilmente, conseguiu recolher a tubulação flexível e trancar a emissão de gás. Em seguida ele isolou a saída e conseguiu largá-la. Contudo, ele percebeu que a pequena quantidade de gás que havia saído tinha provocado pequenos movimentos em um dos autômatos.

ChaveEnquanto isso Maddog estava preso. O nano havia deduzido que uma numenera ao lado da porta, na forma de um círculo vermelho, deveria ser uma espécie de chave para abrir a porta. Contudo, ele não conseguia deduzir o que poderia ser a tal chave. Uma vez que estava trancado, o nano primeiro precisava pensar em uma forma de se livrar dali.

Analisando o seu redor, o nano viu que havia uma pequena saída de ar na parte superior, mas ele não alcançava. Foi então que ele decidiu que aguardaria Vaan arrombar a entrada. E foi o que aconteceu.

Van derrubou a porta com sua espada, como havia feito com a anterior. Em seguida, o glaive percebeu que o círculo que havia encontrado era muito parecido com o olho dos golens que estavam enfrentando. Assim, eles retornaram a Duke e apresentaram o plano: "vamos levar este autômato desativado até a porta". Duke consentiu, embora não pudesse afirmar que isso não ativaria o monstro.

Maddog e Vaan carregavam a criatura enquanto Duke explicava que o gás que haviam liberado era o responsável pela ativação das criaturas. Ao chegarem na chave de comando, Maddog alinhou o olho do golem com o painel vermelho, e a porta se abriu.


Área Central

A porta aberta pelo olho do golem levava a uma escada alta com uma curva de 180 graus na metade. O fim da linha era uma porta semi aberta antes de uma sala escura. No momento em que Maddog pisou dentro da área escura, pequenas luzes se acenderam iluminando apenas por onde ele deveria ir. O nano seguiu o local e chegou a uma área circular, onde percebeu que um painel o cercava.

Duke e Maddog não sabia exatamente o que fazer. Eram centenas de teclas e eles não tinham muita noção de por onde começar. Assim, o velho veio com um plano:  eles iriam tentar sincronizar seus esforços; enquanto Maddog ativava sua varredura, Duke tentaria interferir nos comandos da caverna com seus rádio.

A estratégia poderia ter dado certo se Maddog tivesse prestado atenção no plano, porque uma vez que ele ativou sua verredura, ele perdeu-se em suas visões. O esoterismo do nano parece que o sincronizou com presenças passadas daquele local. Ele viu várias pessoas trabalhando naquela sala com roupas estranhas e uma língua desconhecida. O nano atentou-se para uma das pessoas que fuçava no painel a sua frente. Ele repetia os movimentos daquela "sombra". Quando concluiu, as luzes onde o trio estavam se acenderam e sua visão se encerrou.

O que o grupo viu foi uma sala circular, com uma plataforma central onde eles estavam e escadas que levavam a uma plataforma inferior. Havia painéis planos tanto na plataforma superior quanto na inferior, e um vidro enorme estava quebrado por uma pedra que se pronunciava um metro adentro da sala. Duke imediatamente afirmou que ali seria um bom lugar para que eles estabelecessem uma segunda base de operações. Ele utilizou uma de suas cifras para criar um abrigo, e ficou lendo um de seus livros.


Mais golens

Maddog não estava contente em ficar parado. Em vez disso, o nano seguiu fuçando nos painéis que encontrou. Em determinado momento, um de seus comandos perdidos ativou alguma coisa, causando um tremor em todo o complexo. Vaan e ele, então, resolveram ir investigar o que havia acontecido. A dupla voltou até a sala anterior, onde estavam os cilindros, e percebeu que o gás dos que ainda estavam inteiros estavam saindo, o que deduziram ser o início da ativação dos golens. Eles rapidamente resolveram que deveriam detonar todo o lugar antes que os monstros viessem. Vaan ficou encarregado da detonação, enquanto Maddog alertava Duke.

A explosão foi grande, mas logo em seguida o trio percebeu que dois golens haviam sobrevivido e estavam vindo lutar. Vaan estava na linha de frente, e Maddog logo atrás. Eles iniciaram atacando um dos monstros que estava bastante ferido, mas logo o glaive se viu cercado. Duke chegou em seguida para ajudar, mas apenas para ver seus companheiros serem atingidos e Maddog caiu ao seu lado.

O velho tentou sintonizar o seu rádio de alguma forma, mas acabou irritando um das criaturas que o atacou. Enquanto isso Vaan terminava de destruir aquele que já estava danificado.

Duke e Maddog estavam no chão. Vaan atacou o monstro por trás, causando-lhe grande dano. Mas o contra ataque do golem foi poderoso. Ele pegou o glaive e o arremessou com força contra a parede, no alto da escada. Logo ele partiu para atacar Duke, que estava deitado e assustado, tentando proteger seu rádio ao mesmo tempo em que tentava sintonizar em uma frequência que provocasse algum dano no monstro. Seu esoterismo fez efeito no último momento, com a mão da criatura a poucos centímetros de seu corpo. O golem foi desativado e fico estático no mesmo lugar.

O trio havia vencido a batalha contra os golens, mas estavam bastante feridos e ainda não haviam decidido o que fazer a seguir.


Cidade de Qi, Caverna subterrânea, 27.04.898


Parte 4: Recuperando as partes

A pesquisa de Duke

Uma vez terminada a dura batalha contra os construtos, o trio resolveu dirigir-se a sala principal onde o velho havia montado sua base. Vaan não demorou para retirar-se para um canto. O glaive estava muito cansado para permanecer em pé, e resolveu que deveria tirar algumas horas para descanso. Maddog, embora também estivesse bastante ferido, optou por primeiramente estudar seus livros de Numenera e tentar descobrir alguma função desta caverna metálica. Ele chegou a conclusão de que o gás vermelho que estava presente em quase todos os locais da caverna era o responsável por manter as máquinas em funcionamento, de forma análoga a eletricidade de seu mundo ou ao sangue nos seres orgânicos. Sem maiores deduções, o nano também encontrou um canto confortável para descansar.

AutômatoDuke, diferente dos outros dois, estava comprometido em descobrir mais sobre a caverna. Ele anotava e investigava toda a sala onde o grupo estava. O velho foi capaz de encontrar uma abertura no chão com algum dispositivo cheio de botões. Entretanto, ele não teve a ousadia de investigar os botões. Em vez disso, Duke fazia explorações curtas pelas partes conhecidas da caverna. Ele foi capaz de perceber que um dos autômatos que o grupo havia enfrentado algumas horas antes ainda parecia vivo. Também fez algumas anotações sobre o funcionamento de algumas máquinas da caverna mas, de forma geral, ele passou a maior parte de seu tempo em sua mesa, anotando estudando.

Quando Vaan acordou, ele logo percebeu que Duke permanecia sobre uma mesa lendo e relendo suas anotações. Quando ele se aproximou para uma conversa, o velhou lhe pediu que voltasse a sala de comando anterior e lhe trouxesse o corpo de autômato que estava vivo, mas sem os braços. Dando ouvido as palavras de Duke, o glaive retornou até a sala em destroços devido a explosão do detonador que lançaram e terminou de "matar" o autômato a flechadas. Apenas depois disso que ele utilizou sua espada para arrancar os braços da máquina e extrair alguma numenera de suas entranhas - mas não antes de ser supreendido por um resquício de energia da palma da mão da criatura.


O holograma e a o cilindro misterioso

Maddog foi o último a acordar de descanso. Ele olhou aos lados e percebeu a bagunça que Duke havia terminado de fazer e foi logo investigar o que havia. Diferente do velho nano, Maddog não perdeu tempo em experimentar os botões que viu no dispositivo retangular. Após algumas tentativas, o estrangeiro ativou um holograma muito realista com uma conversa em um idioma estranho. Porém, após alguns instantes Maddog percebeu que conhecia alguma coisa daquela língua, pois a havia estudado enquanto ainda buscava pelo oculto em seu mundo de origem.

O casal humano dizia: “descobrimos este local há 100 jets de distância de nossa terra natal. Despachamos parte de nossos equipamento para o norte e para o oeste, pois a proximidade com este mar parece agredir o metal que carregamos. Não esqueçam que trouxemos apenas uma parte e que vocês devem nos prover com o resto em poucos lúmens”.

Duke anotou as palavras e o grupo deu por satisfeita sua investigação naquela sala. Eles então retornaram até o primeiro buraco, logo após a entrada da caverna, onde Maddog e Vaan desceram. Duke, após uma cisma de que era perigoso, resolveu aguardar pela dupla em cima.

Os dois que desceram abriram passagem entre as pedras através de uma porta enguiçada. Logo em seguida eles avançaram por um corredor razoavelmente longo até uma última sala, que também tiveram que forçar a porta para entrar. Esta sala era esférica e possuía uma cadeira na parede com um dispositivo cilíndrico e comprido apontando em direção as pedras, que invadiam a sala. Maddog foi logo fuçando nas partes mecânicas, enquanto Vaan preocupava-se mais se a caverna não desabaria sobre suas caveças. Para reforçar a cautela de Vaan, Maddog apertou algum botão que ativou o lançamento de gás, forçando a porta principal a se fechar. Vaan, puxando Maddog com violência da saída de gás, conseguiu evitar que ele fosse sufocado, embora ele tenha sentido alguma náusea devido ao contato com o fluido.

Uma vez restaurada a ordem, Maddog voltou a investigar os mecanismos, enquanto Vaan preocupava-se mais. O nano foi capaz de reengatar o tubo de alimentação do cilindro e iniciar sua ativação. Ele percebeu que o equipamento parecia tratar-se de uma arma, embora seus efeitos fossem desconhecidos. Ele queria retirar a parte que acreditava ser capaz de disparar, o que daria uma numenera poderosa, mas a posição em que se encontrava - na extremidade soterrada do cilindro - tornava a tentativa muito arriscada. Maddog então conformou-se em retirar algumas peças do equipamento e então eles voltaram para Duke.

O reencontro dos três não foi muito tranquilo. Vaan e Maddog estavam desapontados com Duke que não quis descer, e então queriam vender a ele o cilindro de gás que haviam conseguido. O velho nano não gostou da ideia, mas a negociação persistiu até que ele descesse o buraco e aceitasse pagar 4 shins à dupla que investigou o restante da caverna.

Finalmente, depois de dois dias de exploração, o grupo retornava da caverna metálica.


Cidade de Qi, Caverna subterrânea, 27-28.04.898

terça-feira, 24 de novembro de 2015

(HH) Capítulo 12: O cemitério

Parte 1: Precauções para entrar

O grupo se reagrupou na estalagem do pântano. Stor e Dalaran tinham as informações, mas falariam as partes para não assutar Tom Bash.

Ideias pouco ortodoxas

Dalaran juntou-se a Tom para tentar constatar previamente como o bárbaro reagiria se chegasse a um cemitério assombrado. Mesmo com suas abordagens sutis tentando explicar a origem de planos e deuses, o paladino logo percebeu que Tom era um caso sem salvação. O jovem não apenas parecia recusar a crença nos deuses, como também não parecia exibir capacidade intelectual para absorver conhecimento externo.

Tom falava sobre os vermes que criava e a relação que ele enxergava em fazê-los a origem de uma vida eterna. Stor, que escutava a conversa, chocava-se a cada palavra do bárbaro, que acreditava estar criando um elixir da vida comendo vermes da madeira.

