sexta-feira, 27 de agosto de 2021

(SG) Sessão 84

As opções do triunvirato

• O trio que estava em Efrin seguia Loniân para entrar pela passagem secreta de acesso à Efrin. Eles avançaram pela floresta ao leste da cidade e entraram em uma porta secreta metálica que estava encoberta por vegetação. Do lado de dentro um corredor quase abandonado, mas com tochas acesas. Eles passaram por vários cruzamentos não iluminados até que finalmente chegaram a uma nova porta metálica. Loniân abriu-a igualmente, com uma chave grande quase do tamanho de um antebraço humano e movimentos bem coordenados na fechadura. A porta deu acesso a uma biblioteca restrita, com pouca vigilância. Segundo o arauto o palácio não possuía muita proteção, uma vez que ninguém além dos próprios sumo sacerdotes circulavam livremente por lá.

• Esgueirando-se novamente pelos corredores do luxuoso, mas mal cuidado, palácio de Efrin, os aventureiros conseguiram chegar até a grande sala de reunião onde o triunvirato de Eredra os aguardava. Columbano, Imiliatânis e Ariberto sentaram-se aos três vértices do norte de uma enorme mesa hexagonal e pediram que o trio de Dantsem fizesse o mesmo.

• A conversa com os três sacerdotes resultou em duas alternativas para o grupo. A primeira seria buscar a "Semente da Luz", um objeto sagrado de grande poder que está nos túneis sobre a cidade. Este objeto está protegido por uma criatura poderosa que fora colocada lá sob comando do triunvirato, Porém eles perderam o poder sobre ela há muito tempo e a Semente de Luz também se perdeu. A posse dessa Semente seria vital, uma vez que poderia trazer de volta a vitalidade dos campos de Eredra que os Volins vem danificando e, com isso, os sacerdotes gozariam de mais prestígio e influência para insuflar uma rebelião contra os bárbaros. A segunda alternativa seria ir até Itéria e convencer Horen Vigia, o conselheiro do Tu-Portentâ, de que a guerra dos verrogaris tem implicações muito maiores do que parece. O grupo acabou acatando esta opção, uma vez que parecia trazer retorno mais rápido. Imiliatânis deu a eles uma carta para ser entregue ao conselheiro quando eles tivesse a chance.

Ariberto, Columbano e Imiliatânis, sumo-sacerdotes de Quíris, Sevides e Líris em Efrim

Horen Vigia de Itéria

• O voo até Itéria não demorou para ser concluído na forma de uma águia. Entrar na cidade não foi de grande dificuldade, uma vez que a cidade, apesar de capital real, não possuía nenhum prisioneiro, como era o caso do triunvirato em Efrin. Encontrar Horen Vigia também não foi difícil, graças a orientação de Loniân. Rapidamente o grupo se dirigiu até a casa do conselheiro, onde monstraram-lhe o Olho Profano de Morrigalti a fim de convencê-lo da gravidade da situação. Com a presença maligna que o objeto trazia, Horen não teve outra alternativa senão acreditar. Ele garantiu que faria tudo que pudesse para convencer o Tu-Portentã Veinor sobre a situação da guerra, mas que levaria alguma semanas para que conseguisse mobilizar tropas, especialmente para se opor à Verrogar.

• Tendo feito tudo que era possível em Eredra, Lanâncoras, Pedodes e Torin voltaram a transformar-se em águias e rumaram para Léom novamente.

. . .

• Cóquem, Landalfo e Kaiser planejavam uma forma de abordar Hamônd. Depois de um bom tempo de conversa, o trio chegou a uma estratégia: Landalfo e Cóquem iriam interpeceptá-lo em sua casa, enquanto Kaiser e Arnieta ficariam ocultos e tentariam esgueirarem-se em sua casa assim que ele saísse.

Hamônd

• O início da estratégia deu certo. Landalfo e Cóquem conseguiram chamar a atenção do homem e começaram a conversar com ele. Mesmo sugestionado pelas palavras do bardo, Hamônd era esperto e evitava respostas objetivas. Ele também estava apressado e repetia seguidamente que não poderia chegar atrasado para sua função. Cóquem insistia nas perguntas para tentar revelar uma simpatia pela seita, mas o soldado não dava seu braço a torcer.

