sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

(SG) Sessão 139

A herança de Ranmat

     Anabel havia desaparecido na frente do grupo e, agora, eles planejavam qual seria o próximo passo. Depois de algumas horas discutindo, eles resolveram permanecer em Âmien e explorar mais para o sul, a fim de coletarem informações sobre Rantag e Ranmat, pai e avô de Landalfo, vinculados aos protetores da Ponte de Palier.

    A Ponte de Palier é, supostamente, um caminho direto que conecta Âmien com o reino do deus da sabedoria. Os aventureiros estabeleceram o objetivo de chegar neste local a fim de convencer a divindade em reenergizar o Cetro Dourado, considerando a delicada situação que Tagmar se encontrava ao enfrentar os demonistas mais uma vez.

    Os aventureiros entraram no cerne do reino de Âmien com o Passo Etéreo. As limitações do feitiço impediam Landalfo de levar o grupo para dentro da Cidade Dourada. Porém, já nas proximidades da antiga residência de Rantag, o alquimista abriu alguns portais e levou o grupo até o destino, tendo em vista que ele residira no local há poucas décadas, e assim sabia a localização.


     O grupo começou a investigar minuciosamente a residência. Pedodes ativou alguma coisa ao remover um objeto da parede, embora esta coisa não tenha se revelado imediatamente. 

    Passados alguns minutos, depois dos aventureiros terem encontrado alguns objetos típicos que um alquimista possuiria, como poções e ervas, eles se depararam com alguns golens prontos para combatê-los. O confronto foi inevitável, mas não foi um grande desafio.

    A exploração levou a uma sala secreta cuja chave para abrir sua porta encantada fora descoberta em um dos quartos. Dois construtos protegiam o recinto e precisaram ser combatidos. Durante esta luta, no entanto, o grupo percebeu que alguns elfos se aproximavam da residência, alertados por algum alarme que, o grupo então percebeu, fora ativado por Pedodes. Para atrasá-los, Landalfo criou uma passagem dimensional sobre a porta de acesso.

    Os aventureiros entraram todos para a sala secreta e se trancaram nela. Eles possuíam a única chave de acesso, mas os elfos também eram versados em magia e iniciaram tentativas para arrombar a porta. O grupo vasculhou a sala o quanto pode e se deparou com um portal para um destino desconhecido. Sem muitas alternativas, os aventureiros entraram. No entanto, Pedodes fez um último gesto na casa de Rantag. Ele convocou um enviado de Cruine e pediu que ele recolocasse a cabeça que ele removera da parede no seu devido lugar.

    O destino do portal foi uma pequena sala repleta de livros, estatuetas e outros objetos pessoais de um alquimista. Ela estava claramente muito longe da Cidade Dourada, como os aventureiros podiam perceber ao simplesmente olharem pela janela, que revelava uma cordilheira de montanhas sob a floresta. 

    Uma nova vasculha na pequena sala revelou um robe típico dos sacerdotes de Plandis, algumas escrituras fazendo referência ao Caminhante das Nuvens, um broche com o símbolo de Palier e um diário de Rantag, relatando o trabalho que ele realizava naquele local que ele chamava de laboratório.

    Entre as anotações importantes que Landalfo encontrou no diário, estava a menção a um presente dado à Rainha Enora, uma estatueta capaz de servir como receptáculo chave.

    Por fim, Lanâncoras encontrou um objeto estranho, uma estatueta em formato feérico que emanava uma energia diferente. O grupo demorou a tocar e analisar o objeto, pois decidiu vasculhar todo o restante do laboratório antes.

    Foi Landalfo quem analisou a estatueta. Alguns testes fizeram ela se abrir, dividindo-se ao meio pela barriga, e revelar um disco com uma emanação mágica impressionante. O objeto era alaranjado com algumas mesclas azuis. O grupo logo teve a certeza que se tratava da chave para a Ponte de Palier.

    Para não correr o risco de se revelar, Landalfo voltou a fechar a chave na estatueta, selando assim a energia que ela emanava e que poderia ser facilmente detectada pelos místicos de Âmien.

    Quando a estatueta se fechou e ficou inteira novamente, ela abriu os olhos e dirigiu-se a Landalfo. Uma rápida conversa revelou que ela era Lili, a irmã que Landalfo vira morrer em seus braços. A caçula do alquimista não sabia como havia chegado naquele estado. Ela também não sentia-se exatamente como antes, pois parte de sua memória estava apagada, ao mesmo tempo em que ela lembrava-se de coisas que claramente não tinha vivido como elfa. No entanto, ela sentia que possuía uma missão atribuída a ela quando foi selada neste corpo.

    Lili afirmou lembrar-se com clareza de algumas palavras, proferidas antes dela abrir os olhos pela primeira vez nesta forma: "Seu destino ainda não foi cumprido, mas uma parte da sua jornada está completa. O sofrimento será recompensado se todas as partes do mosaico se encaixarem. Você verá a luz mais uma vez antes de ter a sua chance como aquela que ilumina."

    Os aventureiros sabiam que o mosaico mencionado por Lili possuía três partes. Uma delas, Lili revelou através de versos que ela aprendera durante sua transferência para o novo corpo: "Sei que meu corpo sucumbiu, mas que minha alma não partiu; sei que você busca vingança, mas que também é uma chama de esperança; sei que Ranmat, nosso avô, construiu este corpo enquanto ainda era um mago a provar o seu talento; e sei que Plandis, o louco, sem juízo, deixou três marcas neste mundo para que os navegantes do Abismo cumprissem o destino a eles atribuído; eu sou uma delas, mas que não abrirá porta alguma sem as outras duas, que serão descobertas por vocês, Caminhantes das Brumas."

 Âmiem, Basvo, dia 24 do mês da Paixão do ano de 1501.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

(VP) Sessão 104

O fim e o começo

• A estátua feminina com muitos braços escorria o veio negro das rachaduras que Duque provocara. Isso fez Tolman repensar a ideia de destruí-la e o bárbaro não prosseguiu. Resolveram, então, subirem para o altar do andar de cima e verificá-lo mais uma vez.

• De frente para o altar, Tolman abriu o frasco com a poção de Vush e o gotejou sobre a rocha sólida. O líquido escorreu pela superfície do altar e fez um furo profundo. Tolman, então, continuou despejando mais do líquido e viu o altar se desmanchar pouco a pouco.

• Enquanto ele cumpria a primeira parte da missão de Vush, a de derramar a poção sobre o altar, um grupo de criaturas do vazio surgiu. Elas atacaram o grupo e tentaram interromper as ações de Tolman. O feiticeiro foi protegido por seus companheiros o tanto quanto foi possível, e ainda conseguiu evitar os golpes que conseguiam chegar até ele. Tudo sem perder o foco em sua tarefa principal.

• O altar já estava praticamente destruído antes de todas as criaturas inimigas serem derrotadas. A poção de Vush fazia um buraco profundo e abaixo dele não haviam rochas, mas uma espécie de portal dimensional. Quando todos os inimigos foram derrotados, o grupo ficou a ponderar sobre o que fariam.

• Baseado nas ordens de Vush, a de que o grupo precisaria gravar a adaga no local mais profundo, Tolman concluiu que deveria entrar no portal. Saltou. O restante do grupo ficou alguns segundos em choque, mas Duque não precisou de um comando para saltar atrás de seu líder. Tao, um pouco mais reticente, também foi. Já Drake exitou. O draconato considerou fortemente retornar daquele ponto, mas lembrou que estava a centenas de metros abaixo do mar e teria dificuldades para sair dali sozinho. Saltou.

• O destino do portal foi uma caverna gigantesca e aparentemente vazia. Porém, não demorou para uma critura colossal surgir. Era aproximadamente esférica, tinha tentáculos e muitos olhos vermelhos, sendo um maior do que os outros ao redor de sua carapaça. O monstro se aproximava e entrou em contato mental com Tolman, embora todos tenham entendido: "Você teve sua chance, agora irá desaparecer".

• O feiticeiro tinha a adaga e acreditava que ela deveria ser cravada na criatura. Mas antes que pudessem tomar qualquer ação uma onda de choque foi disparada pelo olho principal da criatura. A pressão na carne dos aventureiros os arremessou para trás, ferindo-os.

• Foram obrigados a se recomporem logo e traçaram um plano: Duque iria subir a criatura e cravar a adaga no olho do monstro. Tolman, enquanto isso, recitaria os versos do pergaminho que Vush lhe dera. Começaram, Duque correu em direção ao monstro com a adaga em mãos.

• Tao partiu ao apoio de Duque na tentativa de escalar a criatura. O enorme tentáculo os atacou, mas o bárbaro, mesmo sofrendo com o impacto pesado, teve forças para agarrar-se na criatura pegajosa e espinhenta e subir seu apêndice até perto do corpo principal. Tao não teve a mesma habilidade e foi arremessado de volta ao lado de Tolman.

