sábado, 28 de maio de 2016

(IL) 3.4 - O acampamento dos bandidos

A batalha

   A Compahia Finwe deu início ao combate após planejar bem como faria. Os bandidos logo viram de onde vinham os ataques e partiram para cima, embora pouco enxergassem a cena completa.

   Assim que os inimigos se aproximaram o suficiente, Finwe partiu para o combate corpo a corpo, assim como os Crau e os aldeões e os guardas Joe e Jones. Finwe foi preciso ao desferir um golpe mortal logo nos seus primeiros ataques, auxiliando Servill que tentava se esconder e foi visto por um dos inimigos.

   Ark e Azurius permaneceram a distância e na escuridão, atirando em inimigos e mudando de posição. A tática foi eficiente por grande parte do combate, pois eles foram vistos apenas no final da batalha, quando os inimigos já tinham recebido muitas baixas.

   Zac também atacou com seu porrete e, antes de Finwe, era ele quem tentava ajudar Servill a não ser esmagado por um dos furiosos inimigos.

   Os contratados de Finwe, Jones e especialmente Joe conseguiam segurar os oponentes que lhes atacavam. Contudo, Crau e seus dois companheiros não eram páreo para os bandidos e foram sendo abatidos um a um.

Mardoc Bloodaxe
   Enquanto isso, do outro lado do campo de batalha, Mardoc Bloodaxe, um mercenário contratado pelo sacerdote de Blator em Virena para eliminar demonistas, aguardava em posição de tocaia com três soldados comandados seus. Ele observou o momento propício para atacar e, com o desenrolar da batalha, matar alguns inimigos e chegar até o líder.

   O líder inimigo, antes de ser pego, teve tempo de libertar um ogro aprisionado que estava sendo mantido preso em uma das barracas e também ordenar que colocassem fogo em outra. Depois ele tentou fugir, mas ao ver que estava sendo perseguido e não teria muitas alternativas ele parou e lutou, mas foi subjugado por Mardoc e seus companheiros, que o amarraram.

   O ogro libertado correu enfurecido pelo campo de batalha, mas não viu ninguém como inimigo e fugiu pela estrada que os aventureiros haviam chegado.

Após a batalha vencida


   Servill foi atrás dos prisioneiros e viu que uma mulher e duas crianças estavam sendo mantidas em uma cova dentro de uma das barracas. O pequenino livrou a mulher das amarras e percebeu que as crianças estavam desacordadas. Antes que tivesse tempo para ver o estado das duas, ele foi convocado por Azurius aos gritos para que fosse ao auxílio de Jones, que estava morrendo devido aos ferimentos.

   O pequeno salvou o contratado de Finwe e depois voltou para a mulher e as crianças. Ao libertá-los, Serviu escutou que ela fora sequestrada há dois dias enquanto viajava com sua caravana de comércio. Uma das crianças já estava com os bandidos enquanto outra havia sido sequestrada na noite passada de um vilarejo próximo.

   Ao mesmo tempo, Finwe tentava conversar com o inimigo derrotado na tentativa de obter mais informações sobre quem eram os inimigos e quem os pedira para fazer o que fizeram. O humano, mesmo amarrado, demonstrou desprezo pelo meio elfo e disse apenas que um homem os procurou oferecendo moedas para que ele e seu grupo marcassem pessoas.

   Percebendo que Finwe não conseguiria mais extrair nada do prisioneiro, Mardoc deu a conversa por encerrada e disse que teria que voltar à Virena e entregá-lo ao sacerdote de Blator, que o contratara para isso. Assim, os guerreiros anões deixaram a Companhia Finwe.

   Ark e Azurius, assim como Joe, pilhavam o que viam do acampamento inimigo enquanto Zac patrulhava a área, Jones se recuperava e Servill e Finwe interrogavam a mulher libertada.

   As duas crianças foram reanimadas por Servill graças a uma bênção de Sevides, mas ainda estavam muito cansadas para falar. A mulher lhes mostrou a marca de Mocna e disse que foram os bandidos que fizeram isso com ela. Finwe recomendou que ela não mostrasse a marca a ninguém, pois ela significaria sua morte.

   O meio elfo então discutiu com o grupo alguma alternativa para arrancar a marca da mulher. Ao perceber o tom da conversa e notar que a moça estava assustada, Zac a acalmou, dizendo-lhe que eles não a fariam mal.

   O grupo terminava de avaliar a situação. Eles perceberam que os três aldeões que haviam lhes pedido ajuda estavam mortos, inclusive Crau, mas sozinhos o grupo sabia como chegar no vilarejo.

