domingo, 30 de julho de 2023

(SC) Sessão 020

Perseguição pela atmosfera

Charlie já estava com os motores preparados para a decolagem. Karlag havia libertado a nave dos ganchos magnéticos. Razor deu partida imediatamente ao chegar na ponte. A turbulência da decolagem forçada obrigou que todos se acomodassem em cadeiras e afivelassem fortemente os cintos. Nick precisou interromper Vuto, que pedia que os exploradores socorressem Nika, para alertá-los sobre a viagem turbulenta que se aproximava.

A decolagem foi mesmo tumultuada. O piloto precisou acelerar rapidamente antes que a nave fosse novamente aprisionada ao mesmo tempo em que seus companheiros tentavam evitar os disparos das armas montadas na cidadela. Eles foram bem sucedidos e conseguiram escapar de forma impressionante, com Hotspoth atirando com os canhões de Charlie para dar cobertura para a fuga.

Mas o alívio de se afastar da cidadela inimiga durou pouco. Logo eles perceberam que caças inimigos foram rapidamente lançados em perseguição. A floresta que circundava a cidadela poderia conceder alguma proteção, e com isso Razor decidiu voar de forma razante para impedir que as naves se aproximassem. Hotspoth, mais uma vez, encontrou nos canhões uma forma de criar uma distração. Atirando contra o chão, o solariano conseguiu criar uma nuvem de pó e detritos que dificultou a visibilidade dos inimigos, permitindo que a Charlie ganhasse mais distância.

Os exploradores deixaram a região florestal e entraram entre montanhas. Razor garantiu a segurança dos tripulantes mesmo em seu voo razante e curvilínio, embora Marvus tenha perdido o equilibrio e Karlag tenha ficado enjoado com as manobras. Com o enjoo, o oficial de ciências não teve a oportunidade de perceber que um vilarejo do comando vesk estava logo a frente e preparava as armas para disparar contra a Charlie. Nick abriu as comunicações e conseguiu distrair a central de comando da cidade mentindo que eram um cargueiro de passagem. O blefe lhes deu tempo o suficiente para a Charlie atravessar a zona crítica. A cidadela chegou a disparar contra a nave e atingir seus os escudos, mas ela resistiu graças a distância que já havia conseguido.

Ainda com as naves inimigas em seu encalço, os exploradores chegaram em um deserto. Charlie informou que a rota estava errada e que ele precisaria corrigí-la. No entanto, Razor viu uma tempestade de areia a sua frente. Ao atravessá-la para tentar despistar os perseguidores, os sistemas de navegação da nave foram desativados. Com isso, Marvus precisou acionar alguns comandos manualmente e, com isso, permitir que Razor e Karlag traçassem a nova rota. Assim, ao deixarem a tempestade de areia, haviam se livrado dos perseguidores.

Os aventureiros precisariam atravessar o oceano para chegarem no destino traçado. Mesmo acreditando já estarem fora de perigo, Razor voou de forma razante junto à água. Embora isso tenha evitado sua localização por naves aéreas, Charlie foi alvo de um disparo inimigo vindo debaixo da água. O disparo provocou uma onda gigante, a qual Karlag conseguiu impedir de derrubar a nave ao redirecionar imediatamente toda a energia para os escudos dianteiros. Mas mesmo assim o choque contra a onda foi violento e Razor perdeu a estabilidade, embora tenha conseguido mantê-la na rota.

Já se aproximando da Montanha Ensanguentada, o destino ao qual os Ysokis deveriam ser deixados, os sensores da nave mostraram que a cidadela inimiga tinha sensores poderosos. Além disso, caças circulavam a região e poderiam notar a aproximação deles. Sem pestanejar, a escolha de Razor foi desligar completamente os motores de Charlie e realizar um pouso de emergência de forma inteiramente manual. Mas o Ysoki foi surpreendido pela atmosfera do planeta e pela instabilidade gerada pela onda no oceano que ainda reberverava em seus controles. Charlie chocou-se fortemente contra o chão, rastejou e capotou algumas vezes a centenas de quilômetros por hora. O pé da Montanha Ensanguentada foi a barreira que impediu ela de seguir rastejando pelas areias do deserto vermelho. Com o acidente, todos, exceto Hotspoth e Vuto, ficaram inconscientes.

