sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

(SP) 5.3 - A tragédia na arena

O grande desmoronamento


Após o confronto entre Mamute e o Orco estar encerrado, o trio Joseph, Darial e Thir resolveram sair da arena, uma vez que aqueles tremores não lhe traziam bons presságios. Tramp permaneceu em seu lugar na arena, uma vez que sua missão ainda não estava concluída. Mamute saiu da arena e o Orco foi removido. Enquanto isso, Joane dirigia-se até o prefeito para conversar. Cumérr, vendo que a conversa dos dois poderia resultar em mal entendido, também partiu até o local onde estava o líder da cidade.

O trio sabia que Joane e Eguiardo iria discutir sobre os valores que deveriam ser pagos, um vez que foi Tramp quem havia combinado de pagar pelos dois. Assim, eles pretendiam ir até o templo e deixar a cidade assim que pudessem. No entanto, quando estavam chegando na ponte de divisa da cidade, o grupo teve uma surpresa. Um terremoto mais poderoso do que o primeiro abalou as estruturas da arena e também da ponte em que eles estavam. Como ele foi precedido de um tremor mais suave, o trio teve tempo de deixar a torre pelo lado em que havia entrado.

A arena, no entanto, ruiu. Do ponto onde o grupo estava da cidade foi possível ver a Arena desmoronar em suas faces oeste e sul. Os milhares de espectadores que estavam lá dentro não tiveram tempo de sair, e centenas de pessoas acabaram soterradas. Tramp, que estava percorrendo os corredores atrás de Sine para rever seu pagamento, acabou por encontrá-lo a discutir com o dono de Mamute. Quando percebeu que as paredes desmoronariam, o bardo puxou o agendador de lutas, deixando a parede sucumbir sobre o (ex) dono de mamute. Eles correram pelos corredores que encontravam, perdidos, até que chegaram no centro da arena.

Vendo que a situação na arena estava grave, Darial, Thir e Joseph resolveram retornar a arena e ajudar as pessoas. No caminho de volta, eles perceberam que uma grande rachadura no chão criava um braço do rio que passava a cruzar por baixo da arena.

Ao chegarem na parte destruída da arena, os aventureiros começaram a remover destroços e resgatar as pessoas. Thir subia as ruínas para tentar ver o que estava do outro lado. Ele tinha esperanças de que o prefeito estaria morto, o que ele considerava bom. No entanto, quando conseguiu cruzar o paredão, ouviu de guardas de que o prefeito havia sido soterrado em seu camarote e que Cumérr estava lá no momento do incidente.

Quando Thir chegou ao local do camarote arruinado, ele logo conseguiu ver Cumérr sobre as estruturas de madeira. O anão começou a remover as peças que conseguia a fim de tirar a paladina da situação complicada. Quando conseguiu, percebeu que ela havia coberto Joane ao colocar seu corpo entre a dona do Orco e as rúínas que camarote.

Bestiais


Quando Thir conseguiu remover a paladina dos destroços, Joseph e Darial ainda ajudavam as pessoas do lado de fora da arena. Darial tinha o apoio dos enviados de Crizagom, enquanto Joseph já estava quase no alto dos destroços e conseguia ver o centro da arena, inclusive Tramp e os refugiados do terremoto que o acompanhavam.

Carregando Cumérr nos braços, o anão desceu até a arena. Porém, do novo buraco formado por onde o rio agora passava surgiu uma criatura bestial, portando um machado. Era um dos monstros que Eguiardo usava para entreter o público nos jogos. Tramp veio ao anão e pegou a paladina de seus braços. Ele se afastou enquanto Thir começava o confronto.

Logo Joseph chegou para ajudar no combate, enquanto Tramp auxiliava de longe com seus encantamentos de bardo e seus virotes de besta.

A batalha se estendeu por alguns minutos. Dois guardas vieram ao auxílio do grupo, mas um deles foi dilacerado por um dos bestiais. O combate acabou com todos os bestiais derrotados. Cumérr, ainda desacordada e bastante ferida, foi salva por um milagre invocado por Darial.

O grupo perguntou por Eguiardo e descobriu que ele também havia se salvado, embora não sem ferimentos graves que poderiam deixá-lo sem poder andar.

Brual, Eredra, dia 118 do Mês da Paixão do ano de 1500.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

(SP) 5.2 - A luta de Mamute

Acordos perigosos


No dia seguinte após os eventos na torre do mago Idem, o grupo reuniu-se para discutir sobre o que seria aquele tentáculo e o que fariam a seguir. O grupo ainda tentou relacionar a lenda que Cumérr contou sobre o centro entre as torres ser um ponto de magia.

Darial supôs que o ponto onde encontrava-se a espada poderia ser o centro se as espadas formassem um losango ou quadrado. Assim, o paladino partiu para o ponto onde poderia existir uma quarta torre.

Thir, Tramp e Joseph também precisavam recuperar-se de seus ferimentos, e assim eles decidiram que passariam vários dias na cidade. Nesse meio tempo, o bardo foi até algumas tavernas para tentar conseguir algum contrato para o grupo mercenário. Embora não houvessem muitas oportunidades abertas naquele momento, Tramp viu que os organizadores dos jogos estavam procurando algum competidor competente para enfrentar Mamute nas arenas. Vendo que isso seria muito arriscado, o bardo não aceitou. Além disso, ele ouviu que as arenas eventualmente contratam corneteiros para animas as batalhas. Assim, ele resolveu ir até a arena perguntar sobre o evento.

Na arena, Tramp encontrou-se com Sine, um velhote que era o responsável por organizar as lutas. Ele também perguntou sobre algum oferta de emprego, e o velho disse que o bardo poderia servir como animador das lutas, tocando sua corneta em momentos dramáticos da batalha, além das formalidades necessárias. Ele lhe pagaria para isso, obviamente, e assim Tramp aceitou.

Como extra, Sine lhe pediu um favor pelo qual também pagaria: ele precisava convencer Joane Balwuld, uma mulher que Tramp havia visto conversar com o velhote minutos antes, a permitir que seu gladiador, o Orco, lutasse nas arenas contra Mamute. Este orco é um gladiador experiente, comprado por Joane recentemente de nobres em Efrin. Mas ela não desejava colocar sua recente aquisição em uma luta tão arriscada. Tramp aceitou o desafio de convencê-la.

Enquanto isso, Darial foi até o ponto onde poderia haver uma quarta torre de mago. No entanto, embora o paladino tenha pressentido algo de sobrenatural no lugar, ele não encontrou nenhuma evidência de que em algum momento tivesse existido uma torre naquela área. Assim, ele retornou para o templo.

. . .

Joseph e Tramp foram até a residência de Joane para tentar convencê-la a colocar seu gladiador para lutar contra Mamute. Eles foram bem recebidos graças a fama que se espalhou na cidade de que haviam recuperado a espada do prefeito e então levados até uma sala onde Joane, seu pai e irmão conversavam.

Antes de dizer qualquer palavra, Tramp utilizou seus encantamentos para afetar a mente da mulher e seus acompanhantes. Em seguida, ele pediu a ela que usasse seu gladiador nas arenas porque isso seria muito bom para ela. Ele falou em nome do prefeito Eguiardo, dizendo que ele próprio estaria interessado em ver esta luta e que recompensaria adequadamente a família Bewuld com metade do prêmio pela luta caso ela aceitasse colocar seu gladiador em combate. Encantada pela proposta ─ muito graças ao feitiço de Tramp ─ , Joane aceitou.

Antes que a dupla pudesse retirar-se da residência dos Bawuld eles ainda ouviram agradecimentos para o prefeito. O pai de Joane fez questão de dize que sua família apoiaria Eguiardo na luta contra os magos, se ela viesse a ocorrer como o prefeito planejava, e que também enviaria recursos para a busca aos artefatos misteriosos que chegaram em Brual algumas semanas atrás. Munidos destas informações que eles ainda não sabiam, Tramp e Joseph retornaram para o templo. Apesar do sucesso no convencimento da Lanista Joane, Joseph não ficou com um bom pressentimento sobre a forma como Tramp conduziu a conversa.

Apaziguando futuras confusões


Ao retornarem para o templo de Crizagom, Joseph foi claro ao dizer que Tramp não deveria contar para Darial ou para Cumérr sobre o teor do acordo que fizeram com Joane. Thir, que resolvera ficar treinando no templo, ficou bastante preocupado com o fato do bardo ter usado o nome do prefeito para construir um acordo com uma lanista. Para ele, era evidente que um homem de sangue bárbaro utilizando uma espada mágica de índole maligna iria desejar vingar-se caso descobri-se que seu nome fora utilizado sem sua autorização.

Joseph, no entanto, estava mais preocupado em não permitir que os paladinos descobrissem as mentiras que eles estavam envolvidos. Mas ele não teve sucesso em manter o segredo. Darial ouviu uma parte da conversa e, ao conversar com Cumérr, esta foi tirar satisfações de Joseph, que acabou por revelar tudo o que eles haviam dito à Joane Balwuld. Bastente irritada, a paladina disse que eles precisavam consertar este estrago, ou não poderiam mais permanecer em Brual, se prezassem por sua segurança.

Assim, Joseph e Thir vão até a residência de Eguiardo tentar contornar o problema que causaram. Eles chegam e são recebidos, embora o bárbaro não estivesse muito disposto a vê-los. Por sorte, o anão consegue levar a conversa de forma que o prefeito tenha acreditado que os Balwuld estarão oferecendo o Orco para lutar como uma forma de entretenimento para o próprio Eguiardo. Em contrapartida, eles esperavam receber metade do prêmio em caso de vitória do Orco. Eguiardo não faz caso e aceita a proposta de Thir ─ que, para ele, era dos Balwuld. Portanto a dupla saiu da residência do prefeito com um plano na mão.

Restava-lhes aguardar a luta.

Mamute x O Orco


 Vários dias se passaram até que, enfim, chegou o dia da luta entre Mamute e o Orco. Era um evento muito esperado e uma grande fila se formava ao redor do arena, esvaziando a normalmente movimentada cidade.

Mamute
Orco de Joane
Thir já havia pegado suas armas com o ferreiro e estavam todos bem equipados e preparados para assistir ao combate. Joseph, Thir e Darial foram para as arquibancadas enquanto Tramp foi para o púlpito coordenar os outros corneteiros.

Assim que Mamute e o Orco entraram na arena, o público foi ao delírio motivados pelos sons da corneta de Tramp.


A batalha entre os dois começou agitado. Ambos demonstraram muita técnica com as armas que empunhavam e ora um parecia estar levando vantagem sobre o outro, ora a situação se invertia.

Em determinado momento da luta, o Orco conseguiu atingir o corpo de Mamute. Um corte de raspão, mas ainda sim profundo, cortou uma parte do abdômem do humano. Contudo, poucos instantes depois, um contragolpe devastador de Mamute arrancou o braço esquerdo do Orco.

Ferido e sangrando, o Orco começava a parecer desgastado. No entanto, ele demonstrava garra e não desistira até seu último suspiro. Em um segundo em que Mamute distraiu-se, o Orco conseguiu derrubá-lo com um chute e um encontrão. No chão, parecia que o guerreiro chegaria ao seu fim no último desafio antes da liberdade.

Mas o inesperado ocorreu. O tremor de terra mais violento que qualquer outro que Brual já havia visto ocorreu. A terra rachou entre os dois lutadores e o Orco, desequilibrado pela falta de um dos braços, caiu no chão, desorientado. Mamute aproveitou seu momento, levantou-se em um salto e cravou seu enorme machado no crânio do Orco. A luta havia acabado, e o público estava em festa, acreditando que o ocorrido havia sido uma mensagem dos deuses que acabara de salvar Mamute.