Calco, Anaesi e Basvo, 6º e 7º dia do Mês do Ouro do ano de 1500.

terça-feira, 24 de maio de 2016

(HH) 18.1 - De volta em Ulguim

Alguns momentos de tranquilidade


Após o combate contra o Roca, o grupo consegui se recompor e aproveitou para depenar a criatura, retirando prêmios e troféus como achou necessário.

Enquanto isso Tom, que havia fugido da batalha, encontrou o cavalo de Rédon bastante distante do pássaro. O bárbaro pegou o animal e foi montado nele de volta à cena do combate, a esta altura já encerrado. Giles, então, o interrogou sobre sua repentina ideia de partir, e Tom pareceu confundir-se e ficar indeciso.

Os vários aventureiros voltaram até a estalagem no pequeno vilarejo quase à beira da estrada para que pudessem descansar o resto da noite. Rédon havia decidido que aguardaria a manhã para partir, uma vez que o perigo da noite o assolava.

Ulguim mais uma vez


Os aventureiros tomaram seu rumo no dia seguinte, quando resolveram partir em direção a Ulguim. Seriam dois dias de cavalgada em tempo bom, mas Rédon, que já anunciara que abandonaria a comitiva, desviou-se do trajeto dos aventureiros na primeira estrada que rumava ao sul, para Amn. Tom foi convencido a ficar e seguiu com o grupo até a cidade.

A aproximação de Ulguim foi um pouco tensa. De longe já era possível perceber que a cidade não era a mesma de quando eles lá estiveram da primeira vez, há 37 dias. Guardas protegiam todos os portões, que estavam fechados, e as estradas eram vazias.

Ilena
Dalaran foi negociar com os guardas e, mostrando os documentos que Stor carregava com as letras dos nobres de Helús, ele entrou e foi informar-se se poderiam deixar o grupo entrar. Pouco tempo depois surgiu Ilena, a moça amiga de Justina que os aguardava da primeira vez, embora eles não a tenham encontrado.

Ilena falou com os guardas e os deixou entrar. A cidade estava com toque de recolher devido a guerra que acontecia em Helús e acabou envolvendo Ulguim, sua aliada. A mulher os levou até uma casa abandonada e começou as conversar assuntos importantes.

"- Eu estava preocupada com vocês. Fazia muito tempo que os aguardava - começou Ilena. Em seguida, ela começou a explicar que a cidade de Ulguim havia mobilizado seu exército para a estrada que dá acesso à Helús, de forma a impedir que esta seja ocupada por exércitos de Riátida. Com isso, a própria cidade entrou em estado marcial devido a falta de soldados.

Ilena ainda colocou para o grupo a opção de chegarem até Helús através de uma mina abandonada que leva até a estada nos Picos Nebulosos. A alternativa é arriscada e vai levar um bom tempo, mas o grupo não tem muitas alternativas. Ela apresentou um mapa e o grupo pediu para discutir em particular.

Mapa das minas abandonadas

Em particular, Dalaran sugeriu que o grupo não mantivesse escondida a existência do Cajado dos Dragões. Em vez disso, ele sugeriu que Guark sobrevoasse e amedrontasse parte dos exércitos que sitiavam a cidade de Helús. Enquanto isso, o grupo de aventureiros seguiria pela caverna nas minas e entraria em Helús por trás.

Guark achou esta alternativa muito melhor do que ter que entrar nas minas em sua forma humana, e o grupo chamou Ilena novamente. Eles disseram a ela o que fariam e então pernoitaram naquela cidade.

As minas abandonadas


A viagem de Ulguim até as minas abandonadas levou algumas horas. O grupo encontrou em um pequeno mato de coníferas no pé da montanha uma entrada pouco visitada e oculta pela vegetação que crescera com o abandono da área.

O lado de dentro se mostrava uma caverna trabalhada, de forma que ficava evidente que ela fora utilizada por humanos ou anões. Eles andavam devagar para evitar os perigos que podiam encontrar e devido a escuridão que tomava conta do lugar.

Depois de algumas centenas de metros - e uma hora - de caminhada, o grupo chegou a uma grande caverna com restos de trilhos de mineração. Haviam estalactites e estalagmites ao redor do lugar, como uma caverna natural, mas as evidências de construção artificial também se mantinham fortes.

Algumas poças d'água estavam presentes. Embora não houvesse sinal de água, o grupo iria ignorá-las - exceto por Tom. O mulano, último da fila de aventureiros, ficou curioso com tal líquido e resolveu tocá-la. Ele percebeu que tratava-se de um ácido forte, que logo se transformou em um enorme cubo gelatinoso.

Cubo gelatinoso
O grupo foi obrigado e enfrentar as criaturas.

