sábado, 27 de janeiro de 2018

(SP) 6.1 - Um contrato de resgate

Juntando os cacos


Após o trágico evento natural que derrubou a arena de Brual matando centenas de pessoas, o grupo se dividiu. Darial resolveu ajudar como pôde, auxiliando no transporte dos corpos desde a arena até o cemitério, no templo de Cruine. A sacerdotisa Bruna recebia a todos e contava com a ajuda de alguns cidadãos para cavar as covas. Uma grande cerimônia coletiva seria realizada no dia seguinte em homenagem aos falecidos.

Joseph permaneceu no templo de Crizagom ajudando Cummérr. Thyr aproveitou o tempo para visitar o ferreiro, afiar suas armas e reparar sua armadura que havia sido um pouco danificada depois do combate contra os bestiais.

Tramp foi ao templo de Cruine para analisar o movimento. Ele não tinha interesse em ajudar com os trabalhos, mas buscava alguém que talvez lhe pudesse trazer algum lucro. Ele encontrou duas moças, mãe e filha, que choravam em frente a um túmulo nobre. O bardo as confortou com música e palavras, as acompanhou até em casa e acabou recebendo uma gorjeta ao final. Enfim, teve sucesso com suas intenções. Depois disso  bardo foi até a casa de Sine buscar seu pagamento. Ele foi recebido em uma residência que lhe deu certeza que era uma espécie de guilda. Sem demoras, Sine lhe pagou e disse que estava mesmo lhe procurando para isso... Em seguida, Tram retornou para a Taverna das Ruínas Perdidas, onde possuía um quarto reservado.

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Resgatando uma nobre


Já era início da noite quando os três aventureiros se reuniram no templo de Crizagom. Mal dera tempo deles conversarem quando um grupo chegou procurando pelos "aventureiros que haviam recuperado a espada de Eguiardo". Tratava-se de um nobre de Brual que teria tido sua filha vítima do terremoto que ocorreu. O homem desejava contratar aventureiros para resgatá-la e estava disposto a pagar 50 moedas de ouro por isso. Eles entraram em contato com Tramp e aceitaram a missão logo em seguida.

A jovem chama-se Monalisa. Ela estava em uma caravana vinda do sul juntamente com seu noivo, Wolthe, e alguns guardas. Eles transportavam bens e alimentos. Durante o terremoto, os cavalos da carruagem que os transportava assustaram-se e correram. Abaixo deles, o solo se abriu formando uma caverna e eles caíram, ficando presos. Os outros guardas fugiram, temendo que o terremoto havia sido ordálio dos deuses.

O lorde que contratava os aventureiros ofereceu o pagamento pelo resgate de sua filha, mas deixou claro que não pagaria uma moeda sequer pelo resgate do noivo dela, Wolthe. Assim, se o grupo desejasse resgatar o homem, o faria de graça.

Um homem do nobre acompanharia o grupo para levá-los até o ponto onde a caravana de Monalisa fora vítima do terremoto. Eles partiram logo pela manhã e chegaram no local antes do meio dia. Contudo, ao se aproximarem das carruagens, eles já perceberam que havia alguma movimentação. De repente, surgiram duas dezenas de goblins, que fuçavam os restos da caravana. Um combate inevitavelmente se iniciou.

Thyr partiu para o ataque contra os goblins. Ele conseguiu derrubar um com sua lança. No entanto, uma criatura surgiu e saltou repentinamente sobre ele, com a lança apontando para o anão, que não teve reflexos rápidos o suficientes para desviar. A lança do goblim atravessou a armadura com sua ponta afiada e atingiu o coração do anão, que tombou desfalecido naquele mesmo local. A batalha prosseguiu com os goblins se amontoando ao redor dos aventureiros. Mesmo Tramp, que havia ficado para trás, fora alvo de algumas criaturas. Joseph era quem estava mais cercado. No entanto, ele conseguia golpear muitos ao mesmo tempo.

Detro de poucos minutos, o grupo conseguiu repelir o ataque. Eles mataram a maioria dos goblins, mas uma parte deles percebeu a desvantagem técnica e fugiu. Tragicamente, porém, não havia mais nada a se fazer para resgatar Thyr. O anão havia tombado em batalha com uma lança cravada bem no coração e Cruine já o abraçara.

Um pouco desconcertados com o ocorrido, o grupo considerou voltar. O homem do nobre, no entanto, insistiu para que eles prosseguissem, pois a caverna onde estava Monalisa já estava bem próxima. Eles pensaram e aceitaram.

A caverna das alucinações


A entrada da caverna estava obstruída por muitas pedras. Por fora era razoavelmente fácil de abrir e, assim que conseguiram, eles foram capazes de tirar Monalisa de lá de dentro. A jovem estava assustada e disse que podia ouvir seu noivo mais para dentro do local. Ela insistia que o grupo resgatasse ele.

Eles decidiram se aventurar e procurar mais dentro da caverna.

Durante a descoberta da caverna, o grupo encontrou um grilhão. Darial cavou para descobrir se havia algo enterrado naquele local, que dava indícios. Enquanto fazia isso, o paladino mexei com um cogumelo que lançou um veneno que o atingiu, deixando tonto e com alucinações leves. No entanto, isso não o impediu de prosseguir. Com mais alguns centímetros de escavação, eles encontraram o corpo de um guerreiro. Em sua cintura, um gládio com uma bainha ornamentada e com muitas jóias. Uma maldade emanava daquele local, e Darial tinha a certeza que se tratava da bainha da espada. Mesmo assim, ele a levou.

Prosseguindo o desbravamento da caverna, o grupo chegou a uma sala com um vapor alto formado pelos cogumelos. Tramp foi quem resolveu se aventurar, abaixado, e entrar na sala. Existia uma pequena abertura na parede do lado oposto e na qual o bardo conseguia perceber que havia alguém do outro lado. Se espremendo por entre as rochas, ele foi capaz de chegar ao outro lado, onde cristais iluminavam razoavelmente o recinto e era possível ver Wolthe recolhido em um canto, com os olhos perdidos e afetados pelas alucinações. Nesse momento, porém, Tramp também já não estava sentindo-se muito bem. Os vapores tóxicos também haviam lhe atingido.

Para resgatar ambos, Darial implorou pela ajuda de Crizagom, que remeteu um enviado menor. O pequeno anjo voou até onde estava Tramp e ajudou ambos a saírem do recindo. O bardo, porém, caiu no meio da sala dos vapores, o que obrigou Joseph a também entrar nela para resgatá-lo. O enviado despediu-se e sumiu, pois também fora alvo do veneno, embora em menor grau.

Assim, o grupo resolveu descansar na caverna até que os efeitos de alucinação passassem e eles fossem capazes de diferenciar melhor o que era real do que não era.

Brual e arredores, Eredra, dias 19 e 20 do Mês da Paixão do ano de 1500.