Mas nem todos estavam convencidos disso. Em meio a platéia, Joseph olha para Darial e pergunta:

─ Você ainda acha que os terremotos não são parecidos com os eventos de Rocahverde?

Brual, Eredra, dias 10 a 18 do Mês da Paixão do ano de 1500.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

(SP) 5.1 - As experiências de Iden

O pós missão


Thir estava em uma situação ruim. Ele havia conseguido livrar-se do monstro no fundo do esgoto, mas sua vida ainda corria risco. Para salvar-se, o anão agarrava-se contra a ladeira a beira do rio enquanto procurava um bom ponto de apoio para voltar para terra firme. Ele optou por tentar nadar até o outro lado do rio onde a ladeira era menor e ele conseguiria andar. Mesmo esgotado, o anão lançou mão de suas últimas forças para conseguir atravessar o rio e salvar-se.

Tendo atravessado a correnteza e salvado-se, o anão retornou até o templo de Crizagom. No entanto já era tarde e todos os seus companheiros já estavam descansando. Assim, o anão também resolveu repousar.

Thir contou para o grupo do ocorrido na manhã do dia seguinte. Ele foi até o curandeiro Monek ainda pela manhã para saber se ele conhecia a criatura que ele vira no subterrâneo. O humano disse que nunca viu algo assim. No entanto, antes de partir, Monek o alertou: "Veja a torre do mago Iden hoje a noite".

Enquanto isso, Tramp e Joseph foram procurar informações sobre trabalho na Taverna das Ruínas Perdidas. A cerveja não era barata, mas eles acabaram descobrindo que os donos do gladiador Mamute estão pagando uma alta quantia para quem desafiá-lo. Ele já venceu nove lutas e lhe foi prometido que se ele seria libertado se conseguisse superar dez. Embora o pagamento interessasse, o bardo e o guerreiro acharam pouco prudente aceitar uma proposta como essa e deixaram a taverna.

Thir, depois de retornar do templo de Maira, foi até um ferreiro para equipar-se. Ele encomendou uma série de armas, que seriam entregues em sete dias: um arco de guerra, uma espada e uma lança de aço, além de oito adagas. A noite já se aproximava quando todos reuniram-se no templo de Crizagom.

Assombração na torre do mago


Com discrição, o grupo foi até as proximidades da torre do mago Iden. Eles aproximaram-se por uma fazendas nas proximidades e ficaram em um milharal alto. De lá seria possível ver o que ocorria no alto da torre, graça a Agmaria cheia que brilhava no céu.

Os eventos que se sucederam foram perturbadores. O grupo presenciou um tentáculo gigante se erguer no alto da torre. Este tentáculo não aparentava estar preso a qualquer criatura ─ na verdade, ele parecia a criatura em si! ─ e parecia estar lutando contra outra coisa, possivelmente o mago.

O tentáculo realizou vários golpes e foi contra atacado com vários raios brilhantes, até que enfim ele foi cortado e caiu do alto da torre até o chão. Em pouco instantes, o grupo conseguiu ver a silhueta de algumas pessoas indo até o tentáculo morte e recolhê-lo para dentro da torre. Intrigados com o que viram, os aventureiros retornam para o templo de Crizagom.

O grupo ainda ouviu uma história de Cumérr ao falar sobre as torres do magos. Segundo a paladina, há boatos na cidade de que as três torres do magos, que já estavam lá quando a cidade foi fundada, foram uma configuração mágica quando vistas de cima e que o centro geométrico delas teria alguma propriedade especial. O grupo então apontou para onde encontraram a espada, mas a teoria não fechava: a espada fora encontrada longe do tal centro geométrico do triângulo quando considera-se as torres como vértices.

Brual, Eredra, dias 08 e 09 do Mês da Paixão do ano de 1500.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

(SP) 4.5 - Missão cumprida

O resgate do guerreiro


Enquanto Thir e Darial estavam dando continuidade a investigação dos esgotos, Tramp levou Joseph de volta para a superfície para buscar ajuda, já que o guerreiro estava muito enfraquecido. O bardo foi diretamente para o templo de Crizagom. Ele revelou o que ocorreu para a sacerdotisa, mas ela não sabia como medicá-lo. Assim, eles colocam o guerreiro em repouso em uma ala médica do templo de Crizagom.

Darial e Thir não haviam chegado a uma conclusão final sobre o que fazer com a espada amaldiçoada. Logo, Darial resolveu deixar o guerreiro para trás. Thir, por sua vez, resolve destruir os carniçais que estavam afastados graças ao milagre de Darial. Depois de acabar com os dois carniçais restantes, Thir também retornou para a superfície.

Quando o sacerdote de Crizagom retornou ao templo de seu deus, viu que Joseph não tinha melhorado. Cumérr sugeriu que ele procurasse um médico de nome Monek, no templo de Maira, e assim ele o fez. Darial encontrou-se com Folke, sacerdote de Maira, e este o apresentou ao curandeiro Monek, que aceitou prontamente seu pedido e dirigiu-se até o templo de Crizagom para ajudar Joseph.

Ao chegar no templo, Monek preparou algumas misturas e as aplicou no guerreiro. Elas surtiram efeito, e o estado de Joseph parou de piorar. Segundo Monek, ele iria acordar em alguns dias.

Thir retornou neste meio tempo. Para ajudar a descobrir quem roubou a espada, o anão trouxe consigo a cabeça de um dos carniçais ─ aquele que parecia mais esperto. Ele mostrou a cabeça decapitada para Cumérr, que a reconheceu como sendo a de Annan, um ex-servo do prefeito Eguiardo.

A casa de Annan


Darial então resolve investigar a casa de Annan. Ele pede a ajuda de Tramp e entra na residência secretamente. Lá encontra um cachorro magro, um cultivo de ervas e mais nada. Antes de sair, uma senhora entra na residência e diz que só vai lá para ver como as coisas estão, porque Annan sumiu há dias e não retornou. Darial suspeitou dela, mas enfim a libertou.

Antes de partir, Tramp também investigou o quarto de Annan e encontrou, debaixo do colchão de palha, um mapa incompleto de um complexo existente abaixo dos esgotos.

Recuperando a espada


No dia seguinte após o retorno dos esgotos, Darial e Thir começaram a sentir-se mal. Monek os diagnosticou como uma doença infecciosa adquirida graças a mordida dos morcegos, mas felizmente havia tratamento. Porém, o grupo precisava de repouso. Os aventureiros então passaram três noites em repouso, realizando apenas atividades leves, para se curarem dos ferimentos e doenças que haviam contraído na última aventura subterrânea.

Joseph despertou nesse meio tempo. O guerreiro já estava bastante forte ao final do terceiro dia de descanso e todos resolveram que era hora de retornar lá embaixo e pegar a espada de Eguiardo. O que fazer com ela, no entanto, ainda não estava bem resolvido.

Desta vez não foi difícil percorrer todo o caminho até o recinto em que estava a espada. Ao chegarem na sala onde os corpos dos carniçais estavam, o restante do grupo também viu a espada amaldiçoada sobre o altar. Darial foi quem assumiu o risco de pegá-la. Thir e os outros ficaram procurando alguma passagem secreta no recinto, até que o anão encontrou uma parede falsa que levava a uma escadaria para cima.

O anão subiu a escadaria sozinho. Ele foi capaz de evitar uma armadilha que certamente o derrubaria de volta ao fundo da escada com ferimentos graves, e então chegou a um alçapão que o levou a uma casa com portas e janelas trancadas. Ele investigou rapidamente a residência e, quando abriu a porta, percebeu que não estava muito longe da residência de Eguiardo.

Quando o restante do grupo soube que a passagem estava segura, todo subiram por ali e eles foram entregar a espada diretamente nas mãos do prefeito.

Ao chegarem na residência de Eguiardo, o grupo foi bem recebido e levado diretamente até a sala grande, onde sentaram-se e esperaram muito pouco até o bárbaro surgir. Ao ver a espada, os aventureiros podiam ver que ele estava bastante emocionado. No entanto, neste momento, Darial começou a dizer-lhe que tratava-se de uma arma amaldiçoada e que traria a ruína para  a família dele. Eguiardo disse que seus ancestrais já a haviam utilizado e que ela não era nada daquilo. O paladino insistiu, dizendo que todos os ancestrais dele devem ter sofrido com a maldição da espada. Ofendido, Eguiardo os mandou embora, dizendo que enviaria o pagamento ao templo de Crizagom. Ele não queria mais ver nenhum dos aventureiros na sua frente.

Thir por um triz


Enquanto retornavam para o templo com a missão cumprida, Thir teve uma ideia. Ele disse que precisava retornar aos esgotos para vasculhar os cadáveres dos carniçais com atenção. Afinal, eles poderiam ter algum bem de valor ou alguma informação que eles não conheciam. O restante do grupo não gostou da ideia, pois sabiam que o local era perigoso, uma vez que Tramp e Joseph já quase não retornaram depois de entrar. Mas o anão foi teimoso e insistiu em ir, mesmo sozinho.

Assim, Thir entrou no esgoto pela mesma porta em que o grupo entrou inicialmente. Pouco depois de entrar ele sentiu os tremores de terra que já havia sentido da primeira vez que havia entrado ali, com o restante do grupo. No entanto, resolveu prosseguir.

Os tremores foram aumentado.

Quando o anão chegou no cruzamento onde havia o poço no esgoto, os tremores voltaram a surgir e um tentáculo asqueroso surgiu do nada e o atacou. Pego de surpresa, o anão não foi capaz de evitar que o tentáculo se enroscasse em sua cintura, prendendo seus braços na investida. Forçando bastante para tentar livrar-se, Thir acabou empurrando os tentáculos para cima. Se por um lado isso foi bom por livrar sua mãos, agora ele estava sendo sufocado com o tentáculo em seu pescoço.

Não bastasse a falta de ar que começava a lhe prejudicar os sentidos, o anão também percebeu que este tentáculo era um manipulador de alguma criatura muito forte. Ele o ergueu do chão com facilidade e o puxou para dentro do poço. Thir caiu muitos metros até mergulhar em água. Agora, além de sufocando, ele estava afogando-se. O anão tinha poucos segundos para reagir antes de ficar inconsciente e certamente morrer. Felizmente, ele foi capaz de livrar-se do manipulador no último instante e respirar por pouco segundos, antes de ser dragado por uma forte correnteza. Chocando-se contra pedras, mas evitando o pior com reflexos rápidos, Thir foi capaz de evitar a morte certa tanto pelo choque com pedras, quanto por afogamento ou mesmo por mastigação, se é que a criatura que quase o capturou tinha esta intenção.

O anão foi dragado até o Rio Sevides, ao norte da cidade de Brual. Com muito esforço, ele conseguiu chegar a margem e salvar-se momentaneamente ─ embora ainda precisasse encontrar uma forma de subir a ladeira que era a margem do rio naquele trecho.

Brual, Eredra, dias 04 a 08 do Mês da Paixão do ano de 1500.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

(SP) 4.4 - De volta aos esgotos perigosos

O retorno e um triunfo


Após o descanso de alguns dias e a recuperação de Tramp, o grupo resolveu retornar para os esgotos. Um mal presságios os acompanhava. Eles seguiram o mesmo caminho que haviam percorrido da primeira vez.

Ao chegarem no esqueleto preso ao chão, o grupo encorajou-se e Thir foi quem tomou a iniciativa. Eles amarraram uma corda no corpo do esqueleto e puxaram. depois, o guerreiro se aproximou e viu o texto no chão. Darial também se aproximou e leu as palavras "Não entre. O terror está abaixo". Eles se gravaram a mensagem na memória e seguiram sua aventura.