Aquele que havia sido provocado por Tom o capturou imediatamente em seu interior. O mulano, que não carregava nada de metal, passou a ter seu próprio corpo derretido pelo monstro. Enquanto isso, o restante do grupo viu erguerem-se outros 2 cubos.

As criaturas eram bastante resistentes. Tom foi capaz de escapar da prisão de um deles e se afastar das criaturas. Finn alvejava a criatura com suas flechas certeiras e Stor lançava suas magias.

O combate prosseguiu por alguns instantes. Dalaran usou seus poderes para atacar as criaturas. Ele colaborou muito para a destruição de duas e, quando iria ser capturado por uma terceira, o milagre de Tymora a destruiu e ele saiu ileso.

Não foi encontrada nenhuma forma de pilhagem de valor no local e o grupo preparou-se para prosseguir sua viagem rumo aos próximos corredores.


Terras Centrais do Ocidente, dias 09 e 10 de Nightal, a Nevasca, do ano de 1480

sábado, 21 de maio de 2016

(IL) 3.3 - Um vilarejo em perigo

Preparados para seguir sua jornada até Virena, o grupo ainda dedicou uma boa parte da manhã de sol para discutir sobre as opções de trajeto. Zac parecia mais interessado em se dirigir à Muli e estudar em um colégio de magia. Sua intenção era buscar informações sobre esses demonistas e já aprender novos conhecimentos. Contudo, o grupo conseguiu convencê-lo a ir até Virena e pegar o tal homem da capa.

Decidido que eles partiriam para Virena através  das colinas de Calco, em vez de seguirem por Conti e cruzarem as montanhas, eles partiram rumo ao sul com sua comitiva. Eles já haviam cruzado por estradas melhores, mas ela era suficiente para manter inteiras as ferraduras e as rodas da carroça de Finwe.


No segundo dia de viagem, já com uma neblina tomando conta do tempo, eles perceberam um trio de cavaleiros se aproximando. Eles pararam à beira da estrada para permitir a passagem dos apressados cavaleiros, mas eles pararam e vieram conversar.

"- Vocês são a Companhia Finwe?", perguntou o mais velho deles, de espada na bainha. Na conversa que se seguiu os cavaleiros disseram que eram aldeões de uma pequena vila na montanha que estava sendo atacada por demonistas. Eles ouviram falar da Companhia que matou um malfeitor em Principado Antigo e que ela estaria em Doca do Vale, então correram para buscar ajuda.

Crau e seus dois acompanhantes
Após ouvirem os lamentos dos três homens, a Companhia Finwe resolveu ajudá-los. Os humanos disseram que bandidos haviam sequestrado uma criança do vilarejo e os levado até um acampamento na montanha. Eles sabiam onde era, mas não tinham muito com o que recompensar o grupo.

Eles desviaram-se de seu caminho para Virena por uma estrada vicinal, onde tomaram um rumo bastante vertical até alcançarem, no fim tarde do dia seguinte ao que haviam partido de Doca do Vale, a pequena comunidade onde os cavaleiro residiam. Resolvendo não descansar, eles prosseguiram noite adentro até o acampamento dos ditos demonistas.

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Era uma noite turva devido a baixa visibilidade provocada pela neblina. O grupo percebeu o acampamento inimigo com vários bandidos em volta de uma fogueira. Com o tempo e a surpresa ao seu lado, a Companhia Finwe se organizou de forma que atiradores ficassem em disparando magias e flechas para atrair os inimigos, enquanto os combatentes à curta distância os iriam esperar para emboscá-los.

Os primeiros segundos de combate começaram com Azurius disparando uma bola de fogo sobre os alvos. Não foi muito eficiente em termos de danos, mas serviu para atraí-los até o grupo.

O combate de verdade estava prestes a começar.

Calco, Anaesi e Basvo, 6º e 7º dia do Mês do Ouro do ano de 1500.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

(HH) 17.4 - Partidas interrompidas

Partindo da Floresta das Serpentes


O grupo reuniu-se na casa de Lithira logo na manhã após a marcante noite em que o cajado passou para as mãos de Giles. O último a se juntar ao grupo foi Zeed, que nada vira do ocorrido na noite passada e ainda aproveitou os últimos momentos com a gêmea Gindala.

Uma vez que todos estavam reunidos, o grupo ainda escutou as desculpas de Tindara antes das despedidas formais. Uma vez que o grupo estava pronto para seguir sua jornada, Gindala disse à Zeed que não o esqueceria, mas que possivelmente eles jamais se veriam de novo.