Para tentar esclarecer, Dalaran chamou Giles para o recinto. O clérigo, que já conhecia Tom a um pouco mais de tempo, não demorou muito a perceber que o bárbaro tinha ideias não ortodoxas, uma vez que acreditava que suas criaturas poderiam dar-lhe vida longa, em vez de orar para uma dádiva divina fazer isso.

A conversa com o bárbaro não tardou e logos todos haviam chegado a conclusão de que seria difícil fazê-lo entrar no cemitério. Demétria conversou com Dalar e combinou que usaria sua influência mágica para tentar retirar dele o medo daquele lugar. Para isso, até agora ninguém havia contado a Tom sobre o local que visitariam.

Ao contrário do que esperavam, não houve nenhuma assombração aterrorizando os hospedados na estalagem. Além do desconfortante barulho de vento soprando, mesmo que nenhum vento houvesse, nada mais era digno de nota no úmido e pesado pântano.

Na manhã seguinte o grupo partiu acompanhado das gêmeas Tindara e Gindala. Elas guiavam o grupo e revelaram, em algum momento, que Criptaeles dirigiam-se para um cemitério. Tom, ao ouvir, já ameaçava retornar com seu cavalo Velho, forçando Demétria a agir. A barda começou a tocar uma agradável música com sua flauta. O bárbaro, que possui uma mente forte, resistiu inicialmente, mas a insistência acabou fazendo-lhe ceder e a sugestão mágica de Demétria disse-lhe que ele não tinha medo das criaturas daquele cemitério.

Com sua coragem reerguida, Tom lançou-se de batedor em direção ao cemitério, deixando o resto do grupo para trás. Ele chegou até uma cripta fechada por uma porta de grades e não conseguiu abrí-la. Foi Dalaran com sua habilidade com fechaduras que resolveu o problema, e o grupo desceu as escadas em direção ao subterrâneo do cemitério.

A sete palmos

Ao descer o alto lance de escadas da cripta, o grupo se viu em um complexo escuro e úmido. Dalaran e Demétria tinham uma visão natural melhor, mas os outros precisaram da iluminação providenciada por Stor e Giles.

Nos primeiros metros do corredor Tom já quase foi atingido por armadilhas no chão. Não fosse seu sexto sentido funcionando ele teria sido empalado por uma lança que surgiu do solo com o acionamento de um disposito. Eles passaram, e então chegaram a um grande baú, que Dalaran conseguiu destrancar e, ao mesmo tempo, desviar de uma segunda armadilha mágica oriunda de estátuas de bronze ao seu redor.

O grupo percebia que o local deveria ser investigado com cautela. Contudo, com o medo dos monstros retirado, Tom parecia estar enlouquecido. O Zumbibárbaro corria pela cripta como se não houvesse nada mais a temer além dos monstros. Dalaran se saíam bem em desarmar as armadilhas, embora o bárbaro incauto tenha sido atingido por um raio congelante enquanto nocauteava um esqueleto.

O paladino não conseguiu detectar o significado de uma estátua de águia em uma das salas que abriram. Tom, como sempre, agiu sem pensar e moveu uma peça que parecia tratar-se de uma alavanca. Como resultado, uma séria de armadilhas alocadas em todos os corredores foram ativadas, forçando o grupo a ter muito cuidado ao se deslocar por ali.

A outra sala que investigaram era um complexo com escada que levavam a muitos túmulos. Tom adiantou-se e foi abrindo os túmulos, o que provocou os zumbis que lá estavam e todos se ergueram para lutar. Porém, antes que as lentas criaturas pudessem sequer mexer-se, Stor foi preciso em uma grande bola de fogo e carbonizou quase todos eles. Os três que restaram de um total de dezenove (!!) foram facilmente destruídos por Giles, Dalaran e Tom.

O grupo mal tinha começado a investigar a cripta, mas já percebia que deveria preocupar-se tanto com os inimigos quanto com a insensatez do bárbaro.

(Terras Centrais, dias 05 e 06 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

Parte 3: A múmia e a saída do mausoléo

Após derrotarem a horda de zumbis que saía da cripta, o grupo seguiu investigando o mausoléu. Evitando as lâminas pelos corredores que haviam ativada, o grupo encontrou duas portas emperradas, que não se moviam mesmo com o emprego da grande força bruta de Tom e Dalaran. Assim, o grupo seguiu investigando os corredores.

O Duque é uma múmia!

Duque de FermountAo subirem em uma plataforma no interior do mausoléu, o grupo encontrou-se com uma múmia querendo expulsá-los. Eles entrara em combate a medida que muitos zumbis surgiam de túmulos ao redor. A múmia parecia um adversário poderoso individualmente, mas seus aliados eram frágeis e lentos. Mesmo o duque tendo emudecido a região onde estava Stor, ele teve tempo para sair e contra-atacar com suas magias. O combate cotra os mortos vivos durou talvez um minuto, em que Tom foi um dos mais feridos, mas não o suficiente para deixá-lo mais lento.

Derrotada a criatura, o grupo teve tempo para investigar no mausoléu por tesouros. Dalaran encontrou uma passagem secreta na ponta direita da cripta da múmia e também um fundo falso no túmulo do Duque. Na primeira descoberta eles encontraram o mapa que buscavam para a anciã da Vila do Pântano. Na segunda eles encontraram trajes nobres antigos e uma espada mágica, capaz de ampliar os poderes mágicos.

Poucos momentos depois da retirada da espada do túmulo do duque, o mausoléu começou a dar sinais de alteração. Vários esqueletos começaram a sair do chão, e o grupo apressou-se para ir embora. Durante a fuga, Dalaran ainda parou para verificar o primeiro baú que haviam encontrado logo que entraram na área. Ele colegou muitas moedas e pedras preciosas, mas não teve tempo de contá-las adequadamente, pois um esqueleto gigante, embora tivesse sido repelido por seu poderoso golpe, não parecia ser o único que os importunaria.

A execução do ritual

Ao retornarem à Vila do Pântano com o diagrama que a anciã havia pedido, o grupo dirigiu-se primeiramente à estalagem. Redon estava lá, para o alívio de Tom, que já dava como certa a fuga do guerreiro.

Depois de se reagruparem, todos dirigiram-se até a residência da anciã. Lá eles encontraram as gêmeas e em seguida a velha Lithira, que em poucos minutos iniciou o ritual tribal para ajudar o grupo.

A velha Lithira deu algumas ervas para que o grupo ingerisse e todos tiveram visões estranhas. Eles viram uma névoa e um dragão. Quando a visão acabou, a velha disse que o grupo deveria seguir para o leste e depois ao norte, onde encontrariam o dragão Ruflon. Segundo ela, a pedra que buscavam havia sido absorvida pelo dragão.

Em troca pela informação, a velha pediu-lhes que trouxessem uma escama da criatura. O grupo aceitou e partiu em direção ao leste.

(Terras Centrais, dias 06 e 07 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

(HH) Capítulo 11: Em busca da Orbe

Parte 1: Tocaia

Durante a viagem

Enquanto viajavam para o antigo posto de pedágio, os aventureiros também planejavam como seria sua estratégia para abordar o grupo inimigo. Tom viajava alguns metros na frente do grupo, mas os outros decidiam que seria apropriado se eles pudessem parar os inimigos por tempo suficiente para que pudessem atacar.

Ao chegarem no local, os aventureiros decidiram que seria apropriado se os soldados de Helús fizessem o papel de guardas e estivessem no posto. Lestis, o halfling, ofereceu-se para ser a pessoa a cobrar o pedágio. Ele tentaria fazer o inimigo recuar. Os outros ficariam a postos para um eventual contratempo. Demétria e Stor ficariam próximos, aguardando o momento para lançar magias. Demétria tentaria adormecer os inimigos, enquanto Stor exploraria uma oportunidade para atacar múltiplos inimigos de uma só vez.

A dura batalha

O grupo inimigo não chegou todo de uma vez, para a surpresa dos aventureiros. Um cavaleiro aproximou-se como um batedor, e conversou com Lestis, recusando-se a pagar o pedágio. Uma luta começou alguns instantes após a troca de algumas palavras afiadas, justamente no momento em que o grupo via que o restante dos inimigos se aproximava.

O combate não durou muito tempo, e os aventureiros fizeram bom uso de sua maioridade numérica, embora grande parte dos recursos tenham sido gastos para manter em pé os soldados de Helús.

A luta começou com a troca de golpes entre o cavaleiros e os soldados de Helús. Stor, assim que percebeu a aproximação do restante do pelotão inimigo, lançou uma bola de fogo naquela direção. A magia foi bastante efetiva, ferindo bastantes os inimigos e derrubando um dos cavalos. Em resposta, um encapuzado inimigo contra atacou com outra bola de fogo na direção de Stor. A bomba explodiu nas proximidades, destruindo parte do posto de pedágio e nocauteando Whine e Wizin. Enquanto isso, Demétria tentou um lançamento frustrado da magia sono, Tom defendia-se e o Dalaran se posicionava.

Nos segundos posteriores os inimigos tentavam se aproximar. Tom largou seu bastão e, enfurecido, partiu em direção ao mago inimigo. Stor, ajudado por Demétria, logo voltou a atacar o mago inimigo com sua magia, derrubando-o antes que ele causasse mais estragos. A troca de golpes entre os combatentes era muito intensa, especialmente para os soldados de Helús que tinham que ser constantemente auxiliados por Giles ou Demétria.

Finalmente, Demétria conseguiu utilizar seu poder de sugestão mental para convencer o cavaleiro, cercado, a render-se. O restantes dos inimigos, percebendo a desvantagem, tentavam fugir por onde conseguiam. Contudo, o bárbaro não pretendia permitir um fugitivo e, montando um dos cavalos dos inimigos, partiu em perseguição. Graças a sua grande habilidade com montaria, Tom foi capaz de alcançar o adversário sem grandes dificuldades forçá-lo a sair da estrada e reduzir a velocidade. Giles, então, conseguiu aproximar-se o suficiente para alvejar o inimigo com um poderoso raio milagroso, matando-o.

Após a batalha o grupo vasculhou os corpos dos inimigos. Stor encontrou alguns pergaminhos e Dalaran encontrou um mapa. Agora eles precisavam interrogar o cavaleiro que fizeram de refém.

(Terras Centrais, dias 26 e 27 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 2: Juramento

O Sepultamento

Dalaran e Stor foram sozinhos interrogar o prisioneiro. Os dois ficaram em uma cabana isolada no posto de pedágio, e pediram para que Tom fosse reunindo o corpo dos derrotados. O bárbaro, com a ajuda de Wizin e Whine, juntava todos próximo ao lago.

Durante o interrogatório, Dalaran pediu para que Stor soltasse o prisioneiro. Eles ficaram conversando com a sala fechada, e o paladino tentava convencer o cavaleiro chamado Redon a dar informações mais completas sobre a missão que receberam. O cavaleiro disse que tinha poucas informações, pois o líder do grupo era o mago Anvafs, conselheiro pessoal de Lorde Garr e que recebera a missão de Erik Meritak.

