sexta-feira, 29 de setembro de 2017

(SP) 3.6 - A primeira batalha e o fim dos pequenos

Linha de frente

Thir foi designado para a linha de frente na luta contra os elfos. Seu pelotão partiria na frente, comandado por Dalan, enquanto outros estariam em outros pontos da floresta. O anão não recebeu informações detalhadas sobre como outras tropas agiriam na guerra.

A partida ocorreu muito cedo do dia após a orientação da missão. A caminhada foi longa. Muitas horas de marcha em um pelotão com vinte soldados. Enquanto estavam em uma trilha na floresta, o grupo percebeu que estava sendo vigiado e uma batalha começou. Os elfos atiravam flechas enquanto escondiam-se entre as árvores. Alguns soldados morreram nesta primeira investida, enquanto outros, inclusive Thir, entrou no mato atrás de mais elfos. Eles estavam em desvantagem. Minuto a minuto, Thir via seus companheiros caindo. Mesmo que o anão fosse muito competente no manuseio das armas, a desvantagem o colocava em situação perigosa.

O tempo agiu a favor deles. Uma cavalaria comandada por Garai e sua tropa chegou em auxílio de Dalan, transformando uma batalha quase perdida em uma vitória. Muitos soldados haviam morrido, mas a primeira batalha contra os elfos havia trazido uma vitória para Rochaverde.

Ludgrim, Rochaverde, dias 17 e 18 do mês do Conflito do ano de 1501.

A morte pela necromante


Os pequeninos, o rastreador Neuton e seu filho acamparam longe da torre, no bosque. Eles podiam ver a torre em chamas a distância. Porém, o ataque à torre do mago desconhecido não sairia gratuito. Ainda era madrugada quando o grupo foi abordado por uma sombra. Era a necromante da Torrque queimada, em fúria, querendo matar os responsáveis. Acompanhavam a maga alguns mortos vivos, entre esqueletos e sombras.

Uma batalha foi inevitável. Neuton foi rapidamente atingido por magias que o colocaram em chamas. Assustado, o rastreador fugiu deixando inclusive seu filho para trás. Os pequeninos resolveram enfrentar a inimiga.

Sendo apenas dois, Kozilek achou que a melhor estratégia seria atacar diretamente a feiticeira. Ele partiu para o ataque, ignorando os esqueletos que tentavam pará-lo. A mística era poderosa e conseguiu afetá-lo com magias, tornando-o lento. O mesmo foi feito com Enrakhul. Bolívar fugiu e correu atrás de seu pai na primeira oportunidade.

Dentro de alguns momentos, os pequeninos viram-se cercados pela horda de inimigos. A feiticeira, vendo que estava correndo muito perigo, mas certa de que já tinha feito o suficiente para destruir seus inimigos, fugiu sumindo na escuridão em um passe de mágica, deixando os pequeninos cercados por seus mortos-vivos.

A luta se estendeu por vários minutos. Graças à técnica apurada de Kozilek, a dupla foi capaz de resistir por muito mais tempo do que a situação sugeria que eles conseguiriam. No entanto, eles ainda eram uma minoria e, antes que eles pudessem derrubar a maioria dos adversários, um golpe fatal atingiu o pescoço de Enrakhul e, em seguida, também feriu Kozilek gravemente. Os pequeninos não resistiram, mas tiveram uma morte honrada, lutando bravamente até o último momento.

Ludgrim, Rochaverde, dia 17 do mês do Conflito do ano de 1501.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

(SP) 3.5 - A torre e a guerra

Uma torre misteriosa


Os pequeninos, Neuton e Bolívar acamparam próximo da Vila Rigustas. Eles resolveram enterrar Bellum por ali e passar a noite longe dos soldados com os quais o anão havia arranjado confusão.

Na manhã seguinte, um dia ensolarado, Kozilek percebeu uma torre no alto de uma colina não tão distante de onde eles estavam. Sem pestanejar, o grupo resolveu sair da estrada e seguir colina acima, em direção ao sul, onde encontrava-se a torre. A jornada levou todo o dia. Havia apenas uma pequena trilha por todo o caminho da Estrada Real até a torre, e grande parte do caminho era inclinado para cima.

Já era noite quanto os aventureiros chegaram em uma região mais plana da colina em que estava situada a grande torre, com quase 40 metros de altura. Neuton, por prudência, achou melhor acampar do lado de fora e aguardar o raiar do dia para abordar a construção. Como ele não sabia quem era o residente, ele não considerava prudente chegar no meio da noite.

Já os pequeninos não se preocupavam com isso. Kozilek e Enrakhul foram até a torre e já foram abrindo a porta de entrada. Eles encontraram uma sala grande, com muitas caixas e uma mesa, além de outra porta, interna, logo atrás de uma pequena placa que continha escrituras em um idioma que nenhum deles reconhecia. Os dois retornaram até Neuton apenas para ouvir do rastreador que ele também não sabia ler o que estava escrito na placa.

