sábado, 30 de janeiro de 2016

(FI) Capítulo 2: Misturando frequências

Parte 1: Os boatos sobre um fantasma

A recompensa

O trio de exploradores conseguiu deixar a caverna sob Qi em segurança. De imediato, eles foram até os dirigíveis e retornaram para a gruta onde Duke residia. Ao chegarem em seu destino, Vaan deitou-se na cama e pôs-se a descansar, enquanto Maddog fazia o mesmo sentado. O velho Duke, por outro lado, permaneceu em sua escrivaninha registrando o que havia acontecido e tentando projetar alguma espécie de Numenera que pudesse lhe ser útil.

Passada toda a noite de descanso, já estava na hora do grupo recolher a recompensa de Vien. Ela estaria esperando por eles na biblioteca, e por isso os três saíram juntos naquela direção. Vaan aguardou do lado de fora, pois já havia percebido antes que sua espada de estimação traria problemas em locais públicos.

Duke e Vaan encontraram Vien nas mesas da biblioteca e sentaram-se para conversar. A mulher disse que tinha o pagamento, mas queria saber o que eles descobriram. Duke apresentou seu cilindro de gás e lhe disse que aquilo era o motor de tudo. Depois, o velho ligou seu rádio por alguns instantes e passou uma mensagem secreta à sacerdotisa. Esta mensagem dizia que ela deveria deixar que Duke e Zack se encontrassem para que ele pudesse lhe dizer mais. Vien não entendeu como Duke esperava que ela o fizesse, e o nano saiu enfurecido. Maddog permaneceu no local para receber o pagamento pelo grupo e depois saiu.

Um fantasma nas proximidades

Eles retornaram para a gruta de Duke quando todos se reuniram. Lá o velho nano veio com um plano: eles precisariam de alguém que fosse bom em várias áreas para pôr seu projeto em prática. Ele também desejava o corpo do autômato que viram na caverna sob Qi. O nano ofereceu as duas missões para a dupla Vaan e Maddog, que disseram que pelo valor oferecido - 2 shins - eles só poderiam buscar pela tal pessoa com várias habilidades nas ruas da cidade de Qi. 

Aceitando o contrato de buscar por alguém com habilidades, Maddog e Vaan foram para uma região pobre da cidade enquanto Duke finalmente descansava. Eles passaram por alguns comércios até que chegaram em um velho bar com razoável movimento. Maddog, ao indagar o comerciante, não obteve uma resposta satisfatória, mas mesmo assim pediu para deixar um bilhete no caso do homem ver alguém com aquelas características. Ao mesmo tempo, Vaan era abordado pela senhora mulher do comerciante. Ela perguntou se ele sabia usar aquela espada e informou sobre um suposto fantasma atormentando uma vila próxima a Qi. Seu marido pediu que ela não perturbasse os clientes, mas Maddog se interessou e pediu que eles continuassem. O comerciante disse:

Eles são a voz de um casal se comunicando em uma língua esquisita. Eles falam por alguns minutos enquanto uma luz é emitida. As vezes era possível ver uma espécie de ilusão de um lugar diferente de longe, mas daí se ouve um sussurro e o brilho some. Ninguém teve coragem de chegar perto, exceto o caçador Mills. Acontece que ele voltou ferido e meio maluco de lá e não sabemos até onde podemos acreditar nele.”
Depois disso, eles ainda ouviram que para chegar ao local eles deveriam andar por pelo menos quatro horas na estrada paralela ao rio e depois seguir ao norte. Mas, se quisessem encontrar alguém que viva mais próximo antes, eles deveriam contornar a tal vila assombrada e procurar pelo Antiquário de Vongusts.

Os dois retornaram até a gruta de Duke e explicaram tudo para o nano. Depois, eles não demoraram em cobrá-lo pelo serviço de ter procurado o homem com várias habilidades, mas Duke não tinha dinheiro para pagá-los. Indignados, os dois disseram que queria receber, e assim o velho juntou um pouco de suas ferramentas velhas e levou a um antiquário para que pudessem vender.

