sexta-feira, 8 de novembro de 2013

(PT) 4 - No caminho para Itéria

Após retornarem cansados do Forte Scariot, os aventureiros aproveitaram a noite na estalagem para repousar. O mais ferido era Angbar, que pela manhã recebeu Matteos e Van. O primeiro o ajudou na recuperação através de milagres, enquanto Van tentava, frustrado, contatar Baltazar em seu quarto.

Baltazar estava, ao mesmo tempo, tentando coletar informações na bibloteca de Brual. Com suas pesquisas, ele conseguiu descobrir que a cidade de Aderbas foi um grande foco de poder da família Scariot. Também descobriu que uma família cujo nome não foi citado dominava a região antes do clã tão mencionado. Ambas os clãs eram muito belicosos, e desentendimentos entre eles acabaram provocando a extinção, ou pelo menos o exílio, dos membros da família mais antiga da região de Aderbas. Esta foram as informações que Baltazar coletou, e que compartilhou com os outros membros de seu grupo.

Van e Matteos, ao saírem da estalagem, se depararam com Derem. Ele estava animado dizendo que descobriu informações sobre sua amada Fúlvia. Aparentemente, ela havia sido vista cruzando o Rio Sevides em direção a Ludgrim há poucos dias. Ele disse que iria aguardar a decisão do grupo, mas que provavelmente se separariam a partir daí, e se despediu.

Por consenso, o grupo resolveu partir de Brual em direção a Itéria através do Rio Sevides. Negociaram com os tripulantes das embarcações no porto, conseguiram um desconto e partiram. Foram 3 dias de viagens animadas pelas canções de Van. Ao chegarem em Muro, o grupo se deparou com uma cena violenta: uma mulher, armada com uma espada, humilhava um homem que parecia ser um vigia local. Ele estava no chão, e ela o ameaçava. A confusão terminou quando os aventureiros chegaram, mas a mulher se juntou a outras pessoas que eram obviamente aventureiros e eles se dirigiram à taverna.

Enquanto Matteos e Angbar foram ao templo de Sevides obter informações sobre um tal ilha no rio que todos tinham medo de se aproximar, Van e Baltazar foram a taverna ver o que o grupo de aventureiros da confusão na rua estava fazendo. Enquanto os primeiros ouviram que a ilha se chama Anestat, que ela ruge em tempos difíceis, que ninguém jamais voltou após sair para explorá-la, e que os aldeões acreditam que os deuses não querem que ninguém se aproxime, Van e Baltazar ouviram o grupo discutir alguma forma de estratégia com um mapa na mão. Este grupo de aventureiros, após vários minutos de discussão, juntaram suas coisas, saíram da taverna, pegaram uma jangada e cruzaram o rio.

Após ponderarem o fato dos acontecimentos da ilha não serem suas responsabilidades, o grupo resolveu descansar e pensar nisso no dia seguinte. Porém, durante a noite foram escutados barulhos e tumulto. Ao chegarem na rua depararam-se com uma pedra incandescente que havia caído do céu, voado a partir da ilha. O grupo resolveu ir verificar do que se tratava. John Lindoier, um humano que também estava hospedado na cidade de Muro, resolveu acompanhar o grupo e descobrir o que foi que tinham presenciado.

Guiados por um barqueiro assustado através dos metros de rio que separavam a cidade de Muro da ilha no centro do rio, os 5 aventureiros chegaram no escuro e se dirigiram até as proximidades da entrada de uma caverna. Antes que chegassem muito perto perceberam um vulto saindo do interior da caverna, que veio a se revelar a mulher que humilhara o homem no dia anterior. Ela estava ferida e em pânico, dizendo que havia um dragão dentro da caverna e que havia se perdido do grupo de aventureiros que entrara com ela. A mulher se apresento como Lena.

Os heróis então resolveram voltar para Muro e se recompor da notícia. Após refletirem algumas horas, chegaram a conclusão de que era preciso intervir de alguma forma naquela ilha, uma vez que o lançamento de pedras incandescente não paravam, e até mesmo tremores de terra foram sentidos.