• Em determinado momento Landalfo detectou que Hamônd carregava dois objetos mágicos: uma espada e um anel. Sugestionado, o humano entregou a espada para que o mago analisasse, mas ele não tirou seu anel mesmo sob efeito de magia. Irritados pela reação do homem que já insistia que deveria retornar para sua função, Landalfo abriu um portal e, dizendo que os levaria direto para o posto que ele se dirigia, enganou-o e transportou-o para o quarto do alquimista no Castelo das Brumas. Ali eles imobilizaram o soldado em uma cadeira e começaram a interrogá-lo.

• Aproveitando a ausência do dono da casa, Kaiser e Arnieta procuraram um local para entrar na residência. Eles arrombaram uma janela nos fundos, mas foram vistos e a guarda foi alertda. Arnieta disse para que o Marquês entrasse enquanto ela iria distrair os perseguidores, o que deu tempo para Kaiser explorar o local de Hamônd.

• A residência era um local pequeno e dividido em dois cômodos. Kaiser abriu baús, um guarda roupa, revirou a cama e todo o quarto por onde entrou, encontrando charutos, folhas secas e animais dissecados, colocando tudo que podia em sua sacola. Também encontrou sob o colchão uma grande quantidade de pergaminhos e um medalhão com um símbolo que ele não reconheceu. Prensou tudo o mais que pode e, como da outra vez, jogou em sua sacola para levar.

• O arqueiro avançou para o outro cômodo, que servia tanto como cozinha quanto como sala. Viu um pequeno ídolo de Blator sobre a mesa, bem como cinzas de pergaminhos na lareira. Pegou o ídolo. Ele acabou sendo interrompido por guardas que foram investigar o que havia acontecido. Para evitar os inimigos ele se ocultou na chaminé da lareira bem a tempo de evitar que os guardas que entraram pela janela quebrada o vissem. Eles permaneceram alguns minutos, reviraram algumas coisas e, depois, partiram, dando a oportunidade de Kaiser terminar de investigar a residência, mas nada mais foi encontrado. Assim, ele retornou até o castelo e foi direto encontrar-se com Landalfo e Cóquem.

• Kaiser, Landanfo e Cóquem estavam reunidos com Hamônd no quarto do alquimista. Eles seguiram interrogando o soldado que a esta altura já se encontrava dominado pelo encantamento do bardo. Mesmo assim ele não aceitava tirar seu anel. O objeto só saiu de sua mão depois que Cóquem o nocauteou com um soco forte e o pôs no chão, dando a oportunidade para que Landalfo o pegasse de seu dedo e colocasse nele mesmo imediatamente. A maldição do anel estava sobre o alquimista, mas ele tinha a certeza de que seria capaz de conter o mal que ela provocaria.

• As cartas que Kaiser havia conseguido foram analisadas pelo grupo. Dentre várias, eles destacaram uma série de mensagens que Hamônd trocava com uma mulher chamada Londis, na Crássia, e desde há muitos anos. Katrius chegou ao quarto de Landalfo e viu a situação de Hamônd. Ele não gostou muito doque vira, mas entendeu a situação. Uma mensagem chegou ao general dantseniano durante o interrogatório: a mensagem de Escarlon havia se espalhado. A notícia, fantástica para os planos de Dantsem, mudaram o humor de Katrius que logo saiu para fazer preparativos para a próxima e decisiva batalha.

• O grupo explicou a situação para Éperus assim que o reencontrou. Eles disfarçaram a situação de Hamônd e não disseram o que fizeram com ele. Antes de partirem para reencontrarem-se com Hulôn e pegar o diário copiado eles confirmaram ao herdeiro de Verrogar de que ele estaria junto no encontro com a bruxa logo à noite.

• A falsificadora não conseguira falsificar todo o diário a tempo. Cóquem pediu-lhe que copiasse tudo o mais rápido que poderia até o final do dia, e assim a deixaram. Conforme esperado, ela conseguiu cumprir a tarefa parcial. Faltava entregar a capa, mas esta parte não necessitava de tanta pressa, uma vez que Cóquem a entregaria apenas em troca da remoção da maldição sobre ele.