O grupo passou pela planta que haviam queimado há poucos dias e encontrou uma porta trancada. Lembrando que Thir havia pego uma chave do corpo do esqueleto, eles tentaram utilizá-la e funcionou. Poucos metros além dela, eles encontraram uma espécie de poço. Eles não chegaram muito perto para olhar para o fundo, lembrando-se da mensagem junto ao esqueleto, e então seguiram o caminho.

Pouco depois do buraco, o grupo deparou-se com outra planta semelhante àquela que havia quase matado Tramp, mas bem maior. O bardo e o sacerdote já se afastaram de imediato. Enquanto isso. Joseph e Thir preparavam suas lanternas para queimar esta nova planta também. Contudo, quando o fizeram, as chamas se espalharam por cima da corrente líquida de esgoto em que a planta estava em cima, formando uma parede alta de chamas até o buraco que o grupo tinha evitado. Novamente com muito cuidado, o grupo evitou a chama e seguiu em direção a uma abertura na parede, destroços que levavam a outra área do esgoto, com construção nitidamente diferente.

Joseph e o dano colateral


Poucos passos depois de entrarem nesta nova área do esgoto, o grupo despertou um bando de morcegos. A revoada não apenas passou por eles, como também os atacou. Tramp foi ferido gravemente em sua mão enquanto tentava defender-se das mordidas. Darial e Thir também foram feridos, mas foi Joseph quem sofreu as piores consequências. Após ser mordido por uma das criaturas, o veneno do animal despertou sua alergia, que o incapacitou imediatamente. A batalha prosseguiu mesmo com Joseph incapacitado, até invariavelmente todos os morcegos ou estarem mortos, ou terem ido embora.

Após verificarem que Joseph estava muito mal, o grupo se dividiu: Tramp levaria o guerreiro de volta para a superfície, enquanto Darial e Thir continuariam explorando os esgotos mais um pouco. E a coragem do humano e do anão deu frutos. Eles encontraram uma ampla sala com uma espada ─ supostamente a espada de Eguiardo. No entanto, ela estava protegida por alguns carniçais. Mesmo assim, a dupla resolveu agir. Eles invadiram a sala e derrubaram quatro dos seis que estavam no recinto. Os outros dois permaneceram longe graças às bênçãos de Crizagom convocadas por Darial.

De frente para a espada, Darial teve certeza que tratava-se de uma arma mágica ─ e amaldiçoada. A dupla havia chegado a um impasse. Enquanto o humano queria pegar a espada e levá-la para a superfície, o anão receava que os poderes da maldição pudessem afetá-los de forma indesejável, e talvez até perigosas.

Brual, Eredra, dia 04 do Mês do Paixão do ano de 1500.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

(SP) 4.3 - Reorganizando-se

Joseph e Cumérr


Como era óbvio, o jogo de tabuleiro que a sacerdotisa havia proposto era um pretexto. Ela estava claramente interessada em Joseph, que acabou seduzido pelos atributos da humana. Eles passaram a ter mais intimidade e o guerreiro começou a passar as noites no quarto da sacerdotisa.

Na primeira manhã após eles ficarem juntos, o grupo se reunião para o desjejum no refeitório do templo. Embora Joseph não tenha dito uma palavra sequer, ficou claro para todos que ele e Cumérr haviam passado a noite no mesmo quarto.

Enquanto isso, Tramp se terminava de se recuperar dos esporos que quase haviam o matado.

Brual, Eredra, dias 02 e 03 do Mês do Paixão do ano de 1500.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

(SP) 4.2 - Esgotos perigosos

Perigos subterrâneos

Preparados para entrar no esgoto, o grupo começa sua aventura. O local era escuro e precisava da iluminação das tochas que carregavam. Os passos dados eram lentos e cuidadosos para evitar imprevistos. Na primeira bifurcação encontrada, o grupo resolveu seguir reto. Eles chegaram a uma curva para a esquerda no exato ponto em que havia um bueiro para o qual parte do esgoto era levado. No momento em que iriam atravessar este local, um verme surgiu do buraco e atacou o grupo, fazendo-os sacar suas armas pela primeira vez desde que se reencontraram.

Não foi um enfrentamento difícil. A criatura era frágil e logo sucumbiu a força do grupo. Eles prosseguiram. Noutra bifurcação, o grupo conseguiu perceber um esqueleto humanoide preso a uma abertura no chão. O grupo se aproximou um pouco com muito cuidado mas, quando sentiu os tremores, resolveu não avançar. Thir, contudo, estava muito interessado em descobrir o que o esqueleto segurava escondido. Com cautela, o anão aproximou-se e conseguiu encontrar um punhal e um molho de chaves. Também havia um texto escrito no chão, mas a ignorância em leitura de Thir o impossibilitava de descobrir o que significava aquela mensagem. Ele resolveu se afastar do esqueleto quando percebeu um tremor do chão ao andar ao redor do buraco em que o esqueleto estava preso. Por segurança, o grupo se afastou e seguiu outro rumo.

Seguindo em busca da espada, o grupo deparou-se com uma planta estranha. Eles a evitaram e, a frente, sentiram um tremor de terra junto a rachaduras no chão provocadas por alguma coisa e, enfim, outra planta parecida com a primeira, mas maior. Esta planta atacou o grupo com tentáculos conscientes e esporos. Quando os aventureiros tiveram a ideia de atirar fogo na criatura, perceberam que ela é bastante fraca contra fogo. Assim, eles utilizaram suas tochas e óleo para lançar chamas sobre todo o monstro, que começou a arder em chamas como se ele mesmo fosse o próprio combustível.

As chamas da planta se espalharam, mas ela ainda não estava morta. Como últimos movimentos, a criatura lançou esporos sobre todo o grupo. Embora Darial e Thir tenham reagido a tempo para evitar respirar as partículas venenosas, Joseph e Tramp não. O guerreiro sentiu dor e falta de ar, ficando incapacitado por alguns instantes. O bardo foi bem mais afetado. Tendo aspirado profundamente os esporos em chamas, Tramp caiu inconsciente e sem respirar. Seu destino era a morte certa, mas Joseph conseguiu improvisar um antídoto satisfatório para mantê-lo vivo por tempo suficiente para que, pelo menos, pudessem sair do esgoto e procurar ajuda.

Iden, o mago da torre Norte

Ao sair da torre, o grupo carrega um Tramp inconsciente até o templo de Crizagom apenas para ouvir Cumérr dizer que se existe alguém na cidade capaz de salvar o bardo, este é Iden, o mago da torre Norte. Sem pensar por muito tempo, os aventureiros carregam o bardo até a torre. Para chegar lá, eles precisaram contratar um barqueiro por 1 moeda de cobre para atravessar as poucas dezenas de metros do rio.

Já do lado oposto, o grupo chegou até a torre e foi recebida por um mordomo. Ele guiou o grupo por uma escada caracol até o laboratório do mago Iden, um elfo, que era repleto de plantas e líquidos coloridos. O elfo cobrou um preço considerável pelo serviço, mas forneceu uma mistura que fez o bardo voltar a respirar normalmente.

Com Tramp salvo, o grupo retornou para descansar no templo de Crizagom. Enquanto todo o grupo preparava-se para deitar-se, Cumérr fez um convite a Joseph: ela desejava jogar algumas partidas de tabuleiro com ele. O guerreiro aceitou, inocente e sem perceber que a paladina insinuava-se para ele.

Brual, Eredra, dia 01 do Mês do Paixão do ano de 1500.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

(SP) 4.1 - Reencontro em Brual

Seis meses haviam se passado desde os acontecimentos em Rochaverde, Ludgrim. A guerra que assolou a região se estendeu por quase todo o período. Batalhas foram travadas dentro e fora dos limites da Floresta de Siltam, chegando até a cidade comercial de Rochaverde. No entanto, os humanos demonstraram superioridade numérica e, mesmo no terreno dos elfos, foram capazes de exterminar as tribos hostis. 

Nem todas as tribos élficas lutaram a guerra, mas todas se recolheram e encerraram os contatos com os humanos depois da guerra. O conflito gerou animosidade entre elfos e humanos na região, fazendo as tratativas de paz regredirem décadas, senão séculos. O rei Daniar desgastou-se e os laços com Âmien tornaram-se frágeis. No entanto, Ludgrim e o reino élfico ainda mantém aliança, muito porque temem o momento em que Verrogar, o reino beligerante do norte, invadirá as fronteiras de um ou de outro e exigirá cooperação se eles desejam resistir.


Seis meses depois, apenas pequenos focos com batalhas sangrentas persistem na Floresta de Siltam. Mas os aventureiros já deixaram esta terra em direção ao leste. Foram em busca de novas aventuras. Eles não conseguirão fugir de seus destinos...


. . .


Darial atendeu o convite de Orrad e entrou na Ordem dos Cavaleiros de Crizagom. Seu árduo treino lhe abriu o espírito para novos e poderosos milagres e seu treinamento físico o tornaram mais resistente. Com o cavalo Artax como novo companheiro, o paladino seguiu para Eredra em busca de novos desafios, mas sem esquecer as vidas que se perderam porque ele não conseguiu evitar a guerra em Ludgrim.

Thir participou de toda a campanha de Rochaverde lutando ao lado dos humanos. Após o fim dos confrontos, quando as tropas mercenárias não eram mais necessárias, o anão se aliou a dois humanos que conheceu na guerra: Tramp, um soldado músico que inspirava os companheiros com seu trompete, e Joseph Albuquerque, um guerreiro habilidoso de um olho vermelho e rosto marcante.


Festividades de Brual


Era dia 30 do mês do Talento, uma enorme Festa da Colheita ocorria em Brual, uma grande cidade no sul de Eredra. A cidade, marcada pela bifurcação do Rio Sevides e Odem, era grande o suficiente para abarcar populações muito diversas, mas com marcante presença humana dos bárbaros Volins vindos do Sul há décadas atrás.

Darial chegou a cidade no dias das festividades. Ele dirigiu-se até o templo da Tríade, no centro da cidade. Durante sua visita, o paladino pediu informações no templo e acabou sendo escutado por Thir, que o reconheceu da cidade de Rochaverde. Certo de que as habilidades do paladino poderiam ser úteis para a comitiva de mercenários, o anão alertou o restante do grupo que abordou Darial.

Unidos, os quatro foram até o templo de Crizagom. Lá eles foram atendido por Gyles, o guarda do templo de Crizagom, que logo chamou a responsável pelo local, a paladina Cummérr. Ela recebeu bem o grupo, especialmente a Darial, também paladino, e Joseph, por quem demonstrou afeição instantânea.

Cumérr, sacerdotisa de
Crizagom em Brual
Darial pediu abrigo no templo de Crizagom em nome de todo o grupo e a sacerdotisa não hesitou em aceitar. Ela disse que o templo estava aberto a guerreiros honestos que precisassem de abrigo temporário enquanto estivessem em Brual. Assim, o grupo foi designado para um quarto comum, com camas espalhadas pelo chão.

Ainda enquanto conversavam sobre as missões do templo (com Thir desafiando a paladina para um duelo) o prefeito Eguiardo entrou em alvoroço. Ele procurava por Cumérr e disse que gostaria que ela encontrasse alguém para encontrar sua espada de família perdida.

A missão parecia ter caído como uma luva para o grupo, que interessou-se pelo caso e dirigiu-se, junto com o prefeito e seus assessores, para a sala de guerra do templo de Crizagom onde, sentados a uma mesa redonda, puderam discutir a pauta.

O prefeito já estava com a missão traçada: ele afirmava que algum dos magos da cidade havia lhe roubado a espada de família, símbolo de poder e respeito dos Volins em Brual. Suas histórias eram bastante incrédulas, uma vez que as evidências que ele apresentava contra os magos eram bastante precárias.