• O feiticeiro abriu o pergaminho e não entendeu uma palavra do que estava escrito. Seu elmo de nada adiantaria agora. Ele se concentrou, puxou da memória cada conhecimento solto de arcanismo que já havia absorvido e viu os símbolos começarem a fazer sentido. Mas não havia muito tempo. Duque ainda tentava se equilibrar sobre o monstro e chegar no olho principal quando a onda de choque o atingiu e por pouco não o derrubou de volta para o chão. Drake usou uma magia para mesclar ele e Tolman com o plano etéreo, tornando-os imunes a ataques puramente físicos, o que acabou por salvar a pele dele e do companheiro quando o monstro os atacou com seu tentáculo colossal.

• Quando Duque finalmente chegou ao olho do monstro, atacou. Apunhalou com a adaga o mais forte que pode e viu uma rachadura surgir, a arma cravar. Veios negros surgiram nos olhos do monstro semelhantea aqueles da estátua na construção submersa. Foi só então que as palavras de Tolman na leitura do pergaminho começaram a surtir efeito. Um portal começou a ser aberto atrás da entidade e conectar-se com o punhal. Mas a luta ainda não havia terminado.

• Um enorme portal dimensional surgiu a algumas dezenas de metros dos aventureiros. Dele, dúzias de Ilithids caíam vagarosamente e se preparavam para proteger a entidade.

• Tolman teve muita dificuldade para compreender complemtamente o pergaminho arcano, mas quando conseguiu concluir sua interpretação fez com que um portal vermelho e grande o suficiente para passar a entidade fosse aberto. O monstro interplanar começou a ser dragado para dentro dele pelo ferimento da adaga. Duque estava sobre o monstro e saltou para o chão dali mesmo. No limite de sua força vital, o bárbaro usava seus últimos suspiros para sobreviver e não ser banido para seja qual fosse a prisão que seu inimigo estava sendo levado.

• Tudo estava prestes a desmoronar. A caverna colossal em que eles se encontravam estava sendo dragada por inteiro para dentro do portal de banimento aberto por Tolman e Duque não estava conseguindo vencer a força que o puxava. Vush surgiu atrás dos aventureiros dizendo-lhes para recuarem com ela. Tolman, vendo a situação sem saída a que se submeteriam se ficassem ali, ordenou: "Vão, eu vou resgatar Duque." Drake não exitou, entrou no portal de Vush antes que Tolman terminasse sua sentença. Tao pensou em ficar, mas não conseguiria contribuir com muito. Sua sombra seria facilmente dispersada pela força que os dragavam. Recuou com Vush.

• Tao e Drake foram levados até Lodaçal, na pocilga de Vush. Ela parabenizou-os pela missão cumprida e pediu que eles fossem embora. Drake abriu imediatmente um portal para o Lobo do Mar.

• O fechamento do poral de Vush concluiu a partida de Tao e Drake. Tolman estava longe o suficiente do portal de banimento para resistir facilmente à pressão, mas ele precisaria se aproximar se quisesse salvar seu companheiro. No caminho teve de lidar com os primeiros Ilithids que tocavam o solo. Invocou seu poder natural para desintegrar seus inimigos e, auxiliado por uma onda poderosa e selvagem de mana, conseguiu extinguir dois dos 4 que se aproximavam. O contra-ataque que um deles ainda teve a petulância de lançar não foi capaz de incapacitar o feiticeiro, que começava a se aproximar do companheiro.

• O monstro colossal estava praticamente engolido pelo portal dimensional, e Duque iria em seguida. Tolman usou uma mão de Bigby para impedir que um momento de fraqueza do companheiro permitisse que ele fosse sugado para a outra dimensão. Tolman percebeu que ele próprio não seria capaz de resistir à força que Duque tentava resistir, e para piorar os Ilithids estavam se aproximando. Sem pestanejar, usou um transporte interdimensões para retornar ao Lobo do Mar. Mas algo deu errado. A proximidade com aquele portal de banimento embaralhou a teia ao seu redor e os dois foram enviados para o plano elemental do fogo, na ilha que um dia enfrentaram um gladiador. Duque estava morrendo, sua fúria esgotada, mas uma poção que Tolman carregava o salvou.

• A Fairgrass havia conseguido banir uma entindade interplanar divina, impedindo-a de destruir os mundos que eles habitavam. O resultado ainda era desconhecido, mas os efeitos já provocados não seriam revertidos. Drake e Tao veriam estas consequencias primeiro, ainda no Lobo do Mar, mas Tolman e Duque precisavam,antes, saírem da Ilha de Fogo. Se é que ela mesma não estaria afetada. Os problemas da Fairgrass já deixaram de estar em apenas um mundo há muito tempo...

Sul de Aguasprofundas e plano desconhecido, ano de 1490.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

(SG) Sessão 138

O último eco

    O grupo estava frente a frente com as árvores amaldiçoadas na Floresta Preta. O confronto contra os monstros se mostrou muito desafiador, levando ao limite a capacidade do grupo. Torin acabou perecendo ao ter seu pescoço quebrado por uma das criaturas que lhe atacou de forma surpreendente.

    Pedodes e Cóquem conseguiram proteger o corpo de Torin enquanto o restante do grupo manteve os inimigos sob controle até que, enfim, a vitória pudesse ser alcançada.

    Durante o confronto, os aventureiros presenciaram uma luz no céu que se parecia com uma estrela que cairia sobre o campo de batalha. A luz não se revelou por mais algum tempo, e o grupo ficou apreensivo.

    Cóquem usou seu anel com a magia de ressurreição imbuída para trazer o anão de volta à batalha. Imediatamente, Torin sacou seu protótipo de espada criada a partir do metal das névoas e voltou a tentar cortar a madeira, uma vez que seu machado não havia conseguido talhar nem uma parte da árvore. A estratégia deu certo, pois aquela lâmina cortava a árvore como o planejado.

    Pouco antes de Torin conseguir derrubar o tronco da madeira preta, a luz no céu revelou-se sendo a criatura que o grupo havia enfrentado na casa do Morto-Que-Não-Sabe. Rapidamente, Landalfo começou a preparar o Passo no Éter, a magia que havia aprendido com Kétil Monda, para tirar o grupo dali. O combate contra as árvores malditas continuava, mas Torin já estava quase derrubando o tronco enquanto os outros davam cobertura ao guerreiro e ao alquimista.

    Quando a criatura enfim tocou o solo e mostrou sua hostilidade para o grupo, a área de névoas sobrenaturais criada por Landalfo já estava preparada. Torin e alguns companheiros ergueram o enorme tronco e o transportaram através da fenda dimensional direto para Kétil Monda. Assim que a travessia dos aliados foi concluída, Landalfo iniciou a dissipação do feitiço, o que enfraqueceria rapidamente a passagem e talvez impedisse os inimigos de segui-los.

    Uma árvore maldita e a criatura que caíra do céu seguiram os aventureiros através do Passo no Éter. A árvore chegou ao seu destino atrás do grupo, mas foi rapidamente destruída. O outro monstro, no entanto, não surgiu no destino. Landalfo percebeu que ela, em razão da imprevisibilidade da magia em desvanecimento, fora transportada para algum lugar incerto, em qualquer possível plano de existência. Por ora, o grupo estava a salvo dela.

     Antes de retornarem para Tagmar, o grupo conversou um pouco com Kétil Monda e voltou à Galhaçal, onde dedicaram alguns dias para confeccionar o cabo da espada de Torin e quarenta flechas com a madeira preta obtida do tronco que Torin derrubou. Cóquem também conseguiu negociar o excesso de madeira por mais metais das névoas, que também foram trabalhados para fazer chocalhos para o bardo.

    Dali, os aventureiros foram para New Tecst, em Verrogar, um pequeno vilarejo nas proximidades da Crássia. O grupo tinha o objetivo de chegar na casa de Oraxus e Anabel, em Finlaril, Âmien, e aquele era o local conhecido mais próximo de onde eles imaginavam que encontrariam a residência ou as ruínas dela. O objetivo último do grupo nesta missão era encontrar e destruir a Adaga da Essência que, até onde eles sabiam ainda se encontrava no quarto em que Anabel fora assassinada.

     Do vilarejo, os aventureiros voaram sobre Âmien até o local onde supunham estar a residência de Anabel. Landalfo tinha uma vaga ideia da localização, tendo em vista que vivera a vida de Oraxus e Ledâm enquanto lia suas histórias na biblioteca. Isso permitiu ao grupo chegar ao local imaginado e encontrar, em seus arredores, um grupo de soldados patrulhando.

    Uma preocupação acabou surgindo. Os movimentos militares de Âmiem davam a entender de que ela estava apoiando Verrogar na guerra. No entanto, não havia nenhuma prova real de que isso fosse verdade, uma vez que essa dedução foi feita apenas observando os movimentos dos soldados e das tropas que foram avistadas durante o movimento aéreo dos aventureiros.

    Para encontrar a Adaga da Essência, Landalfo utilizou a Bússula mais uma vez, mentalizando o objeto que desejava encontrar depois que já estava no quarto onde o crime ocorrera. Neste momento, a aparição de Oraxus se revelou e atacou o grupo. Ela foi rapidamente subjugada e expulsa pelo grupo, que teve, então, liberdade para seguir com seu plano.