• Como havia sido combinado, Éperus acompanhou Landalfo e Cóquem na casa de Rarder para fazer a troca com Élean. Kaiser achou mais prudente não ir, uma vez que não confiava em si mesmo para não atacar a bruxa. O alquimista e o bardo passaram boa parte do caminho acalmando o herdeiro de Verrogar e pedindo que ele não agisse por impulso com a bruxa, uma vez que isso poderia colocar em risco a vida de sua irmã. No entanto, às portas da humilde residência de Rarder, foi Éperus quem percebeu sangue em frente da porta arrombada.

Dantsem e Eredra, dia 25 do mês da água do ano de 1501.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

(VP) Sessão 58

A luta pela vida de Dick Garhelm

• Quatro inimigos armados. Dick Garhelm estava em uma desvantagem numérica e sem uma arma. Mesmo assim, ele não esperou seus algozes terminarem de falar e ameaçar para desferir um murro certeiro no nariz do anão à sua frente, dando início a uma batalha sangrenta na pequena cela de prisão.

• Os inimigos não eram quaisquer bandidos, mas também não seriam páreo para o bárbaro em sua melhor condição. Sua melhor condição significa quando ele está empunhando uma arma grande. Assim, por instinto, Dick passou a atacar primeiramente o anão que carregava uma grande espada. O empurrou, o agarrou, e tudo enquanto desviava o quanto podia dos outros ataques que vinham de tão perto que uma pessoa comum mal teria visto ser desferido. Meio minuto depois das lâminas terem começado a balançar Dick ainda estava de pé, o anão desarmado e seus inimigos um pouco menos confiantes.

• Armado com uma de suas armas preferidas, o bárbaro começou a contra-atacar de forma violenta. Os ataques inimigos pouco funcionavam contra o bárbaro furioso e sedento por sangue. Ele cortou mortalmente um deles, empalou um contra a parede e abriu o crânio de outros dois, inclusive da mulher que liderava o quarteto enquanto ela implorava por clemência, dizendo que poderia revelar quem ordenara sua morte. Não houve tempo.

• O barulho e os gritos da luta atraíram os guardas. Com Dick se fazendo de morto, eles ficaram surpresos pela carnificina que ocorrera, já que esperavam encontrar apenas o corpo do bárbaro. Eles entraram na sala e Dick, com seus reflexos sobre humanos, saiu e os fechou.

• Dick correu pelos corredores dos calabouços até chegar em um cruzamento. Optou pela direção da escuridão em vez de onde via uma porta. Uma escadaria subiu até uma passagem gradeada e a torre da guarda. Ele acabou atraindo os vigilantes, mas permaneceu escondido até perceber que não conseguiria sair por ali. O retorno foi com luta contra mais dois guardas. Um deles revelou que havia uma saída pelos esgotos em uma sala próxima. Levando-o como refém, o bárbaro conseguiu abrir a saída para o esgoto. Dick percebeu enquanto seu refém abria o alçapão que os equipamentos dos prisioneiros eram guardados naquele local. Completamente armado, ele ainda matou o guarda quando este tentou fugir.

• Dick avançou rapidamente pelo esgotos até ser atacado por um Nothic. O monstro foi rapidamente abatido e não teve tempo de ferí-lo. Com o caminho aberto, o bárbaro encontrou uma escada para a superfície e rumou para a Fairgrass. Tomou a rua principal para chegar em casa, o que acabou lhe fazendo deparar-se com outros três vigilantes da guarda. Matou a todos e prosseguiu até sua sede.

• Apenas Autarkinas estava na Fairgrass quando Dick Garhelm chegou. Ele a alertou que iria para o andar inferior se abrigar próximo do dispositivo de Kwalish, e assim o fez. No entanto, já durante a madrugada, Autarkinas o chamou para alertá-lo de que a guarda da cidade estava à sua porta preparada para entrar e capturá-lo.

