terça-feira, 20 de janeiro de 2015

(HH) Capítulo 2: Ajudando Justina

Parte 1: Conhecendo Riátida

A chegada em Riatida


Acompanhados por Liene, o grupo se deslocou por longos quilômetros pelos campos das Terras Centrais até a cidade de Riátida. Durante 5 dias, a caravana dos aventureiros viajou descansando apenas em acampamentos à noite. Ao se aproximarem dos portões da cidade, o grupo já podia ver vários escravos trabalhando nas lavouras ao redor. Antes que entrassem nos portões, Liene informou ao grupo que eles não deveriam ser vistos juntos na cidade. Seu rosto era conhecido do Lorde Garr, e ela poderia não ser muito bem vista naquele perímetro. Sendo assim, ela partiu na frente até a estalagem, avisando ao grupo para que a encontrassem antes de partirem.

O grupo dirigiu-se até a estalagem Braço de Aço, como havia sugerido a confiada de Liene, e lá hospedaram-se. Por estarem muito cansados de toda a viagem que haviam feito, o grupo optou apenas por descansar durante o resto deste dia. Todos tinham planos para a manhã seguinte.

A confecção do cajado


Tom Bash e Stor Dragonwind foram os últimos a saírem da estalagem na manhã seguinte. A dupla, a pedido de Tom, procurava algum lugar onde poderia conseguir madeira de qualidade para que o bárbaro pudesse confeccionar um cajado. Circulando um pouco na cidade, a dupla deparou-se com uma grande guilda de carpinteiros. Ao conversarem com um humano que estava na rua, Stor recebeu a informação de que o local não vendia matéria bruta. O carpinteiro recomendou que os dois procurassem pelo lenhador, que morava no lado de fora dos muros da cidade.

Tom e Stor foram recebidos na casa do lenhador pela esposa e pelos dois jovens filhos do homem. Eles negociaram um grande pedaço de carvalho com o Mulano, arrastada com muito sacrifício pelos filhos do lenhador, mas que graças a uma potência muscular rara foi carregada nos ombros por Tom Bash.

Ao retornarem para a estalagem, Tom deixou seu enorme pedaço de carvalho (medindo aproximadamente 1,2 m de altura e pouco menos de 30 cm de diâmetro) na carruagem. O bárbaro chegou a cogitar em confeccionar o cajado que desejava ali mesmo, mas refletiu e resolveu deixar esta tarefa para depois. Saíram então, ambos, a procura de Arthur, que Tom sabia ter se dirigido para a arena.

O sacerdote informante


Giles possuía um informante no castelo Escarpante. Ele fora conseguido através de favores graças a sua influência na hierarquia da igreja de Lathander. Para descobrir o que este informante havia descoberto, o clérigo dirigiu-se ao templo de seu Deus na cidade de Riátida.

Diferente do que ocorre em Villegard, o templo de Lathander nesta cidade era bastante discreto. Na fachada haviam poucas marcas que chamassem a atenção para o local, tornando-o discreto. O clérigo logo entrou e conheceu o sacerdote Behrtio, responsável pela manutenção do local. Durante a conversa, Giles pediu não só que chamasse o informante, como também perguntou se havia alguma chance de conseguir dinheiro emprestado. Behrtio afirmou que sim, talvez fosse possível, mas o cofre do templo só seria aberto a noite. Giles concordou e resolveu aguardar pelo informante, que chamava-se Istriis e era um meio-elfo.

Ao chegar, Istriis imediatamente identificou Giles. Eles se apresentaram brevemente e então dirigiram-se a biblioteca para conversarem reservadamente.

Quanto ao casamento


Istriis garantiu a Giles que o casamento dos dois nobres ocorre por puro interesse. Através de boatos que circulam dentro do castelo, o sacerdote informante pôde garantir para Giles que o Lorde Garr quer casar-se com Justina pela influência que isso trará para a cidade de Riátida.