Eguiardo falou de Rúbeo, o mago da torre no sul da cidade de Brual, Arior, o mago do Oeste e Iden, o mago do Norte. Contudo, nenhum de seus argumentos fez o grupo acreditar que ele tinha descoberto o verdadeiro ladrão. Finalmente, após vários questionamentos, o prefeito aceitou que talvez não tivesse sido um mago a roubar sua arma. Assim, o grupo foi até a residência para investigar os rastros que o ladrão pode ter deixado.

Na residência do prefeito, o grupo percebeu que a sala onde a espada estava guardada possuía várias rotas de fuga possíveis. Além disso, graças as sensitividade de Darial, o grupo ficou sabendo que a arma era possivelmente amaldiçoada.

Todas as pistas levavam para os esgotos de Brual. Assim, o grupo resolveu preparar-se melhor antes de entrar, comprando lanternas e esperando a manhã seguinte para não invadir durante a noite. Afinal, algumas histórias urbanas diziam que aqueles esgotos não eram seguros e que eles deveriam tomar cuidado lá embaixo.

 Brual, Eredra, dia 30 do Mês do Talento (Festa da Colheita) do ano de 1500.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

(SP) 3.6 - A primeira batalha e o fim dos pequenos

Linha de frente

Thir foi designado para a linha de frente na luta contra os elfos. Seu pelotão partiria na frente, comandado por Dalan, enquanto outros estariam em outros pontos da floresta. O anão não recebeu informações detalhadas sobre como outras tropas agiriam na guerra.

A partida ocorreu muito cedo do dia após a orientação da missão. A caminhada foi longa. Muitas horas de marcha em um pelotão com vinte soldados. Enquanto estavam em uma trilha na floresta, o grupo percebeu que estava sendo vigiado e uma batalha começou. Os elfos atiravam flechas enquanto escondiam-se entre as árvores. Alguns soldados morreram nesta primeira investida, enquanto outros, inclusive Thir, entrou no mato atrás de mais elfos. Eles estavam em desvantagem. Minuto a minuto, Thir via seus companheiros caindo. Mesmo que o anão fosse muito competente no manuseio das armas, a desvantagem o colocava em situação perigosa.

O tempo agiu a favor deles. Uma cavalaria comandada por Garai e sua tropa chegou em auxílio de Dalan, transformando uma batalha quase perdida em uma vitória. Muitos soldados haviam morrido, mas a primeira batalha contra os elfos havia trazido uma vitória para Rochaverde.

Ludgrim, Rochaverde, dias 17 e 18 do mês do Conflito do ano de 1501.

A morte pela necromante


Os pequeninos, o rastreador Neuton e seu filho acamparam longe da torre, no bosque. Eles podiam ver a torre em chamas a distância. Porém, o ataque à torre do mago desconhecido não sairia gratuito. Ainda era madrugada quando o grupo foi abordado por uma sombra. Era a necromante da Torrque queimada, em fúria, querendo matar os responsáveis. Acompanhavam a maga alguns mortos vivos, entre esqueletos e sombras.

Uma batalha foi inevitável. Neuton foi rapidamente atingido por magias que o colocaram em chamas. Assustado, o rastreador fugiu deixando inclusive seu filho para trás. Os pequeninos resolveram enfrentar a inimiga.

Sendo apenas dois, Kozilek achou que a melhor estratégia seria atacar diretamente a feiticeira. Ele partiu para o ataque, ignorando os esqueletos que tentavam pará-lo. A mística era poderosa e conseguiu afetá-lo com magias, tornando-o lento. O mesmo foi feito com Enrakhul. Bolívar fugiu e correu atrás de seu pai na primeira oportunidade.

Dentro de alguns momentos, os pequeninos viram-se cercados pela horda de inimigos. A feiticeira, vendo que estava correndo muito perigo, mas certa de que já tinha feito o suficiente para destruir seus inimigos, fugiu sumindo na escuridão em um passe de mágica, deixando os pequeninos cercados por seus mortos-vivos.

A luta se estendeu por vários minutos. Graças à técnica apurada de Kozilek, a dupla foi capaz de resistir por muito mais tempo do que a situação sugeria que eles conseguiriam. No entanto, eles ainda eram uma minoria e, antes que eles pudessem derrubar a maioria dos adversários, um golpe fatal atingiu o pescoço de Enrakhul e, em seguida, também feriu Kozilek gravemente. Os pequeninos não resistiram, mas tiveram uma morte honrada, lutando bravamente até o último momento.

Ludgrim, Rochaverde, dia 17 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

(SP) 3.5 - A torre e a guerra

Uma torre misteriosa


Os pequeninos, Neuton e Bolívar acamparam próximo da Vila Rigustas. Eles resolveram enterrar Bellum por ali e passar a noite longe dos soldados com os quais o anão havia arranjado confusão.

Na manhã seguinte, um dia ensolarado, Kozilek percebeu uma torre no alto de uma colina não tão distante de onde eles estavam. Sem pestanejar, o grupo resolveu sair da estrada e seguir colina acima, em direção ao sul, onde encontrava-se a torre. A jornada levou todo o dia. Havia apenas uma pequena trilha por todo o caminho da Estrada Real até a torre, e grande parte do caminho era inclinado para cima.

Já era noite quanto os aventureiros chegaram em uma região mais plana da colina em que estava situada a grande torre, com quase 40 metros de altura. Neuton, por prudência, achou melhor acampar do lado de fora e aguardar o raiar do dia para abordar a construção. Como ele não sabia quem era o residente, ele não considerava prudente chegar no meio da noite.

Já os pequeninos não se preocupavam com isso. Kozilek e Enrakhul foram até a torre e já foram abrindo a porta de entrada. Eles encontraram uma sala grande, com muitas caixas e uma mesa, além de outra porta, interna, logo atrás de uma pequena placa que continha escrituras em um idioma que nenhum deles reconhecia. Os dois retornaram até Neuton apenas para ouvir do rastreador que ele também não sabia ler o que estava escrito na placa.

Retornando para torre, Enrakhul analisou minuciosamente a porta atrás da placa. Não tendo detectado nenhuma armadilha, Kozilek foi diretamente até a porta. O pequenino sentiu algo perfurar seus dedos enquanto mexia a maçaneta, mas não foi impedido. Atrás da porta uma cena de terror: quatro aventureiros mortos há dias, com seus corpos estirados, perfurados por espetos que saíam do chão. Obviamente vítimas de armadilhas, os pequeninos resolveram não entrar na sala. Em vez disso, a dupla foi verificar o perímetro da construção e procurar um local para escalar. Enrakhul chegou a tentar duas vezes encontrar um ponto de escalada, mas não teve sucesso.


Desapontados por não conseguirem ir adiante, a dupla de pequeninos resolveu utilizar o óleo que possuía para queimar completamente os móveis e caixas que encontraram no primeiro andar da torre. Eles acenderam a chama e saíram, retornando para Neuton. Eles estavam certos de terem tomado a decisão certa...

Ludgrim, Torre de Olf, dias 16 e 17 do mês do Conflito do ano de 1501.

Uma guerra inevitável


Darial continuava buscando uma forma de evitar a guerra entre os elfos e a cidade de Rochaverde. No entanto, ao conversar com Adald, o juíz da cidade e também sacerdote de Crizagom, percebeu que os ânimos dos governantes estavam muito mais inclinados a favor do conflito. O paladino implorou para que o juíz tentasse de alguma forma retardar uma declaração de guerra, mas ele foi enfático em dizer que não poderia prometer mais do que dois dias.

As informações que Darial buscava não eram facilmente obtidas. Dois dias se passaram até que Ehel lhe chamasse avisando que possuía novidades. O paladino foi até lá animado e ficou sabendo que o meio-elfo havia interceptado uma correspondência de Guia com Virtus. A carta vinha de Virtus e estava escrita em Leva. O conteúdo estava em primeira pessoa, como se o próprio rapaz a escrevesse, e dizia que ele havia conseguido escapar da cidade e estava rumo à Varani, uma cidade na Levânia, mas que daria um jeito de ir buscar a menina em Rochaverde. Agradecendo ao meio-elfo, Darial levou o que encontrou até Adald e Dalan.

Ao chegar no quartel, enquanto falava com Dalan, o paladino viu a aproximação apressada e anunciada de um grupo de cavaleiros. Haviam dois feridos entre eles. Enquanto Darial curava um dos feridos, outro era atendido por um médico. Os que estavam ilesos diziam que eles estavam patrulhando a floresta quando foram atacados por elfos. Alguns haviam morrido e os feridos foram carregados pelos companheiros de volta à Rochaverde.

Ao reencontrar Adald, este estava com Etwid, o prefeito. A conversa entre os dois já estava encaminhada e Etwid tinha decidido declarar guerra. Vários pelotões da cidade já haviam chegado e Rochaverde sentia-se preparada para começar o conflito. Desapontado, Darial pediu ajuda a Adald, pois ele ainda tinha interesse em perseguir Virtus e recuperar as partes perdidas do artefato. O sacerdote de Rochaverde, com sentimento em sua expressão, lhe concedeu Terremoto, seu próprio cavalo, e disse que procurasse por uma mulher chamada Marlum, em Donatar.

Depois de partir do quartel, Darial pretendia seguir sua jornada com Orrad para ingressar nas fileiras da Ordem de Crizagom.

Ludgrim, Rochaverde, dias 13 a 16 do mês do Conflito do ano de 1501.

Um novo recruta


Embora afaste a maioria, alguns são atraídos pelas sombras da guerra. Foi assim com Thir, um anão de um clã raro natural das montanhas ao sul da Floresta de Siltam. Ele foi à Rochaverde em busca da guerra, depois de ouvir rumores sobre sua aproximação enquanto viajava.

Ao entrar em Rochaverde pelo portão Oeste, o anão já pode presenciar a chegada de um pelotão de soldados reais. Ele dirigiu-se diretamente para o quartel, onde apresentou-se para Garai e perguntou o que seria necessário para ingressar no exército e participar da guerra. Garai pediu que o guerreiro mostrasse suas habilidades em treino com os soldados e, depois da exibição, garantiu que ele ingressasse nas fileiras.

Depois de um dia de treinamentos, já com sua situação formalizada, Thir foi apresentado à Dalan, que informou que ele seria seu único comandante e que Thir deveria seguir suas ordens acima de tudo, pois é ele quem comanda o exército de Rochaverde, embora hajam outros pelotões na cidade.

No terceiro dia de treinamento, ainda pela manhã, o anão presenciou a chegada dos cavaleiros com a dupla de feridos gravemente. Ele viu o sacerdote de Crizagom curar os dois e em seguida ouviu do comandante que a guerra seria declarada contra os elfos. Dalan disse que Thir seria designado para a linha de frente das tropas. Ele comporia o primeiro grupamento que invadiria a floresta para livrar-se dos elfos. Embora tenha ficado um pouco preocupado com sua função, Thir não negou o desafio. Todos já estavam se mobilizando para a batalha.

Ludgrim, Rochaverde, dias 14 a 16 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

(SP) 3.4 - A morte de Bellum

O início da jornada


Após Neuton conseguir reunir seus contratados apenas na tarde daquele dia 10 do mês do Conflito, o grupo resolveu que seria mais sensato partir apenas no dia seguinte. Assim, os pequeninos e o anão foram abastecer suas mochilas com os mantimentos que precisariam para sua viagem.

Durante sua espera, na taverna, Neuton ouviu que as redondezas de Rochaverde haviam mudado com o recente terremoto. Algumas cavernas se abriram e muitos aventureiros partiram em direção a elas em busca de tesouros. Inabalado, o rastreador não perdeu o foco em seu destino, Donatar.