Maddog foi o negociante. Ele não foi bem sucedido em abordar o comerciante, então logo depois usou seu esoterismo para fazê-lo esquecer e recomeçar a negociação. Sabendo o que o comerciante diria, Maddog disse o que sabia que poderia agradá-lo e, assim conseguiu um pagamento duas vezes maior do que teria conseguido da primeira vez. Antes de entregar o pagamento à Duke ele já descontou a parte dele, mas não recusou quando o velho, sem saber que já o havia pago, deu-lhe os dois shins que havia prometido.

EncruzilhadaDepois de conseguirem o dinheiro o trio foi abastecer-se de ferramentas para a exploração que estavam planejando. Duke achou interessante investigar o tal fantasma, mas era Maddog o mais curioso, pois aqueles relatos lhe lembravam de seus estudos sobre transdimensionalidade em seu mundo.  Depois de comprarem tochas, cordas e rações, eles seguiram pela escura estrada durante a noite.

Ao chegarem na encruzilhada que indicava "Norte", "Leste" e "Engenho" já tarde da noite, por volta da hora 21, eles decidiram acampar e descansar um pouco antes de seguirem o resto da viagem. Qi ainda estava visível de longe, mas o destino do grupo já não estava tão distante.

Cidade de Qi e Arredores, 29.04.898 a 01.05.898

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

(HH) Capítulo 14: A aldeia hobgoblin

Parte 1: O Tom é um verme!

Os elfos e a transformação de Tom

Derrotados os driders, o trio que participou da luta retornou ao encontro dos outros no corredor escuro. Lá eles discutiram por alguns minutos e decidiram que o melhor a fazer seria prosseguir pelo caminho que vinham até encontrarem uma saída. Tom era o mais receoso, mas, como de costumo, não foi difícil convencê-lo ao usar um pouco de criatividade.

Redon tomou a frente desta vez, e abriu a primeira porta sem medo de ativar uma armadilha. Dalaran, preocupado, analisou a sala seguinte para verificar se havia alguma armadilha no local. Enquanto isso o restante do grupo percebia que tratava-se de uma sala cerimonial, com as paredes repletas de escrituras em élfico que, percebeu Stor, tratava-se de um ritual de convocação de algum demônio.

Tom, admirado com as peças da parede, arrancou um pedaço com sua talhadeira para guardar para posteriormente. Para fazer isso, o bárbaro precisou abrir sua mochila e tocar novamente na capa que antes havia guardado ali. Ele sentiu-se estranho naquele momento, mas imediatamente nada mais aconteceu e o grupo seguiu em direção a escada de mão para a rua.

VermeAcima, já na rua, o grupo foi surpreendido por um grupo de elfos que indagava-os de por que eles estavam no templo proibido de Lolth. Para o líder do grupo, eles estavam lá apenas para roubar e mentir, como outros humanos. A discussão estava sendo perturbada por uma reação estranha sobre Tom. Seu corpo começou a transmutar-se em um verme gigante e, em pouco tempo, ele já era um. Nesse meio tempo Zeed conseguiu comandar por um breve período a mente do líder dos elfos, que havia proferido uma maldição sobre os aventureiros. Sob influência do bardo, o elfo atacou seus companheiros, que fugiram sob esta ameaça e a do verme gigante que não parecia ter qualquer controle.

Dalaran foi o primeiro a ser atacado pela criatura. Ele não contra atacava, mas Redon, que estava atrás, só não desferiu seus golpes de espada porque o paladino gritou para impedi-lo. Contudo, o monstro seguia desferindo golpes aleatoriamente. O cavaleiro conseguiu desviar-se dos primeiro ataques, mas Dalaran foi levemente ferido pelas chicotadas.