Redon de RiátidaDalaran percebia que Redon era honrado, mas que possuía o pior da cultura escravagista e arrogante de Riátida arraigada em sua  personalidade. Assim, o paladino tentava de todas as formas convencê-lo de que Lorde Garr não iria promover o bem para ninguém se conquistasse o que queria: criar um reino sob sua liderança em todas as Terras Centrais. Um reino que imporia medo nas nações vizinhas, como Amn e Cormyr, e conquistaria Cidades-Estado, como Baldur's Gate.

Indignado com o apoio que Redon dava à escravidão, Dalaran o levou até onde Tom tinha reunidos os corpos e deu-lhe uma pá e, então, pediu-lhe que abrisse a cova para enterrar seus amigos. O paladino deu-lhe ordens como se ele fosse um escravo, tentando fazê-lo entender que ele tinha tantas razões para ser um como qualquer outro, embora o cavaleiro de berço nobre não pensasse desta forma.

Tom ouvia todos os sermões de Dalaran com atenção. O jovem bárbaro não é inteligente o suficiente para elaborar um discurso planejado, mas ele concordou com e admirou as intenções do paladino, parecendo compartilhar de parte daquele ideal.

De volta ao monastério


Dalaran resolveu que eles deveriam levar o cavaleiro com eles. O conhecimento que ele tinha da missão que recebera poderia ser útil, mas a intenção real do paladino era de convencer Redon de que ele estava errado.

O grupo viajou de volta pela estrada principal até Helús, onde não pararam, mas se despediram dos soldados, e depois até o Monastério Frenas. Lá eles resolveram pernoitar, embora ainda não houvesse anoitecido.

Os monges distribuíram o grupo nas camas no chão, como haviam feito da outra vez, e deram liberdade para que fizessem o que quisessem. Assim, Dalaran e Demétria descansavam, enquanto Giles orava e Tom ia praticar Matrag. Stor acompanhava o bárbaro, embora estivesse mais preocupado em encontrar uma jovem que pudesse encaminhar à Tom.

O bárbaro, que havia ensinado o jogo de Matrag aos monges em sua última visita, ficou feliz ao perceber que vários monges o praticavam. Empolgado, ele resolveu entrar na brincadeira com o cajado recebido de sua mãe. Contudo, talvez por apego sentimental, talvez apenas por falta de inteligência, o bárbaro receava de defender-se com a arma. Assim, ele era golpeado diversas e diversas vezes, desviando a arma no exato momento em que conseguiria defender-se, sendo atingido. Como resultado, Tom terminou a sessão de Matrag com hematomas e uma reputação abalada.

Stor havia conhecido uma jovem monja chamada Sanny. Ele pediu a ela que conversasse com Tom e tentasse lhe passar algumas instruções sobre as técnicas monásticas. A jovem, vendo durante o Matrag que o bárbaro realmente precisava de ajuda, concordou em ajudar. Assim, logo após o treino, Sanny e Tom tentaram alguns minutos de meditação.

Após várias tentativas de meditação e sem grandes avanços, o bárbaro retornou ao dormitório. Ele teve suas feridas tratadas por Dalaran e então todos dormiram, inclusive Redon, que era um prisioneiro solto dentro do monastério. No dia seguinte eles continuariam sua jornada para Ulguim.
(Terras Centrais, dias 27 a 29 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 3: Meio-elfo e anões

Animais famintos

Enquanto viajavam do monastério até Ulguim, o grupo precisou acampar durante duas noites. A segunda noite, já não muito longe da cidade destino, eles resolveram se afastar da estrada para sair de um vale em que estavam. Assim, os seis percorreram alguns minutos colina acima e ficaram mais próximos do pé dos Picos Nebulosos.

Leão da montanhaComo de costume, o grupo dividiu a noite em turnos, com Tom fazendo o primeiro, Demétria o segundo e Giles o terceiro. Foi neste turno que uma dupla de animais foi percebida ao redor do acampamento. Inicialmente sem saber do que se tratava, Giles acordou Dalaran e Stor e, em pouco tempo, todo o grupo, a exceção do prisioneiro Redon, estavam acordados.

Afastados pela luz, mas espreitando o tempo inteiro, dois leões da montanha cercavam o acampamento. Dalaran foi quem teve a iniciativa de investir contra uma das criaturas. A maior parte do grupo não enxergava o suficiente para lutar a longa distância, dificuldade o combate para Demétria e Stor.

Tom foi atacado por trás por outro animal. Ele conseguiu defender-se e defender sua montaria. Dalaran combatia contra o outro leão, mas não tinha dificuldades.

O combate durou alguns segundos. Stor foi o algoz do leão mais resistente, que enfretava Dalaran, enquanto Giles e Tom cuidaram da fêmea que os atacava. Embora não tenha sido um combate particularmente difícil, ele mostrou que o vigia durante a noite é importante pois, não fosse Giles, alguma garganta poderia ter sido dilacerada antes que todos acordassem.

A mesa dos anões

Ulguim é uma cidade média. É a passagem mais segura entre Amn e as Terras Centrais e até Cormyr em centenas de quilômetros, fazendo dela um importante centro comercial.

Dois anõesO grupo de aventureiros chegou na cidade no próximo do meio dia de 2 de Uktar de 1480. Vendo que uma chuva era iminente e para conhecer um pouco da cidade, o grupo dirigiu-se diretamente para uma taverna. Dalaran percebeu que vários anões estavam reunidos em uma mesa, e logo sentiu-se compelido a provocá-los. O meio-elfo disse várias palavras em tom irônico e de deboche sobre os anões e a cerveja, forçando um dos que estava na mesa a virar-se e iniciar uma briga. Como bons anões, a confusão que eles aderiram logo contaminou grande parte da Taverna.

Tom, que não estava interessado em brigar, também disse que não iria permitir que ninguém saísse dali até que a situação estivesse resolvida. O bárbaro mudou de ideia, contudo, no momento em que um homem armado ameaçou iniciar outra confusão caso ele não liberasse a saída.

O paladino estava percebendo que a situação era desfavorável para ele. Demétria ainda nem tinha entrado na confusão, e parecia intimidada para fazê-lo; Redon estava desarmado e ainda não mostrava a simpatia suficiente para ajudar Dalaran; Giles estava longe, e se aproximando; sobrou para Stor. O mago ergueu a voz para tentar apartar o combate, mas, antes que qualquer resposta pudesse ser dada, um dos anões acertou-lhe um soco na boca do estômago. Atordoado e profundamente irritado, o arcano recuou e lançou invisibilidade sobre si mesmo, deixando que o paladino, por enquanto, cuidasse sozinho da confusão que havia armado.

Dalaran percebeu que os anões estavam voltando-se todos contra ele e que, se permanecesse nesse ritmo, logo ele estaria debaixo de uma pilha anões chutando-o. Para acabar com a confusão, o paladino utilizou um de seus poderes para ampliar seu soco. O golpe trovejante nocauteou o anão que mais estava irritado, jogando-o dois metros para trás e derrubando uma mesa. O impacto também provocou uma onda de choque que atirou ao chão todos os que estavam muito próximos do paladino, como Demétria e até Redon. Isso provocou uma pequena pausa no combate, que serviu para o paladino dizer uma brincadeira e acalmar um pouco os ânimos - exceto o do taverneiro.

Dalaran conseguiu impressionar os anões ao nocautear quem, segundo eles, era o mais notável guerreiro do grupo. Assim, ele foi convidado a sentar-se com eles, juntamente com o restante do grupo. Eles conversavam por algum tempo, e o paladino conseguiu descobrir que a Vila do Pântano ainda possui, ou pelo menos há pouco tempo ainda possuía, habitantes humanos. Ele também soube que os hobgoblins infestavam a região mais ao sul, e representavam uma ameaça real a quem percorresse a floresta.

Para finalizar, Dalaran teve que recusar o pedido do anão para segui-lo. Apesar dele dizer que era bom combatente, o meio elfo não sentiu-se seguro em levá-lo. Revoltado com a recusa, o anão partiu.

Depois do horário de almoço na taverna, o grupo teria a tarde para decidir se permaneceria em Ulguim por mais tempo ou partiria imediatamente até a Vila do Pântano, a primeira parada na Floresta das Serpentes. Eles resolveram tirar a tarde para descansar e obter mais informações sobre a tal Vila do Pântano. Demétria e Dalaran discutiram brevemente, uma vez que a barda reprovava a atitude do Paladino com os anões.

Na manhã seguinte eles estava preparados para partir.

(Terras Centrais, dia 30 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, a dia 02 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

Parte 4: Mal entrando na floresta

A batalha na Floresta das Serpentes

Após decidirem seu destino no dia seguinte a confusão na Tavera, o grupo resolveu partir em direção a Floresta das Serpentes. Antes disso, porém, Dalaran resolveu ir despedir-se do anão com quem arranjara confusão no dia anterior.

Uma vez que iniciaram sua viagem, eles perceberam que a estrada tornava-se apenas uma pequena trilha assim que entravam na floresta, forçando-os a viajar em apenas uma fila. Tom era quem guiava o grupo pela mata, enquanto Giles fazia a proteção na retaguarda.

O bárbaro, mais habilidoso para se locomover no mundo selvagem, foi capaz de perceber uma movimentação estranha na floresta. De lá saíram um grupo de bandidos a atacarem. O parte da frente, que Tom guiava, foi capaz de perceber os inimigos com antecedência. A parte de trás, protegida por Giles, foi surpreendida e Stor foi o mais visado.

A batalha iniciou com um grupo de nove bandidos atacando violentamente. Eles visavam principalmente Stor e Dalaran. O primeiro passava por dificuldades para se defender, mas Dalaran, no início, estava conseguindo manter-se firme. Tom, que estava na linha de frente, mantinha-se em posição defensiva.

Os maiores estragos na fileira inimiga era causado por Stor que, embora estivesse em situação delicada para lançar suas magias, ainda conseguiu provocar três poderosas explosões, oriundas de suas bolas de fogo, que derrubou um de seus inimigos e deixou muito ferido vários outros. Um destes seus efeitos fantásticos, inclusive, atingiu o cavaleiro Redon de Riátida enquanto ele buscava uma arma para ajudar o restante do grupo, mas ele permaneceu lutando.

Dalaran era atacado por quatro oponentes na linha de frente. Embora fosse muito habilidoso em se defender, o paladino não resistira muito tempo. Logo que percebeu que o companheiro estava em apuros reais, Tom abandonou sua posição defensiva apenas para distrair os oponentes de Dalaran. O plano deu certo, uma vez que os bandidos deixaram de atacar o meio-elfo e passaram a agir contra o mulano.

A batalha seguiu calorosa por poucos minutos. Aos poucos, o grupo ia conseguindo derrubar os adversários e, graças a Giles e a Demétria, seus ferimentos iam se curando a medida que o dos adversários só aumentava. No fim, o grupo conseguiu capturar quatro inimigos ainda vivos. Por piedade e visão de mundo, Dalaran resolveu deixá-los todos viver, mesmo que tanto Stor quando Redo não corroborassem com a ideia.

Terminada a batalha, o grupo resolveu acampar por algumas horas para repor suas energias. Enquanto isso, Stor, Dalaran e os outros aproveitaram a oportunidade para salientar a Ton o quanto é importante que ele colabore durante as lutar atacando inimigos e não apenas se defendendo. A conversa tomou um tom de reprimenda, embora bastante cordial. O bárbaro, cuja esperteza não é o ponto forte, concordou forçadamente com o restante do grupo, embora muitas das palavras proferidas tenham, certamente, sido perdidas no meio do mato.