O grupo não possuía animais de carga para transportar seus bens. Assim, Bellum foi o escalado para carregar a tenda, o maior dos equipamentos. No entanto, o anão era forte e bem maior do que um anão comum e não teve dificuldades no transporte durante os dias que se seguiram.

A viagem até Donatar levaria mais de uma semana. Já no dia seguinte os aventureiros cruzaram com um pelotão de soldados reais vindo, claramente, de Donatar. Eles ainda seguiram viagem e chegarem em um pequeno vilarejo já na noite do dia 11. Eles pernoitaram na cidade e, no dia seguinte, presenciaram uma chuva torrencial e muito vento. Devido às más condições climáticas, Neuton achou prudente que eles não viajassem naquele dia e eles aguardaram na cidade.

No entanto, Enrakhul e Kozilek foram conhecer o vilarejo. Eles perceberam que naquele dia 12 era comemorado o Amor à Deusa, uma homenagem para Crezir. Como celebração, os aldeões prepararam ringues nas ruas e lutavam desarmados entre si. Os pequeninos presenciaram algumas lutas e depois retornaram para a estalagem. Bellum, que poderia se interessar pelo evento, não acordou para ver.

O terceiro e o quarto dia de viagem não mostrou nenhuma surpresa. No quinto, porém, o grupo passou por mais um pelotão do exército real vindo de Donatar pela estrada que levava à Rochaverde. Desta vez o pelotão era composto de cavaleiros. No anoitecer daquele dia o grupo chegou ao vilarejo de  Rigustas, um pequeno local cujo único atrativo era uma grande taverna na forma de salão.

A morte de Bellum


 O grupo de aventureiros resolveu entrar na taverna. Lá eles perceberam que havia um pelotão inteiro de soldados reais bebendo e divertindo-se. Bellum tentou se aproximar de um deles, mas o humano estava bêbado e discutindo com seus companheiros. O anão foi recebido com um soco, dado por reflexo pelo homem bêbado, mas que atingiu em cheio o rosto de Bellum.

Irritado e decidido a responder na mesma moeda, o anão desafiou o soldado bêbado para um duelo. Embora estivesse inclinado a aceitar, seus companheiros o interromperam dizendo que ele não tinha condições de lutar. Foi então que um outro soldado, grandalhão e portando um machado na cintura, surgido do meio da multidão de outros soldados, bradou que aceitava o duelo proposto pelo anão. Bellum não negou o duelo e eles foram para a rua.

A luta entre Bellum e o grandalhão logo formou um círculo no paço central da cidade, em frente à taverna. Ambos começavam com troca de golpes estudados, buscando a melhor oportunidade para se atingirem. No entanto, o soldado real era habilidoso e, mesmo com a agilidade desproporcional de Bellum, era capaz de fazer seus golpes efetivos. Assim, o anão foi atingido duas vezes antes de demonstrar com clareza que já estava lutando contra seu próprio corpo também. Embora tenha tentado desferir mais alguns golpes, Bellum não foi eficiente e acabou morrendo com um golpe certeiro em seu peito.

Os companheiros de Bellum nada podiam fazer. Os soldados eram muitos para eles tentarem intervir na luta e não havia entre eles ninguém que pudesse evitar o último suspiro do anão. Terminada a luta, o grandalhão guardou seu machado e ordenou que os aventureiros tirassem o corpo falecido dali. Enrakhul, enfurecido, prometeu vingança ao soldado, mas não foi levado a sério.

Assustado, Neuton levou todos para fora da cidade. Eles enterraram o corpo de Bellum algumas dezenas de metros longe da estrada e lá passaram a noite, longe dos guardas reais. Bolívar era quem parecia mais entristecido. A morte de Bellum foi bastante chocante para o jovem, que via no gladiador um guerreiro para se espelhar.

Ludgrim, Estrada Real, dias 11 a 16 do mês do Conflito do ano de 1501.

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O rastro de Virtus

Darial estava na biblioteca do templo de Sevides de Rochaverde. O paladino pretendia descobrir quem escrevera as anotações naquele mapa. Várias horas foram gastas naquele subterrâneo até que o humano conseguiu encontrar um pergaminho antigo com uma letra que parecia-se muito com aquela que anotava no mapa. Estava ainda mais mal escrita, mas certamente parecia-se muito com a que ele trouxera para comparar.

Levando o pergaminho encontrado até a sacerdotisa Abil, o paladino ouviu que manuscrito fora feito por Guia, uma jovem aldeã, filha de um carpinteiro local. A própria Abil havia ensinado a jovem Guia a escrever, embora no momento em que ela escrevera aquele pergaminho seu aprendizado ainda estava incompleto.

O sacerdote levou o pergaminho que encontrou para a milícia. Sua intenção era conversar com Dalan. Ao chegar lá, ele foi bem recebido e a notícia foi ouvida com surpresa. Dalan disse que seria prudente investigar e deu a Darial um papel de representação como milícia de Rochaverde. Assim, Darial poderia apresentar-se como um representante oficial da cidade.

Como já era tarde, Darial aguardou até o dia seguinte e foi procurar a casa do carpinteiro. Ele havia descoberto no quartel que o pai da jovem chamava-se Lafaiar e que era um carpinteiro bastante conhecido na cidade. Ele tinha sido o responsável por grande parte dos trabalhos grosseiros na construção da paliçada que protege a cidade.

A residência de Lafaiar era bem simples. Ele era um humano de meia idade e ficou bastante preocupado quando Darial disse que desejava conversar com sua filha, Guia, por algo de errado que ela poderia ter feito. Pressionada tanto pelo paladino quanto por seu pai, a jovem, de aproximadamente 16 anos, entregou um bilhete que guardava debaixo de seu travesseiro. Este bilhete fora enviado por Virtus e dizia que ele estava bem e tinha conseguido sair da cidade.

No retorno para o quartel, Darial viu a chegada de outra tropa real. O número de soldados em Rochaverde aumentava rapidamente e, por mais que Darial fosse contra o conflito, a guerra parecia cada vez mais iminente. No quartel, Dalan mostrou-se animado com a descoberta de Darial, mas lhe disse que não havia muito tempo, pois o prefeito já estava pressionando a guarda para posicionar-se quanto a guerra. Dalan indicou Ehel, o dono de um bordel, como pessoa de confiança a quem Darial poderia pedir para vigiar Guia.

Darial foi falar com o tal Ehel a noite. Ele era um meio-elfo bastante educado e que comprometeu-se, por Dalan, a vigiar a garota. Ao retornar para a estalagem naquele dia, o paladino reencontrou Orrad, que lhe disse que a hora de partir estava chegando e que ele deveria ser educado na Ordem de Crizagom. Darial queria mais algum tempo na cidade e, pedindo com afinco, conseguiu que Orrad lhe concedesse mais 4.

Ludgrim, Rochaverde, dias 11 e 12 do mês do Conflito do ano de 1501.

sábado, 5 de agosto de 2017

(SP) 3.3 - Contatos

Já era manhã de Basvo, dia 11, quando Enrhakul e Kozilek foram novamente à casa da bruxa para descobrir o que ela havia descoberto sobre Hungarati e sua relação com a região. No entanto, os irmão saíram frustrados ao descobrirem que a meio-elfa ainda não havia descoberto nenhuma informação adicional.

Em seguida, a dupla de pequeninos dirigiu-se até a taverna Rompe Lombo para encontrar-se com Nehuton. Os dois já estavam dispostos a partir em direção a cidade de Donatar a fim de cumprir o contrato que haviam firmado com o rastreador. Ao chegarem lá, os pequenos ouviram do estalajadeiro que o homem havia saído com seu filho para caçar, supostamente saindo pelo portão sul, e foi para lá que Kozilek e Enrhakul os seguiram.

Ao tentarem passar pelo portão, os pequeninos tiveram que lidar com guardas desconfiados. A dupla que fazia a guarda no portão queria revistá-los, mas Kozilek se enfureceu com a situação e reagiu com aspereza nas palavras. Enquanto o clima tornava-se cada vez mais propenso para uma briga, Enrhakul conseguiu pôr a cabeça no lugar, acalmar os ânimos dos envolvidos e conseguir passar pelo portão sem que ninguém se ferisse.

Os dois percorreram poucos quilômetros ao sul até já estarem próximos da Floresta de Siltam. Não precisou muito para que eles percebessem a presença de Nehuton e seu filho. O jovem estava treinando com o arco e flecha de seu pai e acabara de matar uma lebre com sua flechada, demonstrando talento no manuseio da arma. Reunidos, os três iniciaram o retorno para a cidade em busca de Bellum, para que finalmente pudessem partir em direção à Donatar.

. . .

Darial acordou cedo na manhã de Basvo. O paladino tinha muitas preocupações em mente. Além de tentar evitar que uma guerra entre os elfos e os cidadão de Rochaverde começasse, ele tinha a pretensão de descobrir quem escrevera o bilhete no mapa que encontrara na casa de um dos lenhadores, no dia anterior.

Foi para cumprir seu segundo objetivo que Darial partiu logo cedo da manhã para o quartel ao encontro de Dalan. Porém, enquanto cruzava a cidade, o paladino percebeu a grande movimentação na praça central. O chefe da guarda estava atrás de um púlpito, onde o prefeito Etwid parecia preparar-se para discursar. Logo que a multidão pareceu se acomodar, o prefeito iniciou seu discurso, dizendo que a cidade de Rochaverde estava se preparando para tempos difíceis. Entre as frases mais marcantes do prefeito, destacaram-se:

— (...) estamos preparando nossas tropas para defender a cidade. Pelotões de guardas irão circular a cidade, defendendo nosso território de quaisquer elfos que surjam (...)
— (...) a capitão Donatar já autorizou o envio de tropas para aumentar o efetivo aqui em Rochaverde, uma cidade estrategicamente bem posicionada no território (...)
— (...) se houver qualquer sinal de hostilidade dos elfos, iremos revidar e destruí-los (...)

Após o discurso, Darial aproximou-se de Dalan e do prefeito para conversar. O paladino foi apresentado à Adald, sacerdote de Crizagom de Rochaverde e que é responsável pela justiça na cidade. A conversa dos três foi breve. Darial questionou Dalan sobre o mapa e a escrita, mas o chefe da guarda não sabia quem poderia ter escrito aquilo. No entanto, ele sugeriu que o paladino procurasse o comerciante Waltom, que possuía muitos contatos na cidade. Talvez ele pudesse saber quem escrevera aquilo.

Com a indicação da residência do comerciante, Darial foi até lá. O sacerdote não encontrou resistência para entrar e foi levado até um escritório onde encontrava-se um senhor, que se apresentou como Waltom, acompanhado de mais três humanos homens armados. Dalan iniciou a conversa colocando o mapa sobre a mesa e questionando se o comerciante saberia quem poderia ter escrito aquilo. Waltom disse que não lidava com pequenos comerciantes diretamente, mas que talvez pudesse descobrir, se Darial também o ajudasse.

A proposta de Waltom abalou um pouco a Darial. O comerciante disse que precisava levar alguns bens para fora da cidade sem que fossem revistados pela guarda local. Como Darial gozava de algum prestígio frente a milícia local, ele ofereceu uma troca: as informações que ele conseguisse coletar em troca deste favor ilegal que o paladino cumprisse. Darial recusou educadamente a proposta e retirou-se sem mais informações.

Nem toda a conversa com o comerciante havia sido desperdiçada. Waltom havia sugerido que ele procurasse o templo de Sevides. Ele dirigiu-se até o outro lado da cidade e encontrou um templo dedicado a Tríade da agricultura. Conversando com a sacerdotisa Abil, ele foi levado até uma biblioteca no subterrâneo e apresentado a centenas de livros. Sua intenção era comparar assinaturas até descobrir quem teria escrito naquele mapa.