Hotspoth percebeu que seus companheiros estavam desacordados e saiu da nave pela porta de emergência da ponte a fim de avaliar os estragos. Ele percebeu que parte da fuselagem estava danificada, mas não parecia haver nenhum dano crítico. Ao investigar melhor seus arredores, o solariano viu algumas criaturas se aproximando de forma perigosa. Alguns disparos para o ar de seu rifle foram o suficiente para afastar a maioria delas, mas um trio mais corajoso seguiu se aproximando.

O solariano voou alto com seu Jetpack e começou a disparar contra as criaturas. Elas não conseguiam alcançá-lo facilmente, embora fossem capazes de cuspir uma espécie de vômito corrosivo e perigoso. Uma explosão solar não foi o suficiente para matá-las e começou a deixá-lo preocupado.

Uma das três criaturas não perseguiu o solariano. Em vez disso, entrou na nave e avançou sobre Vuto, que defendia-se disparando com sua pistola corona. O ysoki gritava por um socorro que certamente não viria do solariano, mas que foi o suficiente para despertar Marvus. O soldado se recompôs rapidamente e atacou o monstro com sua espada, conseguindo colocar-se entre o passageiro da Charlie e o inimigo. O restante do grupo continuava inconsciente e sem ideia do risco que corriam.

Vesk-Prime, décimo segundo dia do mês de Pharast do ano de 318 DL.

(SC) Sessão 019

Uma abordagem inesperada

Depois de ter aplicado todas as modificações na Charlie, os exploradores foram até os contatos de Uvien para perguntar sobre os passageiros que transportariam. Os trabalhadores do espaçoporto disseram não saber sobre o que eles estavam falando, mas tinham uma caixa de carga que fora designada para a nave deles.

Como já haviam deduzido, a caixa de carga que receberam escondia mais do que parecia. Nela haviam quatro Ysokis que se apresentaram como Vuto, Nika, Galio e Heldron. Os pequenos informaram que deveriam ir até Vesk Prime e serem deixados em alguma cidade próxima da Montanha Ensanguentada (ou algo assim), mas de forma discreta. Eles deixaram claro que os exploradores não precisariam passar indetectados, mas eles sim.

Vuto e Nika

A viagem pela deriva até o Veskarium levou 10 dias. O grupo se dispersou em atividades diversas durante este tempo. Entre elas, Razor apostou e ganhou muitos créditos dos Ysokis que transportavam. Embora tenha sido um tempo bastante descontraído e sem maiores problemas, o pouco tempo dedicado ao planejamento da missão logo cobraria seu preço.

A reaparição no universo comum ocorreu não muito distante de Vesk-Prime. Mais algumas horas e o grupo estaria orbitando o planeta. No entanto, antes mesmo que pudessem alcançar a atmosfera mais alta do planeta, foram contatados por uma frota local que exigia que eles se identificassem. Nick tentou burlar a fiscalização, mas Karlag não conseguiu evitar o rastreamento através de sensores. Com o escaneamento, a frota do planeta identificou quantas formas de vida orgânicas tripulavam a Charlie.

Galio e Hedron

O grupo de ysokis estava preocupado com o fato do inimigo saber que eles estavam ali, mas Nick e os outros começaram a pensar em um argumento para tentar ludibriar os Vesks. Um novo chamado no comunicador foi enfático: "um esquadrão irá escoltá-los até o espaçoporto. Façam o que lhes é ordenado.". Com a mensagem direta e com a aproximação de meia dúzia de caças Esmagadores CMS, os exploradores acharam prudente acatar a ordem.

O plano dos exploradores seria mentir para os Vesk. Eles tentariam enganá-los dizendo que os Ysokis e eles eram comerciantes vindos dos Mundos do Pacto. Ao atracarem no hangar do espaçoporto, a primeira notícia já não foi tão positiva: a nave foi travada por ganchos magnéticos. Depois, um grupo com seis vesks surgiram para abordar a Charlie e fazer averiguações pelo lado de dentro.