Partindo da Vila do Pântano, o grupo reencontrou a estrada de entrada na Floresta das Serpentes com tempo chuvoso. Eles cavalgaram por dois dias até que finalmente cruzaram a última barreira de árvores e puderam, finalmente e com sol brilhando, ver as colinas entre a Floresta e os Picos Desolados novamente.


Seguindo sua jornada, o grupo chegou a noite em um pequeno vilarejo próximo à estrada. Guiados por Zeed, eles foram diretamente para a única taverna do local, onde haviam apenas duas moças além do taverneiro.

Sete dos aventureiros ocuparam todos os espaços da taverna, enquanto Tom e Rédon ficaram do lado de fora. Lá dentro, Zeed e Dalaran tentaram puxar assunto com as mulheres que ali estavam. Uma delas era uma plebeia, mas a outra afirmou que era uma soldado mercenária a serviço de Ulguim. Segundo esta, a cidade estava com grande parte de seu exército mobilizado para proteger as estradas para Helús devido ao conflito com Riátida.

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Stor e Zeed bebiam muito. Eles precisaram ser acudidos por Dalaran para não passarem do limite e caírem na mesa de bar. Enquanto isso, Rédon e Tom conversavam sobre a vida e as razões que os levara até ali. Quando o cavaleiro perguntou à Tom seus motivos, o bárbaro resgatou da memória que fora Arthur quem o contratara, e que desde então ele resolveu seguir o grupo mesmo com a partida do guerreiro.

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Dalaran ficou atraído pela mercenária e foi atrás dela para um diálogo rápido quando ela partiu da taverna. O paladino foi seguido por Rédon, que precisava de uma conversa particular. Quando ficaram a sós, Rédon ajoelhou-se e ofereceu sua vida e espada, ou que fosse liberado de sua "prisão". O cavaleiro dizia que não seria capaz de quebrar sua palavra de honra com Riátida e não poderia lutar com os aventureiros. Dalaran não tomou a vida do cavaleiro e, ao contrário, o libertou, apenas pedindo que ele não entregasse informações do cajado. Rédon, satisfeito, deu sua palavra que não diria nada.

Quando os dois reuniram-se com Tom, Rédon anunciou que iria embora e logo partiu. Tom disse para Dalaran que também precisava ir, pois precisava ver sua mãe novamente e descobrir informações sobre seu pai. O paladino não negou a liberdade do mulano e voltou para a taverna beber alguns copos de cerveja antes de avisar ao grupo que Tom também tinha partido. Surpreso, Giles disse que queria tentar convencer Tom a ficar. Todos então partiram atrás do bárbaro, com exceção de Guark.

O Pássaro Roca


Tom alcançou Rédon com seu cavalo, Velho. O cavaleiro imaginou que estivesse sendo seguido por inimigos e ficou aliviado quando viu que era Tom. Contudo, antes que os dois pudessem partir, um enorme pássaro Roca surgiu e atacou Rédon, erguendo-o no ar.

Pássaro Roca
Tom se intimidou e nem tentou atacar a criatura. O bárbaro se afastou, mas foi atacado assim que Rédon foi atirado desmaiado no chão. A cavalaria ao auxílio da dupla chegou preciosos segundos depois, mas garantiu que ninguém morresse frente ao inimigo, além de garantir a vitória sobre o animal. Tom, porém, aproveitou a distração da criatura com o restante do grupo e fugiu a pé, uma vez que os cavalos haviam disparado assustados e perdido-se na noite.

Durante o combate, Dalaran iniciou sua investida transportando-se para cima da criatura, que logo foi banida para uma outra dimensão por Stor. Com algum tempo para planejar, o grupo se dividiu pelo campo e aguardou a criatura ressurgir. Eles então prosseguiram o combate mais organizados, conseguindo matar o pássaro antes que ele ferisse gravemente qualquer um ou capturasse alguém para seu ninho.

Uma vez terminado o combate, o grupo se reorganizou e não encontrou Tom.

Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente, dias 06 a 08 de Nightal, a Nevasca, do ano de 1480

sábado, 14 de maio de 2016

(IL) 3.2 - Laumass

Laumass, o elementalista


Ark e Azurius dirigiam-se para a residência de Laumass, o mago que vivia à beira do rio. O trajeto era difícil e nitidamente com pouco trânsito, percebido através das poucas marcas de pessoas ou cavalos pelo local.

Casa de Laumass
A dupla chegou na propriedade do mago pouco antes do meio dia e Azurius foi quem desmontou de seu cavalo para chamá-lo. Algumas tentativas foram feitas, mas Laumass foi atender quando o ladrão e o mago já estavam quase desistindo.