O grupo estava esgotado. Nem mesmo Giles possuía os meios de restaurar a forma de Tom. Foi então que Dalaran teve uma ideia. Ele usou seus poderes para provocar a criatura e a atraiu até a porta do Templo Escondido. Lá ele posicionou-se de forma que a planta sugadora de magia ficasse entre ele e o monstro e deixou que Tom viesse. Deu certo. O bárbaro tocou a planta e voltou a sua forma original em poucos instantes.

O grupo então começou a decidir o que faria com a planta e com a capa amaldiçoada. Tom queria levá-la, mas o restante do grupo preferia deixá-la onde estava. Eles forçaram Tom a esvaziar sua mochila e então a capa caiu, ao lado da planta petrificada. Tudo emanava uma brilho roxo, exceto pelo rubi grande de Tom, que possuía um brilho levemente diferente, mais interno. Ao ver isso, o bárbaro prontamente o segurou e o guardou em sua algibeira. Quanto ao resto, os aventureiros acharam mais prudente deixarem onde caiu.

A aldeia dos hobgoblins

Foi consensual a decisão do grupo de seguir em linha reta em direção ao dragão que procuravam. Eles partiram com Tom indicando a rota, e em algumas horas chegaram a um tipo de barreira de vegetação que Stor logo entendeu que era efeito da presença de um dragão muito poderoso. Para agilizar a viagem, eles decidiram que deixariam os cavalos na clareira antes do adensamento do mato e então seguiriam a pé.

A jornada não foi fácil, mesmo sem as montaria. Tom não cortava o mato e, em vez disso, ia desviando os galhos e cipós que ocupavam o caminho. Eles estavam em um pântano, com o chão de areia úmida que sofria com os pesados passos do grupo, fazendo-os afundar até as canelas. Em poucas horas de viagem, devido a estas condições ruins e ao clima pesado que encontraram, o grupo já estava exausto. O humor dos aventureiros estava piorando quando a noite chegou, e eles pararam para descansar.

O dia seguinte não estava melhor. Uma névoa se adensava e apenas Dalaran tinha ânimo para fazer alguma piada. O grupo seguiu sua jornada até que Tom ouviu um som de Tambor e foi atrás. Dalaran e os outros foram atrás e logo também escutaram. Eles então descobriram um acampamento de hobgoblins que cantava e tocava instrumentos. Aparetemente havia um elfo sendo assado no meio do acampamento. Ao circundá-lo, Dalaran e Zeed viram que havia um elfa presa a um tronco. O paladino logo preocupou-se, acreditando que poderia ser Frida, a mulher que jurou encontrar, e partiu temerosamente para salvá-la.

LilenVendo a ação descuidada do paladino, o bardo distraiu o grupo de hobgoblins com um som alto vindo da direção oposta à Dalaran, Eles imediatamente pararam com o som e foram ver se encontravam algo. Isso deu tempo para o paladino soltar as amarras da elfa e levá-la de volta ao mapa. Quando Zeed tentou usar o som para distraí-os novamente, um dos goblinóides percebeu que a refém havia fugido e o acampamento começou a entrar em alvoroço.

Ao mesmo tempo, Dalaran conseguiu levar a elfa até o restante do grupo e Giles a fez sentir-se melhor. O bardo percebeu que ela era uma das patrulheiras da Cidadela Élfica que havia sido mandada atrás dele, mas deixou para falar disso mais tarde.

O grupo planejava o que fazer, pois os hobgoblins ainda não os tinha visto. Aparentemente, Dalaran estava inclinado a atacar e destruir a aldeia.

(Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente; dias 10 e 11 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

Parte 2: Contra os hobgoblins

O grupo estava decidido a atacar a tribo hobgoblin. Haviam nove no total, mas os aventureiros tinham a vantagem da surpresa. Stor deu início ao combate lançando uma bola de fogo no meio do acampamento, o que gerou confusão entre todos e matou alguns monstros. Zeed veio em seguida com sua magia encantadora e enlouqueceu o xamã da tribo, forçando-o a combater contra seus aliados.