    Landalfo tentou mais uma vez concentrar-se no objeto mágico, mentalizando a Adaga da Essência e esperando por orientação. Foi então que percebeu que essa ação estava convocando o espírito de Oraxus para a presença dele. A aparição surgiria sempre que ele repetisse sua tentativa.

    O grupo resolveu encontrar a adaga sem meios mágicos. Kaiser começou a vasculhar todo o quarto até que revelou um alçapão sob a cama. Dentro dele, uma caixa com um cadeado. Após Cóquem abri-lo, uma adaga de metal enegrecido foi encontrada. Era a Adaga da Essência, o objeto que aprisionava a alma de Oraxus e de Anabel.

    A fim de destruir a arma, o grupo a posicionou no chão e Torin preparou seu golpe. Landalfo criou uma barreira de cristal para que todo o restante do grupo se protegesse, caso alguma onda de choque fosse provocada pela destruição do objeto mágico poderoso.

    Quando Torin desferiu, após concentrar toda a sua força, o golpe derradeiro, a lâmina negra foi atingida e o chão sobre ela se quebrou. O objeto foi lançado com força para o primeiro andar, mas permaneceu inteiro.

    O grupo concluiu que precisaria colocar a arma sobre um suporte mais resistente. Eles colocaram, então, sobre um pedaço de madeira preta que Landalfo carregava.

    O próximo golpe de Torin foi tão forte quanto o primeiro. Desta vez, porém, a adaga se partiu. Uma energia enorme foi liberada, como o esperado. A barreira de cristal que Landalfo havia criado novamente não serviu para impedir que todos fossem arremessados alguns metros para trás, mas ninguém se feriu gravemente.

    A luz que foi emitida da Adaga da Essência destruída libertou a alma de Anabel e de Oraxus, que tiveram alguns instantes para conversar com o grupo antes de partirem sabe-se lá para onde, uma vez que Pedodes não conseguiria concluir se ela e ele foram, de fato, para os reinos divinos.

    Oraxus amaldiçoou o grupo como pode e logo sua alma esvaneceu. Anabel conversou amigavelmente e deu um presente a Landalfo: um colar de uso pessoal que, segundo ela, seria a única coisa que faria Kiara se lembrar.

    A partida de Anabel foi emocionalmente dolorosa. Mesmo que o grupo não a tenha conhecido em vida, a ligação que criaram com ela em razão das conexões mágicas através do contato no Bosque de Monda, mas especialmente a criada por Landalfo e Lanâncoras na Biblioteca de Palier, fizeram com que sua partida fosse profundamente sentida. O desaparecimento da alma de Anabel para o puro éter deixou uma sensação de perda, como se a última lembrança de alguém querido estivesse sendo destruída na frente deles, mas nada pudesse ser feito para impedir.

Âmien, Basvo, dia 24 do mês da Paixão do ano de 1501.

 



sexta-feira, 25 de novembro de 2022

(SG) Sessão 137

A Floresta Preta

    O grupo deixou o Bosque de Monda depois de ter absorvido o conhecimento da titã segunda. Informações importantes foram coletadas, além de magias ancestrais terem sido transmitidas. Lanâncoras e Landalfo poderiam, agora, viajar para fora de Dartel.

    Os aventureiros cruzaram os ares sobre bosque e rio até chegarem na Floresta Preta em busca da madeira mítica que permitira a Torin concluir a arma capaz de destruir a Adaga da Essência. Tal arma, segundo Monda, também teria um efeito devastador sobre demônios se construída com o cabo feito da madeira amaldiçoada da foresta que eles buscavam.

     

    A Floresta Preta era um local profano e amaldiçoado. As árvore putrefatas emanavam um cheiro desagradável e tinham seus galhos retorcidos de forma amedrontadora.

    Torin empunhou seu machado e partiu em direção a uma árvore que ele entendeu ser adequada para a extração da madeira. Porém, o primeiro golpe já fez com que a estranha árvore se movesse como uma criatura consciente. O anão se pôs em posição de defesa, enquanto Cóquem foi obrigado a deixar o seu poleiro sobre uma das árvores quando o galho em que ele estava também se moveu. A floresta amaldiçoada lutava com seus próprios meios.

    Antes de conseguir extrair a madeira das poucas árvores imóveis, o grupo precisaria enfrentar as árvores malditas que tentavam matá-los.

 Datel, Sagaeti, dia 20 do mês da paixão do ano de 1501.

 


 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

(VP) Sessão 103

Os protetores de outro mundo

• A escada levou o grupo até uma bifurcação. Tolman queria saber o que encontraria no caminho, assim seguiu para a porta ao sul na tentativa de descobrir o que havia atrás dela.

• A porta aberta pelo feiticeiro dava acesso a um ambiente cheio de gaiolas, duas delas com corpos mortos em seu interior. Com sua magia, Tolman removeu cautelosamente os objetos ainda intactos de uma das vítimas aprisionadas. Sem caminharem muito pelo chão daquela prisão, os aventureiros rumaram para a porta ao norte.

• Uma estranha estátua aguardava na outra sala. Uma representação aproximadamente feminina, mas com seis tentáculos no lugar dos braços. Duque estava ansioso para destruí-la e Tolman deu a autorização. No entanto, a primeira machadada fez a porta da sala se fechar, trancando os aventureiros nela. Drake ficara do lado de fora e não viu as criaturas surgirem imediatamente para atacar seus companheiros.

• Enquanto a batalha se sucedia no lado de dentro, Drake achou mais prudente não tentar abrir a porta, já que Tolman havia detectado uma armadilha nela. Assim, o draconato mesclou-se com a parede com um de seus milagres e tentaria passar pelo lado. Os adversários, porém, eram Ilithids, criaturas com poderes telepáticos avançados. Elas utilizaram uma espécie de onda psíquica que paralizou o dracoanto dentro das paredes, mesmo sem saber que ele estava ali. Tao também ficou paralizado por boa parte da luta, o que deixou Tolman e Duque responsáveis por lidar com o grande número de inimigos.

• Os inimigos foram eventualmente vencidos. Um novo Ilithid foi convocado por alguns Nothics desesperados, um maior e mais poderoso, mas também foi derrotado. Seu corpo, assim como o dos outros, desapareceu no vácuo depois de sua morte.

• Duque queria retornar a sua tarefa de destruir a estátua depois que matou seus inimigos. Mas Tolman notou algo que o preocupou: um veio negro escorria de dentro das rachaduras da estátua. Assim, impediu Duque de prosseguir. Antes de decidirem o próximo passo, o grupo viu o draconato sair da parede, ferido e desnorteado.

Sul de Aguasprofundas, dia 13 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

(SG) Sessão 136

As mentes atormentadas

    Landalfo caiu sangrando sobre o tomo depois de lê-lo e entrar na mente de Oraxus. O mago não parecia ter ferimentos evidentes, mas continuava inconsciente. Por garantia, Pedodes verificou se alguma marca havia surgido no corpo do companheiro e, confirmando que nada de diferente sugira, tratou de invocar alguns milagres para recuperar sua saúde.

    Apesar de ter deixado o livro e estar inconsciente, o alquimista ainda experimentava lembranças vívidas como consequência do tomo. Ele via o Oraxus em sua frente o ameaçando, dizendo "Deixe-me a mim e a minha Anabel. Pare de olhar para a minha mente!"

    Landalfo atacou com toda a sua força, lançando mão de seus mais poderosos feitiços. Apesar de sentir os ataques, Oraxus não parou e, com a Adaga da Essência em sua mão, avançava sobre o alquimista dizendo que absorveria sua alma. Mas, antes que o inimigo conseguisse alcançá-lo, Landalfo despertou graças a um milagre que Pedodes estava invocando sobre ele.

    Faria não era uma opção para ser o próximo alvo da imersão, pois a página com sua história havia sido arrancada. Assim, concluindo que o próximo alvo da pesquisa deveria ser Ledâm, Landalfo sentou-se novamente à frente do tomo e começou a se concentrar no necroarcano.

    A primeira cena que Landalfo presenciou ao encarnar na mente do seu alvo foi o assassinato de Anabel com a Adaga da Essência. O alquimista pode sentir a fúria de Ledâm e ver a arma do crime cair depois de absorver os corpos de sua amada e de seu mentor.

    Ledâm buscou por décadas por uma forma de trazer Anabel de volta, até que concluiu que precisaria seguir os passos de Oraxus se quisesse entender o feitiço que ele fez e, assim, desfazê-lo.

    Porém, o conhecimento que Ledâm acumulou para se tornar um necroarcano o modificaram desde o cerne e confundiu sua mente. Em algum momento nessa história, Ledâm largou o punhal usado no assassinato de sua amada na própria cena do crime.

    Desta vez, Landalfo conseguiu retornar são da imersão na mente de Ledâm, possivelmente porque não explorou as memórias até o seu limite, como fizera com Oraxus.