Aguasprofundas, madrugada entre os dia 5 e 6 de Hammer do ano de 1490.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

(SG) Sessão 83

Lidando com o fracasso

• O grupo ainda estava decidindo o que fazer. Pedodes queria ir até Léom para ver como Éperus estava, mas Landalfo e Cóquem desejavam dividir o grupo, enviando uma parte deles até Efrin para falar com o arauto que Józ havia mencionado. Depois de algum tempo discutindo, decidiram que todos iriam até Léom e na manhã seguinte se dividiriam, com uma parte indo até Efrin e outra ficando em Léom para acompanhar a situação da guerra, bem como tentar contato com Élean para renegociar os termos para ela revelar como quebrar a maldição.

• O voo até Léom levou pouco mais de uma hora. Como já de costume, a forma de falcão os faz percorrer longos caminhos rapidamente. Apesar da hora tardia, o grupo foi até o templo onde Ildra sofria seu flagelo. Éperus estava lá, parecia muito cansado, mas orava ao lado da cama da irmã. Ficou bastante decepcionado ao ouvir que eles não trouxeram a solução para a irmã, mas compreendeu a situação. As promessas de que os aventureiros iriam tentar um novo acordo com a bruxa e iriam reencontrá-la o mantiveram calmo, mas ele estava decidido a participar desse próximo encontro. Antes de se despedirem, ainda perceberam a péssima aparência da jovem flagelada. Suas unhas, amareladas, haviam crescido exageradamente nos poucos dias que haviam se passado.

• Já no castelo, assim que se alojaram em seus quartos, mas antes de se acomodarem para o descanso, foram convocados pela majestade para a sala de reuniões. Lá encontraram-se com Lidjinir e a rainha Mirna. Ela manifestou sua preocupação com o herdeiro de Verrogar, dizendo que temia que ele estivesse duvidando de sua fé. A rainha foi enfática em dizer que nem toda vitória do mal ocorria através de magia, mas que ele conquistava o coração das pessoas aos poucos, através de pequenos detalhes do cotidiano. O grupo pode finalmente descansar depois da reunião.

• O rei Azuma teve um encontro com o grupo logo cedo na manhã seguinte. Ele já havia tido conhecimento do desfecho que os aventureiros haviam tido com a bruxa, mas precisava atualizá-los sobre a guerra e sobre os próximos passos a serem dados. As tropas verrogaris pareciam mais apressadas do que há poucos dias e os novos cálculos de Katrius estimavam que eles levariam de 5 a 10 dias para chegarem aos portões da capital. Aproveitando a oportunidade, o grupo pediu que um falsificador experiente fosse trazido até eles com urgência, já que precisariam deste serviço para copiar o diário de Ledâm.

• A próxima parada foi mais uma vez o templo onde Ildra estava. Depois de uma desconfiança ao ver o corpo da moça, Pedodes fez nova análise e acabou por perceber o mal que afligia a jovem: ela estava a se tornar uma vampira. Como ele, Lanâncoras e Torin viajariam para Efrin, pediu para Lia permanecer e ficar de olho em Éperus em seu lugar. A sós com Torin, o herdeiro de Verrogar desabafou para o anão. Ele demonstrou toda sua frustração com os deuses e revelou que se apoiava na brava história de Torin e em sua experiência tão pessoal com Crizagom, que um dia o salvara da morte certa no último momento, para continuar a crer que as forças divinas poderiam ajudar sua irmã. O guerreiro prometeu que daria sua vida para salvar a da moça, e então partiu.

• Landalfo e Cóquem não perderam tempo depois que o vingador partiu em sua jornada e foram à procura de Rarder, o necromante. O velho humano os recebeu com receio de que o vingador estivesse próximo, mas se tranquilizou depois que soube da situação e de receber alguns presentes do alquimista. A dupla o colocou à par da situação de Ledâm e de Élean e perguntou se ele conhecia algum dos dois. Ouviram o necromante afirmar que conhecia um pouco de ambos, mas que tivera relações mais próximas com Élean. Segundo ele, se a bruxa já estava em Léom ela poderia ser atraída por algum presente, como uma caveira de criança. Assim, Landalfo tratou de modificar uma caveira de cão na de um ser humano para atraí-la o quanto antes. Saíram com a esperança de terem um encontro o mais breve possível.