Razor tentou tomar as rédeas da situação, iniciando a mentira que haviam planejado. Porém, o Vesk no comando utilizou um equipamento de leitura biométrica. A começar por Nick, o vesk conseguiu rastrear seus genes e descobrir exatamente quem ele era. Já prevendo o problema, o grupo não conseguiu impedir que o comandante lêsse um dos Ysokis, Nika, e a detectasse como uma intrusa. O comandante ordenou que ela fosse levada para detenção imediatamente.

Vesk-Prime

Os ysokis não gostaram do que viram e começaram a perder o controle. Antes que o comandante fizesse a varredura nos outros tripulantes da Charlie, Nick combinou com Razor um novo plano, uma nova mentira: "não toque em nós, ysokis. Estamos com uma doença contagiosa e mortais para os Vesks." Com o reforço profissional de Nick dando mais detalhes sobre a tal doença, os Vesks resolveram deixar a Charlie e colocá-los em quarentena. Não era o ideal, mas eles haviam ganhado algum tempo.

Vuto e os outros ysokis não pareciam conformados com a captura de Nika. Razor, em uma tentativa ousada, correu em direção aos vesks tentando não ser percebido, mas não era fácil. O ex-pirataca acabou sendo visto e foi atacado com pistolas laser. Ele retornou rapidamente para Charlie evitando todos os tiros.

Apesar de ter fracassado em sua tentativa de resgatar a ysoki Nika, Razor conseguiu distrair os guardas inimigos por tempo o suficiente para que Karlag conseguisse usar suas magias e destravar os ganchos magnéticos da Charlie de forma remota, com manifestação holográfica. Charlie iniciou o protocolo de partida dos motores imediatamente e, quando o piloto retornou para seu posto, a nave estava pronta para decolar e fugir dali.

Da Deriva para Vesk-Prime, segundo ao décimo segundo dia do mês de Pharast do ano de 318 DL.

domingo, 16 de julho de 2023

(SC) Sessão 18

Missão de dívida

A nave científica Curtis parecia satisfeita com os serviços que os exploradores ofereceram. Jievens pagou o combinado e o grupo deixou a plataforma de pouso planejando se de fato seguiriam sua rota em direção à Vaxis. Depois de pensarem um pouco, resolveram seguir o conselho de Hotspoth e retornarem para Absallom, onde poderiam reabastecer e comprar as células de energia que haviam negociado.

O tempo que a rota para Absalom levaria foi determinado em 3 dias. Enquanto isso, Karlag tentou romper o firewall de Trita08 mais uma vez. Porém, desta vez, o verthani teve sucesso. Ele descobriu que o ORS tinha vários firewalls protegendo níveis diferentes de informações. Com a primeira barreira vencida, o intruso descobriu a origem, o destino, o tempo de viagem e a categoria de cada nave que viajava na galáxia. Uma quantidade de informações surreal, especialmente considerando o tempo que Trita08 havia sido criado.

O verthani tentou novamente burlar o firewall do ORS no segundo dia, mas não teve sucesso. Já no último dia de viagem pela deriva, antes de surgirem novamente em Absalom, Karlag conseguiu vencer mais uma barreira e obteve novas informações. A primeira delas é que haviam cinco Firewalls, cada um deles protegendo diferentes níveis de informação. A seguir, ele descobriu que Trita08 emitia e recebia um fraco sinal vindo de diversos lugares da galáxia. Através destes sinais ele recebia os dados que armazenava. A seguir, obteve algumas informações extras sobre as naves que circulavam pela galáxia: (1) Haviam registros de espaçonaves civis e militares, mas algumas delas vinham do espaço distante; (2) todas as naves haviam trocado informações com torres de comunicação ou torres de vigilância, embora a localização exata dos dados de origem estivesse com uma precisão muito baixa, do tipo "espaço próximo, aglomerado X".