    Lanâncoras foi quem tentou uma nova imersão, mas desta vez visando Kiara. O elementalista presenciou Ledâm no quarto de Anabel lamentando-se pela morte dela; presencioou o choque que Kiara sentiu ao perder a irmã; e também toda a história que ocorreu até a criação da magia de ilusão que foi capaz de gerar a acompanhante de Kiara com a exata aparência do corpo de Anabel; ele sentiu, e compartilhou em seu âmago, a ira que a ilusionista acumulava pelos deuses, especialmente por Palier, por eles não permitirem que ela trouxesse sua irmã de volta; e como ela conheceu Fariel, o elfo que lhe sugeriu uma forma de fazer Palier cair através da invocação de Morrigalti para Tagmar.

    Por fim, descobriram que Kiara estava em Treva no presente, com pretensões de ir até Âmiem. Ela confiava em Fariel para abrir os portais e convocar Morrigalti já em seus próximos passos.

    Diferente de Landalfo, Lanâncoras não foi tão bem sucedido em sua emersão. Ao retornar, uma parte da essência de Kiara estava contaminando sua alma. O elementalista trouxe consigo uma parte da ira que a ilusionista carregava pelos deuses. Esses sentimentos eram agora parte dele, pois os acontecimentos trágicos faziam parte de sua vida tanto quanto faziam da vida de Kiara.

    O grupo percebeu esta alteração, mas nenhum argumento pode convencê-lo a mudar.

    Ao deixarem a Academia dos Versos Etéreos os aventureiros seguiram de volta à Galhaçal e, pelo rio, foram para o Bosque de Monda. Cóquem levou consigo da biblioteca o conhecimento de um encantamento ancestral que poderia ser útil no futuro.

    Os aventureiros chamaram por Monda ao chegarem em seu Bosque. Uma entidade surgiu da vegetação, alegando que ela era, na verdade, o todo que ali se encontrava. Ela era uma titã segunda, cria de Maira e de Maná, aprisionada naquele mundo por Palier.

    O grupo revelou para a titã segunda que desejavam derrubar Fariel, e souberam que ela também era um inimiga daquele mago, pois ele havia levado algo dos domínios dela.

    Monda informou que o Oraxus que os aventureiros encontraram era um eco maligno, assim como muitos outros que viram pelo caminho, aprisionados em momentos desgraçados de suas vidas. Porém, a essência maligna destes muitos ecos presenciados são uma consequência da contaminação pelo eco do necroarcano.

    Sobre a missão de Fariel, ouviram que ele deseja abrir uma série de portais que, reunidos, formariam uma passagem grande o suficiente para permitir a travessia de Morrigalti para Tagmar. 

    Também souberam que abrir os portais exige uma quantidade gigantesca de energia mágica e que, para impedi-la, além de, obviamente, impedir quem está cumprindo as tarefas, seria preciso dispender uma quantidade igualmente grande de energia a fim de selar os portais abertos. Para isso, seria necessário um objeto capaz de armazenar todo este poder, e o Cetro Dourado é um artefato capaz disso, desde que completamente carregado.


    A explicação de Monda sobre como carregar o Cetro Dourado foi clara. Os aventureiros precisariam retornar até Âmiem e subir a Ponte de Palier até alcançarem o reino divino, pois apenas o mago supremo seria capaz de fazer o cetro energizado novamente.

    Por fim, o grupo pediu ajuda com Lanâncoras, pois o elementalista queria ver a morte de Palier. A titã segunda disse que poderia isolar a parte contaminada da alma do mago, mas isso traria sequelas. Ela executou seu milagre e Lanâncoras voltou a ser quase o que fora, pois uma parte de sua essência foi perdida juntamente com a parte contaminada pela essência de Kiara.

    Ao ser questionada sobre como eles poderiam sair de Dartel, Monda ensinou para Landalfo e para Lanâncoras uma magia ancestral poderosa, Passos no Éter, que lhes permitiria criar uma passagem de volta para Tagmar.

Dartel, O Bosque de Monda, Calcato, dia 18 do mês da Paixão do ano de 1501.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

(VP) Sessão 102

A construção misteriosa

• O grupo se recompôs depois da entrada tensa na construção subterrânea. Eles analisaram a sala onde se encontravam para reconhecer perfeitamente o mecanismo que isolava o ambiente para que ele se enchesse ou se esvaziasse de água. Então prosseguiram.

• O corredor que levaria o grupo até o ambiente seguinte era isolado por uma outra porta bem fechada. Tolman a investigou com cautela e usou suas luvas para abri-la. Essa atitude impediu que um espinho envenenado o atingisse diretamente, e também alertou o grupo para os perigos do lugar.

• O salão que se mostrou em seguida possuía seis colunas dispostos simetricamente. O grupo andava com cautela pelos cantos, evitando posicionar-se entre elas, mas Tolman acreditava que era o chão o motivo das maiores preocupações. Ao saltar sobre o piso irregular, o feiticeiro quase foi dragado para uma espécie de buraco interplanar que surgiu ligando as duas colunas as quais ignorou ao passar no meio. Para sua sorte, o raio da aniquilação não o atingiu nem o dragou para o vão eterno.

• A cautela estava estampada nos olhos dos aventureiros, que mediam cada passo. O próximo ambiente foi alcançado após destravarem mais uma porta. Ele era pequeno, nada maior do que 5 x 5 metros, mas também tinha dispostas simetricamente quatro colunas, embora possuísse o centro limpo de qualquer estrutura ou objeto. Enquanto Tolman abria a porta para o leste, inicialmente ignorando a que rumava para o norte, Drake se posicionou no centro do ambiente. Tao e Duque perceberam que uma magia de teletransporte fora ativada. O draconato conseguiu resistir a um transporte imediato e saltou fora daquele local.

• A sala ao leste era idêntica a sala ao oeste, àquela em que Tolman quase fora obliterado por um raio de aniquilação. No entanto ela revelou criaturas inimigas. Aberrações criadas do puro vazio atacaram o grupo com seus tentáculos de vácuo e escuridão. A batalha que se sucedeu foi rápida e perigosa, mas os aventureiros conseguiram superá-la sem baixas. Ao fim, apenas um pequeno fragmento do monstro feito de matéria (ou energia?) desconhecida restara. Tolman pegou com cautela e o guardou dentro de sua bolsa dimensional, o que se revelou uma péssima ideia. A bolsa explodiu em um buraco espacial sugando aquilo que estava ao seu redor. Para a felicidade do feiticeiro, ele foi rápido o suficiente para atirar seu acessório para longe antes de terminar em outro mundo e aos pedaços.

• Retornando e rumando para a sala ao norte a partir do pequeno ambiente em que Drake quase fora transportado, o grupo chegou em uma grande sala com ligação em uma escada e com uma porta mais ao norte. Uma investigação minuciosa também revelou um alçapão no canto da sala. Ao abrí-lo, perceberam que o interior era escuro e impossível de ver. Outra magia também estava armada no centro do ambiente. No entanto, sua ativação parecia muito lenta e Duque teve tempo de sair de cima dela antes de precisar resistir a qualquer efeito. No entanto, isso também significou que eles não descobriram o que o encantamento fazia. Resolveram deixar assim como estava e foram abrir a porta ao norte.

• A pequena sala guardava um pequeno altar. Havia uma caixa sobre ele que os aventureiros abriram e observaram outra fenda dimensional. Embora se parecesse com suas sacolas, esta parecia incapaz de devolver os objetos ali depositados. Sem muita investigação, já que Tolman estava convencido de que aquele não era o altar a que Vush se referira, o grupo deixou o local e desceu a escada para um novo andar, na expectativa de estar mais perto de destruir, ou pelo menos banir, a entidade que estava embaralhando os mundos.

Sul de Aguasprofundas, dia 13 de Alturiak do ano de 1490.

domingo, 13 de novembro de 2022

(VP) Sessão 101

Mergulhando na baía

• Tao fora abordado por uma estranha criatura do plano da terra. Agressiva, o atacou com ferocidade. No entanto, ela não se mostrava páreo para o guerreiro munido de sua alabarda, embora ele não desejasse perder muito tempo com o confronto.

• O inimigo já estava quase derrotado quando outro surgiu a algumas dezenas de metros. Sem pestanejar, Tao Hen correu e a ultrapassou antes que ela tomasse ciência da situação.

• Ao chegar no Descanso da Wyvern, Tao anunciou a todos sobre as invasões que estavam acontecendo, provocando um alvoroço. Dois aventureiros, em meio a todas as outras pessoas, se propuseram a ajudar e partiram para as ruas de Aguasprofundas para combater os inimigos.

• Depois de reencontrar-se com Drake e Duque e ouvir deles o que conseguiram da maga amiga do Grandão, o trio foi ao encontro de Tolman. Este, por sua vez, rumou para as docas onde se encontraria com Vush.

• Vush contentou-se com a informação de Tolman sobre o local que a entidade pedira a ele para plantar o ramo apodrecido. Ela afirmou que precisaria concluir alguns cálculos antes de ter a mistura adequada para que Tolman pudesse usar naquele local específico e banir o ser permanentemente, e então partiu.