O combate prosseguiu por mais alguns minutos. Até mesmo Tom, enfurecido com as criaturas, atacava usando seu bastão mágico e seus pés cada vez mais treinados para o combate. Dalaran atirou-se no meio do combate e era o alvo mais visado. Demétria e Giles passaram um bom tempo dando atenção à moça ferida que Dalaran havia salvado e Rédon envolveu-se na batalha com os outros.

Apesar da vantagem inicial dos aventureiros, os inimigos eram habilidosos. Não fosse a distração que Zeed causou no xamã, talvez Dalaran tivesse resistido a menos tempo. O paladino lutava contra três ao mesmo tempo, defendendo-se com sua alabarda ou desviando com agilidade, até que foi atirado ao chão, ainda conseguiu revidar várias vezes, mas, na sequência do combate, fraquejou e foi abatido por vários segundos. Giles veio a ajuda do grupo, mas ele era lento e não cooperou com a luta, embora tenha salvado a vida do meio-elfo ao colocá-lo de volta em combate, curado.

Demétria também chegou depois e ainda conseguiu ferir um dos monstros. O xamã, o mais poderoso dos inimigos, tentou fugir quando percebeu que seria abatido, e então corria tentando retardar os perseguidores com suas magias. Tom e Zeed foram detidos, mas o bardo conseguiu livrar-se mais rapidamente do encantamento. Dalaran foi o único a seguir na perseguição por mais tempo, uma vez que Stor também havia sido nocauteado por uma poderosa magia do Xamã.

Usar de magias impedia o hobgoblin de ser mais rápido do que Dalaran, que se aproximava rapidamente pelo barro usando suas pernas e magias. O hobgoblin foi rendido quando Zeed, mais uma vez com suas magias de confusão, o hipnotizou. O monstro ficou imóvel, a mercê do ataque de vinhas do paladino que o prenderam firmemente e permitiu que ele fosse rendido.

Agora, o grupo faz um breve descanso antes de usar de seus recursos para tentar compreender o goblinóide do xamã.

(Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente; dia 11 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

(HH) Capítulo 13: O Templo Escondido

Parte 1: Um bardo e um gnomo

O bardo fujão

Zeed, The Great SoundZeed, "The Great Sound", é um bardo humano natural de algum lugar de Sembia. Criado no mundo após abandonar sua terra natal, ele acabou buscando abrigo por algumas semanas na Antiga Cidadela Élfica por acreditar que lá haveria conhecimento que poderia absorver. Seu excelente trato social acabou por convencer os líderes da cidadela de que ele não seria uma perturbação se ficasse lá, pois era habilidoso com instrumentos musicais e conseguia agradar aos que o ouviam.

Contudo, o bardo não foi capaz de segurar seus instintos ao ter contato com a linda princesa elfa Mailên e, após bajulações e cortejamentos, conseguiu que ela se apaixonasse por ele - mesmo que o objetivo final não fosse esse. A princesa se entregou a seus braços, mas foi descoberta. Com a pureza da donzela maculada, Zeed seria executado pelas leis élficas, o que o obrigou a fugir com o que conseguiu carregar em direção ao sul, onde sabia que existia um povoado humano que, com sorte, o protegeria.

Tumulto na Vila do Pântano

O grupo estava preparando-se para partir da Vila do Pântano. Dalaran e os outros estudavam por onde seria a melhor rota até chegarem ao covil previsto do dragão Ruflon, e ponderavam sobre ir até o Templo Escondido, como defendia Tom, ou seguir o trajeto do rio ao norte, como Dalaran e Demétria acreditavam ser mais sensato.

