quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

(SC) Sessão 044

Abordados na nave em destroços

    Charlie estava pousada em local distante da nave caída que o grupo encontrara sobre a superfície do planeta Uji-1. O grupo se aproximou de forma cautelosa, atravessando atentos a densa floresta que os separava do local do impacto.

    Quando chegaram perto o suficiente, perceberam que a nave ainda ardia em chamas nas proximidades de sua turbina. Parecia que algo ainda funcionava de seus sistemas.

    Marvus liderava a aproximação dos exploradores. Ainda a algumas dezenas de metros da nave, o soldado foi abordado por uma estranha criatura de rochas que surgiu do chão e o atacou. Nick, que estava logo atrás e na área de ataque, conseguiu evitar o primeiro golpe.

    O confronto contra a criatura começou, mas logo os exploradores perceberam que ela não estava sozinha. Os monstros formavam um grupo com pelo menos 8 indivíduos. Eles possuíam algum tipo rudimentar de linguagem que Karlag notou a existência quando atingiu uma das criaturas com uma explosão. Apesar disso, o tecnomante não conseguiu se fazer compreendido e a batalha prosseguiu.

    A luta contra as criatura de pedra, que os conhecimentos de Karlag revelaram ser um tipo de elemental da terra, se prolongou durante pouco mais do que um minuto. Hotspoth voou alto para evitar que as criaturas o atingissem com pedras arremessadas, enquanto o restante do grupo as enfrentava de perto.

    Marvus, que tinha seu ponto forte no combate corpo a corpo, começou a temer por sua lâmina, que estava enfraquecendo a cada golpe dado contra aquelas criaturas resistentes. O soldado acabou por hesitar em muitos momentos, deixando para Nick e sua pontaria precisa o serviço de destruir o maior número de inimigos.

    Quando todos estavam enfim derrotados, o grupo teve tempo de explorar os arredores e a nave em destroços. Karlag coletou amostrar das criaturas, certo de que poderia revendê-las para algum místico interessado. Depois, começou a coletar os fragmentos de um computador que acabou fora da nave com o impacto.

    Enquanto isso, Hotspoth se espremeu para dentro da nave através de uma rachadura no casco e explorava o ambiente do lado de dentro. O solariano encontrou a caixa-preta e usava seu laser de mineração para arrombar ainda mais a abertura por onde havia entrado para conseguir tirá-la de dentro.

    Nick entrou pela mesma abertura e vasculhou algumas partes da nave. Hotspoth já havia descoberto que as turbinas estavam provocando o incêndio, então o operativo mexeu nos comandos até encontrar o caminho para desligar completamente os sistemas. 

    Mas uma das turbinas continuava em chamas. Borsanlino analisou a estrutura e percebeu que o duto de refrigeração estava desconectado, e por isso o desligamento das turbinas não havia funcionado. Ele ordenou que Marvus usasse a mangueira de fluito refrigerante para direcionar o fluxo sobre as chamas, e assim encerrar a turbina.

    O soldado fez como o ordenado. No entanto, o contato com o fluido super frio fez o duto grudar em sua mão, congelando-a. Hotspoth veio ao seu socorro, mas tentou remover o duto também segurando-o. Isso acabou fazendo os dois ficarem presos ao duto de refrigeração.

    O líquido que escoava por dentro daquele duto era ultra frio. Ele congelava as mãos dos exploradores e o frio estava aumentado. Borsalino conseguiu encontrar os sistemas reservas da nave para desligar o fluido refrigerante. Nick cortou o duto com sua faca, o que permitiu que a dupla de congelados saísse do estreito e frio duto. Mas isso não seria o suficiente para salvar a vida deles.

    O frio estava tomando conta dos corpos de Hotspoth e de Marvus. Nick não sabia o que fazer. Karlag não tinha nenhuma carta na manga. Hotspoth já enxergava seu fim próximo e nada parecia que seria o suficiente para salvá-lo. Apenas no último segundo de vida que o solariano conseguiu invocar o poder das estrelas para incandescer. Ele ardeu em chamas e derreteu o gelo que o consumia. O brilho quente também aqueceu Marvus e o salvou. Por um tris.

    Enquanto Nick prestava primeiros socorros para Marvus, ele pode escutar Karlag falando com alguém do lado de fora. O operativo se aproximou cautelosamente da abertura no casco para enxergar o que estava acontecendo e viu o verthani converando com uma criatura aviana que parecia coordenar outras vinte. Os problemas deles ainda não tinham terminado.