• Vush reencontrou-se com o grupo a noite e entregou-lhes a mistura prometida, além de outros materiais. "─ Você precisa espalhar a poção em um altar, cravar a adaga no ponto mais fundo e ler o ritual do pergaminho" disse ela, explicando para Tolman quais o passos ele precisaria cumprir a fim de banir a entidade.

• Já começando os preparativos para sua aventura derradeira, o grupo se dirigiu até a Torre Blackstaff onde buscaram pelos melhores equipamentos.

• O ponto registrado no mapa situva-se na baía de Aguasprofundas. Cogitaram tomar uma canoa emprestada e ir navegando, mas resolveram voar até o ponto mais próximo possível em vez disso. O objetivo deles estava muito abaixo da superfície, e então Drake fora transformado em um enorme tubarão que serviu como guia puxando o restante dos aventureiros para o fundo da baía. Todos os outros conseguiam respirar as salgadas águas de Aguasprofundas graças ao provisionamento que fizeram na Torre Blackstaff. A descida, no entanto, não foi a salvo de perigos. A mente de tubarão em Drake quase o fez atacar Tao Hen, que ainda mantinha alguns ferimentos da luta contra o monstro do plano da terra. Mas o draconato resistiu às tentações.

• No local mais profundo da baía de Aguasprofundas respousava uma construção estranha. Ela se abriu para a passagem do grupo e Drake acabou envenenado por um mecanismo de defesa. Depois que entraram a porta traseira se fechou e a água foi drenada por magia. Tolman, então, fez o clérigo retornar à sua forma de draconato. A exploração dos túneis subterrâneos estava prestes a começar.

Sul de Aguasprofundas, dias 12 e 13 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

(SG) Sessão 135

Oraxus

    O grupo estava frente a frente com Anabel, a irmã de Kiara, quando uma criatura surgiu repentinamente e atacou o grupo. Ela ameaçou os aventureiros, ordenando que eles não perturbassem a elfa, mas isso não evitou o confronto.

    A batalha não demorou. Apesar disso, foi intensa. James e uma das armaduras animadas de Landalfo foram destruídos durante o combate, mas os aventureiros conseguiram terminar sem marcas no próprio corpo.

    Anabel pareceu mais lúcida depois que o monstro foi destruído. Ela lembrava-se de seus últimos momentos em Tagmar, que Oraxus foi a pessoa que fizera isso com ela, e que sua alma estava amaldiçoada. Ela explicou um pouco de sua história, embora não soubesse como quebrar o ciclo a qual estava mantida.

    Os aventureiros deram o assunto como resolvido, por ora, e decidiram pernoitar longe da casa de Anabel para evitar qualquer surpresa desagradável. Na manhã seguinte, eles foram até o vilarejo rural de Galhaçal, onde passaram dois dias para recuperarem as energias. 

    Durante o tempo no vilarejo, Torin consertou Jeff, a armadura animada por Landalfo que foi danificada durante a última batalha, e também construiu a lâmina e a alma do cabo de uma espada com o metal das névoas, o metal único encontrado apenas naquele lugar. O cabo carecia de material adequado e ficou para depois. Já Landalfo refez a armadura de James, que fora destruído na última batalha.

    Pedodes visitou o cemitério do vilarejo, Lanâncoras preparou alguns rituais, Cóquem preparou um pergaminho.

    O próximo destino foi a Academia dos Versos Etéreos. Lá eles encontraram-se com Finias, o curador do local, em uma corrida apressada para encontrar um estudante que fora para o lago. O local, segundo o gnomo, era perigoso, pois podia transportar pessoas para destinos misteriosos.

    Enquanto ele fazia a busca, os aventureiros foram convidados a entrar e conhecer alguns dos estudantes. Quando Finias retornou, revelou que o estudante havia desaparecido.

    A conversa com o gnomo revelou a existência da Biblioteca Etérea, um local protegido que poucos poderiam visitar, pois estava conectado ao reino de Palier. Mesmo assim, Landalfo conseguiu convencer Finias a deixá-lo conhecer o lugar.

    A Biblioteca Etérea se mostrou um lugar decepcionantemente pequeno. O ambiente quadrado não tinha mais do que 4 metros de lado, com uma estante de livros em cada parede e uma mesa redonda no meio. Com concentração, Landalfo conseguiu encontrar um tomo enorme, quase do tamanho da mesa redonda no centro do lugar.

    Landalfo mentalizou Oraxus enquanto abria o tomo, conforme Finias havia orientado. Com isso, ele começou a ler sobre a história de vida do vilão. Cada passagem da vida dele estava descrita nas linhas invisíveis para todos, exceto para Landalfo, que concentrava-se no Tomo. O mago lia, mas sua mente interpretava os fatos como se ele estivesse com a carne e os ossos do personagem do tomo.

    As linhas revelavam que Oraxus conhecera Anabel antes dos Bankdis se imporem sobre o continente, e que eles logo se tornaram muito amigos. Apesar da amizade mútua, Oraxus nutria um amor não correspondido com Anabel.

    A elfa apresentou sua irmã Kiara e Ledâm para Oraxus e pediu que ele ensinasse aos dois. O foco do arcano eram magias ancestrais e conhecimento antigo, e foi isso que ele transmitiu aos seus novos pupilos.

    O caminho de Oraxus drenava sua sanidade, e o amor que ele tinha por Anabel tornava-se cada vez mais uma fixação em sua mente. Com o tempo, já enlouquecido, resolveu confeccionar uma prisão com suas artes antigas, com a qual pretendia se aprisionar com sua amada. Para isso, ele preparou a Adaga da Essência, um objeto mágico que serviria como foco para o ritual.

    No entanto, no dia em que preparou-se para lançar seu encantamento, encontrou Anabel com Ledâm, de quem ela era, ou seria, esposa. O necromante resistiu e o confronto acabou vitimando a amada de Oraxus, que foi morta por ele com a adaga preparada. O vilão se matou em seguida com a mesma arma. Porém, o poder da magia não foi perdido. Como a arma foi utilizada para tirar as vidas, ela também aprisionou ambas as almas.

    Enquanto Landalfo viva estas descrições na pele de Oraxus, ele lia em voz alta todas as passagens para seus companheiros. Porém, quando a morte de Oraxus foi narrada, o alquimista caiu sangrando sobre o tomo.

Dia 11, Calcato, a dia 15, Sivonte, do mês da Paixão do ano de 1501.

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

(SG) Sessão 134

Origens

    O grupo ainda se recuperava da surpresa de ter encontrado a acompanhante de Kiara em Dartel. No entanto a elfa pareceu não reconhecer nenhum deles ao vê-los se aproximar da casa que cuidava.

    A jovem com o rosto familiar, que logo se apresentou como Anabel, chamou por um nome ainda mais emblemático: Ledâm. Um mago humano saiu da residência e se apresentou aos aventureiros. Bem diferente do necroarcano que o grupo enfrentara, este não parecia corrompido pelas forças infernais.

    A conversa não durou muito tempo. As duas pessoas que interagiam com o grupo desapareceram em uma sombra sobrenatural e deram lugar a feras hostis. O grupo não teve alternativa senão lutar. A batalha foi dura e, não fosse Lia, Pedodes teria apressado seu encontro com Cruine.

    Depois do confronto os aventureiros foram investiga a casa. Aparentemente bem conservada, o grupo percebeu apenas alguns sinais de abandono, como teias de aranhas tecidas pelos cantos.

    A residência emanava uma aura mágica poderosa. Tanto que os aventureiros eram absorvidos em visões do passado ao encostar em alguns objetos ou chegar perto de alguns locais. As cenas  revividas retratavam Kiara, Ledâm ou Anabel.

    Cóquem teve uma visão de Anabel tocando piano ao tentar reproduzir uma partitura que ele encontrou sobre o instrumento abandonado. Nesta visão, Anabel reproduzia a mesma música que ele. Durante a cena, a elfa encontrou-se com Kiara e a chamou de irmã. As duas sentaram-se juntas e tocaram o instrumento em dueto.

    Pedodes viu Ledâm na sala de estudo. O necromante escrevia uma carta em élfico arcaico que mencionava Kiara. O sacerdote se fez competente para compreender o conteúdo através de um milagre de linguagens. No entanto não houve muito tempo. Antes do necromante colocá-la em um envelope, o vingador leu um agradecimento para Anabel e Kiara por elas terem apresentado Oraxus a ele.

    Landalfo teve uma visão de Kiara na banheira. No entanto, esta visão foi vívida, pois a elfa interagiu com o alquimista como se ela ali estivesse no tempo presente.

    Depois de muitas informações coletadas, inclusive obtidas de algumas outras visões, o grupo concluiu que Anabel e Ledâm tiveram algum tipo de relação amorosoa há séculos atrás, antes deles terem sucumbido ao mal que provocam atualmente. 