Azurius perguntou, logo de cara, se o mago poderia ensiná-lo. Laumass não exitou em negar e disse que não tinha interesse em nenhum aprendiz. Então o elfo falou que era natural de uma vila perto de Âmien com uma biblioteca vasta e cheia de conhecimentos, finalmente despertando o interesse do mago exótico.

Ao ser convidado para entrar, Azurius deu apenas dois passos antes de perguntar qual era a especialidade de Laumass. Ao ouvir que ele era um elementalista, o elfo deu meia volta e disse que não tinha interesse em seus conhecimentos. Enfurecido, Laumass fechou a porta na cara dos dois.

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Finwe e o restante de sua companhia iam em direção a mansão de Laumass. Ele sabia que Ark e Azurius estariam lá, e também buscaria informações sobre o veneno que fora lançado no rio.

O bardo encontrou-se com a dupla voltando da casa de Laumass. Eles disseram que não encontraram nada de interessante e que não voltariam a entrar lá. Então Finwe disse para esperarem, porque os assuntos que ele teria talvez pudessem trazer pistas sobre o tal homem da capa xadrez.

Puxando uma campainha e alertando o residente, Finwe conseguiu entrar junto com Maicow depois de dizer que seu pai era um elfo preponderante em Calco, que talvez pudesse prestar alguns auxílios.

Laumass
O interior da casa de Laumass era bastante bagunçado. O bardo constatou a presença de dezenas de mapas com as mais variadas informações de hidrografia, relevo, climatologia e divisões políticas de toda a região do entorno de onde estavam. Alguns estavam incompletos.

Laumass os levou até um "escritório": uma sala com algumas cadeiras velhas e uma mesa. Finwe entregou o frasco de poção para ele e, após aceitar pagar 5 moedas de ouro, foi informado de que não havia magia naquele líquido. Contudo, ele confirmava que veneno havia sido lançado no rio, pois ele o detectara há alguns dias atrás. O desenrolar da conversa os fez ir até o laboratório do mago para que ele pudesse detectar a intensidade do veneno que Finwe trouxe.

Durante o preparo dos trabalhos de alquimia, Laumass informou passou as seguintes informações:

  • Laumass percebeu tarde demais o envenenamento do rio, mas foi capaz de filtrar o que estava prejudicando as pessoas depois de algumas pesquisas. Porém, ele não pôde isolar o componente maléfico;
  • O veneno foi colocado em algum lugar nas cavernas de Virena, onde o maior afluente do Rio Traço nasce.
  • Pelas características do que aconteceu, algum mago poderosos também tentou modificar a vazão do rio, alterando a drenagem das montanhas para que, assim, uma concentração maior de seu veneno fosse transmitida. Sem querer, Laumas foi capaz de evitar esse mal ao perceber alterações no rio e corrigi-las.
  • Há um elfo chamado Porlus escondido em Virena. Se alguém suspeito passou por lá, ele certamente percebeu. Para encontrá-lo, os aventureiros deverão procurar pelo “por fora de casa, mas por dentro dos assuntos” na Taberna da Pedra Moída, em Virena.

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Enquanto Finwe tratava dos negócios da companhia, Ark achou interessante roubar a casa do mago. Assim, ele escalou o telhado do estábulo, onde todos estavam se abrigando da chuva, e entrou por uma janela aberta de um quarto no segundo andar. 

Ark logo viu que o local não era propício para um assalto furtivo: o chão era velho e barulhento, e a chuva a que ele foi submetido do lado de fora o deixara encharcado e pesado demais para movimentos delicados. Mesmo assim, ele tentou.

O quarto era composto de um cama, dois criados mudos, estante e um roupeiro que se balançava sozinho e fazia barulhos estranhos. O ladrão achou prudente não mexer em um roupeiro barulhento na casa de um mago, e então foi em direção aos criados-mudos. Não era o dia dele, porém. O piso de madeira envelhecida quebrou, fazendo um barulho terrível, imobilizando seu pé e alertando o dono da casa dois andares abaixo.

Finwe tentou atrasar Laumass em tentar ir verificar a causa do barulho nos andares de cima, mas só conseguiu despertar desconfiança. Felizmente para o grupo, quando o mago alcançou o quarto Ark já tinha conseguido saltar pela janela de volta para seus companheiros.

Finalmente, após terminado o experimento de Laumass, Finwe ouviu que o frasco de fato continha um veneno poderoso capaz de alterar os sentimentos das pessoas. Maicow foi a cobaia para testar o veneno concentrado e acabou ficando imobilizado.

Antes de partir, Finwe fez o mago assinar um documento dos valores que havia cobrado.