Sistema Uji, Planeta Uji-1, 17 de Gozran do ano de 318 DL.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

(SC) Sessão 043

Salvando a estação

    O trajeto para a ponte cruzou com o acesso para a Ala Mecânica. O grupo, no entanto, estava decidido em seguir diretamente para contatar a comandante. A caminhada levou os exploradores até um caminho cruzado, com um saguão principal conectados a alguns escritórios e salas de conferência.

    A exploração das salas que se apresentaram levou alguns minutos. A maioria dos computadores da ala já estavam desconectados e não foi possível hackear muitas informações deles.

    Ao chegarem em uma grande sala de controle, já perto do destino que buscavam, eles foram obrigados a abri-la com força bruta. Isso alertou mais dois dos robôs de segurança que vieram rapidamente tentar interrompê-los.

    O confronto contra os inimigos se deu em frente à porta para a ponte de comando, onde a comandante se escondia. O grupo não teve tanta dificuldade para superar estes inimigos quanto teve para superar os anteriores. Assim, conseguiu encontrá-la pouco depois.

Capitã Carlota

    A Capitã Carlota informou que havia perdido o controle da estação poucas horas depois do grupo de estrangeiros ter deixado a EE Lira. Os autômatos entraram em frenesi e ela perdeu a maioria das autorizações de acesso que possuía. Porém, ela ainda era capaz de visualizar as câmeras de toda a estação, inclusive as imagens de quando os estrangeiros estiveram ali. O grupo analisou as imagens, mas não obteve mais informações úteis.

    Depois, Carlota pediu ao grupo que resgatasse um grupo de sobreviventes na ala mecânica. Ela agradeceu aos serviços que eles vinham fazendo até ali, e lhes ofereceu um pagamento em troca do resgate: eles receberiam uma arma a ser instalada na Charlie. Os próprios mecânicos de EE Lira fariam isso.

    O som da palavra "recompensa" saindo da boca de Carlota não permitiu que os aventureiros pensassem duas vezes antes de aceitarem a tarefa. Eles foram até a Ala Mecânica e precisaram superar uma porta trancada antes de terem acesso. O hackeamento da porta não foi possível, e Marvus precisou entrar em ação para abri-la também com força manual, uma vez que a constituição de cristal que ela exibia tornava inútil o laser de mineração de Hotspoth.

Chefe mecânico Almander

    Uma vez aberta a porta da Ala Mecânia, o grupo conheceu o mecânico Almander, o líder dos androides mecânicos da EE Lira. Ele agradeceu aos exploradores e prometeu cumprir o acordo feito pela comandante Carlota.

    O grupo teve de passar dois dias na EE Lira até que os preparativos da nave tivessem sido concluídos. Nesse meio tempo, aproveitaram para recuperar as energias perdidas nos duros combates contra os robôs enlouquecidos. Também fizeram uma análise dos dados que possuíam sobre o planeta Uji-1, que pretendiam visitar a seguir.

    Conforme Emulen e Carlota, os planeja Uji-1 tinha um sinal de queda de um OVNI em uma de suas regiões montanhosas. Os sinais que a EE Lira obtinham era de que este objeto havia colidido e nenhum nativo ainda havia entrado em contato com ele. Os exploradores ansiavam por serem os primeiros.

    A chegada ao planeta Uji-1 foi calma. A entrada da órbita para as camadas inferiores da atmosfera transcorreram sem o cruzamento de nenhuma tempestade ou anomalia de qualquer tipo. A temperatura local parecia agradável. Eles fizeram um primeiro voo para visualizar a área do choque e em seguida aterrissaram a nave a uma distância segura, ainda na floresta. Iniciaram o protocolo de camuflagem da Charlie, o que a tornou transparente e virtualmente invisível para os nativos. E com isso começou a aventura deles em Uji-1.

Sistema Uji, EE Lira e Planeta Uji-1, 14 a 17 de Gozran do ano de 318 DL.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

(SC) Sessão 042

A origem do sinal de socorro

    Assim que terminaram de enfrentar os robôs enlouquecidos na sala de armazenamento de produtos químicos, Karlag retornou para buscar a máquina que Borsalino havia desativado. No entanto, o verthani trouxe com ele uma surpresa, o primeiro robô desativado por Borsalino reprogramado para tarefas simples. Assim, Karlag ordenou que a máquina levasse o chassi desligado para a Charlie enquanto ele seguiria com o restante do grupo.

    A exploração prosseguiu pelos corredores até a divisão para os banheiros. O grupo se manteve unido e foi até a porta da sala de Segurança 2. Ali, Karlag tentou arrombar o sistema de segurança, mas não teve sucesso. Como medida de segurança, o sistema de defesa da ala ativou um robô soldado que atacou o grupo. Antes que pudesse reagir, Karlag viu um disparo partir de dentro da sala dos servidores.