O cotidiano no castelo Escarpante


Segundo Istriis, o Lorde Garr é um homem frio. Suas crenças não são muito afinadas com Lathander e, assim, eles não possuem muito contato. O informante afirma que Lorde Garr é muito mais inclinado para divindades como Talos, Tempus, talvez Sune e até mesmo Bane. O homem possui um Ludus de gladiadores e contempla com sua presença nas lutas quase todas as semanas. Além disso, o informante afirmou que Lorde Garr e seu escudeiro Eric possuem uma relação muito próxima e suspeita, que ele não consegue decifrar da distância que se obriga a permanecer.

Após a conversa, Istriis se retirou para que sua ausência não fosse notada no castelo. Ele garantiu que manterá contato com Giles, e desejou-lhe a bênção de Lathander. Giles, então, retornou a estalagem para aguardar pelos outros.

A arena de Riatida


Arthur e Bruce partiram de manhã em direção a arena. O escudeiro, no entanto, logo se dividiu e foi tratar de outro assunto, solicitado por seu senhor: ele iria verificar como era a vida de um cidadão comum naquela cidade.

O guerreiro logo chegou a arena e viu uma grande fila formada para entrar e assistir aos jogos. Após uma breve conversa com um plebeu, ele disse querer participar dos combates, e foi orientado a falar com um homem do lado de dentro das grades. A conversa com este homem perdurou por alguns minutos, e ele finalmente retornou um tanto chocado após descobrir que Arthur era um nobre Cormiriano. Tentando fazê-lo não lutar, o homem conseguiu apenas empurrar a batalha para a tarde. Após o diálogo, Arthur foi deixado livre para andar no interior da arena.

Já nas arquibancadas, o guerreiro presenciou duas lutas de gladiadores. Ele percebeu que o esporte era muito apreciado pelos habitantes, que apostavam as poucas moedas que tinham em um vitorioso. A maioria dos combates culminava em uma ou mais mortes, e poucas vezes o público desejava salvar o derrotado.

Satisfeito com o espetáculo de sangue, Arthur voltou para os corredores da arena e procurou algum gladiador. Foi capaz de conversar com um que aguardava em uma das celas, aguardando o combate e possivelmente a morte. Ali ele ficou sabendo que os lutadores são escravos, quase todos conformados com suas situações. Após o episódio, o nobre de Cormyr, local onde esta cultura inexiste, procurou algum dono de gladiador. Viu, apenas de passagem, um homem acompanhado de dois guardas e do gladiador vitorioso de um dos combates. Enraivado e decidido quanto ao destino que desejava tomar, Arthur deixou a arena e voltou em direção a estalagem para encontrar o grupo.

O destino traçado


Arthur encontrou Tom e Stor na saída da arena. O trio seguiu seguia seu trajeto de volta à Estalagem Braço de Aço discutindo o que viram e o que acharam de Riatida. Arthur expressava ódio em suas palavras, e parecia decidido a agir contra o Lorde Garr. Contudo, ele era bem quisto pelo lorde, como começavam a argumentar Tom e Stor. Neste momento o trio se deparou com a carruagem do próprio Lorde Garr, que dirigia-se para a arena assistir o jogos. Ele foi muito cordial com o nobre Arthur, ignorando solenemente os outros dois. O cormiriano negou o convite de Garr para assistir aos jogos naquele momento, mas garantiu que estaria lá à tarde. Garr, satisfeito, despediu-se.

Ao chegar na estalagem o trio encontrou Giles, que os aguardava. A discussão girou principalmente em torno do desejo de Arthur Van Ser querer - muito - enfrentar Eric, o escudeiro de Lorde Garr. Contudo, Giles e os outros dois foram capazes de convencê-lo que, no momento, manter uma boa relação com o Lorde pode ser mais útil. Garr tem Arthur em grande estima, e o grupo achava que poderia usar isso para descobrir mais algumas informações antes de partir em direção ao anel que Liene comentara.

Era durante a tarde, e Bruce ainda estava na missão que seu senhor o enviara. A intenção de Arthur é assistir algumas batalhas na arena ao lado de Garr e, quando convidado, ir ao castelo Escarpante.