    O ponto de convergência da história dos três parecia ser um mago poderoso chamado Oraxus, mencionada em um diário de Anabel encontrado pelos aventureiros. A elfa teria sido a responsável por reuni-lo com sua irmã Kiara. Esta, por sua vez, apresentou seu amigo Ledâm à Anabel.

    Kiara e Ledâm tornaram-se aprendizes de Oraxus, o que agradou Anabel devido ao respeito que ela possuía pelo mago.

    Outra visão mostrava um tempo diferente, posterior a paz que eles pareciam viver quando foram apresentados a Oraxus. Nela, Ledâm estava revoltado com o destino que tomara sua amada. Obtida à partir de um punhal, esta visão mostrou o corpo de Anabel sendo perfurado pelo objeto. 

    Pedodes viu Kiara escrevendo um pergaminho blasfemando contra os deuses, especialmente contra Palier, a quem ela prometera tirar de seu lugar. A elfa buscava acordos com vários dos príncipes infernais, os quais Mocna, Ricutatis e Morrigalti foram identificados durante a cena revivida. Este, segundo a ilusionista, foi o escolhido por ser o único capaz de fazer cumprir seu desejo. Kiara traçou seu destino para Âmiem e a visão se encerrou.

    Landalfo já era capaz de concluir que quase tudo naquela casa era formado por ilusões, com alguns elementos necromânticos. Mas eles conseguiram deduzir que a residência era uma representação de uma equivalente em Tagmar. Analisando os indícios, concluíram que ela estava em algum lugar da Floresta de Finlaril, ao sul dos Montes Crássios.

    Os aventureiros encontram-se com a visão de Anabel mais uma vez do lado de fora da residência. A elfa cantarolava quando o grupo se aproximou e iniciou uma conversa amistosa, dizendo que poderia ajudá-la. Assustada, ela disse que era impossível pois já estava feito, antes de sumir em uma sombra.

    Dentre outros objetos, Landalfo encontrou uma espada curta cega, com uma bainha repleta de mantras. Eles não determinaram a origem do objeto, e ainda precisavam decidir o próximo passo.

Calcato, dia 11 do mês da Paixão do ano de 1501.




quarta-feira, 26 de outubro de 2022

(VP) Sessão 100

Conversas importantes

• Lex Drake levou a aliada do grandão para uma cadeira e a prendeu pelas mãos antes de despertá-la. O interrogatório oferecia à dupla da Fairgrass a chance de descobrir o paradeiro de Carniça. Mas o dracontato acabou por iniciar o trabalho sozinho, já que Duque precisou lidar com os guardas que se aproximaram para verificar o que estava acontecendo naquela residência em que os moradores tinham fugido depois da queda do telhado.

Ilhamel, a maga

• Ilhamel, a refém, resistia as tentativas de Lex Drake de conseguir informações. Ela usou sua magia para sumir dali, deixando o draconato a olhar para uma cadeira vazia. Duque lidou com o guarda e retornou para ver que o aliado havia deixado a maga fugir. Indignado, alçou voo com sua capa mágica através do teto destruído e observou. Percebeu seis pássaros esvoaçando em resposta ao seu movimento e contou com a bênção de Tymora ao disparar um de seus dardos em um deles, escolhido ao acaso. Atingida, Ilhamel caiu no chão de volta em sua forma humana e foi nocauteada por um soco direto de Duque.

• O bárbaro convocou pardal, seu grifo, para levar a ele e sua refém para um local seguro e longe dos guardas que se aproximavam. Drake ainda foi resgatado do solo com as garras da criatura controlada por Duque, embora uma tentativa de acrobacia para colocá-lo no lombo quase tenha largado o clérigo pelos cem metros de altura que lhe separavam do solo.

• A dupla se dirigiu para a Taverna Descanso da Wyvern. Na cocheira, Duque torturou Ilhamel e tentou fazê-la dizer algo útil sobre Carniça. Ela resistiu e disse que vendera o Machado dos Lordes Anões para o bandido por mais do que o grandão havia fechado acordo. Vendo que não obteria mais nada de seu interesse, Duque a decapitou e aumentou o volume de sua sacola de cabeças. Porém, viu o corpo da maga se desintegrar em poucos segundos. Percebeu também que a cabeça dela sumira da sacola.

Iluz, o Harpista

• Tao e Tolman estavam na Taverna Bocejante. O feiticeiro aguardava um contato dos harpistas que viera a ocorrer apenas na manhã do dia 12 de Alturiak. Iluz, o bardo que se apresentou, passou algumas informações sobre a história de Vush. Segundo ele, a Etérea é famosa por seu conhecimento e em mais de uma oportunidade já auxiliou viajantes. No entanto, ela sempre atua em benefício próprio, o que não permitia ao harpista afirmar que confiar nela seria uma escolha prudente.

• Tolmam Heron ainda não estava seguro em confiar a Vush a localização que a entidade lhe dera, mas confortava-se dizendo a si mesmo e para Iluz que faria isso sob a responsabilidade dos harpistas.

• Um novo tremor ocorreu em Aguasprofundas depois que o harpista partiu. Tolman disse para Tao ir conversar com Drake, que tentava chamá-lo por Mensagens. Tolman, enquanto isso, iria ao distrito do porto, precisamente na esquina das ruas da Rede e do Porto, a fim de consolidar um acordo com Vush.

• Tao contornou o mercado e seguiu seu rumo em direção aos seus companheiros na Taverna Descanso da Wyvern. Porém, ainda no meio do caminho, viu os efeitos da aproximação do plano elemental da terra: uma criatura surgiu do chão e se pôs disposta a combater. Seu caminho não seria percorrido sem a superação de obstáculos.

Sul de Aguasprofundas, dias 11 e 12 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

(SG) Sessão 133

O grupo estava prestes a dar início a um combate no Protetorado do Bosque. As hordas inimigas avançaram, e o grupo focou sua investida contra Gorgoroth, o líder. A batalha não durou, pois em pouco tempo uma vitória incontestável e avassaladora dos aliados deu fim a ela. O corpo do inimigo desapareceu após a luta.


Gorgoroth parecia focar seus ataques contra uma árvore. com uma aura estranha, cercada de vegetação de forma mística. Flíminal foi até ela e, com um toque seu, regenerou o vegetal.

O grupo questionou a mulher sobre tudo o que acontecia ali, inclusive sobre o desaparecimento dos corpos inimigos. A resposta foi que as hordas eram de criaturas amaldiçoadas que atacavam, perdiam e sumiam. Mas sempre retornavam. Ela também disse que possuía uma ligação com a árvore.

Torin e Kaiser perceberam que as baixas do lado aliado também haviam ressurgido, mas Flíminal não soube dizer do porquê isso estar acontecendo. O grupo deixou o Protetorado do Bosque rapidamente, com a certeza de que os dois lados daquela guerra estavam amaldiçoados.

Os aventureiros chegaram ao vilarejo dos elfos no dia seguinte. Eles presenciaram uma peça teatral de comédia que acabou envolvendo Cóquem. Eles conversaram com um dos artistas e descobriram que havia ali uma elfa que outrora vivera em Tagmar. Esta elfa contou que o vilarejo era entediante, mas que era o lar de um ex-mago que interessou o grupo.

O ex-mago disse ser um elementalista de outro reino, mas que que se aposentou de sua função e mudou-se para onde está porque é onde a magia elemental é caótica. Essa reação, segundo ele, era devido a uma proximidade do Bosque com os reinos elementais da água, do ar, da terra e Maná. O mago deu alguns tomos para ele, que retribuiu com um pequeno colar.

O grupo viajou para O Morto que Não Sabe no dia seguinte, depois de uma pernoite no monótono vilarejo. Eles ouviram que o morto do local a que se destinavam era, na verdade, uma mulher amaldiçoada.

O destino dos aventureiros se mostrou um local decrépito, uma mansão em decadência. Em um canto, o grupo viu uma elfa lavando suas roupas. Quando ela virou-se para os aventureiros, revelou um rosto conhecido, o rosto da acompanhante de Kiara.



quarta-feira, 19 de outubro de 2022

(VP) Sessão 99

A vingança de Duke

• Tolman e Tao estava na Taverna Bocejante conversando com Vush, a Etérea. A mulher parecia bastante irritada com a negação de Tolmam em lhe dar as informações que ela precisava, mas o feiticeiro a ignorou e encerrou a conversa, marcando um novo encontro para o dia seguinte, data em que ele esperava já ter conversado com os Harpistas.

• Com Rafolk, os dois conversaram sobre as descobertas que ele estava realizando. O mago havia encontrado cinco pontos de convergência de outros planos com Aguasprofundas, um deles um único nó com várias convergências. Rafolk também havia descoberto que Neverwinter era outro dos locais que apresentavam convergência ─ por coincidência ou não, outro local em que a Fairgrass havia agido.

• Duke e Drake haviam dirigido-se para o mercado, onde uma batalha acontecia. Ao sobrevoarem a área perceberam que um grupo grande de gnomos das sombras atacavam o grandão que havia tomado o machado de Duke. O bárbaro não pestanejou e saltou sobre o grandalhão, ignorando os gnomos svirfneblin ao seu redor. Drake não desceu de grifa e ficou sobrevoando a área, aguardando para ver como a situação iria se desenrolar.

