quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

(SC) Sessão 041

Explorando a Ala Médica

    Após o confronto contra o inimigo enlouquecido, Borsalino desativou o ORS e pediu para Karlag levá-lo de volta até a Charlie. O verthani também se ofereceu para dar início aos protocolos de mudança de programação, de forma a tentar fazê-lo um aliado.

    Assim que Karlag saiu, Borsalino hackeou a porta do laboratório de onde o ORS tinha saído. O mecânico conseguiu fazer cópias das permissões de segurança e as passou digitalmente para todos os seus companheiros. Com isso, os exploradores entraram no laboratório e encontraram máquinas utilizadas para algum tipo de experimento biológico, embora Nick tenha tido certeza de que tais experimentos não eram médicos, dados os equipamentos que estavam ali. Borsalino investigou os terminais do lugar e constatou que a última movimentação de dados ocorrera há três semanas.

    Enquanto Karlag retornava com o ORS para Charlie, o grupo seguiu explorando outros cômodos da ala médica. Nick avançava com cautela, observando cada corredor de forma sorrateira. Eles entraram na sala de atendimento individualizado, onde Borsalino baixou dados sobre alguns espécimes do sistema local que fora estudado e leu a informação de que há três semanas não haviam alteração nos arquivos, assim como no laboratório. Depois, foram para a área de descanso, onde acabaram surpreendidos por três droides de manutenção completamente distorcidos. Os robôs atacaram os exploradores  com lâminas, raios e projéteis.

    O confronto contra os ORS durou alguns instantes. Marvus lidou com um deles no canto da sala, enquanto o restante da equipe administrava o combate contra os outros dois. Borsalino e seu drone deram o golpe de misericórdia em um deles, enquanto Nick paralisou o último com um disparo elétrico de sua arma.

    A arma de choque utilizada por Nick desativou um dos drones de manutenção. Mais uma vez, Borsalino estudou rapidamente a máquina e percebeu que poderia fazer bom uso dela. Assim, convocou Karlag mais uma vez para que ele levasse o ORS para a Charlie. O ysoki também pegou algumas partes dos inimigos destruídos para tentar construir um novo, mas sem garantias.

    Deixando a sala de descanso, o grupo avançou pelos corredores até o cruzamento que levava, segundo a planta que obtiveram, para uma sala de conferência, um laboratório e uma sala de armazenamento de químicos. Eles olharam rapidamente para dentro da sala de conferência enquanto Borsalino tentava hackear a porta do laboratório, que possuía permissão de categoria 3. O mecânico conseguiu o hack e, novamente, passou cópias das permissões digitais para seus companheiros.

    O laboratório possuía vários equipamentos que nenhum dos exploradores compreendia a função. Hotspoth já parecia irritado, pois queria apressar-se para a origem do sinal de socorro, enquanto seus companheiros exploravam sem a devida urgência que ele esperava.

    Hotspoth deixou o laboratório antes que seus companheiros pudessem terminar a investigação e foi para o depósito de produtos químicos. Borsalino ainda baixava dados dos computadores do laboratório, mas Nick não se arriscou a deixar o solariano sozinho e foi atrás dele, pedindo o apoio de Marvus.

    A sala de produtos químicos tinha a mesma exigência de permissões do que o laboratório. Logo, a porta se abriu assim que Hotspoth se aproximou. Havia um robô desativado semelhanto aquele que havia atacado Karlag. Marvus se aproximou, mas nada aconteceu. Hotspoth então disse "destrói ele logo". A mensagem parece ter alertado o robô, que iniciou seus sistemas e começou a atacá-los. A máquina não agia sozinho. Logo surgiram outros dois para combater os exploradores.

    Borsalino já havia concluído o download dos dados quando ouviu a confusão na sala ao lado e foi ao auxílio de seus companheiros, junto com seu drone Fazedor de Viúvas. O combate na sala dos químicos se deu principalmente no corpo a corpo. Marvus atacava com sua espada, o drone utilizava sua lâmina. Nick e Borsalino atacavam com suas armas, mas os disparou não atingiam os contêineres mais sensíveis. Já Hotspoth preparava sua revelação solar e resguardava-se de atacar.

    O solariano criou um buraco de minhoca perto da área de combate para que seus companheiros pudessem sair da área de risco, mas nenhum deles aderiu ao plano. Em vez disso, eles seguiram com o combate até que todos os robôs fossem completamente destruídos. Com a batalha concluída, Borsalino pediu que o verthani viesse mais uma vez para pegar o corpo de um dos robôs que havia terminado com seu corpo intacto. A ala médica estava quase toda investigada, mas eles ainda não haviam chegado na origem do sinal de socorro.