A negociação com Doca do Vale


Ao retornarem à Doca do Vale, o grupo foi recebido por Flátia. Em pouco tempo todos estavam almoçando junto com Vuud e alguns de seus guardas. O líder do vilarejo ouviu de Finwe que as informações coletadas pela companhia seriam transmitidas uma vez que um contrato fosse assinado. Ao ler tal contrato, Vuud viu que ele estabelecia uma série de condições e deveres.



Visivelmente surpreso, Vuud pensou por alguns segundos mas não vislumbrou outra opção senão aceitar os termos. Ao assinar o pergaminho, o guerreiro recebeu as informações de Finwe.

O grupo agora aguarda o raiar do sol para iniciar sua jornada em direção a Virena.

Doca do Vale, Conti, Sivonte, 5º dia do Mês do Ouro do ano de 1500.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

(HH) 17.3 - Descontração perigosa

Viajando rápido


O grupo amanheceu no acampamento criado por Zeed. Giles foi o primeiro a acordar logo nos primeiros raios de sol e presenciou Finn disparando uma flecha para o céu. Desconfiado, o clérigo foi até o caçador inquiri-lo sobre sua atitude. Enquanto Finn explicava que tratava-se de um costume de seu povo, Dalaran se aproximou para ouvir a conversa. Embora o clérigo tenha ficado desconfiado, o paladino lhe acalmou dizendo que conhecia tal costume e que pertencia a elfos de muito longe.

O restante do grupo levantava acampamento e preparava-se para partir quando Guark chegou de algum passeio que estava realizando. O dragão chegou em sua forma natural e logo tornou-se humano. Ao mesmo tempo, uma revoada de corvos chamaram a atenção do grupo, que não entendia como aqueles pássaros estavam ali.

Zeed indagou o dragão sobre o sinal, mas ele disse que nem os viu. O bardo sabia que tais criaturas não deviam estar naquela floresta, mas também não tinha nenhuma pista se aquilo poderia significar algo diferente. O grupo tentava relacionar com o covil de Guark ou algo do gênero, mas nada se confirmou. Nem mesmo Finn ter escalado uma árvore pareceu ter lhes dado alguma pista clara. Contudo, o elfo percebeu que os corvos voavam para o oeste, para o mesmo lado onde o grupo se dirigia.

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Os dias seguintes foram de uma viagem bem mais rápida do que a que vinha acontecendo até então. Finn seguiu orientando o grupo nos atalhos da floresta e Tom foi acatando as orientações. Logo eles perceberam que o caçador era muito mais experiente ao se deslocar nesse tipo de terreno.

Em apenas dois dias, o grupo chegou à Vila do Pântano.

As gêmeas, de novo


No terceiro dia de viagem, no meio da tarde, o grupo conseguiu chegar até a Vila do Pântano da anciã Lithira. Eles foram direto à casa no tronco da árvore e foram recebidos por Gindala. Em pouco tempo a anciã se fez presente e conversou com o grupo.

Dalaran e os outros explicaram a senhora que eles não haviam conseguido trazer uma escama do Dragão Negro para ela, mas que estavam sob posso do Cajado dos Dragões e haviam expulsado Ruflon. Lithira pareceu momentaneamente satisfeita, mas logo achou que o grupo não fez o que prometera. Sua intenção era expulsar permanentemente o maligno Ruflon, pois eles não sabem quanto tempo o efeito do comando do cajado iria durar. Assim, um pouco contrariada, a velha voltou para seus aposentos.

Imediatamente, Zeed e Dalaran passaram a assediar as duas gêmeas. A dupla estava muito interessada em tudo que as lindas mulheres tinham a oferecer. O restante do grupo não estava tão preocupado com tais sensações da carne. Depois de bastante insistência, Zeed convenceu as gêmeas de irem à estalagem beberem um pouco. Tom foi o designado para ficar responsável por cuidar da anciã no lugar delas, embora Stor o tenha acompanhado e Finn tenha ficado na rua, longe dos outros.

Enquanto Demétria, Zeed, Dalaran, Rédon e Giles seguiam as gêmeas Tindara e Gindala até a estalagem, Finn conversou com Guark. Eles trocaram algumas palavras e depois o dragão partiu para alguma caminhada. Finn ficou no aguardo.

As conversas na estalagem não duraram muito tempo. O hidromel que o jovem Pratis dispôs era velho e forte. Rapidamente, Zeed e Gindala ocuparam um dos quartos, enquanto Dalaran, Demétria e Tindara ocuparam outro. Giles e Rédon ficaram a ver navios, e retornaram para a companhia de Tom e Stor. Antes que clérigo entrasse na cabana do tronco da árvore, contudo, Finn o chamou para uma conversa rápida sobre a segurança do cajado das tempestades. Giles continuava a não confiar no elfo e esta conversa não ajudou em nada a melhorar seus sentimentos sobre o caçador.