• A luta entre Duke e o grandão era muito violenta. Os gnomos não tinham nenhuma chance contra um ou contra outro. A aliada do grandão, uma maga, estava ao redor e tentava ajudá-lo com magias, o que acabou por elimitar quase todos os gnomos do local. Drake continuava voando até que decidiu que ajudaria Duke tentando lidar com a maga.

• A fúria de Duke o mantinha firme no combate, mesmo após sofrer os mais poderosos ataques do grandão. A luta entre os dois acabou sendo levada para o alto de uma casa depois que o grandão procurou um tempo para se recuperar. Enquanto isso, a maga conseguiu controlar a Grifa mentalmente e mandou Drake para longe do campo de batalha.

• Os pesados ataques tanto de Duque quanto do grandão acabaram destruindo o telhado em que ambos estavam se apoiando e eles caíram no chão abaixo, na presença do plebeu e seus filhos. Esgotado, o grandão pegou Duke pelo pescoço para estrangulá-lo. O bárbaro, que só era mantido vivo por sua fúria incessante, foi capaz de reagir agressivamente batendo no grandão com o cabo de seu machado. O ferimento foi profundo e abriu a testa do adversário, jogando-o inconsciente ao chão. Imediatamente Duke arrancou a cabeça do inimigo, matando-o de forma inclemente.

• Drake quebrou o encantamento sobre sua montaria e se aproximou da maga para tentar afetá-la com suas magias. Tendo dificuldades para ferir o draconato, ela teletransportou-se para as costas dele, também montando no grifo, e tentou atingí-lo com um punhal. A armadura do draconato deteu o golpe e ele contragolpeou com sua baforada fria. Mas o balanço do voo o fez realizar o movimento sem controle algum e ele também atingiu sua montaria. Grifa bradou de dor e derrubou seus dois cavaleiros, que caíram quebrando o telhado e desceram direto até o solo. A maga levou a pior, ficando inconsciente com o tombo. Drake, sabendo que ela poderia ter informações preciosas, a prendeu viva para um futuro interrogatório.

Sul de Aguasprofundas, dia 11 de Alturiak do ano de 1490.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

(VP) Sessão 98

Um cavaleiro na praia

• O grupo havia tomado a iniciativa de atacar o cavaleiro antes que ele sequer os tenha visto. Isso lhes deu uma pequena vantagem inicial, embora logo o inimigo tenha mostrado que era perigoso.

• O cavaleiro invocou seis criaturas mortas-vivas assim que percebeu sua desvantagem numérica. Muitas cercaram Duque, que passava a sofrer ataques cosntantes. Tolman visava diretamente o cavaleiro sombrio, enquanto os outros atacavam seus lacaios.

• Lex Drake foi quem menos participou ativamente do combate. O draconato voou em Grifa, o nome que deu à sua criatura, até chegar ao cadáver do humano que havia sido atacado pelo cavaleiro sombrio. Ali percebeu que o humano não tinha chances de ter sua vida resgatada, exceto com magia muito poderosa. Assim, ele voou novamente para o alto do penhasco para deixar o corpo nas proximidades do acampamento.

• A vitória contra o cavaleiro sombrio e seus lacaios não foi um objetivo fácil de ser alcançado para apenas três combatentes. Tao esteve perto de perder a consciência durante a luta e Tolman quase morreu ao desferir seu golpe final contra o cavaleiro. Embora sua magia tenha destruído de fato seu inimigo, um contra-golpe mágico foi ativado imediatamente, ferindo Tolman a ponto de quase tirar sua vida.

• Lex Drake usou seus milagres de Tiamat para recuperar as energias dos companheiros depois que a batalha terminou. Tolman, assim que se recompôs, foi atrás da mulher que estava sendo atacada pelo cavaleiro. Ela estava muito assustada, mas foi capaz de esclarecer algumas dúvidas. Ela disse que a criatura surgiu do mar, de repente, como se saído de um portal. Proferiu em comum algumas palavras estranhas sobre dominar o mundo, mas em seguida passou a falar em outro idioma.

• O feiticeiro levou o corpo do marido da sobrevivente para o vilarejo onde ela residia. Depois disso, o grupo seguiu seu rumo para Aguasprofundas.

• A chegada na grande cidade ocorreu a noite. Ainda mais do que o normal, a cidade estava agitada. Uma batalha se desenrolava no mercado, e Drake e Duck resolveram ir até lá. Já Tolman e Tao acharam melhor irem até a Estalagem Bocejante. Algo dizia para Tolman que estas criaturas tinham algo a ver com os portais que eles tem visto frequentemente.

• Na taverna, uma pessoa conhecida: Vush, a Etérea. A mulher disse ao feiticeiro que o tempo estava se esgotando. Ela estava em Aguasprofundas para procurar o local certo para seus encantamentos, mas ainda não havia encontrado. Tolman afirmou que ainda não confiava nela. Indignada, Vush alertou: "Tolman, você está brincando com a morte de todos" ao que o feiticeiro respondeu "Pode ser".

Sul de Aguasprofundas, dias 09 a 11 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

(SG) Sessão 132

O Caminho Pelo Bosque de Monda

O Bosque de Monda

    Os duendes do vilarejo estavam indignados pelo grupo ter destruído o trapiche em sua chegada pelo Rio Cortante. Porém, depois de uma conversa em que Cóquem usou seu encanto, a dupla acabou concordando que o grupo o reconstruísse com magia, desde que eles pudessem chamar um arquiteto para avaliar como o novo trapiche estaria.

    Lanâncoras usou sua geomanipulação e fez um serviço magnífico. Landalfo o aprimorou ainda mais transformando uma parte do trapiche em peças para absorção do impacto dos barcos. O arquiteto nada mais teve a dizer além de elogios, para a indignação de um dos dois duendes, que parecia desejar uma compensação melhor.

    O "amigo" que Cóquem havia criado com seu encantamento disse que o grupo deveria buscar o Venerável Hortuchons, mas que ele estaria na peixaria caso fosse requisitado.

    O venerável, um velho duende, abordou vários assuntos: falou que Kétil Monda é uma entidade muito poderosa; que muitos orcos habitam os túneis esquecidos e que eles atravessam toda a Montanha do Bloqueio; mencionou Gugliard, um gigante do fogo lendário que supostamente habitava os túneis e lá deixou tesouros incalculáveis; que os exilados são os maiores conhecedores dos túneis; e que o Protetorado do Bosque é um local perigoso, com pessoas perigosas.

    O grupo achou mais prudente percorrer o caminho pelo sul, através do Protetorado do Bosque, do que buscar entre os exilados um mapa que os guiasse através dos túneis sob as Montanhas do Bloqueio. 

    Os aventureiros pernoitaram em uma pequena estalagem na Vilarejo dos Duendes. O grupo não foi cobrado pela estadia, mas Cóquem insistiu que a proprietária, Dona Florinda, pedisse o que quisesse em troca. A duende pensou no assunto durante a noite e, pela manhã, pediu que o grupo recuperasse o testamento do irmão dela, que se encontrava nas montanhas por perto.

    O grupo subiu a montanha e viu alguns dragonetes cercando a cabana onde estaria o objeto requerido. Eles se esgueiraram evitando as criaturas e obtiveram, além do testamento, alguns objetos e um tomo. Landalfo ficou com o tomo e alguns itens, devolvendo o testamento e alguns outros bens pessoais recuperados para a moça.

    Antes de partirem, Cóquem deu um presente para Hortuchons. Em troca, o duende devolveu um disco gravado com o símbolo de Maná, uma titã primordial. Não era um objeto mágico, mas era de boa construção.

Flíminals

    Dentre os objetos de destaque recuperados da cabana, Landalfo identificou um anel de levitação e o tomo com a descrição de uma magia desconhecida e ilegível, Passos no Éter.

    O grupo foi impedido de atravessar o acampamento de Protetorado do Bosque. Para convencer aqueles que os impediam, os aventureiros tentaram comprar a travessia com objetos mágicos. Eles foram levados até a líder, Fliminals, que explicou para o grupo a situação do protetorado.

    O Protetorado do Bosque foi criado para evitar a invasão dos Fantasmas das Sombras, que habitavam a Floresta Preta, ao norte. Eles criaram a barreira para impedir a passagem dos inimigos. Eles aceitariam os objetos mágicos do grupo, que seria útil na batalha que eles travavam.

    Um ataque ocorreu contra a barreira antes que concluíssem a conversa. Uma horda de criaturas avançou sobre os guerreiros do protetorado e sobre os aventureiros.