Mundos do Pacto e Espaço Próximo, 14 de Gozran do ano de 318 DL.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

(SC) Sessão 040

    O grupo adquiriu novos equipamentos na Estação Abaslom e retornou para a Charlie a fim de determinar uma nova rota. Eles estavam curiosos com os dados que haviam recebido de Marigin e começaram analisando os sistemas que haviam sido visitados pelos azlantis.

    A investigação feita por Karlag indicou que haviam poucos sistemas que haviam sido visitados recentemente por Uviem e pelos Azlantis, mas que não estivessem nos arredores da ação do enxame. Nick não queria expor a nave a ameaça da guerra sem saber exatamente o que estavam investigando. Com isso, os exploradores traçaram rota para um sistema distante, localizado perto dos limites do perímetro do Espaço Próximo, no qual havia registro recente da presença azlanti e de Uviem.

    O sistema continha um farol de Deriva e era composto por uma massiva estrela azul e alguns planetas. A viagem até ele levou alguns dias e, assim que chegaram, começaram a receber o sinal de estarem próximo do Farol. Embora a nave deles não tivesse sistemas avançados de investigação do sistema, os dados que receberam de Marigin indicava que ali havia um planeta de baixo nível tecnológico.

    O farol de deriva havia sido envolvido por uma grande estação espacial, a Estação Espacial de Lira. A viagem até ela levou algumas horas. Quando se aproximaram, Charlie comunicou que não fora detectado nenhum sinal de vida orgânica dentro estação. Com isso, o grupo ficou em alerta. As mensagens e autorizações que o grupo solicitava para eram respondidas por um sistema automático, sem voz.


    O hangar de atracagem estava vazio,  e os exploradores conseguiram docar sua nave sem dificuldade ou interrupção. Nick, Borsalino, Karlag, Marvus e Hotspoth desembarcaram e rumaram para a saída do hangar. Notaram, assim que puseram os pés no local, que a estação estava impecavelmente limpa. De longe, puderam ver que haviam alguns robôs de limpeza operacionais. Assim que entraram em uma antessala, sentiram a pressurização acontecer e puderam abrir seus trajes ambientais.

    Karlag encontrou um terminal de acesso e se conectou a ele para tentar obter mais informações da estação. O verthani conseguiu acesso a muitas câmeras de segurança, assim como a algumas portas. Também descobriu que haviam três outras naves atracadas na estação. Enquanto trabalhava, ele recebeu um estranho sinal de socorro. Junto com ele, foi baixada uma planta da Ala Médica, localização do qual vinha o sinal recebido. O acesso a algumas das salas era restrito, tanto para a entrada pela porta principal como para visualizar as imagens das câmeras.


EE Lira - Enfermaria
    Os exploradores se dirigiram para a ala médica para descobrir a origem da mensagem de socorro. Eles viram um corredor longo e ao final uma porta na qual Karlag conseguiu acesso de entrada. Mais corredores distribuiam-se para dar acesso a todos os locais que eles viam na planta. Iniciando a investigação pela área de Atedimento, os exploradores começaram a buscar qualquer coisa que pudesse lhes auxiliar. Karlag, noentanto, resolveu explorar sozinho.

    O verthani seguiu inicialmente para o norte. Ele percorreu o corredor e dobrou à direita, encontrando fechadas tanto a porta do Laboratório 1 quanto do Depósito. Enquanto isso, o grupo partia para a Enfermaria.

    Nick e os outros começavam a analisar as prateleiras da enfermaria, enquanto Karlag seguia sua exploração para o outro lado do corredor inicial. No entanto, antes que eles pudessem verificar se havia alguma coisa de útil na enfermaria vazia, Karlag foi surpreendido na porta do Laboratório 2. Um autômato de combate saiu de dentro dela e o atacou sem qualquer questionamento. Para sua sorte ele não estava longe dos companheiros, que conseguiram chegar ao seu apoio antes que a máquina o matasse. 

    Mesmo com o apoio do resto da tripulação o combate deixou algumas marcas no corpo de Karlag. O autômato parecia focar os ataques diretamente nele, mesmo quando uma ameaça maior estava próxima, tal como Marvus.

    Após destruí-lo, Nick pediu que todos ficassem juntos para o seguimento da exploração.