Hulôn

• A pessoa com habilidades de falsificação que a coroa recomendou chamava-se Hulôn. Eles foram até a casa indicada e se depararam com uma humana e sua filha com cerca de dez anos. Ela exitou um pouco em fazer o serviço proposto nos 2 dias que lhe foram dados, uma vez que afirmava ser possível fazê-lo em 7, mas acabou aceitando fazer uma cópia fiel do diário. A conversa também a intimidou bastante, com Cóquem e Landalfo reiterando inúmeras vezes o quão perigosas as palavras contidas ali eram e como Hulôn ou sua filha não deveriam, de forma alguma, lê-las em voz alta.

• O encontro entre o grupo que ficara em Léom e a bruxa ocorrera na noite de Sagaeti daquela semana. A reunião na casa de Rarder começou com Élean chegando transformada em um humano. Eles então começaram a tratar dos termos para entregarem o diário de Ledâm para ela, bem como a remoção da maldição de Cóquem. Quanto a primeira tarefa, a bruxa explicou que tinha como reverter a transformação que Vandros, o vampiro, estava impondo sobre ela, embora não fosse garantido que sua mente permaneceria a mesma. Quanto à segunda tarefa, Élean disse que poderia aprisionar os demônios que faziam o contato entre Cóquem e o príncipe infernal e cortar a ligação para quebrar a maldição. Eles combinaram novo encontro no dia seguinte para fechar o acordo, quando entregariam o diário de Ledâm para ela e seria-lhes revelado como quebrar a maldição sobre Ildra.

A motivação da bruxa
Élean deseja criar a vida. Ela tem juntado corpos por toda a Tagmar e os reanimando para tentar construir uma criatura mais forte, mais esperta e mais fiel.
Sua maior ambição é criar uma alma. Para isso, ela crê que pode fazer uso de um corpo celestial. No entanto é muito difícil conseguir um desses, pois eles são dissolvidos assim que derrotados em combate. Além disso, nenhum sacerdote os chamaria de boa vontade apenas para ser sacrificado.

• O trio transformado em falcões por Lanâncoras já estava chegando nos arredores de Efrin quando Pedodes percebeu que o enviado que ele despachara para Luna se dissipou, possivelmente por ter concluído sua tarefa, considerando o tempo que levou. Com isso, uma nova esperança de que a Ordem da Noite Eterna pudesse enviar ajuda se fortalecia.

• Ainda na mesma noite, Lia chamou Cóquem para conversar sobre algumas coisas que a incomodavam. Ela estava tentando se aproximar de Éperus como amiga, como Pedodes havia aconselhado, mas o aspirante a monarca havia estabelecido uma ligação com um soldado que sempre estava de serviço durante o dia e que lhe parecia de certa forma prejudicial, ou pelo menos suspeita. Ela não sabia dos assuntos entre eles porque as conversas sempre se encerravam quando ela se aproximava. Assim, Cóquem traçou um novo objetivo: conhecer tudo sobre este soldado chamado Hamold. Éperus, o primeiro a ser questionado sobre esta pessoa, já adiantou que o considerava um bom amigo.

Loniân de Efrin

• O vingador orou por Sevides apertando o amuleto dado por Józ. Ele queria convocar Loniân, mas ao mesmo tempo acabou tendo uma inspiração muito maior. Sevides, deus da Agricultura, o agraciou com sua própria dádiva. O meio-elfo apareceu para eles cavalgando um alazão alguns minutos depois. Ele trazia conhecimento de coisas que não tinha visto e acabou se revelando um oráculo. Mesmo assim, ele afirmou que precisaria de provas contundentes para fazer com que o triunvirato recebesse o grupo, e estas vieram na forma do Olho Profano que Pedodes trouxera consigo. O arauto partiu às pressas de volta para dentro dos muros de Efrin em seu cavalo branco a fim de tentar convecer o triunvirato e o governo Volin a deixar os heróis de Dantsem entrarem.

• Enquanto isso, em Léom, Cóquem descobrira que o soldado Hamold vivia sozinho na periferia da cidade. Ele tinha uma irmã que era casada e tinha filhos, mas ele próprio era bastante sozinho. Servia o exército há algum tempo, mas não haviam muitas informações sobre ele, nem muitos amigos para contatar. O próximo bater de asas do napol seria para conhecer o soldado pessoalmente na esperança de saber se ele representava algum risco para os planos de Dantsem.