Ludgrim, Rochaverde, Anaesi, dia 11 do mês do Conflito do ano de 1501.

domingo, 23 de julho de 2017

(SP) 3.2 - Rochaverde estremecida

O Combate


Todos estavam preparados para o início das lutas. Kozilek solicitou que a dele fosse antes de Bellum, e o arranjador concordou. Não apenas a plateia, mas também o próprio arranjador desdenharam do pequenino que se arriscaria na arena contra o Ogro, um humano grandalhão e musculoso.

As regras dos combates desarmados exigiam que os competidores lutassem sem trajes na parte superior do corpo, exceto por ataduras nas mãos, se desejassem. Assim, a cicatriz nas costas de Kozilek que o denunciava como um escravo ficou exposta para o público. As apostas, que estavam todas a favor do Ogro, foram parcialmente revertidas a favor de Kozilek, pois um burburinho de que o pequenino era, na verdade, um gladiador experiente começou a rondar a arena.

O combate contra o Ogro durou alguns minutos, mas foi cinematográfico. O pequenino não foi nem mesmo tocado pelo humano grandalhão. Kozilek, no entanto, desviava-se e o golpeava tantas vezes que deixava o público confuso, mas atento.

Nehuton, um rastreador humano que visitava a cidade de Rochaverde com seu filho Bolívar, estava assistindo as lutas. O jovem ficou bastante impressionado com a demonstração do pequenino Kozilek. Nehuton, no entanto, disse que a melhor luta ainda estava por vir: a do anão Bellum.

Ao terminar o combate com um chute giratório que nocauteou o Ogro, Kozilek arrancou aplausos surpresos da plateia e recebeu a recompensa pela luta.

Os jogos seguiram imediatamente para a nova luta de Bellum. O anão enfrentou um meio-elfo que vestia um elmo para proteger-se. Mesmo brandindo duas espadas, o adversário não foi páreo para o anão seguidor de Crezir. Quando a batalha parecia estar seguindo a favor do meio-elfo, o anão desferiu-lhe golpes poderosos no peito que, mesmo com armas cegas, foram capazes de abrirem-lhe cortes doloridos.

A perseguição


Darial prosseguia tentando encontrar o comerciante Olaf. Por algumas horas o paladino vasculhou a cidade até que foi ao quartel conversar com Darial. O comandante da milícia de Rochaverde designou três guardas para acompanhar o paladino até a residência dos lenhadores, as quais Darial acreditava que poderia colher pistas sobre o paradeiro das outras peças do artefato ou sobre Virtus.

O grupo vasculhou a casa de todos os lenhadores, mas apenas na última delas que foram encontrar pistas ou objetos mais úteis. Sobre uma mesa que parecia ter sido usada há vários dias atrás, um dos guardas encontrou um mapa com um caminho traçado para o interior da floresta de Siltam. O paladino logo reconheceu que o mapa marcava a localização da árvore Hungarati.

. . .

Depois das lutas na arena, no fim da tarde daquele dia 10 do mês do conflito, Kozilek e Enrhakul se dirigiam até a casa da bruxa que havia aceitado ensinar o pequenino a ler. A intenção da dupla, no entanto, era verificar se ela possuía alguma informação sobre o artefato.

Antes de chegarem na casa da mulher, o grupo foi surpreendido com um terremoto. Todos na cidade ficaram assustados com o rápido tremor, que foi logo seguido por um bem mais poderoso e que provocou pânico. O terremoto derrubou algumas casas e danificou muitas outras. Kozilek e Enrakhul chegaram a perceber pequenas fissuras que se abriram no chão. Ao olharem para as trevas na fenda que se abriu, ambos puderam pressentir algo maligno.

Ao chegarem na casa da bruxa, já de noite, Enrhakul, misturando algumas verdades com muitas de suas mentiras deslavadas, conseguiu convencer a mulher a procurar mais informações sobre o artefato de Hungarati. Ela pediu que a dupla voltasse em outro momento, para que ela pudesse pesquisar em paz.

. . .

Bellum saiu da arena direto para a estalagem. Lá ele foi procurado por Bolívar, o jovem filho de Nehuton. Empolgado, o menino disse que gostou muito da luta. Nehuton aproveitou o momento para oferecer um serviço ao guerreiro: ele precisava de escolta para retornar até Donatar e estava disposto a pagar algumas moedas de ouro. O anão gostou da ideia e aceitou, dizendo ainda que iria chamar seus companheiros.

Depois da taverna, Bellum foi até o quartel. Lá ele encontrou-se com Garai e Dalan, que discutiam a possibilidade de uma guerra aberta contra os elfos. O anão não poupou palavras para encorajar a guerra e disse que os elfos da floresta não eram confiáveis, além de poderem atacar novamente a qualquer momento.

Garai, que apoiava a guerra, aproveitou o reforço que Bellum dava a sua ideia e estimulou ainda mais Dalan a iniciar o conflito. O chefe da guarda ainda não havia tomado sua decisão, mas ele agora estava bastante inclinado a seguir a ideia de seu conselheiro.

Ludgrim, Rochaverde, Anaesi, dia 10 do mês do Conflito do ano de 1501.

sábado, 8 de julho de 2017

(SP) 3.1 - A luta de Bellum

Confusão na Rompe Lombo


Vendo que Raviel ainda não havia se transferido para a nova estalagem, a dupla de pequeninos resolveu ir até seu quarto na estalagem Rompe Lombo e convencê-lo a acompanhá-los. No caminho, Kozilek e Enrakhul viram algum movimento nos estabelecimentos noturnos, mas passaram reto e seguiram direto para a taverna.

Ao chegar lá, Enrakhul teve a ideia de entrar sorrateiramente no quarto do mago. Ele não foi capaz de ser silencioso nas portas rangentes da estalagem e alertou Raviel que, ao perceber sinal de um intruso, o recebeu com uma bola de fogo, queimando a porta e uma escrivaninha. Enrakhul atacou o mago e foi alvejado mais uma vez com uma bola de fogo. Enquanto o pequenino bradava que tratava-se de um impostor, o mago o alertava para não entrar sorrateiramente em seu quarto. Não fosse a intromissão de Kozilek ambos teriam lutado até a morte.

A confusão estava formada no quarto. Para não ser percebido nem ser obrigado a pagar pelos estrago, o trio saiu pela janela. Kozilek, sentindo-se culpado, ainda voltou a taverna e perguntou para o taverneiro o custo da escrivaninha, mas ao ouvir que ela tinha "valor sentimental" ficou mais aliviado e foi embora.

Kozilek pediu para Darial ceder uma escrivaninha do seu quarto de estalagem, mas o paladino negou. Assim o pequenino desistiu, por hora, de devolver o que a confusão de seu irmão destruiu na Rompe Lombo.

O comerciante Olaf


Reunidos, o grupo de cinco dirigiu-se até a feira que ocorria na cidade. O grande largo central encontrava-se repleto de tendas comerciais, formando corredores e ruas entre elas. O movimento era intenso e muitos rostos estranhos eram vistos.

Darial guiou o grupo diretamente até a tenda Leva, onde Olaf era o dono. Ele falou com uma das empregadas e conseguiu entrar na tenda principal do comerciante para falar com ele. O paladino levantou a suspeita sobre o comerciante, que negou prontamente qualquer envolvimento com negócios ilegais. Mesmo ouvindo a negativa, Darial ficou desconfiado.

Enquanto isso, Kozilek se estranhava com um empregado do comerciante. O pequenino não gostou do humano que o encarava e o abordou com xingamentos. O humano conversou em algum idioma que ele não entendeu e tentou lhe oferecer um punhado de temperos, mas Kozilek soprou o pó picante no rosto do homem, que sufocou por alguns instantes. Desta vez foi Enrakhul quem disse para o irmão se acalmar.

Em seguida da confusão, um elfo encapuzado se aproximou dos quatro, se apresentou como Êtazus e os alertou: "Vocês roubaram um artefato valioso. Vão embora ou se arrependerão.". Ele ainda deu a entender que poucos, ou mesmo ele, não acreditava que o grupo havia recuperado apenas uma parte do artefato de Hungarati. Depois do alerta, Êtazus partiu e desaparecu na multidão.

A luta de Bellum


Borthio, o lanista
Assim que Darial retornou da conversa com Olaf, um velho capenga se aproximou de Bellum e o reconheceu como um gladiador. Ele se apresentou como Borthio e disse que já tinha visto lutas do anão em terras distantes, o que despertou o interesse de que Bellum lutasse em seu nome.

Borthio ofereceria um pagamento a Bellum se ele vencesse três lutas em seu nome. Cada um delas renderia 5 moedas de ouro. No entanto, antes disso, o anão deveria passar por um teste para conferir se ainda estava em forma e passar por um treinamento em uma de suas Ludus.

Bellum concordou com o teste, que ocorreria na arena temporária montada na própria Rochaverde.

O grupo inteiro foi até a arena montada no centro do Largo da cidade. Eles presenciaram o fim de uma luta que empregava armas mortais. O perdedor saiu com uma das pernas bastante ferida, mas não houve morte.Em seguida, Bellum já foi apresentado ao seu oponente, o gladiador Forger, um humano muito alto e forte, que aparentava já ter bastante experiência em lutas de arena.

Forger, o gladiador
Forger logo demonstrou que não tinha o pensamento muito rápido. Ele também se impressionou com a péssima aparência de Enrakhul e alertou seu mestre que "o público adoraria ver aquele pequenino morrer na arena". Borthio parecia um pouco constrangido com as declarações de seu gladiador, mas não o reprimiu.

A luta entre Forger e Bellum começou em alguns instantes. Os gladiadores usariam armas cegas, pois a luta não seria letal.

Bellum avançou com uma carga avassaladora logo no começo da batalha. Forger foi capaz de evitar o golpe inicial, mas a troca de golpes que veio na sequência atingiu com força o braço esquerdo do humano, que teve o manuseio de sua grande marreta prejudicado.

O gladiador de Borthio atacava mais lentamente depois de ter um dos braços ferido. Bellum se aproveitava disso agindo com mais rapidez no campo de batalha. Para tentar equilibrar a luta, Forger tentou pegar uma das armas de Bellum e foi bem sucedido: o humano conseguiu arrancar o machado do anão, deixando-o apenas com a maça.

Confiante que agora estavam com armas equivalentes, o gladiador de Borthio partiu para um ataque desenfreado contra Bellum. O anão foi calculista e conseguiu desferir um golpe certeiro contra a cabeça de Forger, nocauteando-o e ganhando a luta.

Surpreso, Borthio elogiou Bellum dizendo que ele não perdeu nada de sua melhor forma e garantiu que ele poderia treinar em sua Ludus e lutar em seu nome para ganhar algumas moedas. Bellum também aumentou suas 5 moedas de prata para 2 moedas de ouro apostando nele mesmo.

Pós luta


Enquanto a luta se desenrolava, Darial vigiava os arredores da arena em busca de suspeitos. Ele viu Olaf e suspeitou mais uma vez do comerciante. Ao se aproximar dele, percebeu que alguém encapuzado fugia apressadamente. Pedindo para Raviel distrair Olaf, Darial foi atrás da pessoa encapuzada, acreditando que era Virtus, o filho de Virrã, tentando fugir. Ao chegar até a pessoa, percebeu que tratava-se de uma mulher Leva que carregava moedas de ouro oriundas, segundo ela, das apostas que Olaf havia ganhado na arena.