O grupo se dirigiu novamente ao barqueiro, que levou os 5 aventureiros até a ilha. Eles entraram na caverna escura, e lá enfrentaram alguns orcos, não tendo dificuldade para derrotá-los. Encontraram uma sala com armadilhas no chão, mas John Lindoier foi bem sucedido em desarmar a maioria, exceto por uma que por pouco não o atingiu.

Seguindo os corredores, o grupo vaculhou toda a área até encontrar baús no chão. Lindoier não identificou uma armadilha que quase o matou sufocado ao abri o baú. Socorrido, o rastreador e o o mago Crowlei abriram o outro baú. Os aventureiros estavam com muitas riquezas, embora ainda tinham deixado muita coisa.

Desceram mais um nível nas cavernas e descobriram que o local se trata de um vulcão. Viram lava incandescente e solidificada em vários corredores, até escutarem a respiração de uma criatura. Van e Lindoier se arriscaram mais para a sala da criatura, até que ela despertou lançando um bafo de chamas próximo ao grupo, iluminando a sala. Um enorme dragão vermelha encara os dois heróis, enquanto a sala é aquecida por sua respiração... Até o momento em que a criatura ameaça avançar após um forte impulso, e o grupo de aventureiros bate em retirada pelos corredores escuros da caverna, ruindo devido aos movimentos bruscos do dragão no andar inferior.

Chegando no vilarejo de Muro o caos estará instaurado. O vulcão parece ter despertado, e as pessoas fogem como podem. Matteos identificou o dragão voando em direção a noroeste, então recomendou ao povo que se dirigisse a nordeste. Uma grande caravana se seguiu por aquela madrugada até que o povo e os aventureiros se instalassem no sopé de uma colina, à beira de um pequeno arroio.

Pensando e planejando, Matteos e Angbar incentivaram os líderes de Muro a dividirem o povo em dois grupos: um se dirigiria para o sul, em uma caverna na chapada que desagua no Rio Sevides, o outro, composto de apenas 20 pessoas, se dirigiria ao norte para um ponto mais elevado, onde poderiam atrair a atenção do dragão para longe da maior parte da população.

O plano foi executado com sucesso. O dragão foi atraído por tochas acesas durante a noite e pousou muito próximo ao grupo aventureiro. Necessitado, Matteos apelou para auxílio divino ao invocar um enviado. Este lhe disse que o dragão do fogo é um ancião chamado Orutrêz, que ele vivia na caverna e era cultuado por orcos, sendo que o líder Donur o bajulava com riquezas e presentes que saqueava.

Após a conversa Orutrêz percebeu os aventureiros, que se encontram mais uma vez frente a frente com a criatura. Porém, desta vez ele certamente estava bem mais atento e se aproximou do grupo. Para tentar mediar a situação, o enviado Saul convocado por Matteos falou com Orutrêz e tentou lembrá-lo de um encontro anterior, apelando para sua dignidade e honra. Depois disso esvaneceu-se, deixando o grupo tratar da situação por si.

Orutrêz, apesar de justo, se mostrou uma criatura ambiciosa e exigiu o ouro dos aventureiros para que tanto eles quanto os habitantes de Muro fossem deixados em paz. Esvaziadas as algibeiras, o dragão também exigiu que o responsável por despertá-lo na caverna da Ilha fosse levado até ele, para que seu julgamento fosse dado, sob pena dos aventureiros sofrerem seu julgamento no lugar dela. O grupo aceitou e então atraiu a guerreira Lena, que acompanhava a expedição ao lado dos aventureiros e até então permanecia na gruta abaixo da cascata, para que tivesse contato com Orutrêz. A criatura a arrebatou quando a viu, e a seguir libertou o grupo dizendo que eles mantiveram sua palavra. Antes de partir, porém ele deixou uma baforada de chamas para calar Baltazar, que ainda tentava negociar. Todos sobreviveram, e a cidade de Muro estava salva.

Com a ameaça do dragão contida, os aventureiros ajudaram os habitantes de Muro a retornar para a cidade. Eles tiveram todos os seus custos saldados e ainda receberam, cada um, 5 moedas de ouro. Foram então transportados até Itéria pelo Rio Sevides.