    Marvus avançou para combater o robô inimigo a distância corpo a corpo, como sempre. Os outros tentaram manter uma distância segura, mas a máquina possuía golpes poderosos. Ela feria Marvus pesadamente com seus punhos energizados, e foi capaz de alcançar os outros ao atirar uma granada atordoante. Enquanto a luta se desenrolava, o comunicador dos exploradores foi contatado pela pessoa que emitia o sinal de socorro. Ela parecia agradecida por estar ouvindo o combate perto dela, pois acreditava que a ajuda estava chegando.

    Apesar do poder do inimigo, a superioridade numérica dos exploradores fez a diferença e eles acabaram por destruí-la. O robô, mesmo assim, não entregou barata a sua derrota. Antes de ser efetivamente destruído, ele iniciou um protocolo de autodestruição que acabou por atingir Marcus. Mesmo já tendo sido ferido durante a batalha, o soldado resistiu heroicamente e não sucumbiu aos ferimentos.

    Após o confronto, o grupo se fortificou na sala de processamento enquanto descansavam um pouco, preparando-se para o que poderia vir. Quando suas energias retornaram um pouco, Borsalino e Karlag voltaram a tentar arrombar os códigos de Permissão mais elevados. Foram necessárias algumas tentativas até que enfim eles conseguissem abrir a porta da sala de Segurança 1, mas um laser impedia a passagem deles.

    Karlag foi até a Sala de Segurança 2, onde outro laser protegia o acesso. Desta vez, porém, Karlag encontrou um terminal no qual pode se conectar e encontrar uma forma de desativar a barreira. Ao abri-la, o verthani também descobriu como liberar a sala de Segurança 2, mas antes de fazer isso ele vistoriou a sala dos servidores.

    Os dados dos servidores tinham um volume gigantesco, sendo impossível transferi-los para a nave. Karlag avaliou alguns deles e viu as movimentações que ocorreram na ala médica no dia em que os "azlantis" visitaram a EE. Ele não obteve informações muito detalhadas, mas pode perceber que as máquinas da estação ficaram fora de controle depois disso.

    Após deixarem a sala de servidores, os exploradores avançaram pela sala de Segurança 1 e dali para a Sala de Vigilância, onde encontraram Emulen, o androide que emitia o sinal de sacorro.

Emulen

    O androide recebeu os exploradores com alívio, embora a recepção inicial deles tenha sido cautelosa. Com algum tempo de conversa, o grupo confiou que ele não representava uma ameaça e passou a escutar sua história.

    Emulen disse que trabalha na estação há 9 anos, desde que ela foi iniciada. Falou que no dia da visita dos estrangeiros, como ele chamou aqueles que o grupo acredita ser os azlantis, ele encontrava-se realizando manutenção no exterior da estação. Porém, ele sofreu um acidente e foi levado para a ala médica. Quando ele despertou a EE Lira já se encontrava em alvoroço, com os robôs tendo enlouquecido. Ele se trancou na sala de vigilância para evitar o pior, mas acabou tendo suas permissões revogadas e ficou preso. Isso foi há três semanas.

    O grupo questionou o androide sobre a tripulação da estação, sobre o objetivo dela e sobre a possibilidade de outros sobreviventes. Ele disse que todos que trabalham ali são androides ou ORSs; que a estação tem o objetivo de investigar o planeta Uji-1, já que possui vida inteligente capaz se tornar passível de um primeiro contato em poucos séculos, especialmente através das espécies mais desenvolvidas, os Archons, avianos que vivem na superfície, e Livians, seres anfíbios que vivem mais nos oceanos; e que é possível que existam outros sobreviventes em outras alas da estação, particularmente a ala mecânica, onde ele conhece um pouco melhor, ou a ponte.

    Emulen analisou os dados do planeja Uji-1 e percebeu um novo sinal vindo da superfície. O sinal indicava um ponto de impacto de algum objeto espacial, e ocorrido recentemente. O grupo se intrigou com a situação e ficou ainda mais interessado em visitar o planeta, mas para isso precisava de mais informações da estação.

    O grupo insistiu perguntando qual das alas teria mais facilidade para controlar as outras. Ele ouviu que a ponte é o lugar para isso. Assim, ele foi induzido a entrar em contato com ela. Para a sorte de todos, havia um sobrevivente lá, a capitã da estação. Com isso, o grupo resolveu que deveria alcançá-la para obter mais informações e talvez resolver o problema da estação. Emulen foi convencido por Hotspoth a permanecer na ala médica, e assim o grupo de exploradores partiu em direção da ponte.

Mundos do Pacto e Espaço Próximo, 14 de Gozran do ano de 318 DL.