Mundos do Pacto e Espaço Próximo, de 5 a 14 de Gozran do ano de 318 DL.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

(SC) Sessão 039

A Proposta dos Libertários

    O grupo foi levado até o ducentésimo décimo sétimo andar da Torre de Controle do Vagante e colocado novamente frente a frente com Marigin, a representante do grupo que se auto intitula Os Libertários. Além dela, um grupo de shirrens, incluindo o conselheiro Irr, estavam presentes.

imagem de um olho sobre uma rosa dos ventos

    Hotspoth iniciou explicando quase tudo que o grupo havia descoberto, com enfoque especial para Uviem vendendo informação para os azlantis. Marigin soou orgulhosa ao dizer que agora o grupo conhecia a verdade, manifestada por suas palavras um tanto quanto fanáticas:

─ Vocês viram que estão sendo usados. Veem que são meras ferramentas descartáveis para aqueles que detém o poder na galáxia, presos nos grilhões da ignorância. Mas eu posso libertá-los, posso iluminá-los. E eu não lhes peço nada em troca.

    No entanto, Borsalino não parecia muito convencido dos interesses deles depois de perceber que daquela mesma sala eles monitoravam todos os planetas dos Mundos do Pacto, enquanto Nick e os outros estavam ansiosos por ela anunciar alguma espécie de pagamento em créditos.

    A intriga de Borsalino não fez a humana oferecer créditos, mas sim um passeio turístico por todo o Vagante, incluindo as instalações de controle e monitoramento, para mostrar ao grupo suas reais intenções e o quanto eles desejavam apenas a liberdade para todos os seres vivos do universo. O grupo, que havia chegado pelo manhã para a reunião com Marigin, teve todo um dia de exaustiva caminhada na companhia do Capitão Dru. Ao final, conheceram a cidade utópica (pelo menos como foi apresentada) que o Libertários construíram, suas defesas e intenções.

    O cansaço que o grupo havia recebido não fora apenas físico. Os constantes contatos mentais de Dru os deixaram exaustos mentalmente. Quando retornaram para conversar com Marigin, eles pareciam mais inclinados a aceitarem os Libertários. Mesmo assim, o interesse em serem recompensados com créditos era evidente. Mas a proposta não soava financeira. Marigin lhes perguntou:

─ Vocês tem agora a chance de ser algo maior nesta galáxia. De fazer algo por todos nós. O que me dizem, desejam nos ajudar a desatar este nó oculto que se forma diante de nós?

    Nick foi, então, explícito em dizer que o grupo queria uma compensação em créditos pelo que fariam. Ela respondeu dizendo que não lhes pagaria em créditos, mas com a verdade. Além disso, eles poderiam usufruir dos recursos do Vagante enquanto estivessem ali. Depois da explicação estranha o grupo acabou se dando por vencido e aceitou a proposta.

    Nitidamente satisfeito, Irr lhes disse claramente em suas mentes "Vocês não se arrependerão".  Marigin entregou ao grupo um pequeno disco de dados que eles precisariam abrir na Charlie, devido ao poder computacional que precisaria para descriptografá-lo. Ela disse que aqueles dados os ajudariam a conhecer os faróis mais distantes da galáxia, inclusive aqueles misteriosos sistemas que os Azlantis estão buscando.

    Antes e enquanto deixavam o Vagante, os exploradores ainda ouviriam tanto de Marigin, quanto de Irr e até de Dru, que eles não se arrependeriam de terem aceitado trabalhar com eles. Embora a intenção da frase fosse claramente um estímulo, sua repetição começou a soar preocupante especialmente para Nick.

    As informações no disco de dados se mostrava realmente complexo. Charlie levou um dia inteiro descriptografando-o enquanto a nave fazia sua viagem de 2 dias até a Estação Absalom através da Deriva. Após sua conclusão, notaram que havia um código de embaralhamento de dados que poderia ser anexado em Trita08 para impedir que ele enviasse ou recebesse os dados de localização através da galáxia.

    A parada na Estação Absalom serviria para o grupo se reabastecer e planejar o próximo passo. Eles ainda não sabiam para onde iriam, mas queriam estarem preparados para o que viesse.

Diáspora, o Vagante e Estação Absalom, de 3 a 5 de Gozran do ano de 318 DL.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

(SC) Sessão 038

Borsalino à bordo

Assim que passou pela porta e chegou na sala com dispositivos holográficos, o grupo se deparou com um ysoki de mãos para cima, rendido. O pequeno se apresentou como Borsolino e disse que era um mecânico a serviço daquela nave quando o acidente aconteceu. Ele foi o responsável por isolar os compartimentos e manter ativo o suporte de vida da área em que estava, sendo esse o único motivo por ele estar vivo até agora.