Terras Centrais, Dia 23 a 28 do mês do Sol Alto, Eleasis, do ano de 1480

Pare 2: Ajudando Justina


Após as conversas na taverna durante a manhã, o grupo decidiu que cada uma seguiria em suas tarefas durante a tarde. Assim, Stor recolheu-se para estudar sua magia. Tom foi ao estábulo para trabalhar em sua carpintaria. Giles foi ao templo pegar o dinheiro que havia pedido e também negociar uma besta oferecida por Tom. Arthur foi encontrar Lorde Garr na arena.

Giles chegou bastante cedo ao templo. Contudo, ele ainda pode encontrar Behrtio, que lhe entregou o que havia prometido: as 30 moedas de ouro. Depois do fato, o clérigo foi até o ferreiro oferecer uma besta que Tom tinha pilhado dos ladrões perto de Villegard. A conversa com o ferreiro durou apenas alguns minutos, e o representante de Lathander saiu de lá com 6 moedas de ouro a mais. Como informação adicional, Giles descobriu que a loja de Jo, o mágico, poderia ser o caminho para o encantamento de algum item.

Jo, o mágico, não se mostrou um comerciante muito fácil de negociar. Todos os seus serviços pareciam, aos olhos de Giles, ter um preço exorbitante. Assim, o clérigo retornou para a taverna para informar Tom.

Tom ficou no estábulo para confeccionar a arma. Ele ainda não sabia em detalhes seu formato ou utilidades, mas trabalhava nela com muito esmero. Foi durante seu serviço que surgiu Bruce, dizendo que tinha terminado a missão que seu senhor tinha designado. Sem mais palavras, o escudeiro subiu ao seu quarto. Mais tarde, ainda durante o dia, Tom foi visitado por Liene. A mulher disse que vira Arthur na rua com Lorde Garr e queria saber qual tinha sido a dscisão do grupo para os próximos dias. Tom a informou que eles partiriam no dia seguinte, pela manhã. Assim, ela marcou com todos o mesmo local onde haviam se despedido ao chegar em Riatida.

Arthur entrou facilmente na Arena. Na verdade, a única explicação que teve que dar foi se iria ou não lutar, como afirmara que faria pela manhã. O nobre foi levado ao púlpito, onde estavam Lorde Garr e seu escudeiro, Eric. Os dois nobres conversaram durante vários minutos durante os intervalos entre uma luta e outra, uma vez que Garr parecia muito entretido para conversas enquanto os gladiadores se apresentavam.

Depois dos combates, os nobres dirigiram-se à Fortaleza Escarpante, onde tiveram uma ceia bem servida de comida e bebida. Arthur pode dialogar com Garr diretamente, e aproveitou para, de forma bastante sutil, elevar o nome de Cormyr frente a Riátida em todas as situações. O Lorde Garr não se ofendeu e, ao contrário, parecia até mesmo concordar em alguns momentos.

Ao fim do encontro, que se deu para que o Lorde pudesse tratar sua mãe doente, Arthur pareceu decidido que o líder de Riatida tinha a vocação para tirano. Além disso, saiu com a suspeita que o Lorde e seu escudeiro Eric tinham alguma forma de relacionamento romântico, enquanto o casamento com Justina estava, decididamente, arranjado para fortalecer algum acordo diplomático que sem dúvida beneficiaria mais a Garr do que ao lorde de Helus.

A passagem para o Forte Ruim


O grupo despediu-se de Riatida sem pena. Bruce informou a todos ainda na noite antes de partirem que os cidadãos pareciam aceitar bem a vida que levavam, mas a felicidade não era comum em seus rostos. Assim. após encontrarem-se com Liene, todos partiram em direção a passagem que a ladra havia mencionado para que pudessem chegar no Forte Ruim.