Quando os exploradores finalmente chegaram em Absalom e atracaram, começaram a cogitar em comprar um supressor de sinal para Trita08. O ORS não parecia ser capaz de compreender o sinal que recebia, tampouco o que enviava, e logo não sabia das informações que Karlag coletara. Porém, o verthani também foi capaz de perceber que não seria fácil suprimir o sinal da máquina.

Em Absalom o grupo se dividiu em algumas partes. Marvus e Nick foram visitar Dax, o Oficineiro, e implementar algumas melhorias físicas e sociais. Já Karlag comprou um cristal mágico e o assimilou, melhorando suas capacidades mentais. Hotspoth foi ao mercado para comprar materiais para mineração. Depois eles foram contatados pelo político Uvien, que tratou de agendar com Nick a reunião que combinara há alguns dias. Ele pediu que o grupo fosse até Castrovel ao seu gabinete, e lá eles conversariam melhor.

O grupo entrou na densa e úmida atmosfera de Castrovel sobre uma floresta densa. Eles sobrevoaram ela por algumas centenas de quilômetros até verem a plataforma de pouso do gabinete do político se sobressair na floresta. Depois de aterrisarem, foram recebidos por um ORS pequeno e sem pernas, quase cúbico, mas falante. Ele disse que o senador Uvien os aguardava.

O gabinete do senador era muito amplo e com uma vista magnífica para as montanhas e para a floresta. O lashunta não deixou o grupo esperando muito tempo e chegou com uma aparência muito formal. Ele demonstrou muito mais interesse em Nick durante toda a conversa, embora ouvisse os argumentos de todos, quando eram manifestados.

Uvien deixava claro, embora em tom pacífico, que Nick estava devendo-lhe um favor. Em troca, ele pediu que o grupo transportasse quatro passageiros até o Veskarium, no mundo Vesk-Prime. No entanto, ele atentou para que eles os levassem de forma sorrateira, informando que seria bem possível que a nave deles fosse abordada na aproximação. O grupo aceitou os riscos a fim de se livrar da "dívida" que contraíra com Uvien. Antes de partirem, o lashunta lhes disse que deixara um presente no espaçoporto: o grupo poderia reparar a nave e aplicar as modificações que achassem necessárias por conta dele.

Ainda sem conhecer seus passageiros, o grupo foi até o hangar designado no espaçoporto e conversou com os mecânicos para solicitar as implementações que Charlie era capaz de manter. Com isso, atulizaram suas armas e instalaram um acomodações para os passageiros.

Da Deriva para Absalom, décimo sétimo dia do mês de Calistril ao segundo dia do mês de Pharast do ano de 318 DL.

domingo, 9 de julho de 2023

(SC) Sessão 17

Enfrentando o parasita

Com o plano para atrair a criatura traçado, o grupo agora se preparava para ir até a ala de pesquisa e caçar. Eles conversaram com Prilix, que informou que a porta a qual atravessariam para chegar ao local não poderia ser aberta pelo lado de dentro. Ou seja, depois de começarem sua missão, eles deveriam cumpri-la até o fim.

Prilix abriu manualmente o portão de saída da ala residencial e lhes disse para percorrer o longo e escuro corredor que entrariam até o seu final. Depois, dobrariam para a esquerda até chegarem em um sinal iluminado que indicaria a ala de pesquisa. Com todas as orientações, os exploradores começaram a longa e lenta caminhada.

A ala de pesquisa estava bem iluminada, conforme o planejado. Alguns sistemas estavam fora de controle, com vapores sendo lançados ao ar. O grupo percorreu o corredor até ver uma sala à sua direita que se parecia com um escritório. Hotspoth foi o primeiro a entrar e se dirigiu para um local no canto do local, onde observou alguns fragmentos gelatinosos que se pareciam com os ovos de alguma criatuara estranha. Hotspoth não sabia do que se tratava e o especialista em ciências do grupo, Karlag, também não conseguiu identificar do que se tratava.

Hotpsoth atirou nos fragmentos estranhos com sua arma elétrica, mas acabou vendo eles aumentarem de tamanho em vez de serem destruídos. Enquanto falava para o restante do grupo que energia elétrica alimentava o parasita alienígina, foi atacado repentinamente por uma criatura que surgiu de baixo e o envolveu.