Uma noite de prazeres e descuidos


Era quase manhã. Zeed e especialmente Dalaran estavam cansados e adormecidos devido a noite de prazeres que haviam tido. Finn, que estava no pântano sobre uma árvore, viu quando Tindara saiu da estalagem carregando o Cajado dos Dragões. Imediatamente o elfo a abordou e ordenou que ela largasse a arma. A humana negou prontamente, mas, antes que o elfo pudesse reagir, Guark chegou batendo asas e rugindo. O elfo, mesmo com seu treinamento contra dragões, viu-se em situação de grande desvantagem e escondeu-se atrás de uma das cabanas. Gindala encolheu-se assustada e ordenou, por impulso, que a criatura parasse - e Guark parou.

Giles saiu ao pântano e viu Tindara encolhida no meio da passarela de madeira e foi até ela. A humana não queria entregar o cajado. Dalaran, que acordara-se com o rugido de Ruflon, saiu desnudo para o pântano e fez uso de suas influências divinas para comandar Tindara a largar o artefato. Giles, que já estava muito próximo, aproveitou a situação para pegar o item do chão.

Guark, que estava ao lado e parado, parecia enfurecido. Giles lhe disse para acalmar-se e voltar a forma humana, e assim aconteceu. Dalaran se aproximou do clérigo e pediu o cajado, o que foi negado por Giles, que alegava que ele cuidaria melhor do artefato. Sem ter muitos argumentos, o paladino aceitou e foi falar com Finn, que o chamava, enquanto Tindara retornava para a cabana da anciã.

Giles ordenou ao dragão que descansasse e, em seguida, voltou à cabana na árvore. Dalaran e Finn conversavam reservadamente, com o elfo dizendo que não gostava da forma como Giles havia manipulado Guark. O paladino não fez caso do ocorrido, acreditando que os atos do clérigo foram normais, embora ele lamentasse ter perdido o controle do artefato. Assim, Dalaran voltou para o quarto com Demétria.

O barulho enorme que a chegada do dragão provocou e os gritos de ordem que foram bradados durante a confusão acordaram Zeed e Gindala. Os dois, contudo, dedicaram-se a mais momentos de prazer e fingiram que nada acontecia do lado de fora - no fim, não souberam o que houve. Foi apenas de manhã que a gêmea Gindala descobriu que sua irmã havia deixado a estalagem de noite e, então, apressou-se para encontrá-la. O trio Zeed, Demétria e Dalaran (desta vez vestido) também partiram até a cabana na árvore para conversar com todos sobre os últimos acontecimentos.

Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente, dias 03 a 05 de Nightal, a Nevasca, do ano de 1480

quarta-feira, 4 de maio de 2016

(HH) 17.2 - Um visitante que sabia muito

O grupo seguiu sua jornada pela floresta rumo a cidade de Helús. Zeed continuava falando incessantemente com Guark, o dragão dourado. Ao final do segundo dia, o dragão não conseguia esconder de seu semblante a expressão de ira que acumulava no bardo.

Antes de dormirem no pequeno domo mágico criado, Dalaran pediu para que Zeed se afastasse alguns instantes com ele para que pudessem conversar. Enquanto isso, Stor tentava acalmar o dragão, oferecendo-lhe desculpas pelo comportamento recente do grupo. Não obtendo resposta, o mago ajoelhou-se em sinal de respeito.

Ao mesmo tempo, Dalaran explicava para Zeed que ele não controlaria Guark, mesmo se o dragão se irritasse com o bardo devido às constantes tentativas de extrair informação de forma forçada. O bardo parecia inclinado a querer que o paladino controlasse o monstro, mas Dalaran foi incisivo em sua resposta, desarmando, parcialmente, o bardo.

Ao retornarem para o acampamento, a dupla Dalaran e Zeed viu Stor ajoelhado e não fez caso, passando direto e entrando na cabana. O mago, que já estava desistindo de fazer Guark se traquilizar, levantou-se e resolveu entrar na cabana mágica, mas foi interrompido por Guark dizendo "Há um elfo nos vigiando".

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Finn
Finn é um caçador elfo centenário. Ele veio de uma região distante no oriente de Faêrun em busca de lendas antigas sobre um dragão tão poderoso que seria capaz de desafiar um deus. Finn quer caçar e destruir esse monstro e levá-lo como prêmio à sua vila natal.