Bosque de Monda, Dartel, dia 11 do mês da Paixão do ano de 1501.



quarta-feira, 5 de outubro de 2022

(VP) Sessão 97

Um estranho na praia

• Depois de negociarem os grifos, o grupo partiu em viagem para o norte em busca de Aguasprofundas. O primeiro dia de viagem não teve nenhum percalço. No entanto, eles notaram algum diferente na segunda pernoite. Pousados em uma falésia próximas da cripta do Warlord, o grupo viu um cavaleiro misterioso matar um homem e ameaçar uma mulher humana na beira da praia.

• Tolman usou sua magia de inversão da gravidade para afetar o inimigo e impedí-lo de matar a mulher no último instante. Depois transformou em uma ave para permitir que ela fugisse. Os aventureiros então avançaram sobre o inimigo, que bradou ser uma entidade de outro mundo. A batalha verdadeira ainda não havia começado.

Maricot e sul de Aguasprofundas, dia 09 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

(SG) Sessão 131

O Rio Cortante

• Para tentar remendar o dano que haviam provocado no vilarejo das fadas, o grupo voltou até a passagem pela árvore, mas com um plano. Pedodes lançou uma aura de paz em todos os membros do grupo na expectativa de que isso impedisse os escaravelho de atacá-los. O plano, ao fim, foi um sucesso. Landalfo conseguiu se aproximar do fungo destruído pela aeromanipualação de Lanâncoras, pegá-lo com um cuidado que fora potencializado por uma graça de Cruine convocada por Pedodes, e plantá-lo novamente em seu lugar de origem. Com isso, os aventureiros presenciaram o rebrote da água a partir da raiz do fungo e viram o rio renascer à sua frente e seguir seu leito rumo ao vilarejo.

Ufil, o carpinteiro

• A recepção dos aventureiros foi muito mais aconchegante quando voltaram para o vilarejo das fadas. Sem maiores preocupações, os habitantes orientaram o grupo para procurarem pelo carpinteiro, o duende Ufil. Sem cerimônia, o artesão disse que conseguiria fazer o barco em dois dias. Porém, com a ajuda de Kaiser (e também de Lanâncoras), ele afirmou que conseguiria entregar o serviço já na tarde seguinte.

• Para aguardar, depois de serem orientados por Ufil, o restante do grupo foi até uma biblioteca. Lá, conheceram Ambrilia, a bibliotecária. Ela os autorizou a procurarem por qualquer livro, mas nenhum volume poderia sair dali. Com isso, Lanâncoras, Pedodes e Cóquem se debruçaram a pesquisar, enquanto Torin tomou o tempo para descansar naquele local de silêncio natural.

Ambrilia, a bibliotecária

• A pesquisa rendeu frutos. Procurando sobre uma criatura híbrida semelhante a Elaias, os aventureiros encontraram a história de uma rainha-feiticeira que criou um mestiço entre um ser celestial e um infernal na Cordilheira da Navalha. Segundo esta história, a criatura foi destruída em algum lugar nos arredores de Franges, em Luna.

• As pesquisas individuais de Cóquem e de Landalfo também não foram em vão. Ambos descobriram novas magias, sendo que Landalfo agora poderia respirar sob a água.

• Por fim, Landalfo encontrou informações sobre os portais mágicos para os planos infernais. O alquimista leu que os tais locais de ativação de portais devem ser ativados em uma ordem estabelecida, e que o primeiro fica em Dartel; depois, as Montanhas de Sotopor; a seguir, nas proximidades do Lago Denégrio e, por último, no deserto da Levânia. Também descobriu que estas passsagens são muito mais do que portais comuns, pois juntos eles criam um cruzamento aberto e de duas mãos entre qualquer plano dimensional, com tamanho suficiente para qualquer criatura, ou entidade, atravessar.

• De volta ao estaleiro de Ufil no dia seguinte, o grupo pode ver o trabalho concluído. Apesar do atrito inicial com o duende mandão, Kaiser e ele acabaram fazendo amizade. Os carpinteiros reconheceram o talento um do outro, e se admiraram mutuamente. A viagem sem volta estava pronta para começar. Os aventureiros percorreriam rio abaixo até atravessarem as brumas, e não poderiam voltar até ali pelo mesmo caminho.

• Lanâncoras tomou a frente da pequena embarcação e guiou a viagem. O elementalista usava sua magia para amenizar a viagem pelas águas turbulentas. Torin e Kaiser eram os remadores principais. Mesmo esperando por um desafio difícil, encarar a forte correnteza superou as expectativa. Landalfo chegou a cair na água, mas foi resgatado por Pedodes e Lanâncoras. Mesmo assim, a habilidade do grupo garantiu que as pedras pelo caminho pouco danificassem a embarcação.

• A chegada ao Bosque de Monda também não foi suave. Assim que as brumas desapareceram, o grupo pode ver uma cadeia de montanhas à sua esquerda. Eles navegavam rapidamente pela correnteza violenta até que enxergaram o trapiche de um pequeno vilarejo. Lanâncoras ajudou o grupo a chegar até lá, mas eles se chocaram com força contra a estrutura, danificando-a, embora ninguém tenha se ferido. Alguns habitantes que estavam ali reclamaram com os aventureiros do estrago que provocaram, mas o grupo prometeu consertar assim que possível. Enquanto argumentavam com os duendes, Landalfo viu o mapa da região que eles agora precisariam explorar.

Dartel, dias 9 e 10 do mês da Paixão do ano de 1501.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

(VP) Sessão 96

Negociando com um criador

• Quando Duque retornou para o plano material após seu banimento, percebeu que havia perdido o rastro da capanga de Carniça. Desapontado, voltou para o mercado onde reencontrou-se com Drake. O draconato fez algumas propostas comerciais para o bárbaro: ele oferecia suas sandálias de proteção e uma bag of holding em troca de moedas a fim de recompor um pouco suas finanças, esgotadas depois de ter pago Carniça. O bárbaro achou razoável e pagou o combinado.

• O reencontrou do grupo ocorreu no Lobo do Mar. Lex, que havia chegado primeiro juntamente com Duque, escrevia uma carta na cabine do capitão quando Tolman e Tao surgiram com Autarquinas. O draconato disse que era um presente para seus novos súditos e partiu dali para o convés, onde o altar de Tiamat reunia alguns dos marujos.

• Os súditos de Lex Drake estavam preocupados. Um dos marujos desconfiava deles e não gostava da adoração para Tiamat que eles faziam e os ameaçavam. Eles queriam matá-lo e jogá-lo ao mar, mas precisavam ouvir seu líder Lex Drake antes. O draconato não deu muita conversa para este assunto e logo tratou de falar sobre seu presente para os súditos no Lobo do Mar: A carta que ele escrevera estava encantada e permitiria a eles, se necessário e desde que não fossem mais do que 10 pessoas, andar sobre as águas.

• Tolman, que escutava toda a conversa a uma certa distância, interrompeu o clérigo para anunciar a todos na embarcação que eles eram livres para cultuarem a quem desejassem, sem pressão do draconato ou de qualquer outra pessoa.

• O grupo não desejava retornar para Aguasprofundas através de magia. Desta vez Tolman planejava uma viagem diferente. Ele pensava em conseguir grifos nas redondezas e voltar voando para Aguasprofundas, uma viagem que levaria poucos dias, em contraste às semanas que levaria se fossem a pé.

• A viagem foi destinada para Maricot, uma vila próxima do rio Chondathar que possuía um famoso criador de grifos. O caminho parecia tranquilo até uma noite em que foram atacados por uma criatura estranha, saída de um portal surgido de uma pedra. O monstro atacou o grupo sem aviso e foi contra-atacado com todo o poder que eles possuíam. Embora o combate tenha durato poucos segundos, foi o suficiente para demonstrar o poder da criatura, que por pouco não feriu Tao.

• A chegada no vilarejo de Maricot foi revigorante. O grupo parou na estalagem e comeu um fondue tradicional do local, de queijo de grifo. Depois encontraram-se com Jago, o criador de grifos, que despedia-se de uma guerreira humana em sua cama quando o grupo o interrompeu. O halfling começou a negociação com Lex Drake, mas logo percebeu que era Tolman quem carregava a algibeira. Assim, foi com o feiticeiro que negociou as melhorias criaturas que possuía, aquelas que seriam destinadas para o Forte Morninglord. Foram quatro as criaturas compradas, cada uma para um aventureiro que foi à fazenda ─ apenas Mart havia permanecido no Lobo do Mar. Também aproveitarama oportunidade para abastecerem-se com os melhores equipamentos para as criaturas.

• Jago deu algumas orientações importantes para os aventureiros. Ele os ensinou sobre a alimentação das criaturas e também alertou que os machos deveriam permanecer longe da fêmea, Grifa, a criatura designada para Lex Drake, durante o período de Lua Cheia. Esse é o período que corresponde ao cio da criatura e, se ela pegar cria o pôr ovos, é muito provável que fique agressiva ao ponto de ficar indomável. Além disso, os machos poderão brigar por ela, pondo todo o grupo em perigo.

• Com as dicas recebidas, o grupo partiu em direção a Aguasprofundas em um voo rápido como nunca antes haviam feito.

Baldur's Gate e Aguasprofundas, dias 06 a 09 de Alturiak do ano de 1490.