• Loniân retornou em poucas horas. O meio-elfo não trouxera a mensagem ideal, mas ainda assim poderia ter sido pior. O triunvirato aceitaria vê-los, mas o governo Volin não os deixaria entrar em Efrin. Porém, ele mesmo veio com a solução: infiltraria os aventureiros pelos túneis secretos sob a cidade sagrada, o que os levaria diretamente aos sumo-sacerdotes. Aqueles túneis não eram de conhecimento dos Volins e estavam vazios há décadas. Por isso, havia o risco de algum monstro ter feito deles seu covil. Mas era a única chance que Landalfo, Lanâncoras e Pedodes tinham de verem o triunvirato e talvez conseguirem seu apoio contra os demonistas e, com um pouco de sorte, fazer com que essa influência motivasse o povo de Eredra a apoiar a causa dantseniana. Não havia dúvidas: aceitaram o plano do oráculo.

Dantsem e Eredra, dis 23 a 25 do mês da água do ano de 1501.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

(VP) Sessão 57

Uma confusão antes do plano

• Tolman explicou para Tao Hen o que ocorrera na conversa com os arquimagos assim que se reagruparam no térreo da Blackstaff. O trio fez algumas considerações e decidiu que começaria a fazer os preparativos.

• Lex e Dick partiram para os arredores do mercado a fim de reunirem as provisões que precisariam para a jornada. Lex os guiou até um boticário, deu 100 moedas de ouro para Dick e lhe ordenou que entrasse para comprar um Bálsamo de Murrosa. Segundo o draconato, esta seria uma boa oportunidade para o bárbaro treinar suas habilidades de negociação.

• A conversa saiu dos trilhos traçados por Lex já logo no começo. O comerciante cobrava 120 moedas de ouro pelas misturas, mas Dick achou mais prudente ameaçá-lo em vez de negociar. Quando o guarda do boticário foi chamado, uma luta intensa entre este e Dick Garhelm se iniciou. Foram necessários poucos segundos para que o pequeno estabelecimento fosse completamente destruído, com suas prateleiras derrubadas, quebradas e partidas. Depois de oferecer um bom duelo, o guarda foi decapitado pelo bárbaro e o proprietário ameaçado de morte. Não fosse a chegada da guarda de Aguasprofundas para prendê-lo, talvez mais uma vítima tivesse sido feita. Lex Drake, que aguardara na rua e até tentou apartar a confusão, aproveitou o momento caótico para roubar dois bálsamos e fugir antes que fosse pego.

• O draconato contou sua versão da prisão de Dick para Tolman e Tao, deixando-os preocupados. O trio precisava pensar em uma forma de livrar seu companheiro da cadeia, e para isso foram se reunir com Mart e Talon no navio.

• Muitas opções foram consideradas, mas Tolman queria evitar apelar para o apoio de Réskel. Assim, o feiticeiro viajou ao plano do fogo e encontrou-se com Pulvara, a sacerdotisa que protegia um portal interplanar. Ele perguntou se poderia fazer uso daquelas rotas se fosse preciso e recebeu um sim como resposta.

• Uma conversa com Trakyus veio em seguida. O grupo pretendia negociar uma forma de tirar o bárbaro daquele lugar. Porém, o fiel de Tyr foi enfático em dizer que não haveria como livrar Dick da enrascada, particularmente porque o homem que ele havia matado possuía relações importantes com os lordes de Aguasprofundas. A insistência de Tolman o deixou irritado e a negociação se concluiu desfavorável ao grupo.

• A nova tentativa dos aventureiros foi o templo de Lathander. Eles procuravam alguém para ajudá-los com a defesa do bárbaro, mas Rividera não saberia como proceder. Porém, a paladina recomendou uma amiga sua, Nirien, para que conversasse com os aventureiros e encaminhasse a defesa necessária.

Nirien

• O encontro com a defensora ocorreu ainda naquela noite, cedo. A mulher foi encontrada em uma taverna e perguntou muito rapidamente qual era o motivo de sua procura e quais os crimes que Dick realmente havia cometido. Ela parecia uma pessoa comprometida com o trabalho, mas não lhe foi revelado o motivo da confusão, já que alguns sinais indicavam que ela poderia recusar ajudar se soubesse que o bárbaro teve "opções menos hostis" para lidar com o guarda.