O caminho que percorreram levou alguns duas noites. Chegaram na caverna pelo fim da manhã do terceiro dia, e decidiram que todos, exceto Bruce, entrariam. O escudeiro ficaria cuidando dos cavalos em um local seguro. Entrando na estranha caverna, o grupo estava no escuro, iluminados apenas por uma tocha, que Stor Carregava. Como possuíam o mapa da caverna, o grupo optou por explorar o local antes de partirem em direção ao Forte. Sendo assim, percorriam os corredores que sabiam onde estavam, mas não sabiam o que encontrariam.

Ainda no início da exploração, no corredor mais ao norte, o grupo deparou-se com meia dúzia de Grimlocks. Os monstros pareciam estar em um momento de culto, e atacaram os aventureiros imediatamente. A luta que se desenvolveu não tardou a se encerrar, mas houve tempo para que Arthur fosse ferido com um golpe forte - embora o ferimento tivesse de imediato sido amenizado pela graça de Lathander, canalizada por Giles.

O que o grupo via a sua frente após derrotar os monstros era um pequeno altar com algumas figuras estranhas sobre ele. Abaixo, um baú com centenas de moedas de prata e cobre, além de algumas pedras valiosas.

Terras Centrais, Dia 29 e 30 do mês do Sol Alto, Eleasis, e dia 1º do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480

Parte 3: A caverna sob a fortaleza


O altar e os monstros que cultuavam algo


Após derrotar todos os monstros frente ao altar na caverna, o grupo optou por averiguar o altar enquanto fazia um breve descanso.

A caverna, basicamente constituída de arenito e outras rochas abrasivas, era escura, mas parecia segura naquele local. Os aventureiros contaram, enquanto isso, 600 moedas de prata para o grupo, além de várias pedras preciosas e semi-preciosas ainda não identificadas, exceto por um rubi.

Tom também percebeu um pequeno ídolo em pedra que não parecia com nenhum deus que eles conheciam — nem mesmo Giles — e uma adaga ritual ensanguentada.


Após algum tempo, o grupo deixou seu descanso e seguiu pela caverna a fim de encontrar outros tesouros, para que só então pudessem cumprir sua missão e chegar ao Forte Ruim.

Vasculhando o norte da caverna, os aventureiros não encontraram nada além de escombros. Retornando para o braço oeste do ramo em que estavam, eles se depararam com um grupo de mais quatro monstros humanóides, que os atacaram. Apesar das criaturas terem sido derrotadas facilmente, o guerreiro Arthur foi bastante ferido.

Um punhado de couro e armas estava acumulado no canto de onde as criaturas tinham vindo. Um pouco receosos, os aventureiros retiraram o couro (aparentemente humanóide) e descobriram um livro. Stor o reconheceu como um grimório e guardou para estudos posteriores.

O perigo de verdade


O grupo seguiu pela caverna que se estreitava, cruzou o rio sem dificuldades como da primeira vez e chegou até uma área muito grande. Lá, mesmo utilizando duas fontes de iluminação, se viu surpreendido por uma grande criatura. Arthur foi o primeiro a ser atacado, mas coseguiu evitar o pior. Todos então partiram para o combate de forma a tentar derrotar o monstro que era muito resistente.

Alguns segundos após o começo do combate, quando o primeiro monstro já demonstrava sinais de fraqueza, um segundo surgiu próximo a Tom. Ele foi atacado no abdômem, mas também foi capaz de evitar o pior, uma vez que, assim como Arthur, sentiu que os tentáculos da criatura carregava veneno.

A primeira criatura foi combatida principalmente por Arthur e Liene, mas a segunda teve o auxílio de todo o grupo, que conseguiu, em alguns segundos, espantá-la de volta para sua caverna. Contudo, antes que ela tivesse tempo para fugir completamente, Tom aplicou o golpe que a fez se desestabilizar, e Arthur liquidou finalmente o combate.

Na área onde estavam os monstros, o grupo pôde encontrar apenas algumas armas usadas — inclusive um par espada/escudo com um brasão que Arthur reconheceu como sendo de uma nobre família das Terras Selvagens. Nada mais de valor foi encontrado.

O caminho até o Forte Ruim estava então aberto, e o grupo permitiu que Liene cumprisse sua parte da missão.


Terras Centrais, 1º dia do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480