Cavaleiro elfoAntes que pudessem chegar a uma conclusão, todos ouviram os passos apressados de cavalos no solo encharcado. Ao irem à rua, os seis (Dalaran, Stor, Tom, Giles, Demétria e Redon) e mais o jovem estalajadeiro viram três elfos cavaleiros. Um deles desmontou e dirigiu-se até Dalaran. Em élfico, o cavaleiro lhe perguntou sobre um humano criminoso carregando um alaúde e que haveria fugido da cidadela naquela direção. Desconfiado, o paladino questionou sobre o crime que este humano tinha cometido. Segundo o elfo, ele é um bardo que aproveitou-se erradamente da princesa da Cidadela, e que deve ser levado a justiça segundo suas leis devido a isto.

Dalaran ouviu e não considerou o crime merecedor de uma punição severa. Assim, ele despistou o cavaleiro, afirmando convincentemente que o bardo fugira para o sul. Os três elfos partiram agradecidos e o grupo ficou com a curiosidade de saber quem era o tal criminoso.

Enquanto isso, Zeed havia chegado na Vila do Pântano diretamente na casa de Lithira. Ele havia encontrado Tindara e Gindala e a velha. O bardo ficou encantado com as gêmeas em seu primeiro momento, mas a visão de Lithira o fez "desencantar". Ele perguntou onde poderia descansar e Gindala o levou até a estalagem.

Foi na frente da estalagem que o bardo encontrou-se com o restante do grupo. Lá eles se apresentaram e conversaram por alguns minutos. Era evidente que ele era o fugitivo dos elfos. Redon parecia concordar com os elfos que ele deveria ser punido, mas o paladino possui um senso de justiça... diferente, e não crê que uma atitude realizada pelos dois, Zeed e a princesa, em comum acordo devesse provocar uma punição ao bardo.

Assim a conversa acabou mudando um pouco de rumo e o grupo acabou descobrindo que o bardo tinha vasto conhecimento da região. Ele é um estudioso que já estudou a área e está presente na floresta há mais de um mês e, portanto, poderia ser um bom guia enquanto eles procuravam o dragão. Convidado a seguir com a comitiva, Zeed aceitou e eles partiram para o leste.

Maco, o gnomo

O grupo cavalgou para o leste por meio dia sem parar até ver duas cabanas velhas ao redor da estrada. Eles pararam a uma distância segura e resolveram investigar.

Tom foi na frente, mas retornou quando escutou um barulho estranho. Dalaran, Demétria e Zeed não se intimidaram e seguiram até a cabana a esquerda da estrada. O paladino verificava se havia alguma armadilha nas portas da casa, enquanto o bardo olhava pelas janelas. O local estava acabado de velho, com as raízes das árvores invadindo o piso e o pouco que restava do telhado. Zeed viu uma banheira e uma bica ao mesmo tempo em que Dalaran anunciava que não haviam armadilhas no local. os três investigavam a cabana e o paladino encontrou alguns velhos pergaminhos vazios junto a outros documentos velhos e quase ilegíveis.

A outra cabana tinha dois andares, mas a escada que levava ao segundo estava em péssimo estado. Daralan conseguiu ver, assim que pôs o pé dentro da casa, olhos amarelos de um gnomo das profundezas. Ele iniciou uma conversa em subcomum e logo percebeu que ele estava muito desconfiado dos estrangeiros. Contudo, o paladino sabia utilizar as palavras e fez com que o Gnomo tolerasse a presença deles.

Durante a refeição, Zeed catou algumas plantas de tempero e Demétria utilizou na preparação da carne que tinham. O cheiro fez com que Maco aparecesse para o grupo. Demétria e Zeed cantaram e tocaram, desinibindo o gnomo, que disse ao grupo como era o Templo Escondido muito ao Leste. Depois de comer o que queria, o gnomo desapareceu na vista do grupo. Todos descansaram e prepararam-se para seguir viagem.