Os danos causados ao solariano foram pesados, mas um pouco mitigados pela ação rápida do grupo que fizeram a criatura soltá-lo. No entanto, seu rifle de arco elétrico foi destruído, já que pareceu ter sido o alvo original do inimigo.

Karlag e os outros acionaram a iluminação da sala vizinha e viram o que parecia ser um grande hangar. Enquanto todos se dirigiam para lá, Hotspoth começou a sintonizar seu poder estelar. Seu brilho e emanação fizeram com que ele fosse novamente alvo da criatura devoradora de energia. Desta vez, no entanto, ele foi completamente envolvido. Mais uma vez o grupo teve de agir rapidamente para evita que o solariano fosse morto. A criatura foi enfim repelida, mas Hotspoth estava muito ferido para seguir em combate.

Nick e Karlag perceberam que a criatura se deslocava por baixo. Talvez pelo andar de baixo, talvez pelos dutos de gradeamento que estavam sob eles. Assim, removeram as grades do piso e desceram para o andar inferior. Eles perceberam a presença de alguns rastros de deslocamento do parasita, mas não o viram. Enquanto eles procuravam no ambiente, Hotspoth escolheu um canto para descansar e tentar recuperar parte de suas energias.

Razor, vendo que não teriam como encontrar o inimigo de outra forma, resolveu criar uma armadilha. O Ysoki lançou uma bateria de armas e disparou contra ela, deixando-a vazar. Como se fosse capaz de sentir o cheiro da energia escorrendo, o parasita logo saltou sobre a bateria desperdiçada.

Com as orientações de Nick, os exploradores passaram a atacar imediatamente seu inimigo. Marvus avançou sobre o inimigo sem pestanejar, testando sua nova espada. Razor disparava a distância, assim como Karlag. No entanto, o contra-golpe era poderoso. Marvus acabou nocauteado em alguns segundos e Karlag salvou-se por pouco. Remontando e sobrecarregando a arma roubada de Hotspoth, o parasita disaparou contra o solariano que chegava para ajudar, levando-o ao chão, incapacitado.

Razor usou uma granada contra o inimigo e Marvus, depois de conseguir se salvar de uma quase-morte, também atingiu seu inimigo com precisão. O monstro acabou destruído depoi de alguns segundos de uma batalha rápida, mas muito dura.

Com o parasita destruído, o grupo resolveu que não iria procurar por cada ovo de monstro na ala científica. Nick registrou imagens da criatura a fim de provar os feitos dos exploradores e para publicar posteriormente em suas redes. Eles diriam para Jiviens que o principal já havia sido feito que agora um grupo de extermínio deveria ser enviado para acabar com o que restara do parasita.

Jiviens aceitou a missão do grupo e a entendeu como concluída. Ele pagou ao grupo os 30.000 créditos combinados e os liberou. Todos foram de volta para Charlie e começaram os preparativos para desatracarem.

A Deriva, décimo sétimo dia do mês de Calistril do ano de 318 DL.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

(SC) Sessão 16

Desenergizados

O grupo resolveu se aproximar da grande rocha que acabou se revelando uma nave espacial. Um sinal de comunicação foi aberto questionado o que eles queriam e o que carregavam com eles. Depois de um diálogo tenso entre os tripulantes da Charlie e a nave colossal, a solicitação do grupo em atracar foi aceita e eles iniciaram a aproximação à grande rocha que informou ser uma nave científica.

Um raio trator colocou Charlie em uma plataforma de pouso. Os tripulantes precisaram caminhar um longo caminho por uma pista até chegarem em uma área residencial construída principalmente de pedras. A vista era estranha, mas confortável. Seguindo um caminho iluminado por pequenas luzes vermelhas, os exploradores alcançaram uma porta em um ala metálica, desceram escadas e foram recebidos por Jiviens.

Jiviens

Jiviens recebeu o grupo no corredor metálico e com uma pistola em punhos, embora sua voz não soasse agressiva. Depois de algumas explicações que deixaram mais evidente que os exploradores não representavam uma ameaça, o homem os permitiu explorar a nave científica chamada de Curtis. Ele disse que Prilix os encontrariam na cidade. Durante a conversa, ele mencionou algo sobre estarem com problemas de energia, mas o assunto não se desenvolveu.