A Vila do Pântano

Mais algumas horas de viagem e o grupo chegou na vila do pântano. Um lugar úmido, escuro e com o solo encharcado. A primeira vista, a Vila do Pântano mais parecia como uma cidade fantasma, mas logo os aventureiros puderam perceber que havia vidas humanas habitando o local.

Todos se dirigiram até a maior residência, localizada no centro da vila. Lá eles foram recepcionados por um jovem sardento que lhes foi bastante cordial. O jovem lhes disse que o Pântano era um lugar assustador, e que não havia uma estalagem ali porque a anciã, Lithira, não desejava. Ele indicou a residência da anciã como sendo a grande casa construída dentro de uma árvore gigante, a uma centena de metros da Vila.Tindara e Gindala

Apenas Redon, Dalaran e Stor se dirigirem para lá, e foram recebidos por duas mulheres muito bonitas. Elas eram gêmeas, estranhas e falavam sincronizadamente. Elas eram as pupilas de Lithira, a anciã, e se chamavam Tindara e Gindala. Após algumas breves perguntas, a própria Lithira chamou os aventureiros para seu aposento.

A anciã era uma velha humana de rosto surrado. Ela dizia que tinha visões e que sabia da aproximação do grupo há vários dias. Ela também sabia da missão dos aventureiros, embora não demonstrasse muita clareza em suas ideias.
Lithira
Lithira afirmou que poderia ajudar o grupo se eles buscassem para ela um mapa no Cemitério ao sul. Com este mapa, afirmava, ela seria capaz de prever o futuro e dizer precisamente para os aventureiros como eles poderiam encontrar a Orbe dos Dragões. A anciã ainda dizia que ela mesma nunca poderia entrar no cemitério, pois este era protegido pela alma e corpo do Duque de Fermount.

Dalaran e Stor responderam que sim em nome de todos e retornaram para a taverna. Eles combinaram de não contar a Ton que o cemitério era assombrado - o plano é que o bárbaro descubra quando já será tarde demais para fugir.

(Terras Centrais, dias 03 a 05 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

(FI) Fases do Imaterial - Intro

Qi é a maior cidade de Draolis e de todos os nove reinos. É lar dos Sacerdotes dos Éons e de seu líder, o Papa Âmbar. Sede de inúmeros grupos de exploradores que buscam nos vestígios de éons passados por poder e tecnologia perdida.


__________________________

Jogando Numenera

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

(HH) Capítulo 10: Reencontrando os rumos

Parte 1: Destinos separados


De volta à tempestade da montanha


Após perderem Stor e Tom, o paladino e a assassina saíram da caverna da forma que conseguiram, evitando os desmoronamentos para sobreviveram. Ao se reencontrarem com o grupo, a dupla revelou que o mago preferiu assim ao ver que não teriam outra saída. Aceitando o destino, restou a eles apenas torcer que a dupla separada sobreviva à perigosa montanha, pois eles ainda teriam problemas a enfrentar. A tempestade continuava no alto da montanha, e eles carregavam um artefato de grande valor em suas mãos.

Em comum acordo, o grupo decidiu dar por encerradas as atividades deste dia e descansar na mesma gruta que havia parado antes de entrarem nas cavernas. Eles acamparam e conversaram um pouco, pensando em uma forma adequada de prosseguirem. Naquele momento, ainda lhe restavam as dúvidas se a tempestade no céu devia-se o não ao cajado. Eles podiam perceber que o horizonte estava limpo, mas mesmo assim não havia ninguém no grupo com conhecimento arcano suficiente para fazer deduções confiáveis.

Na manhã seguinte, os aventureiros perceberam que a tempestade lhes trazia outro problema: orientação. Sem o bárbaro Tom Bash os acompanhando, embora ele mesmo não fosse um especialista, o grupo não possuía ninguém competente para achar o melhor caminho de volta. Dalaran não conseguia discernir com clareza o norte do leste, tampouco Giles, Bruce ou Arthur. Restou a Demétria, com muito esforço, lembrar-se do caminho que haviam percorrido enquanto chegavam para guiar o grupo exatamente na mesma trilha.

Sobrevivendo por pouco

Um salto no escuro. Foi isso que Tom Bash propôs a Stor que, muito relutantemente, acabou obrigado a aceitar. A dupla, ao ver que Entrada para o Inferno poderia ser sua sepultura ao soterrá-los sobre rochas e magma, resolveu se atirar na escuridão e aguardar que não encontrassem a morte certa.

Tom foi o primeiro. Por alguns instantes ele caiu, chocando-se com pedras do seu lado até que finalmente atingiu queda livre. A visão não lhe ajudava, pois a escuridão era intensa. Para sua sorte, o fim da queda aconteceu na água. O bárbaro conseguiu nadar por alguns instantes, até que perdesse a consciência.

Stor, que saltou alguns minutos depois, empregou sua magia para amortecer sua queda. Ao mesmo tempo que lhe ajudou por um tempo, o feitiço não imepdediu que ele se chocasse com as paredes ou caísse na água, onde o mago encontrou o maior perigo. Com uma forte correnteza e completamente nas trevas, Stor se chocou várias vezes contra as pedras até que seu braço direito fosse partido gravemente. Ele perdeu a consciência, assim que teve o alívio de chegar à margem.

Tom acordou-se algumas horas depois, com uma perna certamente deslocada. Sem conseguir se levantar, o bárbaro se arrasou até o primeiro encosto que tateou, sentou-se e acendeu uma tocha. Na penumbra, ele conseguiu ver a silhueta de Stor, na outra margem. Mesmo lesionado, o bastardo Bash atravessou o rio a nado e acordou o mago, que logo sentiu a terrível dor em seu braço partido. Após situar-se, Stor acendeu uma luz e logo agradeceu aos mestres por ter-lhe ensinado os princípios da medicina. Graças a isso, ele conseguiu pô no lugar a perna de Tom e imobilizar seu braço.

Tom ainda buscou atravessou o rio duas vezes para buscar suas coisas antes da dupla prosseguir pelas escuras cavernas. Eles andavam com a visão limitada a poucos metros e os ouvidos ocupados pelo som da correnteza. Não fosse pela entrada dos raios de Sol ao sul, não saberiam nem por onde começar a andar. Enquanto se dirigiam para a tal fenda na montanha, Tom percebeu uma ossada no chão. Convencido por sua imaginação de que aquela ossada, que certamente pertencera a uma criatura enorme, deveria significar que um predador ainda maior rondava a caverna, Tom sugeriu a Stor que se apressassem para fora dali. Os dois seguiram até a fenda, quando perceberam que ela dava origem a uma cachoeira. O rio que haviam caído despencava por 20 metros naquela local, formando uma poça larga e represada antes de prosseguir novamente para dentro de uma floresta de pinheiros, rumo ao sul.

Sabendo que muitos monstros rondam o alto da montanha, o bárbaro e o mago concordaram que seria mais seguro se acampassem ali, naquele mesmo local, antes de pularem na manhã seguinte. O descanso também daria tempo para Stor recuperar sua energia, que será útil no momento do salto. Assim, os aventureiros aguardaram até a manhã seguinte para saltar protegidos pela magia de queda de pena de Stor.

O demônio não esquece

Dalaran e os outros partiram na manhã seguinte orientados por Demétria. Eles tinham visibilidade curta mesmo durante o dia devido a forte tempestade que os acompanhava, e portanto iam escolhendo a rota a medida que as opções vinham surgindo.

Ainda durante a manhã o grupo foi surpreendido pelo demônio Trakast. Dalaran havia feito um acordo com o demônio: o paladino aprisionaria o Djinni e Trakast lhe devolveria o cajado. Os aventureiros nunca mais viram o gênio, mas mesmo assim invadiram a Entrada para o Inferno e recuperaram o cajado das mãos do servo de Trakast, enfurecendo-o profundamente.

Um combate se tornou inevitável quando Tymora não garantiu a Dalaran força suficiente para afastar o monstro. Trakast investiu inicialmente atacando e ferindo um pouco o paladino. Contudo, a recuperação foi muito rápida e, em poucos instantes, o demônio se viu cercado. Hilda o atacava pela retaguarda enquanto Arthur, Dalaran e Bruce o atacavam pela dianteira. O combate durou poucos instantes, pois o demônio, ferido, não teve tempo de empregar toda a sua técnica durante a luta. Suas asas estavam feridas, impossibilitando-o de voar com eficiência. Bruce arrancou a asa esquerda para impedi-lo de voar de qualquer forma. Arthur desferiu três golpes tão certeiros que deixaram o monstro cambaleante e, finalmente, Dalaran arrancou a cabeça da criatura com sua alabarda especial. Trinta segundos, se tanto, foram suficientes para o grupo de heróis expurgar um demônio que os imputava medo há muito tempo.

Como troféu, Dalaran recolheu os chifres do demônio Malebranche e levou seu garfo consigo.

O urso e a caçadora

Stor e Tom caíram no lago suavemente e conseguiram nadar até a margem. Eles então prosseguiram pela floresta margeando o rio por mais um dia orientados pelo bárbaro. Para acampar, Tom achou prudente que o fizessem sobre as árvores. Ele montou uma estratégia para aproximar dois galhos usando cordas. Stor até surpreendeu-se por um instante com a engenhosidade do bárbaro, mas ao subir no "abrigo", as finas madeiras de duas árvores diferentes, aproximadas e tensionadas por cordas, se quebraram e fê-lo cair por 3 metros direto ao chão. Felizmente ele não caiu sobre seu braço partido, e então a dupla pode recomeçar e, desta vez, acertar na montagem do acampamento.

No dia seguinte a dupla seguiu as margens do rio até se depararam com um urso. Embora Tom tenha ficado inspirado para atacá-lo, Stor o convenceu do contrário. Ele usou sua magia para tornar os dois invisíveis e assim se afastaram da criatura, que os percebia pelo olfato mas não tinha coragem de atacar. O bárbaro e o mago seguiram floresta adentro para evitar o animal, quando foram surpreendidos por uma névoa. Stor os tornou invisível de novo e eles saíram daquela nuvem. Contudo, uma saraivada de flechas os alvejava. A dupla fugia, enquanto as flechas continuavam vindo em suas direções, fazendo Tom ter certeza de que uma criatura que via o invisível os perseguia.

A dupla fugiu por vários minutos. Eles foram levados até uma armadilha, que conseguiram perceber e evitar e então separaram-se. Eles terem se separado, aparentemente, instigou o caçador a falar com eles, quando perceberam que se tratava de uma mulher. Tom deu início a uma aproximação amistosa, ao chegar próximo da mulher quando ela preocupava-se com outra direção, e então desfazer sua invisibilidade. Surpresa, ela se apresentou como Bashan e disse que pensava que os dois eram uma tropa enviada de Amn para persegui-la. Vendo que obviamente os dois não eram soldados reais, a jovem caçadora disse que os ajudaria.

Bashan disse que havia uma pequena comunidade ao leste de onde estavam que talvez tivesse algum animal de transporte. Ela também disse que conhecia alguém que poderia ajudar Stor com seu braço. Assim ela os levou até sua casa, uma cabana em uma ladeira no meio do mato, que abrigava sua mãe, Lena, uma mulher madura e de pose altiva.