Durante suas intermináveis jornadas, o elfo acabou estacionando por alguns meses na Antiga Cidadela Élfica. Durante este tempo, o caçador presenciou a passada do humano Zeed pelo local. A turbulência que o bardo provocou ao corromper a princesa fez a cidadela tradicional estremecer, embora o elfo não tenha se envolvido nas ações.

Contudo, uma das caçadoras da Cidadela que o havia recepcionado, Lilen, partiu para caçar o humano e demorou tempo demais para retornar. Quando voltou, suas alegação públicas era de que nada havia encontrado nada além do perigo. A elfa, porém, revelou para Finn, em segredo, que ela encontrara Zeed e que ele e uma comitiva de guerreiros a havia salvado de uma tribo hobgoblin.

Mesmo sendo heroica, não era essa a parte da história que interessava ao elfo. A parte realmente importante para ele foi a que Lilen contou depois, com menos detalhes, de que os aventureiros estariam atrás de uma orbe mágica capaz de controlar dragões. Tal frase despertou a curiosidade de Finn, uma vez que ele relacionou tal história com a lenda de Grandvar, um dragão lendário que foi aprisionado por humanos. Até aí, porém, a história poderia não passar de fantasia.

Pouco tempo depois, devido a sua experiência com dragões, Finn sentiu no ar e nas plantas as alterações que o covil de Ruflon assumiu. Tais mudanças certamente ocorreram porque o dragão havia mudado de comportamento e estava acuado ou enfurecido - ou ambos. Em seguida, o caçador pressentiu o despertar de um grande poder se espalhando por dezenas de quilômetros e sabia que poderia ser Grandvar.

A fim de descobrir a verdade e, quem sabe, saber se os aventureiros de fato estavam de posse da alma de Grandvar, o dragão lendário que lhe serviria como caça, Finn partiu para encontrá-los. Ele seguiu inicialmente os rastros de Zeed, um humano que já havia visto e que deixava muitas marcas por onde passava. Contudo, ao se aproximar, o rastreador percebeu que eles estavam acompanhados de outro dragão, desta vez metálico, e teve sua perseguição facilitada.

Ao espreitar o acampamento do grupo de uma distância curta, Finn pode ver um humano encapuzado ajoelhado frente a um dragão dourado na forma humana.

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Ao receber a informação de Guark de que o acampamento estava sendo observado, Stor tornou-se invisível e mudou de posição. Em seguida, o elfo ranger apareceu do meio do mato, descobrindo sua cabeça do capuz e revelando-se, dizendo que gostaria de falar com Zeed. Guark pensou que o elfo queria a cabeça do bardo, e não demorou para chamá-lo.

Zeed já preparou-se para o pior quando foi retirado da cabana quase a força e viu o elfo da Cidadela Élfica a sua frente. Contudo, Finn iniciou um diálogo pacífico e ambos começaram a conversar, para a desaprovação de Guark.

O ranger começou a discursar sobre a orbe dos dragões, para a surpresa tanto de Stor quanto de Zeed. Ele aparentava saber bastante sobre a orbe, embora, para o grupo, ele não devesse nem mesmo saber que ele existisse. Tudo ficou claro quando Finn revelou que Lilen havia lhe informado que o grupo estava atrás dela - e culparam Tom por ser linguarudo.

Enquanto a conversa se desdobrava no lado de fora, Dalaran, Demétria e Giles estavam preocupados que o bardo demorava para retornar, dada a animosidade óbvia que existia entre ele e Guark. Assim, o trio resolveu sair e ver o que acontecia. Ao serem deixados sozinhos, Tom e Rédon se olharam e o bárbaro questionou: "Se Zeed morrer, ficaremos presos para sempre nesta cabana". O guerreiro, que também não tinha conhecimento algum sobre magia, não soube responder e ambos também acharam melhor deixar o local.

Finn passava várias informações à Zeed, mas quase todas elas já eram conhecidas ou deduzidas pelo grupo. O que eles não sabiam era que o nome da criatura deveria ser Grandvar. Stor reconheceu esta pronúncia como um dragão de lendas, mas nada mais.

A conversa se estendeu até que o grupo chegasse a conclusão de que o elfo sabia demais para partir sozinho. Assim, foi sugerido que ele acompanhasse o grupo. Finn, por seu lado, também estava interessado em acompanhar o grupo para verificar o que aconteceria com a orbe - ele alegava insistentemente que Guark poderia ser dominado pela orbe e não querer destruí-la.

A comitiva foi, enfim, descansar dentro da cabana criada por Zeed, enquanto Finn e Guark ficaram na rua. O dragão não se mostrou simpático ao elfo, que também não se mostrou intimidado.

Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente, dia 01 e 02 de Nightal, a Nevasca, do ano de 1480