Depois de algumas perguntas, o grupo descobriu que a caixa-preta da nave se encontrava na sala do gerador, ao lado. Karlag foi o primeiro a chegar lá e encontrá-la. Borsolino o acompanhou de perto por alguns e viu o verthani e teve a oportunidade de se gabar dos equipamentos que possuía antes que um fio fosse cortado e uma contra-medida começasse a apagar todos os dados da caixa-preta.

Pensando rapidamente, Borsolino resolveu desligar completamente a fonte de energia da nave, já bastante danificada. Ele atravessou um corredor em curto que dava acesso às baterias centrais e as desconectou, o que também desconectou o gerador e toda a energia de Karin. Junto com a energia, a iluminação e até o oxigênio começaram a ser consumidos.

No entanto, a atitude drástica serviu para interromper o apagamento dos dados da caixa-preta, que pode então ser removida e levada para Charlie para uma análise detalhada.

Antes de partirem, os exploradores ainda encontraram uma materializadora intacta dentro de Karin. A máquina era capaz de copiar equipamentos com facilidade, desde que concedida a matéria-prima. Assim, o grupo resolveu levá-la junto. Hotspoth abriu mais um rombo da fuselagem da nave em destroços e por ele passou a materializadora. Depois, voou até a Charlie e puxou um cabo magnético para conectar à máquina e, através dele, também trouxe alguns de seus companheiros. Por fim, todos retornaram para a Charlie.

Em segurança na própria nave, o grupo tratou de apresentar a tripulação para Borsolino, que se mostrou grato por ter sido salvo. O ysoki explorou um pouco a nave enquanto aqueles que tinham se ferido no confronto contra os sarcesianos fizeram uso da ala médica para acelerar sua recuperação, ao passo em que aguardavam o computador central da Charlie decriptografar os dados da caixa-preta, um serviço que levaria cinco horas.

Os dados da caixa-preta mostraram-se extremamente volumosos. Karlag conseguiu filtrá-los em parcelas compreensíveis e obteve muitas informações novas.

Inicialmente, foi descoberto que Karin conseguia manter até três meses de dados de tráfego espacial em seu disco de armazenamento. Na caixa-preta, no entanto, esse volume estava limitado a alguns dias. Karlag percebeu, analisando as informações e as propriedades da nave, que ela não era compatível com uma nave comercial, como era reconhecida. Seus equipamentos eram muito mais adequados para uma operação de espionagem.

Quanto as informações de tráfego em si, a caixa-preta revelava um trânsito intrigante de naves viajando da vastidão para o Espaço Próximo e vice-versa. No entanto, estes visitantes nunca se afastavam muito da estrela do sistema que visitavam, raramente visitando qualquer entreposto, nem mesmo para abastecimento. A origem da maioria destas naves na vastidão era uma região denominada de Império Azlante.

Muitos dados também marcavam faróis de deriva como ponto de interesse das naves visitantes. Não está claro a razão do interesse, mas um registro deixado pelas naves era recorrente, a mensagem "Inspecionado, marcado e transmitido." Esta mensagem foi captada em muitos destes sistemas visitados, sempre no idioma azlante. O destino da mensagem era incerto.

Mapa da nave


Sobre registros pontuais, Karlag conseguiu filtrar dois dados de interesse para o grupo. Um deles apontava para a nave deles exatamente, desde que deixaram Kerius-Minui, o que, supostamente, comprovava que Tritã08 estava sendo monitorado. O registro da localização dele estava marcado como "PAR-T8 Classe B". O verthani também constatou viagens suspeitas da nave de escolta do senador Uvien, de Castrovel e do conselho dos Mundos do Pacto. Os dados indicavam que a comitiva dele visitou, em diversas ocasiões, os mesmos sistemas visitados pelas naves azlantes, sempre com alguns dias ou semanas de antecedência.

Os exploradores ainda ficaram confusos com todas as informações recebidas. Hotspoth não parecia satisfeito, pois esperava mais da tal "verdade" que Marigin disse que eles encontrariam naquele asteroide. No entanto, o grupo resolveu juntar as informações e conversar de novo com o conselho no Vagante. A viagem de retorno levou 3 dias e eles foram recebidos diretamente na doca central, bem perto da sala de reuniões. Ao entrarem, foram recebidos por Marigin anunciando "─ Eu lhes disse que encontrariam a verdade!".

Diáspora, o Vagante dos Libertários, de 31 de Pharast até 3 de Gozran de 318 DL.