Raviel não deu ouvidos a Darial. Ele não distraiu Olaf, pois tinha um assunto importante para tratar com Bellum e os pequeninos. Ao se aproximar deles, o elfo dourado lhes pediu que arranjassem outra luta. Seu plano era o de "apostar o artefato de Hungarati" e ver a reação do público. Bellum foi ao arranjador de lutas se interessou por uma briga desarmada. Kozilek, porém, se intrometeu dizendo que também tinha interesse nela. O anão permitiu que Kozilek fizesse o combate e eles arranjaram tudo para a tarde.

Ludgrim, Rochaverde, Anaesi, dia 10 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

(SP) 2.3 - Reunindo informações

Espólios da batalha


Após o confronto contra os capangas do filho de Virrã, o grupo coletava todos os espólios da batalha. Eles também decidiram que o combate havia sido muito desgastante para perseguirem o jovem e resolveram recuar momentaneamente.

Todos retornaram diretamente para o quartel a fim de comunicar o chefe da guarda sobre o que acabara de acontecer. Eles levaram o capanga como prisioneiro e informaram que o filho de Virrã havia fugido. Em seguida, eles foram convidados ao arsenal do quartel para que pudessem trocar os espólios que haviam coletado dos capangas com os equipamentos que os soldados de Rochaverde não estavam utilizando.

Bellum era o mais interessado no escambo. O anão deu uma machadinha e uma lança leve em troca de uma cota parcial, e uma cimitarra em troca de um machado crescente. Além disso,trocaram uma armadura de couro intacta que haviam conseguido por uma de tamanho menor, para Enrakhul.

Após o comércio, Garai os avisou que eles poderiam se instalar na Casa Grande totalmente às custas da prefeitura da cidade. O grupo gostou da ideia e foi recolher seus pertences da Rompe Lombo.

Instalações e um convite à Xirc


Embora o grupo havia conseguido instalações gratuitas, os ex-escravos não tiveram uma boa recepção na estalagem. O estalajadeiro foi enfático em dizer que não aceitaria pessoas como marcas de escravidão em seus quartos principais, mas permitiria que eles ficassem nas instalações inferiores, que eram utilizadas pelos empregados. Daria, contudo, seria permitido em um excelente quarto no andar superior.

Depois de perguntar se os pequeninos e o anão se importavam com o destrato e ouvir que "o importante é ser de graça", o paladino subiu ao seu quarto para descansar. Eles haviam planejado entrar em contato novamente com Xirc já na manhã seguinte.

Orrad
Cavaleiro de Crizagom
Assim que desceu para aguardar os companheiros pela manhã, Darial foi procurado por um humano em trajes de guerra. Ele se apresentou como Orrad e disse ser um paladino da Ordem dos Cavaleiros da Justiça. Ele escutou os boatos sobre os atos de Darial e estava procurando-o para convidá-lo formalmente, incluindo através de um pergaminho assinado e com selo legítimo, para que ingressasse nas fileiras dos cavaleiros. Orrad estava de passagem em Rochaverde, mas esperava que Darial o acompanhasse quando ele retornasse dentro de algumas semanas.

Com a partida do cavaleiro, Darial voltou seu pensamento novamente para Xirc. Ele acreditava que o velho diplomata poderia ser útil para apaziguar os ânimos, facilitando para que o grupo conseguisse devolver o artefato aos elfos. Foram até a casa do velho os pequeninos e Darial, enquanto Bellum dormia em seu quarto de taverna.

O velho Xirc a princípio não estava interessado em conversar novamente com os elfos. Ele achava muito arriscado pedir para aquelas pessoas desequilibradas qualquer coisa. No entanto, Darial conseguiu o convencer de acompanhá-los utilizando como argumento o fato deles terem o que os elfos queriam, o artefato de Hungarti.

De novo na Floresta de Siltam


A caminhada até a comunidade élfica levou muitas horas, como da primeira vez. No entanto, o trajeto anterior havia sido um pouco mais curto porque Brumiel não estava interessado na segurança do grupo.

Ao serem abordados por uma patrulha élfica, o grupo sofreu hostilidades. Darial disse que havia trazido de volta o fragmento do artefato de Hungarati e o mostrou ao elfo. A reação foi inesperada. O elfo ficou furioso ao perceber que Darial trouxera não o artefato inteiro, mas apenas um fragmento partido daquilo que ele deveria ser. Um ataque estava prestes a começar, inclusive com algumas flechas sendo disparadas e milagrosamente desviadas por uma ventania repentina. Darial e Kozilek, juntos, conseguiram acalmar o elfo e convencê-lo a não começar uma luta na floresta. Logo, o grupo retornou para Rochaverde.

O retorno começou pela casa de Xirc, uma residência simples com um candelabro exótico pelo qual Enrakhul encantou-se. O pequenino conseguiu autorização para analisar a peça e detectou alguns símbolos que não conseguia compreender. Ele desistiu de analisá-lo naquele momento, mas não esqueceu do objeto.

Indícios de violência


De volta ao quartel, o grupo presenciou uma cena que parecia ser o princípio de uma briga. Garai e Dalan discutiam próximo ao pátio de treinos sobre "atacar e livrar-se daquelas pessoas de uma vez", nas palavras de Garai. Kozilek, curioso, conversou com o subordinado de Dalan em separado para verificar o que aquilo que presenciavam significava. O homem lhe disse que ele gostaria de atacar a floresta e acabar com a ameaça élfica. Quando Kozilek demonstrou que compartilhava da mesma ideia, Garai apreciou sua força e coragem, passando a gostar mais do pequenino.

Enquanto isso, Dalan e Enrakhul ouviram de Dalan que Aurum havia fugido, mas que Virtus, o filho de Virrã, ainda estava na cidade, assim como o lenhador que Darial tinha encontrado no dia anterior. Para tentar descobrir onde Virtus e o lenhador estavam escondidos, Darial indagou de pessoas que poderiam ter informações úteis. Dalan disse que Olaf, um comerciante e ator, era um homem de negócios que estava para um festival na cidade e que poderia ser um contato importante caso Virrã precise sair da cidade.

Com a informação em mente, mas com o horário inapropriado para indagar essas pessoas, o grupo retornou para a estalagem para descansar do longo dia de caminhada.

Ludgrim, Rochaverde, Sivonte, dia 9 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

(SP) 2.2 - Recuperando o artefato?

Para o grupo se reunir


Já passava do meio dia de Saverieto quando os pequeninos voltaram à Rompe Lombo e perceberam que Bellum ainda não havia acordado. A dupla então foi até o quarto dele para acordá-lo. Eles invadiram o quarto do anão e esconderam suas armas, para só depois chamá-lo. O despertar de Bellum foi tão lento que acabou por estragar um pouco da graça de esconder as armas, mas assim que o anão ouviu que eles iriam até o quartel ele logo ficou pronto.

Os três foram ao encontro de Dalan. Havia guardas na entrada do quartel, mas o diálogo com Bellum foi suficiente para autorizar a passagem. O chefe da guarda disse-lhes que não possuía missão naquele momento, mas pediu que aguardassem algumas horas, pois talvez alguma ordem surgisse no decorrer do dia. O trio partiu de volta para a taverna.

- - -

Darial havia terminado uma briga feia com um dos contratado  des Virrã e descobrira que o filho deste estava com o artefato. Cavalgando rapidamente em direção a casa do lenhador, ele percebeu que haviam vários homens armados protegendo o local. O paladino resolveu passar diante dos guardas sem chamar a atenção (ele estava vestido como um miliciano) e seguir em direção à Rompe Lombo.

Ao chegar lá, ele encontrou-se com o trio Bellum, Kozilek e Enrakhul entrando. O reencontro dos três foi rápido: o paladino disse que estava indo em direção a casa de Virrã para resgatar o artefato que estava com o filho do lenhador. Os pequeninos indagavam o que havia acontecido com ele enquanto subiam no cavalo, mas o paladino não respondia. Elea partiram a trote de volta a casa do lenhador, mas Bellum foi caminhando.

A luta pelo artefato


Darial cavalgava em velocidade em direção aos guardas que estavam em frente a casa de Virrã. Ao ver o animal se aproximando rapidamente, um dos guardas subiu as escadas para a residência no segundo andar enquanto o outro atirou-se para o lado. No entanto, Darial conseguiu conduzir sua montaria para atropelar aquele que havia tentado se atirar, incapacitando-o.

O trio desceu do cavalo ,enquanto a dupla de pequeninos subia as escadas, o anão pegava a espada do guarda nocauteado para seu próprio uso. Quando Darial chegou no andar de cima ele viu Enrakhul e Kozilek enfrentando o guarda que estava lá embaixo há pouco. Enrakhul havia dito que eles estavam ali para resgatar uma recompensa pelo guarda, o que o fez lutar ali mesmo, para evitar se capturado. Não deu muito certo, porque a dupla de pequeninos o dominou facilmente enquanto Darial passava adiante e perseguia os rastros do filho de Virrã. Os pequeninos deixaram sua vítima na casa de Virrã, viva, amarrada e sem as calças.

Bellum, que vira o tumulto que se formava quando Darial e os pequeninos avançaram com o cavalo, também tratou de se apressar e correu para ver o que acontecia. Ele chegou a tempo de ver os pequeninos pulando a sacada da residência de Virrã em direção ao telhado das outras casas.

Darial havia apelado para que Crizagom o enviasse auxílio. Um espírito em formato humano surgiu e o ajudou a perseguir o caminho que o filho do lenhador fizera. Darial foi o primeiro a encontrar o paradeiro do jovem, que estava falando com seis mercenários em uma região periférica da cidade. Bellum chegou logo em seguida, mas os pequeninos ainda tinham um pequeno atraso.

O paladino logo resolveu descer da casa e enfrentar seus inimigos no chão, ao mesmo tempo em que solicitava ao enviado de Crizagom que pegasse o artefato. Antes de começar a luta, Darial invocou a palavra de Crizagom para ordenar que o filho de Virrã largasse o artefato e ele assim o fez antes de se afastar e deixar que seus mercenários lutassem.

Artefato de Hungarati (fragmento?)
O combate se prolongou por poucos minutos. Enrakhul permaneceu em cima das casas, atirando suas flechas nos mercenários mas também no filho de Virrã, quando teve a oportunidade, o que fez o jovem fugir. Kozilek usava sua técnica para defender seus aliados, enquanto Bellum e Darial lutavam com todas as suas energias. Enquanto isso, o enviado de Crizagom pegou a sacola de couro que o filho de Virrã havia largado por uma ordem de Darial e a entregou a Enrakhul.

A luta terminou com quatro dos mercenários mortos, dois fugitivos (um deles o filho do lenhador) e um prisioneiro, que o grupo não decidiu como lidaria. Darial pegou o martelo que um dos mortos utilizava e também requereu o artefato para si. Enrakhul o entregou sem questionamentos. O grupo ainda ponderou se deveria perseguir o jovem fujão, pois Enrakhul encontrara um rastro claro, mas Kozilek achava imprudente e eles não chegaram a uma conclusão definitiva.

Enquanto isso, Brumiel...


Brumiel tinha recebido a missão de recuperar o artefato. Ele havia partido com Alek, um dos elfos, a fim de recuperar o item que eles rastrearam de volta até Rochaverde. O elfo disse que seria imprudente se aproximar da cidade, então Brumiel fez isso sozinho. Contudo, ele não entrou na cidade. Ele se aproximou pela entrada oeste, falou com um dos fazendeiros que moravam no entorno da cidade e depois partiu em direção ao um mato fechado que havia próximo a estrada.

A intenção de Brumiel era aguardar a noite enquanto verificava se alguém suspeito cruzava a estrada. Ele aguardou toda a tarde na tocaia, mas nada de anormal aconteceu.