Lena ficou surpresa e inicialmente preocupada por Bashan ter trazido desconhecidos à cabana. Contudo, a caçadora, por alguma razão, confiou nois dois e essa confiança foi passada para sua mãe. A mulher então reuniu alguns ingredientes para ajudar Stor. Ela juntou ervas, água e alguns panos quentes e antes que o mago pudesse fazer qualquer tipo de resmungo ela colocou o osso partido de volta no lugar e, certamente com magia, colou instantaneamente seu braço.

Após o movimento, a bela mulher perguntou a sua filha se eles ficariam ali naquela noite. Bashan disse que sim, e Tom agradeceu. Os quatro então fizeram sua seia juntos, quando Tom Bash viu algo que o surpreendeu: o símbolo de seu pai, Gofren Bash. Stor foi quem comentou alto durante a seia, gerando um clima sutilmente constrangedor. Lena pediu que Bashan conversasse em particular com Tom logo após a refeição, e assim ela o fez.

Em uma curta caminhada na floresta, Bashan explicou a Tom que Gofren Bash também era seu pai, mas que o nobre não sabia e sua mãe, Lena, não queria que ele soubesse. A caçadora disse a Tom que revelara o fato a ele porque pensou que o bárbaro tinha percebido durante a seia. Mesmo assim, ela ficou aliviada e gostou que ele concordou em não contar ao lorde sobre sua existência. Retornando a cabana, Stor lhe fez algumas perguntas indiscretas, mas o bárbaro não revelou ao mago que caçadora era, na verdade, sua meia-irmã, por mais improvável que pudesse ser tal primeiro encontro em uma floresta selvagem.

(Picos Nebulosos, dia 6 e 7 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Froggest outra vez

Dalaran e o grupo continuavam sua viagem em condições extremas, protegidos apenas por uma densa pele de urso cada um. Hilda havia os deixado durante a manhã, após revelar na noite anterior que não tinha interesse em retornar ao grupo. A Tiefling havia visto demais da escravidão para pôs os olhos sobre Riátida mais uma vez.

O quinteto restante ainda não tinha decidido exatamente a rota que tomaria. Demétria os estava levando até a estrada, para que depois pudessem seguir sem a preocupação se iriam ou não perderem-se na montanha.

As preocupações deles aumentaram quando viram no horizonte um grupo de pelo menos uma dúzia de bárbaros se aproximando. Com excessão de Dalaran, todos reconheceram Froggest, o Bárbaro, e um grupo de seus homens. Enquanto os dois grupos se aproximavam, Dalaran pedia algumas explicações de quem era ele e o que havia acontecido. Não houve muito tempo para detalhes, mas quando o bárbaro se aproximou foi o paladino que teve a iniciativa de conversar.

Froggest não se mostrou muito simpático, como sempre. Arthur interrompeu o paladino, dizendo que os aventureiros ainda eram aliados do bárbaro. O xamã do draconato também se intrometia eventualmente para sugerir que os bárbaros massacrassem aqueles aventureiros. Contudo, Dalaram reassumiu o rumo da conversa e, após demonstrar ao draconato que eles o reconheciam como rei e ofercer-lhe como oferenda o garfo de Trakast, conseguiu que eles recebesse permissão para seguir.

O draconato ainda impôs algumas condições, como jamais ver o rosto dos aventureiros de novo. Demétria disse que já era a quarta vez que eles encontravam o draconato e que em todas eles escaparam de um combate. Certamente, dizia a barda, esta havia sido a última.

Livres do combate e seguindo novamente em direção à Helús, o grupo aproveitou o próximo repouso para discutir os rumos que tomariam. Dalaran levantou os riscos que eles corriam de entregar o cajado à Viriuns, um mago poderoso que eles não conheciam as intenções. Várias possibilidades foram levantadas, como o fato dele pegar o cajado e não devolver, tentar controlar vários dragões e partir em uma jornada de conquista pelo mundo; ele não ter interesse em um cajado incompleto; ou mesmo do mago ter planos que eles não façam ideia do que seja, mas não ser bom. De qualquer forma, eles percebiam que a tempestade que acompanhava o cajado revelavam suas presenças. Por isso, e por acreditar que eles deveriam cumprir a promessa que fizeram, ao mago, os aventureiros rumaram para o Observatório de Escamas.

Ao chegar na pequena comunidade, o grupo dirigiu-se diretamente para a estalagem. Lá conversaram um pouco com o gnomo, quando foram surpreendidos pelo mensageiro da torre dizendo que Viriuns os aguardava. O grupo então reuniu suas coisas e partiu em direção ao Observatório.

(Picos Nebulosos, dias 6 a 9 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 2: Uma mesma meta

De Amn à Helús

Após o jantar na cabana das duas mulheres, Tom e Stor conversaram por alguns instantes com Bashan. Ela disse que poderia levar o grupo até a comunidade mais próxima.

Na manhã seguinte, Tom e Bashan conversaram por alguns minutos. Durante o diálogo, a moça pediu a Tom que não revelasse para Gofren sobre a existência dela. Ela também disse que foi bom ter conhecido um irmão. Em seguinda, o trio partiu em direação à comunidade. Eles chegaram até a casa do ancião da pequena comunidade e, graças ao prestígio da jovem caçadora, conseguiram um cavalo para ajudá-los na viagem.

Uma vez com a montaria, Bashan despediu-se da dupla e então eles partiram para o sul, até a cidade de Kulisk. Lá eles se dividiram e, dos dois, foi Stor quem teve problemas. O mago tentou questionar várias pessoas sobre a situação local das estradas, mas foi muito mal recebido. Ele foi confundido com um ladrão durante uma negociação com um feirante e, ao ser abordado pela milícia, tentou fugir. A fuga não deu certo e o mago acabou sendo levado ao chefe dos guardas, onde foi revistado e se percebeu que não havia nada roubado. Com isso, o mago foi liberado com a condição de que fosse imediatamente embora da cidade.

Stor e Tom se reencontraram mais tarde e então seguiram sua jornada para o oeste. Eles ainda passaram pela grande cidade de Véricond e então por Ulguim. Stor tentou saber o porquê da reação tão ruim dos habitantes de Kulisk, mas conseguiu apenas descobrir que haviam notícias turbulentas sobre estrangeiros no reino de Amn.

A dupla chegou em um monastéria próximo a Helús no dia 13 do mês de Marpenoth. Eles foram bem acolhidos e apenas aguardam a manhã para voltar à cidade do rei Justus.

(Picos Nebulosos, dias 7 a 14 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

A notícia do Observatório


Dalaran e o resto do grupo foram recebidos por Víriuns no Observatório de Escamas. O mago ficou visivelmente decepcionado ao ver o cajado sem a orbe em uma das partes. Ele inicialmente tentou argumentar com o grupo que eles haviam quebrado, mas Dalaran conseguiu convencê-lo de que o cajado já estava assim, e o grupo ainda recebeu um pagamento extra.

Víriuns pediu alguns dias a estudar o cajado e o grupo ficou hospedado na estalagem durante este tempo. Dalaran organizou uma festa bancada pelo mago do observatório enquanto isso e, nas oportunidades que teve, aproximou-se de Demétria e passaram a dividir o mesmo quarto.

No terceiro dia o mago do Observatório devolveu o cajado para o grupo. Ele conseguiu simular uma orbe no cajado que continha o poder do artefato. Contudo, ele deixou claro que a jóia substituta poderia se romper a qualquer momento e liberar um grande poder mágico.

A viagem até Helús


O quarteto partiu do Obsevatório de Escamas com suas montarias recuperadas. Eles resolveram seguir para o norte em direção a cidade de Passagem em vez de seguirem pelo mesmo caminho que tinha feito na vinda. Assim, levaram alguns dias até esta grande cidade e, logo em seguida, partiram para oeste em direação à Helús. O grupo conseguiu chegar a poucos quilômetros da cidade do rei Justus no dia 15 de Marpenoth.

(Picos Nebulosos, dias 10 a 15 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 3: Reencontrando a princesa

O grupo se reencontra em Helús e reencontra o rei e a princesa. Ao mesmo tempo, Bruce e Demétria tem reveses.

Uma noite com os monges

Stor e Tom chegaram no fim do dia ao Monastério dos Frenes. Os monges foram cordiais e lhes ofereceram um abrigo pela noite, para que no dia seguinte eles pudessem partir para Helús. Após presenciarem uma pequena parte da rotina do monastério, a dupla foi orientada até suas camas preparadas no chão, junto com muitos outros monges.

Tom, que estava curioso e interessado pelo que via, puxou assunto com um monge ao seu lado. Ele queria saber sobre a rotina do local e do porquê eles agirem assim. Sem uma resposta compreensível para ele, o bárbaro seguiu falando que em sua terra natal havia um jogo que era usado para resolver conflitos sem muita violência. Era um espécie de combate com bastões chamado Matrag. Antes de encerrar a conversa, que não foi muito longa, Tom garantiu que ensinaria o jogo ao monge no dia seguinte.

Já na manhã seguinte, Tom Stor foram acordados por uma batida em um círculo de metal. Stor já havia passado por situação semelhante, mas Tom continuava com sua curiosidade sobre a rotina monástica. Ele foi até o pátio e viu dezenas de monges fazendo movimentos lentos no ar, como se treinando para um combate em câmera lenta. O jovem mulano tentou acompanhar os movimentos enquanto estava um pouco afastado, mas não teve muito sucesso mesmo com Stor tentando lhe explicar que cada movimento tinha um significado.

Após a "cerimônia", Tom reencontrou o monge da noite anterior e teve com ele uma conversa rápida antes de pegarem os bastões e começarem a jogar o Matrag. O primeiro combate foi ganhado por Tom, que era bem mais habilidoso e já conhecia o esporte. Já a segunda tentativa teve o monge como vitorioso, mesmo que com uma óbvia vantagem dada a ele pela bárbaro.

Encerradas as ativades no monastério, o grupo fez sua refeição e partiu em direção a Helús para, finalmente, reencontrar-se com o resto do grupo.

O mago desconhecido em Helús


A dupla formada pelo mago criado em um monastério e pelo bárbaro que gostaria de sido criado em chegou em Helús no final da tarde do dia 15 de Marpenoth. Eles foram direto para os portões internos e foram barrados pelos guardas por não possuírem uma carta de salvo-conduto. Um pouco decepcionados, os dois saíram e Tom decidiu ir até uma estalagem. Stor, no entanto, estava decidido a entrar e disse que faria isso enquanto estivesse invisível.

Tom ficou na estalagem dos Três, enquanto Stor passava invisível pelos guardas. O bárbaro pediu a bebida mais barata da estalagem, o que lhe trouxe um destilado de gosto forte e amargo. Enquanto isso, Stor percebeu que não conseguiria entrar no castelo e decidiu que poderia conseguir algumas informações na Estalagem Olho da Serpente. Ele perguntou a várias pessoas por lá e conseguiu alguns rumores sobre ruínas mal assombradas, além de informações sobre cidades não muito distantes.

Decidido de que passar invisível pelos guardas do portão seria fácil, Stor foi buscar Tom Bash. Ele não ficou muito satisfeito quando o viu bêbado na estalagem. Mesmo que estivesse em plenas condições de andar e falar, o bárbaro estava visivelmente bêbado e com um hálito de dragão. O mago o encantou com invisibilidade e o levou a um quarto na estalagem Olho da Serpente.