• Depois de explorarem todas as opções que conseguiram imaginar, os aventureiros chegaram a uma conclusão: não havia maneira fácil de tirar Dick Garhelm com vida da cadeia. O julgamento certamente seria desfavorável a ele, a condenação era garantida e seu corpo seria enviado para outro plano de existência. Assim, considerando que a alma de Dick poderia ser trazida de volta sem custos dada seu apego ao mundo, resolveram que iriam ordenar a morte de seu companheiro nas celas da prisão e, depois, trazê-lo de volta à vida através de uma fração de seu corpo.

• Embora contrariado, Tolman aceitou que precisava pedir ajuda para Réskel. Lex enviou a mensagem e eles se encontraram alguns minutos depois na taverna. O intermediário elogiou o grupo pelo que eles já haviam feito, entregou um pergaminho ordenando que Tolman participasse da reunião do conselho da guilda dali à 3 dias e, surpreso, ouviu a proposta dos aventureiros. Ele concordou em enviar alguns de seus comandados para concluir a tarefa de matar o bárbaro enquanto estiver preso. Com todos os assuntos agendados, o grupo voltou para a Fairgrass para esperar as boas notícias: que Dick havia sido assassinado em sua cela.

• O bárbaro estava preso em uma pequena cela com outros dois bandidos. Lex tentou lhe enviar uma mensagem mental para que não resistisse à tentativa de assassinato, mas não teve sucesso. Já era tarde da noite quando um guarda se aproximou, removeu os dois companheiros de cela e permitiu a entrada de outros quatro homens armados com espadas. Cercado, a fúria de Dick já começou a lhe ferver o sangue. Uma luta mortal estava prestes a começar.

Ilhas do Norte e Aguasprofundas, dia 05 de Hammer do ano de 1490.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

(SG) Sessão 82

Nova perseguição de Élean

• O grupo conseguiu rastrear a bruxa até uma pequena cabana no meio de uma floresta nos Escudos de Dantsem. Iniciaram com uma tentativa de aproximação furtiva, mas foram percebidos. Kaiser disparou duas flechas velozes em Élean, e uma delas perfurou seu braço antes dela ter qualquer reação. Sem pestanejar, a bruxa fugiu para dentro da casa em tentativa de despistar o grupo.

• Cóquem tentou persegui-la pela casa. Ele passou pelos dois anões que conversavam com a bruxa do lado de fora e passou por duas portas até chegar em um quarto, mas mesmo assim não alcançou Élean. Enquanto isso, o grupo começou um combate contra os anões do lado de fora. James abriu a primeira porta e deu a oportunidade para Landalfo visualizar o destino de um portal que abriu para dentro da cabana, ignorando a dupla de inimigos, que ficaram sob responsabilidade de Torin, Kaiser e Pedodes.

• Embora os anões que protegiam a entrada fossem habilidosos, não tardou para que acabassem derrotados pelos fortes Torin, Kaiser e Pedodes. O trio alcançou os outros no interior da cabana e chegaram até uma última porta que restava trancada. Landalfo se transportou para o lado de dentro e acabou ficando sozinho com uma enorme abominação que o atacou até ele quase cair desfalecido. Houve tempo, no entanto, para o mago abrir a porta atrás de si e fugir. A criatura então avançou e atacou Lanâncoras, deixando o outro mago em situação de apuros.

• A abominação não era a única criatura a importunar os aventureiros. Um fantasma estava naquele aposento e tomou posse do corpo de Lia. A sacerdotisa passou a atacar o grupo, mas foi libertada do domínio maligno pelo exorcismo de Pedodes. O sacerdote também conseguiu forçar o recuo da abominação esconrujando-a e forçando-a a recuar exatamente para cima da porta do alçapão que possivelmente Élean havia escapado.

• Enfrentar o fantasma fora do corpo de Lia foi uma tarefa mais fácil, embora perigosa. O desmorto flutuava e atacava a alma de seus inimigos, e por um instante esteve à beira de ativar algum ritual inscrito no chão (que mais tarde descobriu-se tratar de um círculo invocação ou de proteção contra demônios). Mas não houve tempo, as flechas com o arco encantado de Kaiser dispersaram a criatura deste plano, pelo menos temporariamente. Enquanto vasculhavam a casa, usaram o anel encantado de Torin para restaurar as energias dos feridos.