(Terras Centrais, dia 07 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)


Parte 2: O Templo Escondido

A travessia da ponte

Após descansarem por um tempo nas antigas cabanas, o grupo resolveu seguir viagem por mais algumas horas. Eles chegaram até o Rio e viram a ponte registrada no mapa quebrada em um determinado pedaço. Do outro lado havia uma placa, que Stor usou seu familiar para ler. Ela dizia:
Para o Norte, estrada nova
Para o Sul, estrada antiga
Zeed sabia que a estrada nova não estava concluída e, além disso, levaria até muito perto da Cidadela Élfica. O bardo recomendou que o grupo seguisse pela estrada antiga, pois também os levaria mais próximos ao dragão. E assim foi feito.

O grupo então resolveu saltar a ponte quebrada. O movimento não era difícil, mas era perigoso, pois o rio corria forte abaixo da ponte e uma cachoeira podia ser ouvida logo a frente. Dalaran foi o primeiro e, não fosse pela excelente natureza de Flecha, sua égua, ele precisaria mostrar suas habilidades nadando. O restante do grupo não teve mais dificuldades para passar, embora Tom, mesmo sendo o melhor dos cavaleiros, tenha quase deslizado.

O grupo seguiu viagem em um terreno que se elevava e a estrada saía da característica pantanosa. Eles escolheram o ponto mais alto de uma colina na clareira da floresta para acamparem, pois dali poderia ver possíveis ameaças. Enquanto o acampamento era montado, Zeed e Dalaran patrulhavam a área.

Dalaran, que havia descido a colina para patrulhar o pântano logo abaixo, resolveu retornar quando foi atacado por uma cobra. O paladino percebeu que não haveria nada naquela área que pudesse ser explorado naquele momento, e contentou-se com o acampamento onde ele estava.

A descoberta do Templo Escondido

Seguindo viagem no dia seguinte, o grupo encontrou o segundo rio. Desta vez ele estava em um vale mais amplo, e suas águas misturavam-se com o pântano que lhe fazia divisa. Não foi difícil para ninguém cruzar o rio montado em seus cavalos. Do outro lado o grupo persistia por uma estrada embarrada, mas desta vez, pelo menos, seca.

Ao chegarem ao ponto demarcado no mapa como sendo o templo escondido, já com a noite caída, não havia nenhuma indicação de onde poderia estar tal estrutura. Assim, Dalaran e Zeed foram caminhar ao redor e tentar buscar alguma informação. Enquanto isso, Stor usava seus feitiços para detectar se a área tinha sido alvo de magia.

Não foi surpresa para ele que sim, embora a magnitude de tal efeito possa tê-lo surpreendido. Várias árvores no seu entorno, assim como outras coisas que o brilho intenso não lhe permitiam discernir, apresentavam uma magia forte, mas antiga e decrescente. Sabendo disso, Zeed, ao aproximar-se de uma das árvores, resolveu entoar sua melodia de desencantamento. A frequência de suas notas ressoaram com a trama das ilusões que escondiam o templo, e logo foi revelado que as grandes e sólidas árvores escondiam portas abertas de acesso a alguma espécie de templo.

Como já vinha ocorrendo, Dalaran foi o primeiro a entrar. O paladino seguiu investigando armadilhas em um corredor a frente deles enquanto o grupo vasculhava livros nas prateleiras. Stor encontrou um diário em élfico antigo que não foi capaz de traduzir naquele momento, enquanto Tom parecia aprovar utilizar livros como travesseiros.

O corredor que Dalaran descobriu não possuir armadilhas levava até uma bifurcação marcada por uma estranha planta em um vaso. Depois de alguns instantes de investigação, eles descobriram que ela era capaz de absorver magia e fizeram com que Rédon a levasse para a rua.