Stor acordou cedo no dia seguinte e foi até o castelo. Ele tentava descobrir uma forma de conseguir uma audiência com o rei, e foi levado até o  homem feio que registrava os interessados. Utilizado suas magias, Stor o encantou e fez com que ele permitisse sua entrada aos jardins. O mago então partiu rapidamente e invisível para entrar no castelo, mas viu a princesa Justina no caminho. Mostrando-se para ela com cautela, o mago explicou a situação e contou uma parte de sua história. A princesa ficou aliviada e lhe escreveu uma carta de salvo-conduto para entrar em Helús, gravando nela seu próprio brasão.

Um grupo reunido outra vez


Os outros cinco membros do grupo de aventureiros acamparam no campo no dia anterior Eles estavam muito próximos a cidade e faziam uma jornada tranquila até lá. Demétria estava particularmente contente por retornar e demonstrava isso elogiando muito a cidade para Dalaran.

Demétria, assim como Arthur, carregavam uma carta de salvo-conduto para entrar e sair de Helús. Assim, o grupo entrou sem problemas para o lado de dentro das muralhas e foram direto para a Estalagem Olho da Serpente. Lá eles pediram comida e bebida para todos. Durante a comemoração, Tom Bash acordou e os encontrou, para a surpresa de todos. De forma repentina, o grupo havia se reunido. Tom disse onde estava Stor e contou parcialmente o que havia acontecido com a dupla. Após a refeição os seis dirigiram-se para o castelo.

Stor estava sentado no jardim aguardando pelo grupo que poderia chegar a qualquer momento quando os viu passando pelos portões do jardim. Todos reunidos, o grupo encontrou-se com a princesa, que os destinou a seus quartos.

Justina estava especialmente contente de reencontrar Arthur, por quem demonstrava mais afeto do que para com os outros integrantes da comitiva. Depois de feitas as instalações de todos, a princesa os levou ao encontro do rei, que lhes deu as boas vindas, pegou o cajado e pediu uma reunião na biblioteca a noite.

A reunião na biblioteca serviu para o grupo explicar ao rei o que tinham encontrado nas montanhas e para explicar como o cajado havia ficado naquele estado. O rei disse ainda que seus conselheiros deduziram que a jóia azul que segurava a energia do cajado era instável, e que uma substituta deveria ser encontrada. Depois dessa conversa, o rei disse que um baile da corte estava agendado para esta noite para comemorar o retorno do grupo e do artefato aos cofres da cidade. No dia seguinte eles deveriam ter uma conversa mais séria.

Notícias ruins


Na manhã após o baile, o grupo reencontrou o rei na sala de guerra. Justus leu para o grupo uma carta de Liene, que afirmava que Lud, um ex conselheiro, era na verdade um espião de Lorde Garr. Demétria, incrédula, disse que não tinha nada a ver com isso. Contudo, como a barda possuía uma íntima relação com Lud, o rei foi obrigado a detê-la até um julgamento.

Justus também sabia que Bruce havia recebido uma carta de sua mãe dizendo que seu pai estava morto e seu irmão desaparecido, fazendo dele o herdeiro do Baronato dos Três Afluentes, em Cormir, e forçando-o a retornar para casa. Justus disse que compreendia sua missão e entregava-lhe apoio emocional. O rei pagou a recompensa ao grupo, 250 moedas de ouro, e pediu que ficassem em Helús mais alguns dias enquanto seus conselheiros estudavam o cajado e Demétria era julgada. O monarca garantiu que eles teriam o melhor tratamento enquanto estivessem hospedados por lá.

O grupo então decidiu ficar. Stor trabalharia junto com os conselheiros do rei no estudo do cajado, e Dalaran auxiliaria Demétria no julgamento. Mesmo que de forma parcial, a missão do resgate do Cajado das Tempestades estava, finalmente, concluído.


(Terras Centrais, Helús, dias 14 a 17 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 4: Uma semana em Helús


Aguardando notícias de Liene e o julgamento de Demétria, o grupo permanece em Helús por uma semana até traçar um novo plano de ação.

O dia para se recompor


Após a traumática prisão de Demétria, o grupo teve uma tarde livre antes do julgamento. Com exceção de Dalaran, que passou o dia com Demétria, do lado de fora da cela.

Stor andou pela cidade a procura de um alfaiate que fizesse um novo traje e de um sapateiro, que lhe trocasse as botas. A alfaiataria visitada era bastante movimentada, e a costureira lhe garantiu que a peça estaria pronta em 3 dias. Já o sapateiro negociou com ele uma bota de couro de basilisco, rara e sob medida. Ela ficaria pronta em 4 dias. O preço era alto, mas Stor achou que valeria o sacrifício e ordenou que fosse feita.

Giles Halmis passou a tarde na taverna tentando obter informações diversas sobre a situação na cidade. Não obteve nada de novo além de fofocas que já conhecia. Ao fim da tarde, dirigiu-se até o templo de Lathander e utilizou uma das pombas locais para enviar uma correspondência a Istriis, seu informante na cidade de Riátida.

Tom ficou a tarde no estábulo, trabalhando com sua boa madeira em alguma coisa que ainda não sabia ao certo o que seria. Nesse tempo encontrou-se com Arthur e Bruce, que disseram que partiriam na manhã seguinte. Arthur sentia-se comprometido com seu jovem escudeiro, e sua missão era levá-lo em segurança até Cormyr, quando Verdizuz abandonaria sua função.

O julgamento das verdades


Arthur e Bruce partiriam cedo naquela manhã. Eles não aguardariam o julgamento da barda, pois a viagem até Cormyr era longa a missão do jovem escudeiro era urgente. A dupla de nobres despediu-se do grupo de forma simples, mas jurando lealdade. A expectativa de que voltariam a se encontrar permanecera acesa após o adeus.

Naquela manhã, Tom reencontrou-se com o jovem que levou o escudo artesanal que construíra até sua mãe, Robern. A conversa não foi longa, mas o mensageiro entregou o que trouxera do acampamento bárbaro: o bastão utilizado pela druida Grace Jones desde que Tom se lembrava. Ele é chamado de O Carvalho Mais Antigo. Honrado, o bárbaro pediu que Robern voltasse ao acampamento levando os dois ovos de grifo e avisasse sua mãe sobre Lena, uma mulher de Amn com quem seu pai, Gofren, teve uma filha. O jovem mensageiro ficou inicialmente com medo de reencontrar aquela violenta tribo bárbara, mas Tom o convenceu dizendo que agora que ele era conhecido não havia perigo... e que o pagamento seria em ouro.

Giles e Stor apenas aguardaram a hora do julgamento, mas Dalaran se dedicou intensamente a buscar informações sobre o tal Lud. A investigação teve alguns resultados. O paladino descobriu que ele é um meio elfo com uma reputação de prepotente e arrogante, especialmente entre os mais humildes. Ele foi o conselheiro do rei por muitos anos, mas, especialmente nos últimos, sua reputação piorou. Com o tempo ele veio perdendo influência na coroa até que, 8 meses atrás, foi substituído e abandonou a cidade.

Lud parecia mais bem quisto, ou melhor, menos mal quisto, quanto mais próximo do castelo se estivesse. Mesmo assim, em todos os locais que o paladino investigou as histórias contavam a mesma coisa: ele vinha piorando nos últimos tempos. Finalmente, Dalaran conversou com algumas pessoas que sugeriam que o ex-conselheiro havia se convertido de alguma forma.

O paladino esperava utilizar estas informações se fosse necessário. O julgamento começou logo após o almoço, e estava organizado de forma que dois clérigos de Tyr se revezavam interrogando a ré. Os três ficavam no meio de uma área preparada para que a plateia assistisse dos lados e o rei e a princesa assistiam de trás dos clérigos, de forma que ficavam de frente para Demétria.

O julgamento durou 3 horas, tempo em que a barda foi severamente interrogada sobre sua relação com o ex conselheiro Lud. Demétria afirmou em vários momentos que confiava nele. Também afirmou que o elfo era uma pessoa que inspirava essa confiança e que, como era conselheiro do rei, não era alguém que fosse necessário guardar segredos.

No fim do interrogatório, os clérigos de Tyr lançaram seus pareceres: Demétria havia cometido traição. Contudo, estava a cargo do monarca decidir se tais crimes foram intencionais ou não e se ela merecia ser condenada por tal ato. Enquanto pensava em sua decisão, o paladino Dalaran pediu a palavra e teceu um discurso ousado, afirmando que Lud havia enganado a todos, inclusive o próprio Justus. Ele disse que Demétria não foi a única a cometer traição, uma vez que todos compartilharam com o ex conselheiro informações sigilosas. Por fim, Dalaran afirmou que não acreditava que seria justo a barda ser condenada.

Após ouvir os argumentos do paladino, o rei Justus ergueu-se e proferiu sua decisão: Demétria estava absolvida dos crimes. Acolhendo o pedido do paladino, o rei não achou justo penalizá-la. Contudo, ele afirmou que a traição ocorreu, intencional ou não, como dissera o sacerdote de Tyr. Assim, Justus espera que Demétria pague sua liberdade com lealdade.

Experimentando Helús


O grupo teve como tempo livre todo o tempo que se passou entre o julgamento de Demétria e a chegada da esperada carta de Liene com novidades sobre Riátida. Nesse meio tempo, Stor permaneceu um bom tempo com os conselheiros do rei, Giles visitando o templo de Lathander, Dalaran dividiu-se entre Demétria e treinamentos com o exército real e Tom passou trabalhando com suas ferramentas.

Giles havia enviado uma correspondência a Istriis. O clérigo em Riátida o respondeu no sexto dia, revelando informações perigosas. Embora ele mesmo ou qualquer outro sacerdote de Lathander estivessem bastante afastados da realeza neste momento, Istriis pode perceber que Lorde Garr tem feito muitas reuniões secretas nas últimas semanas. Ele pode ver, além de mercenários e militares, a presença de vários clérigos de Tyr e Helm. Contudo, o mais preocupando foi a reunião secreta com um clérigo de Cyric. Na verdade, segundo Istriis, a mera presença no castelo de um adorador desta divindade cruel já é um mal presságio.

Com a carta em mãos e a preocupação na mente, Giles resolveu convocar com urgência todos os seus companheiros de grupo. Todos se reuniriam em seu quarto, no castelo.

Stor percebeu, em seus dias de estudos junto com os conselheiros do rei, que todos eles, com excessão do velho e caduco ancião, era incompetentes em teoria e prática da magia. Assim, o apoio que três dos quatros conselheiros poderiam fornecer ao rei com respeito ao cajado era limitado a avaliações empíricas e superstições. O ancião, porém, demonstrava carregar consigo uma experiência e um conhecimento amplo. A dificuldade maior estava sua mente, já bastante afetada pela idade e muito difícil de fazer focar-se em algo.

Passados alguns dias, a conclusão que o mago conseguiu tirar do cajado das tempestades é de que ele é muito instável. A pedra substituta que Víriuns instalou tem um prazo de validade que, segundo estimativa de Stor, não deverá passar de dois meses a partir de então, embora nada garanta que algo ruim não possa acontecer antes disso. Além disso, dada a quantidade de energia já absorvida pela joia e a quantidade de energia que ela ainda poderá absorver, as consequências de um rompimento são imprevisíveis e perigosas, pois liberariam toda esta energia mágica de uma vez. Stor achava prudente contar isso ao rei, mas não encontrou oportunidade para tal.