• Enquanto o grupo ainda lidava com o fantasma e a assombração, Cóquem alçou voo para fora da cabana e foi procurar por Élean. Ele viu uma outra cabana a algumas dezenas de metros de onde estavam pela floresta e para lá partiu. Ele avistou a bruxa sob as árvores e aterrisou para falar com ela. Alvo de uma magia de amizade, o napol sentou-se à mesa e teve uma conversa amigável com Élean, em que algumas informações foram trocadas.

• A bruxa disse que já não precisava do acordo com Vandros. Apesar dela não gostar de quebrar seus acordos, o interesse dos aventureiros na menina a estava incomodando. Ela estava disposta a trocar o conhecimento de como livrar a menina da maldição caso o diário de Ledam lhe fosse entregue. Ela agendou um encontro com Cóquem em Léom, depois da batalha que virá. Concordando com os termos de sua "amiga", Cóquem voou de volta para seus aventureiros que, depois de ficarem á par da negociação, ficaram a planejar o próximo passo.

Dantsem, dia 22 do mês da água do ano de 1501.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

(VP) Sessão 56

A missão no Norte

• Os aventureiros chegaram no quarto de Késper já com a guarda de Güerma batendo nas portas da mansão. Analisando o corpo, eles perceram que o comerciante possuía marcas de assassinato produzidos pela mesma arma que Mart encontrara com Mirene. Seguindo a exploração dos aposentos, Tao encontrou uma entrada para um porão onde vários pedaços de carne salgada estavam armazenados. Uma pequena escrivaninha no canto guardava anotações sobre o destino dos alimentos. Sem pestanejar, e frustrados por não terem encontrado mais nada de valor, os desbravadores da Fairgrass pegaram toda carne que podiam carregar e sumiram dali usando o teletransporte de Tolman.

Lou

Danpilla

• O tapete mágico no Lobo do Mar foi o destino do grupo. Tolman ordenou que as âncoras fossem levantadas assim que eles chegaram e o barco saiu do porto. Os piratas e os guardas demoraram algum tempo para notar a fuga, uma vez que estavam todos concentrados em tentar pegá-los na mansão de Késper.

• Depois de tomarem uma distância segura das embarcações que os perseguiam os aventureiros começaram a planejar o dia seguinte. Seria o encontro de Lex com os arquimagos da Blackstaff onde a missão pelo poder de trazer Lobato de volta seria concedida. Para chegar a tempo, todos usaram novamente o transporte de Tolman, exceto Mart, que ficou tomando conta do navio e controlando seus marujos.

• O encontro com a Blackstaff ocorreu durante a manhã. Participariam Lex Drake, Dick e Tolman. Os empreendedores de Aguasprofundas foram bem recebidos e foram comunicados que seriam atendidos por três dos arquimagos que controlavam a Blackstaff.

• O início do encontro se deu como esperado. O trio foi recebido por Luvian, Danpilla e Lou. Os dois pareceram bastante surpresos com o objetivo dos aventureiros e estavam interessados em verificar se a intenção deles naquele poder era real. Ao perceberem a sinceridade no rosto de Dick, entregaram a missão: o grupo precisava resgatar a Engrenagem das Cem Almas, perdida na Espinha do Mundo e que, segundo os trio de arquimagos, consistia na fechadura mais segura que existe. O prazo para cumprir a missão se encerraria no solstício de primavera. Ainda conforme os arquimagos, um dragão vermelho ancestral protege o local e guarda a engrenagem como parte de seu tesouro pessoal.

• A torre disponibilizou ao grupo seu tapete mágico de teletransporte, semelhante ao tapete que possuem. Eles tem direito de utilizá-lo até três vezes, sendo que espera-se que uma delas seja para trazer os objetos da missão. Se tudo correr conforme o planejado, Tolman e a Fairgrass poderão ficar com o tapete como recompensa, além do desejo.

Ilhas do Norte e Aguasprofundas, dias 04 e 05 de Hammer do ano de 1490.