O grupo então chegou a um pequeno altar localizado atrá de alguns destroços em uma das salas. Acima desse altar havia um capa embaixo uma escritura, também em élfico antigo - dessa vez traduzido - que dizia:

"Aos meus inimigos, a forma do Verme"
Stor também identificou que a tal capa possuía magia de transmutação e então o grupo pediu para que Tom a pegasse e a guardasse. Com medo e pressa, o bárbaro a tirou do pedestal e atirou-a junto com suas outras coisas na mochila. Ele teve uma sensação desagradável nesse momento, mas não sofreu nenhum efeito negativo visível.

Aranhas!?

A sala na direção oposta a que estavam desde o encontro com a planta come-magia não tinha nada, com exceção de um tapete de escamas de um réptil desconhecido por todos (mas que Stor tinha certeza não se tratar de um dragão). Zeed insistia que o local deveria ter alguma passagem e, removendo o tapete, eles encontraram um alçapão para descerem.

O andar de baixo foi alcançado após uma longa descida por uma escada de madeira. O local era um túnel de madeira com água até os joelhos de Stor. Era profundamente escuro, mas a iluminação de Giles e Stor resolvia o problema. Dalaran estava na frente e Tom cuidava da retaguarda. A medida que avançavam, eles perceberam de algumas reentrâncias nas paredes pareciam vir sons de passos de aranha. Tom ficou um pouco receoso, mas avançou com o resto do grupo.

Foi então que Tom foi primeiramente atacado por uma enorme meio-aranha, meio-drow. Dalaran foi o próximo, e o combate se iniciou. Tom, na retaguarda, permanecia na defensiva e impedia que o monstro alcançasse Giles. O paladino, a frente, lutava com sua alabarda apoiado pelos ataques a distância de Giles, Demétria e pelas magias de Stor.

O monstro que enfrentava Dalaran tentou fugir subjugado após ser alvo de três explosões das bolas de fogo de Stor. Contudo, Zeed foi preciso para não permitir que ela fugisse e a derrubou da escalada nas paredes com sua explosão sobrenatural. Dalaran, que percebeu que o outro monstro também fugia quando seu aliado foi derrotado, tentou perseguí-la, mas não teve sucesso.

O grupo estava no meio do túnel alagado, e Dalaran estava decidido a pegar o monstro que fugiu.

(Terras Centrais, dias 07 a 09 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

Parte 3: O covil de driders

A drider - a aranha elfa - havia fugido por uma das reentrâncias da caverna de madeira. Contudo, a fuga foi apenas uma estratégia para ganhar tempo, pois em pouco tempo o grupo estava envolto em trevas mágica que nem mesmo Dalaran era capaz de ver através.

DriderProtegida pela escuridão, a drider ainda imbuiu o grupo com um brilho sobrenatural e atacou o paladino, ferindo-o. O grupo se refez rapidamente e Zeed tratou de rapidamente desfazer o encanto do monstro, forçando a aranha a fugir novamente. Desta vez, contudo, o paladino não perdeu tempo em persegui-la. Ele se esgueirou por um canto apertado da caverna até que chegou a um covil de horror, com casulos de teias de tamanho humano que sangravam quando ele passava sua lâmina.

O monstro se aproveitou do momento de distração do paladino com os casulos para atacá-lo novamente. Sozinho, Dalaran se via em apuros, embora conseguisse manter o combate em alto nível. A natureza élfica da criatura lhe dava uma grande habilidade com a espada, que feria o paladino em cheio, e sua mordida venenosa castigava seu corpo cada vez que o atingia.

A luta tornou-se mais fácil quando o reforço ao paladino chegou. Demétria e Stor vieram acudi-lo, e logo o monstro foi derrotado pela alabarda poderosa de Dalaran. Em meio a isso, uma explosão de ar causada por Stor revelou que os casulos possuíam os corpos corroídos de elfos vítimas do monstro.

Terminada a batalha, o grupo resolveu sair do túnel em que se encontravam e buscar um lugar mais confortável para descansar.

(Terras Centrais, dia 09 de Uktar , o Apodrecer, do ano de 1480)