Em seis dias, Dalaran pode perceber que o exército do rei Justus era basicamente amador. Com exceções pontuais, o paladino poderia apontar inúmeras falhas tanto na forma física dos soldados, como nos critérios de promoção das fileiras do exército. Considerando este fato bastante preocupando, Dalaran achou que seria prudente levar esta informação ao rei, e foi ao encontrar Justina que ficou sabendo que poderia encontrá-lo na biblioteca. A princesa ainda o alertou que Giles estava procurando por todo o grupo, e esperava o paladino em seus aposentos.

Ao encontrar o rei, Dalaran foi direto, afirmando que o exército era incapaz de suportar uma batalha real. O rei demonstrou preocupação, mas ao mesmo tempo afirmou que sabia disso. Nas palavras de Justus: "Eu jamais permitira que minha filha se casasse com um tirano se não fosse para salvar a ela e a todo o meu povo". Mesmo assim Dalaran não pareceu convencido, e pensava em alguma alternativa.

Na reunião no quarto de Giles, o grupo compartilhou a informação que todos haviam obtido. Eles se preocupavam com o próximo passo concluíram que encontrar a pedra que faltava para o cajado era o mais importante no momento.

Enfim, um plano de ação


Após vários dias em Helús, Giles acordou-se e percebeu uma movimentação intensa nos corredores do castelo. Rapidamente o clérigo acordou o restante do grupo e todos foram para a sala do trono, onde o rei reunia um pelotão. Justus disse que recebera uma carta de Liene afirmando que Riátida havia descoberto pistas sobre o paradeiro da Orbe do Dragão, a peça que faltava no Cajado das Tempestades, e que Erik havia despachado um grupo de 6 pessoas até a Floresta das Serpentes para procurá-la.

Com pouco tempo, o rei estava planejando enviar uma tropa interceptar estes homens de Erik, enquanto pediria ao grupo que procurasse pela pedra. Contudo, Dalaran surgiu com um plano diferente: ele pretendia pegar um grupo pequeno de soldados do rei e armar uma emboscada para estes soldados de Garr. Enquanto os soldados de Justus armariam um pedágio, o grupo de aventureiros observaria e aguardaria o momento oportuno para lançar um ataque surpresa. A ideia era capturar o líder inimigo e interrogá-lo para descobrir mais informações.

Com o plano traçado, o grupo preparava-se para partir já naquela tarde.

(Terras Centrais, Helús, dias 18 a 26 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

terça-feira, 25 de agosto de 2015

(HH) Capítulo 9 - Na porta do abismo

Parte 1: A invocação

Venha Trakast, e ouça o que temos a dizer


Após apoderarem-se de todos os manuscritos com os rituais que estavam na cabana, o grupo reuniu-se e considerou todas as suas possibilidades. Eles estavam preocupados com o gênio, que agora também era um concorrente pelo Cajado, e com o demônio, que eles não sabiam o quanto poderia ser poderoso. Contudo, graças a dica que o djinni lhes deu, eles eram capazes de invocar o monstro que estava guardando o cajado das tempestades e fazer um acordo com ele antes que o Djinni conseguisse alcançá-lo.

A discussão levava horas e eles não pareciam chegar a um consenso. Stor era veementemente contra a invocação de uma criatura que ele sabia que não poderia ser controlada, enquanto Dalaran era a favor de sua invocação para que pudessem negociar pelo cajado. Tom era o outro que se manifestava, embora parecia indeciso.

As opiniões tornarem-se favoráveis à Dalaran, especialmente a de Ton, quando ele decidiu deixar "que Timora guiasse sua sorte". O paladino determinou que uma rolagem de seus dados representaria a mão da deusa no destino dos aventureiros: par para eles invocarem o demônio, ímpar para eles aventurarem-se até a Entrada para o Inferno e enfrentarem o que estaria lá.

E Timora determinou que eles deveriam invocar Trakast.

Trakast

Stor ainda estava cético quando a decisão do dado, e não concordava com a invocação da criatura. Contudo, sendo voto vencido, o mago aceitou participar do ritual e permaneceu na sala juntamente com Dalaran e Giles enquanto eles invocavam o demônio. Trakast, um Demônio de Espinhos com quatro metros de altura, surgiu dentro de um círculo desenhado por Dalaran e apertou-se na cabana que não comportava toda a sua envergadura. O demônio não parecia nada amigável, mas aceitou conversar com o paladino por não ser capaz de atacá-lo enquanto a magia de proteção tinha efeito.

Dalaran coseguiu convencer a criatura de que o grupo poderia aprisionar o gênio novamente caso o cajado lhes fosse ofertado. Embora um pouco cauteloso na negociação, o demônio acreditou e prometeu que entregaria o cajado uma vez que o gênio estivesse aprisionado. Então, ele partiu voando de volta à Entrada para o Inferno.

Desviando dos gigantes

GigantesApós a negociação com a criatura, o grupo resolveu iniciar sua jornada até a Entrada para o Inferno e assim garantir que eles conseguiriam o Cajado. Durante a jornada, eles acamparam em um pequeno vale. Prosseguindo no dia seguinte o bárbaro Bash, que sempre é o batedor, encontrou um grupo de gigantes. Cautelosos, os aventureiros resolveram evitar as criaturas e procurar um caminho alternativo. Eles seguiram uma trilha mais estreita e próxima a encosta mais íngreme da montanha. Por este trajeto, tiveram dificuldades ao encontrarem uma ponte caída e seu vão aberto. Após discutirem por alguns minutos, o escudeiro Bruce ofereceu-se para saltar. Ele tirou suas armaduras e conseguiu cobrir a distância em um ótimo salto. Os outros aventureiros o seguiram, com apenas Tom e Stor tendo algumas dificuldades.

O grupo acampou a alguns quilômetros do destino e já planejava uma forma de abordar o demônio que haviam invocado.

(Picos Nebulosos, dias 1 e 2 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 2: Uma ex escrava de Garr

O grupo seguiu sua jornada em direção à Entrada para o Inferno. No caminho, o grupo encontra uma tiefling aprisionada que se disse ex-escrava de Lorde Garr.

A escalada mal sucedida

Após um dia inteiro pelas montanhas, o grupo resolveu acampar nas proximidades da subida mais íngreme que teriam até o topo da montanha. Eles aproveitaram o tempo para discutirem um pouco sobre o que poderia ter acontecido com o demônio.

MontanhaNa manhã seguinte eles levaram alguns minutos até estarem frente a frente com um grande paredão, que parecia levar até a parte mais alta da montanha. A trilha principal que vinham seguindo terminava nas rochas, mas Tom percebeu que ainda havia uma trilha secundária contornando a montanha. Contudo, por não saber se esta trilha alternativa era muito mais longa ou, pior, se os levaria ao topo, o bárbaro e o grupo resolveram discutir quem deveria tentar escalar.

Após vários minutos de discussões, Tom foi escolhido como alpinista. Ele deveria subir a parede com uma corda e, uma vez lá em cima, ajudaria a puxar os outros. Entretanto, a ação não correu exatamente como planejado. Bash tentou escalar a montanha algumas vezes, ora rapidamente, ora cautelosamente, mas em todas o resultado foi o mesmo: a parede escorregadia mostrava-se traiçoeira, e ele caía antes que alcançasse uma altura perigosa. Dalaran e Arthur também tentaram subir, mas ambos foram vencidos pela rocha lisa.

Derrotados, o grupo resolveu seguir pelo caminho mais longo, sem saber o que poderiam encontrar. Por sorte, nenhum inimigo foi visto, e seus únicos desafios foram o frio, o vento e a neve que perturbava. Além disso, eles levaram um tempo muito maior para chegar ao topo, um vez que foram alcançar o fim da trilha já com noite fechada.

A prisioneira meio demônio


O fim da trilha que seguiam não era ainda a Entrada para o Inferno, mas apenas o topo da montanha. Dalaran, que possuía uma visão melhor do que o resto do grupo, resolveu explorar um pouco mais daquela área e, para sua surpresa, encontrou amarrada a uma estaca no chão uma Tiefling. Aproximando-se, o meio-elfo percebeu que ela ainda estava viva, embora muito fraca, então resolveu soltá-la - o paladino não considerou a possibilidade da meio-demônio ser sua inimiga já de início, dadas as péssimas condições em que ela fora deixada para morrer.

Arthur e Stor chegaram em pouco tempo, atraídos pela demora do paladino. Também surpresos por verem uma tiefling naquelas condições e naquele local, eles concordaram em ajudá-la até descobrir porque ela estava ali. Eles levaram a moça até o restante do grupo, e então perceberam que ela era capaz de falar e se movimentar um pouco. Ela se apresentou como Hilda, e apontou uma caverna para o grupo.

Abrigados do frio e do vento, o grupo acendeu uma fogueira e começou a questionar a recém encontrada sobre os motivos que a levaram até ali. Ela disse que sabia quem eram eles e que eles estariam naquele lugar. Também afirmou que fora uma escrava de Lorde Garr, e que fugiu há algumas semanas após ouvir os planos terríveis que ele tramava após conseguir o Cajado das Tempestades. Segundo ela, Lorde Garr tinha planos de conquistar todas as Terras Centrais com a ajuda do tal dragão controlado, e unificar a região em um único e poderoso país governado por ele. Além disso, Hilda ouviu muitos boatos e pessoalmente tinha certeza, embora nenhuma prova, de que o escudeiro do Lorde era muito mais do que aparentava, talvez sendo o verdadeiro manipulador.

Hilda havia fugido de Riátida para procurar o grupo e tentar impedir que Lorde Garr conseguisse o que planejava, pois isso significaria uma vida infame para muitos como ela. A tiefling foi levada até a montanha auxiliada por um guia, mas os demônios a capturaram, mataram seu guia e a aprisionaram para morrer de frio - aparentemente uma humilhação para os demônios, que eles queriam compartilhar com seu sangue mestiço. Ela também sabia que Trakast era o líder das criaturas que habitavam a caverna no vulcão, e também que ele havia desaparecido há dois ou três dias. No momento em que fora capturada, o próprio demônio de espinhos aplicara-lhe a condenação. Enquanto isso, um dos guardas pegava seus equipamentos e os utilizava com orgulho.

Após ouvirem a história que Hilda tinha para contar, o grupo resolveu dividir-se em turnos para vigiar a noite. Tom ficara com o último turno, mais próximo do amanhecer cinzento. O bárbaro, que apesar do grande cansaço conseguia manter-se acordado, percebeu um redemoinho no céu teve certeza que tratava-se do Djinn que haviam encontrado no outro dia. Ele imediatamente acordou Giles e Stor, e em seguida Demétria. Embora o mago não tenha ficado nada satisfeito com atitude de Tom, as conversas que se seguiram o impediram de permanecer dormindo. Uma vez em vigília, todos terminaram os preparativos e resolveram seguir Hilda, finalmente, até a Entrada para o Inferno.