O bar foi fácil de encontrar. Um ysoki atendia no balcão e disse ao grupo que a nave estava há poucas semanas na deriva. Ela estava em contingência de energia e, segundo ele, haviam boatos de que alguma coisa estava errada. Antes que ele pudesse explicar mais, Prilix chegou. O alienígena, um antropomórfico gastrópode, era sério e foi direto ao ponto: levaria o grupo ao que eles quisessem encontrar. Em troca do que eles pudessem achar de interessante, a nave pedia que eles entregassem células de energia funcionais. Karlag fez uma conta rápida e concluiu que poderia dispor de até 1/3 das células da Charlie, tendo em vista a energia ociosa que o grupo possuía.

Prilix

Com a reserva máxima que poderiam consumir em mente, os exploradores foram levados até um grande armazém, onde perceberam que havia um estoque muito grande de objetos úteis e até de armas. A situação da nave científica parecia muito delicada, porque Prilix lhes disse que tudo estava em negociação, desde que eles tivessem as células de energia para trocar.

Hotspoth estava interessado em um conjunto à jato para poder lutar no ar ou no espaço. Porém, o solariano ficou deslumbrado quando viu que um conjunto de armaduras D-Suit estavam disponíveis. Ficou com ela. Já Marvus encontrou uma espada sinterizada e a pegou. Junto dela, também pegou um escudo de energia aberto a partir de uma braçadeira. Tudo isso custou aos exploradoes 6 das 20 células de energia ao qual dispunham. Enquanto vestiam os equipamentos recém comprados, Prilix disse que recolheria as peças da Charlie.

Os exploradores foram até o bar assim que deixaram o armazém de equipamentos. Lá ouviram do Ysoki que havia uma espécie de parasita drenando a energia da nave. Prilix chegou em seguida, bebeu com os exploradores e revelou bem mais informação: além do tal parasita existir mesmo, a nave não conseguiria manter sistemas básicos em funcionamento dentro de poucas semanas. Embora houvessem equipes para destruir esse parasita, ninguém ainda o havia encontrado. Sabendo disso, o grupo resolveu perguntar mais até se interessar em ajudar. Assim, foi levado até Jiviens novamente, que teria mais informações.

Jiviens ficou surpreso com o interesse dos exploradores em ajudar. Ele explicou melhor o que Prilix havia dito de forma superficial, que o parasita apareceu logo que entraram na deriva e começou a consumir a energia de muitos sistemas. Muitas alas já estavam completamente desligadas e as inúmeras naves atracadas no hangar estavam em sua maioria desenergizadas para alimentar a nave científica, que operava com apenas 10% da potência máxima como forma de economia, dividida principalmente entre ala residencial (5%) e científica (3%). O parasita se alimentava de grande quantidade de energia e parecia se deslocar por dutos, sendo imprevisível onde atacaria a seguir.

Depois de contada toda a história, antes do grupo conseguir planejar qualquer estratégia, Jiviens fez questão de saber o quanto eles cobrariam pelo serviço. Uma negociação se deu e o preço ficou estabelecido em 30.000 créditos.

O grupo perguntou se não seria possível concentrar toda a energia da nave em apenas um local, de forma a atrair o parasita para uma armadilha. Jiviens disse que o mínimo de alas energizadas deveriam ser duas, a ala residencial, para manter todo o suporte de vida, e a ala científica, para manterem retidos os experimentos e riscos biológicos que estavam lá. Assim, o grupo planejou criar uma distração de forma diferente: eles reuniriam todos os habitantes em uma arena ou ginásio para enconmizar a já escassa energia de Curtis. Depois, desviariam a sobra para a ala de pesquisa de forma a criar uma isca para o parasita (com cerca de 7% da potência disponível). Eles esperavam que isso atraísse a criatura até uma armadilha para que e eles pudessem destruí-la.

A Deriva, décimo sétimo dia do mês de Calistril do ano de 318 DL.