Retornando para torre, Enrakhul analisou minuciosamente a porta atrás da placa. Não tendo detectado nenhuma armadilha, Kozilek foi diretamente até a porta. O pequenino sentiu algo perfurar seus dedos enquanto mexia a maçaneta, mas não foi impedido. Atrás da porta uma cena de terror: quatro aventureiros mortos há dias, com seus corpos estirados, perfurados por espetos que saíam do chão. Obviamente vítimas de armadilhas, os pequeninos resolveram não entrar na sala. Em vez disso, a dupla foi verificar o perímetro da construção e procurar um local para escalar. Enrakhul chegou a tentar duas vezes encontrar um ponto de escalada, mas não teve sucesso.


Desapontados por não conseguirem ir adiante, a dupla de pequeninos resolveu utilizar o óleo que possuía para queimar completamente os móveis e caixas que encontraram no primeiro andar da torre. Eles acenderam a chama e saíram, retornando para Neuton. Eles estavam certos de terem tomado a decisão certa...

Ludgrim, Torre de Olf, dias 16 e 17 do mês do Conflito do ano de 1501.

Uma guerra inevitável


Darial continuava buscando uma forma de evitar a guerra entre os elfos e a cidade de Rochaverde. No entanto, ao conversar com Adald, o juíz da cidade e também sacerdote de Crizagom, percebeu que os ânimos dos governantes estavam muito mais inclinados a favor do conflito. O paladino implorou para que o juíz tentasse de alguma forma retardar uma declaração de guerra, mas ele foi enfático em dizer que não poderia prometer mais do que dois dias.

As informações que Darial buscava não eram facilmente obtidas. Dois dias se passaram até que Ehel lhe chamasse avisando que possuía novidades. O paladino foi até lá animado e ficou sabendo que o meio-elfo havia interceptado uma correspondência de Guia com Virtus. A carta vinha de Virtus e estava escrita em Leva. O conteúdo estava em primeira pessoa, como se o próprio rapaz a escrevesse, e dizia que ele havia conseguido escapar da cidade e estava rumo à Varani, uma cidade na Levânia, mas que daria um jeito de ir buscar a menina em Rochaverde. Agradecendo ao meio-elfo, Darial levou o que encontrou até Adald e Dalan.

Ao chegar no quartel, enquanto falava com Dalan, o paladino viu a aproximação apressada e anunciada de um grupo de cavaleiros. Haviam dois feridos entre eles. Enquanto Darial curava um dos feridos, outro era atendido por um médico. Os que estavam ilesos diziam que eles estavam patrulhando a floresta quando foram atacados por elfos. Alguns haviam morrido e os feridos foram carregados pelos companheiros de volta à Rochaverde.

Ao reencontrar Adald, este estava com Etwid, o prefeito. A conversa entre os dois já estava encaminhada e Etwid tinha decidido declarar guerra. Vários pelotões da cidade já haviam chegado e Rochaverde sentia-se preparada para começar o conflito. Desapontado, Darial pediu ajuda a Adald, pois ele ainda tinha interesse em perseguir Virtus e recuperar as partes perdidas do artefato. O sacerdote de Rochaverde, com sentimento em sua expressão, lhe concedeu Terremoto, seu próprio cavalo, e disse que procurasse por uma mulher chamada Marlum, em Donatar.

Depois de partir do quartel, Darial pretendia seguir sua jornada com Orrad para ingressar nas fileiras da Ordem de Crizagom.

Ludgrim, Rochaverde, dias 13 a 16 do mês do Conflito do ano de 1501.

Um novo recruta


Embora afaste a maioria, alguns são atraídos pelas sombras da guerra. Foi assim com Thir, um anão de um clã raro natural das montanhas ao sul da Floresta de Siltam. Ele foi à Rochaverde em busca da guerra, depois de ouvir rumores sobre sua aproximação enquanto viajava.

Ao entrar em Rochaverde pelo portão Oeste, o anão já pode presenciar a chegada de um pelotão de soldados reais. Ele dirigiu-se diretamente para o quartel, onde apresentou-se para Garai e perguntou o que seria necessário para ingressar no exército e participar da guerra. Garai pediu que o guerreiro mostrasse suas habilidades em treino com os soldados e, depois da exibição, garantiu que ele ingressasse nas fileiras.

Depois de um dia de treinamentos, já com sua situação formalizada, Thir foi apresentado à Dalan, que informou que ele seria seu único comandante e que Thir deveria seguir suas ordens acima de tudo, pois é ele quem comanda o exército de Rochaverde, embora hajam outros pelotões na cidade.

No terceiro dia de treinamento, ainda pela manhã, o anão presenciou a chegada dos cavaleiros com a dupla de feridos gravemente. Ele viu o sacerdote de Crizagom curar os dois e em seguida ouviu do comandante que a guerra seria declarada contra os elfos. Dalan disse que Thir seria designado para a linha de frente das tropas. Ele comporia o primeiro grupamento que invadiria a floresta para livrar-se dos elfos. Embora tenha ficado um pouco preocupado com sua função, Thir não negou o desafio. Todos já estavam se mobilizando para a batalha.

Ludgrim, Rochaverde, dias 14 a 16 do mês do Conflito do ano de 1501.