As cavernas incandescentes


O alto da montanha apresentava temperaturas próximas de -20ºC. Contudo, a medida que o grupo descia pelas trilhas no interior da cratera que levava ao destino há semanas procurado, a temperatura subia rapidamente. Ao cruzarem o arco de entrada do covil dos demônios, a temperatura já havia subido quase 40 graus. Para aliviar a carga, o grupo largou seus casacos pesados e seguiu jornada mais leve.

CavernaNão tardou para que eles observassem um grupo de orcs e ogros trabalhando nas rochas. Todos eles carregavam armas, mas pareciam obedecer um demônio barbudo que trajava uma capa e carregava uma rapieira. O grupo se reuniu antes do ataque e planejaram um golpe rápido sobre o demônio. Eles contavam com a possibilidade dos monstros fugirem uma vez que fossem libertados. Dalaran era o mais confiante nesta ideia, mas Arthur era o mais ansioso para começar.

Com a estratégia de combate mais ou menos pronta, o nobre guerreiro tomou a iniciativa e atacou o demônio. Ele foi atingido seriamente por Virengan, a espada poderosa de Arthur, e logo em seguida pela Alabarda de Dalaran e pela lâmina de Bruce. O demônio não teve tempo de reação antes que Hilda, carregando o Punhal de Mefisto oferecido por Tom, o apunhalasse no pescoço eliminando dolorosamente.

Enquanto o demônio agonizava, o paladino anunciava aos orcs e ogros que eles estavam livres e que poderiam fugir, salvando suas vidas. Intimidados pela abordagem violenta e fulminante que o grupo teve sobre o barbado, os orcs juntaram-se em um grupo compacto e correram por suas vidas em direção à saída, pelo mesmo caminho que os aventureiros haviam tomado. Os ogros, entretanto, foram tomados por um sentimento de fúria, e em vez de fugirem atacaram. Dalaran foi o primeiro alvo, sendo atingido e empurrado para trás.

Recomeçado o combate, o grupo seguiu atacando os monstros. A Batalha não durou mais de um minuto. Embora os ogros fossem adversários mais duros, eles eram minoria. Arthur também estava em um dia mais inspirado do que o anterior, e conseguia desferir golpes que debilitavam verdadeiramente seus alvos. Dalaran, mantendo a distância que seu armamento permitia, também feria o ogro e irritava. O mais afastado do combate foi Tom, que após errar o lançamento de sua lança contra a ogra ficou desarmado.

O primeiro ogro acabou derrotado por Arthur com um golpe letal no pescoço, após ele ser jogado ao chão por uma magia de Stor. A ogra, que mostrava-se uma lutadora feroz, foi degolada por Hilda em um movimento rápido de estrangulamento com a fina lâmina de sua rapieira.

Terminada a batalha, o grupo recompunha-se e se reagrupava. Eles sabiam que os ogros haviam feito muito barulho e que, talvez, isso possa ter alertado outra criaturas na caverna. Talvez o efeito surpresa tenha acabado.

(Picos Nebulosos, dias 3, 4 e 5 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 3: Orcs, ogros e demônios

Como tinham imaginado, o barulho ocasionado pelo combate chamou a atenção de outras criaturas nas cavernas. Antes que planejassem uma nova forma de atacar outros inimigos de forma silenciosa, um grupo de orcs surgiu de um corredor. Contudo, os orcs não eram muito treinados e foram abatidos sem muita dificuldade.

Tom foi o batedor e quem percebeu que um grupo maior de monstros já se posicionava e aguardava o grupo. Arthur, Bruce e Dalaran tiveram a iniciativa de atacar os inimigos, e feriram muito o ogro. O resto dos aventureiros partiu para o combate nos segundos seguintes, com excessão de Tom, que permanecia na defensiva, assistindo seus companheiros combaterem a uma distância segura.

Os orcs e os ogros não eram um desafio muito grande para o grupo de aventureiros. Os Barbazus, contudo, se mostravam oponentes bem mais desafiadores. Eles conseguiram ferir bastante Dalaran, que graças a sua velocidade e um apoio de Demétria não foi abatido. Arthur era implacável em seus golpes e combatia vários orcs. Giles estava especialmente abençoado, pois seus milagres ofertados por Lathander estavam surtindo mais efeito do que de costume, e seu apoio se fazia muito útil. Stor, ao contrário, estava cansado e suas magias estavam menos eficazes. Hilda, a tiefling, reforçava a primeira impressão de ser precisa em seus golpes, e conseguia atacar os inimigos nas pequenas brechas abertas durante o combate. Embora tenha se ferido bastante, bastou um momento de distração de um dos barbarzus para que sua espada encontrasse um ponto letal na nuca do demônio.

Tom Bash, como já vinha fazendo nas últimas lutas, tentava permanecer atrás das linhas aliadas. Contudo, um novo grupo de inimigos chegou e ele foi o primeiro a ser atacado. Evitando de todas as formas o combate, o mulano defendeu-se e deixou para o resto do grupo derrubar o inimigo. Dalaran foi ousado durante este momento do combate. Ao perceber que dois pequenos demônios voadores tentavam fugir, ele utilizou de seus poderes para atrair as criaturas para atacá-lo. Embora ele tenha conseguido evitar a fuga dos dois, o paladino já estava bastante ferido quando começou a lutar contra esses demônios, e o custo por matar os monstros foi uma perna esquerda muito ferida.

Quando todos os inimigos morreram, o grupo se viu em um momento de paz entre o combate, graças talvez ao paladino ter impedido os demônios de fugirem. Assim, eles aproveitaram os minutos para tratarem seus ferimentos e reforçarem seu arsenal. Tom e Bruce montavam guarda para evitar um ataque surpresa dos monstros, que nada impede que aconteça em meio ao descanso.

(Picos Nebulosos, dia 5 de Marpenoth a Queda da Folhagem, do ano de 1480)

Parte 4: Correntes e cajado

O combate contra os protetores do cajado


Durante o repouso, o grupo aproveitou para tratar de seus ferimentos, especialmente o paladino e a assassina. A situação mais grave era da perna de Dalaran. Para permanecer com sua melhor performance, o paladino invocou um dos milagres de Timora e fez com que seus ferimentos cessassem. Enquanto isso, Stor recuperava parte de sua energia arcana.

Uma vez concluído o repouso, o grupo seguiu sua caminhada pelas cavernas. Tom foi o primeiro a explorar o oeste da caverna, e descobriu uma área com um piso incandescente e um buraco com escada. Devido a alta temperatura, eles resolveram não seguir por aquele caminho. Em vez disso, o grupo seguiu para o sul e encontraram uma ogra desatenta. Hilda a espreitou silenciosamente até que chegasse a uma distância ideal para desferir um golpe poderoso. Sua lâmina perfurou as costas da criatura causando-lhe grande dor. O monstro virou-se e esboçou uma tentativa de reação, mas o ferimento inicial havia sido muito forte, e ele caiu aos pés da meio-demônio. Em poucos segundos, com uma ajuda bem pequena dos companheiros, Hilda havia eliminado a ogra com uma estocada na garganta.

KytonO grupo seguiu para o sul da caverna até que encontrou uma encruzilhada. Os tremores continuavam aumentando, e enquanto Dalaran via que algumas criaturas os aguardavam após uma cortina de correntes, Tom seguiu para a outra direção para explorar a sala que sabia estar vazia, exceto por um estranho buraco escuro. Enquanto o bárbaro estava do lado oposto, o restante dos aventureiros iniciou a batalha contra os demônios. O grupo inimigo era composto de dois orcs, dois barbazus e dois spinagons, além de um demônio das correntes que comandava a todos. Assim que conseguiram entrar na pequena sala onde eles estavam, o grupo conseguiu ver o cajado sobre um altar.

A batalha contra os monstros durou quase um minuto, com muitos golpes sendo desferidos. As magis de Stor foram tiveram grande parcela na vitória do grupo, uma vez que as correntes animadas pelo Kyton, o demônio das correntes, atacavam Dalaran e Hilda com precisão. Não fossem a explosões ocasionada pelas magias estilhaçar do mago, o grupo teria muito mais dificuldades em lidar com os inimigos. Até mesmo Tom, estimulado por uma visão ilusória de sua mãe, foi encorajado a participar do combate.

O golpe final sobre o demônio foi dado por Dalaran, que invocou simultaneamente todos os poderes a ele garantido por Timora. Uma estocada no coração fez o último suspiro do kyton ser dado enquanto ainda estava empalado pela alabarda do meio-elfo.

O desmoronamento


Derrotados os monstros, o grupo reuniu-se ao redor do cajado. Ele estava um pouco diferente da descrição de Demétria, pois não possuía em seu lado principal a famosa orbe de rubi.

Stor utilizou seus poderes para verificar se havia magia no entorno daquele objeto e acabou percebendo que o próprio altar era encantando. Como seu feitiço de mão mágica não era capaz tocar o objeto encantado, Hilda surgiu com a ideia de enrolar o cajado em sua capa, também imbuída com magia. O método pareceu ter dado certo, uma vez que a ladina não foi alvo de nenhum encantamento ao retirar o artefato do altar. Contudo, o desmoronamento da caverna acelerou-se, obrigando todos a correrem por suas vidas.

Durante a fuga, Dalaran e Stor cercavam Hilda, a portadora do cajado, enquanto Tom vinha logo atrás, protegendo a retaguarda. O bárbaro não havia pensado em ser o último, mas ele perdeu algum tempo recolhendo as lanças dos barbazus.

Ao chegarem no corredor em que anteriormente tinha formado acampamento, um desmoronamento sério aconteceu e o grupo acabou separado. Hilda foi soterrada por uma quantidade grande de pedras, mas Arthur e Dalaran logo a livraram do aprisionamento e Giles restaurou sua consciência.

Colocados em uma situação difícil, Tom e Stor aparentemente não tinham para onde fugir. O mago logo disse para Tom procurar alguma forma de escapar, que ele já tinha uma ideia de onde encontrar. Enquanto isso, o restante do grupo que ficou do lado da saída decidiu que o cajado deveria ser levado para fora. Giles seguiu carregando o cajado enrolado na capa de Hilda, com Arthur e Giles o escoltando. Dalaran e Hilda tentavam desesperadamente remove a rocha que tinha caído sobre o grupo. Contudo, Timora não parecia estar do lado de Dalaran No instante em que ele foi capaz de ver o lado oposto e que uma esperança surgiu, um novo desabamento ocorreu e fechou toda a brecha que estavam abrindo, forçando os dois a recomeçarem o trabalho.

A montanha parecia estar a beira de um colapso. Percebendo isso, Stor aceitou o destino e disse para Dalaran e Hilda irem, que ele encontraria uma forma de sair. Aceitando este fato, Dalaran resolveu partir, mas teve de ser incisivo com a Tiefling, que parecia estar enfrentando um dilema ao deixar aqueles que a salvaram.

O buracoTom já havia bolado um plano para fugir: ele atirou-se no buraco escuro que vira antes de enfrentar o demônio das correntes. Stor, sabendo para onde o bárbaro tinha ido, resolveu fazer o mesmo apenas por não encontrar uma alternativa melhor.

O mago e o bárbaro saltaram na escuridão daquele buraco na montanha do vulcão sem saber se encontrariam algo no fundo ou sequer se sobreviveriam quando chegassem lá. Enquanto isso, Giles e os outros conseguiram, finalmente, encontrar o cajado das tempestades. Mas a jornada de volta estava apenas começando...

(Picos Nebulosos, dia 5 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)