Ludgrim, Rochaverde, tarde de Saverieto, dia 8 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

(SP) 2.1 Reorganizando-se

Reportando o fracasso


 Kozilek, Enrhakul e Raviel foram até o quartel de Rochaverde para reportar o acontecido na Floresta de Siltam. A intenção do trio era tratar diretamente com o chefe Dalan, mas ele não estava presente. Em vez dele, o grupo foi levado até a presença de Garai, um substituto e amigo do chefe.

 O grupo passou a notícia para Garai, que não teve uma reação tranquila. O homem ficou desapontado que o grupo havia fracassado e disse que comunicaria Dalan assim que ele retornasse. Eles então foram dispensados do serviço sem receber nada. Assim, o trio voltou à taverna Rompe Lombo onde passaram o resto da noite.

O julgamento de Virrã


 Darial e Brumiel estavam presos no vilarejo élfico juntos com Virrã, o lenhador que havia contratado homens para derrubar Hungarati, uma árvore que se mostrou sagrada para os elfos. Os três foram levados até um palanque em frente a tal árvore sagrada e um elfo porta voz anunciou o julgamento que começaria com Virrã sendo levado até o cadafalso.

 A argumentação dos elfos partia do pressuposto que Virrã havia enviado homens para roubar o tesouro sagrado dos elfos, uma "chave" que encontrava-se na árvore sagrada. Estes humanos ladrões eram quatro, mas apenas um deles conseguiu fugir. Este, no entanto, levou embora o artefato sagrado de Hungarati.

 Darial tentou defender Virrã o quanto pode. Sua argumentação foi bem sustentada até certo ponto, mas quando os elfos ouviram o próprio lenhador ele disse que não havia contratado pessoas para roubarem nada, mas "apenas para derrubar a árvore". Enfurecidos com a audácia do humano em tentar matar Hungarati, a árvore sagrada, os elfos o condenaram a morte e o executaram com duas flechas no peito.

 Ao julgarem os outros dois, Darial e Brumiel, o elfos decidiram que o sacerdote de Crizagom não deveria ser poupado de punição, mas foi libertado com vida para evitar a tragédia de ter o sangue de um sacerdote derramado sobre o solo sagrado dos elfos. No entanto, ele foi solto na periferia da floresta e sem seus pertences. Já Brumiel foi poupado de qualquer penalidade. No entanto, o elfo recebeu uma proposta que não tinha como recusar, por sua própria segurança. Os elfos queriam que ele caçasse o ladrão que fugira com o artefato sagrado. Aceitando prontamente, Brumiel solicitou que um elfo específico o acompanhasse. Este seria Alek, aquele que duelera com ele durante o ataque à Rochaverde.

 Brumiel parte imediatamente com Alek em caçada ao ladrão do artefato. Os dois partem para o leste, onde pretendiam alcalçar o rio. O rastreador conseguiu encontrar rastros de humanóides na região e deduziu que ele pudesse ter retornado para Rochaverde. Assim, ele e Alek seguiram de volta para a cidade e já se aproximavam do local na tarde do dia 8 do mês do conflito.

Uma livraria de ocultismo


 Já no dia seguinte, os pequeninos foram até o quartel para falar com Dalan sobre o ocorrido no dia anterior. No entanto, ao chegarem na frente do local e serem parados pelos guardas, a dupla foi hostilizada e tratada com desdém. Os guardas não apenas duvidaram das palavras do pequenos, como zombaram de suas intenções e os expulsaram do quartel. Indignado, Enrakhul foi atrás de uma livraria de ocultismo acompanhado de longe por Kozilek, que não tinha o mesmo ímpeto.

 Enrakhul conseguiu informações sobre a localização da "livraria da bruxa" que buscava quando conversou com o dono de uma loja de ervas. Ele então partiu para as ruas estreitas da cidade, na região bem próxima aonde havia parado de perseguir Alrum no outro dia. Ao chegar na tal livraria, Enrakhul descobriu que a bruxa era uma meio-elfa. Ela estava atrapalhada empilhando livros que nada diziam para o pequenino analfabeto. Humildemente, Enrakhul perguntou se ela poderia ensiná-lo a ler. A negociação durou alguns instantes e a meio-elfa fechou o acordo cobrando 1 moeda de ouro por sessão.

 Kozilek aguardava Enrakhul do lado de fora do estabelecimento. Ele se abismou com a incompetência do irmão em negociar um bom preço para a educação em leitura, pois percebeu que 1 moeda de ouro tratava-se de muito dinheiro. Ao mesmo tempo, ele sugeriu que o pequenino tentasse pedir auxílio para Raviel, que era um elfo e já sabia ler.

O retorno de Darial


 O paladino de Crizagom foi atirado às margens da floresta vestindo apenas suas calças. Suas armas, armaduras e bens que carregava consigo haviam sido tirados pelos elfos, que ao menos decidiram poupar-lhe a vida. Na madrugada e cansado, o humano caminhou pela noite de volta até a cidade de Rochaverde. Era fim da madrugada quando o paladino chegou ao quartel e encontrou-se com Dalan.

 O chefe da guarda já havia recebido a notícia de que a missão que ordenara havia fracassado. Os pequeninos e Bellum já haviam passado lá para comunicar o fato, mas ambos os grupos cogitavam que Darial estava morto. O paladino recebeu trajes dos guardas e, sem desistir, disse que iria conversar com o filho do lenhador.

 Ao chegar na residência de Virrã, Darial percebeu que não haviam guardas ao redor da casa. Ele conversou com o jovem filho do lenhador e percebeu a decepção no rosto dele ao saber que o pai havia morrido. Ele ainda conseguiu a localização das casas dos quatro lenhadores contratados por seu pai.

 Após deixar a casa, Darial decidiu fazer guarda no local. No entanto, o cansaço o venceu e ele acabou cochilando. Quando acordou, percebeu que o cavalo do filho de Virrã não estava mais lá. Ele encontrou os rastros e o seguiu.

 Os rastros que Darial seguiu levaram até a residência de um dos lenhadores. Ele escondeu-se no estábulo e aguardou movimento. Percebeu o filho de Virrã saindo do local e em seguida se mostrou, questionando o homem que ficara para trás. Ele era o lenhador que havia conseguido fugir dos elfos. A briga entre o paladino e o lenhador se estendeu do estábulo até a cozinha, dentro da casa do homem. Os dois causavam tumulto em casa, mas Darial, que era mais experiente, conseguiu extrair que o filho de Virrã estava com o artefato roubado.

O lenhador não parecia interessado em lutar até a morte. Darial assim saiu do local e partiu em perseguição ao filho de Virrã.

Ludgrim, Rochaverde e Floresta de Siltam, Saverieto, dia 8 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

(SP) 1.3 Emboscada dos elfos

 O anão contratado

 Bellum partiu imediatamente para a taverna Casa Grande a fim de trazer Alrum à justiça, conforme havia lhe solicitado Dalan, o chefe da guarda. Porém, o anão foi recebido na taverna com certa arrogância e ouviu que o bardo partira na noite anterior, mas dois dias estavam pagos antecipadamente.

 Sem ter conseguido cumprir seu contrato, o guerreiro retornou até o quartel. Lá, Dalan lhe ofereceu outro contrato: o de escoltar Virrã adentro da Floresta de Siltan. O chefe da guarda já havia combinado com um paladino de Crizagom esta missão, mas ele não sabia se o jovem sozinho seria capaz de cumprir a tarefa. O anão aceitou e foi orientado para procurar o grupo na Taverna Rompe Lombo.

Rochaverde
 Bellum foi até a Rompe Lombo, onde pode encontrar-se com Darial e explicar a situação. Kozilek e Enrakhul acreditavam que o anão estranho tratava-se de um espião do chefe da guarda para vigiar o paladino de Crizagom em sua missão.

Antes da noite encerrar-se, os pequeninos solicitaram um banho para o taverneiro, que preparou banheiras individuais na sala de banho.

A partida para a Floresta


Na manhã seguinte Bellum acordou mais cedo do que o de costume. Ao ir para a taverna onde se encontraria com o restante da comitiva, encontrou apenas Brumiel em uma mesa. Ficou sabendo que Darial havia saído mais cedo para buscar o lenhador Virrã e que os pequeninos estavam se preparando. Não houve mais nenhum assunto entre o anão e o elfo, fazendo o silêncio tomar conta até a chegada de Darial.

 O paladino de Crizagom trazia o lenhador com ele. O humano surrado carregava um machado como arma, mas não vestia qualquer tipo de armadura. Ele conhecia parcialmente a floresta, mas seria Brumiel que os levaria mato à dentro - o elfo era nativo daquela região e a conhecia como ninguém.

 A partida para a floresta deu-se ainda cedo da manhã. O grupo percorreu trilhas por algumas horas e Brumiel acabou guiando o grupo por um caminho "mais rápido". No entanto, este caminho acabou se mostrando uma armadilha quando vários elfos cercaram a comitiva de aventureiros e exigiram a entrega de Virrã. Brumiel, traindo os companheiros, disse que havia os trazido até ali para entregar Virrã aos elfos da floresta. Darial, perplexo, tentava usar de diplomacia para conversar com os elfos enquanto o restante do grupo fugia.

 Mesmo sem demonstrar hostilidade, Darial viu Virrã ser alvejado por duas flechas e cair gravemente ferido. Bellum ainda cogitou a possibilidade de lutar, mas a razão falou mais alto do que seu instinto fanático belicoso, e ele também fugiu.

 Vendo-se sozinho diante de um grande grupo de inimigos, o paladino rendeu-se. Brumiel também foi amarrado e ambos foram levado para uma prisão na cidade dos elfos, no interior da Floresta de Siltam. Durante a caminhada, porém, Darial ficou sabendo que três dos quatro lenhadores que haviam sido contratados para derrubar a árvore estavam mortos, mas um havia fugido. Os elfos informaram que o humano roubara um artefato importante de Hungarati, nome que eles dão à árvore gigante.

 Darial e Brumiel tiveram a chance de conhecer Hungarati. Tratava-se de uma árvore de tamanho colocal no interior da Floresta de Siltam. Ela situava-se próxima à vila dos elfos, que também mesclava-se com perfeição aos troncos das árvores daquela floresta.

 O paladino e o rastreador foram levados até uma prisão – uma construção anexa a uma árvore no qual as celas ficavam abaixo do nível do solo. Darial e Virrã, este mortalmente ferido, foram largados em uma cela, enquanto Brumiel foi largado em outra, ao lado.

 Darial, vendo que o lenhador morreria e que nenhum dos elfos da vila estava preocupado com ele, tratou de usar as bênção do deus da justiça para regenerar seus ferimentos. O lenhador acordou-se imediatamente após a cura. Desorientado, ele agradecia Darial por tê-lo salvo e perguntava se eles estavam de volta em Rochaverde. A decepção estampou seu rosto quando percebeu que eles haviam sido capturados pelos elfos. Darial tentou acalmá-lo, mas a perspectiva de um julgamento não amenizava seu pavor. Brumiel podia ouvir tudo o que acontecia, mas permanecia calmo e em silêncio na cela ao lado.


A Fuga de volta para Rochaverde


 Kozilek, Enrakhul, Raviel e Bellum correram tudo que puderam até não ver mais vestígios dos elfos. Eles entraram na floresta e seguiram as trilhas que o próprio grupo tinha aberto, uma vez que nenhum deles era especialista naquele tipo de terreno.

 A aproximação de Rochaverde aliviou a todos. Eles foram diretamente para a taverna Rompe Lombo, onde descansaram. Os pequeninos, mais uma vez, solicitaram um banho antes de decidirem o que fariam a seguir. A verdade, porém, é que eles já davam Darial como morto.

Ludgrim, Rochaverde e Floresta de Siltam, Segaeti, dia 7 do mês do Conflito do ano de 1501.