Origens
O grupo ainda se recuperava da surpresa de ter encontrado a acompanhante de Kiara em Dartel. No entanto a elfa pareceu não reconhecer nenhum deles ao vê-los se aproximar da casa que cuidava.
A jovem com o rosto familiar, que logo se apresentou como Anabel, chamou por um nome ainda mais emblemático: Ledâm. Um mago humano saiu da residência e se apresentou aos aventureiros. Bem diferente do necroarcano que o grupo enfrentara, este não parecia corrompido pelas forças infernais.
A conversa não durou muito tempo. As duas pessoas que interagiam com o grupo desapareceram em uma sombra sobrenatural e deram lugar a feras hostis. O grupo não teve alternativa senão lutar. A batalha foi dura e, não fosse Lia, Pedodes teria apressado seu encontro com Cruine.
Depois do confronto os aventureiros foram investiga a casa. Aparentemente bem conservada, o grupo percebeu apenas alguns sinais de abandono, como teias de aranhas tecidas pelos cantos.
A residência emanava uma aura mágica poderosa. Tanto que os aventureiros eram absorvidos em visões do passado ao encostar em alguns objetos ou chegar perto de alguns locais. As cenas revividas retratavam Kiara, Ledâm ou Anabel.Cóquem teve uma visão de Anabel tocando piano ao tentar reproduzir uma partitura que ele encontrou sobre o instrumento abandonado. Nesta visão, Anabel reproduzia a mesma música que ele. Durante a cena, a elfa encontrou-se com Kiara e a chamou de irmã. As duas sentaram-se juntas e tocaram o instrumento em dueto.
Pedodes viu Ledâm na sala de estudo. O necromante escrevia uma carta em élfico arcaico que mencionava Kiara. O sacerdote se fez competente para compreender o conteúdo através de um milagre de linguagens. No entanto não houve muito tempo. Antes do necromante colocá-la em um envelope, o vingador leu um agradecimento para Anabel e Kiara por elas terem apresentado Oraxus a ele.
Landalfo teve uma visão de Kiara na banheira. No entanto, esta visão foi vívida, pois a elfa interagiu com o alquimista como se ela ali estivesse no tempo presente.
Depois de muitas informações coletadas, inclusive obtidas de algumas outras visões, o grupo concluiu que Anabel e Ledâm tiveram algum tipo de relação amorosoa há séculos atrás, antes deles terem sucumbido ao mal que provocam atualmente.
O ponto de convergência da história dos três parecia ser um mago poderoso chamado Oraxus, mencionada em um diário de Anabel encontrado pelos aventureiros. A elfa teria sido a responsável por reuni-lo com sua irmã Kiara. Esta, por sua vez, apresentou seu amigo Ledâm à Anabel.
Kiara e Ledâm tornaram-se aprendizes de Oraxus, o que agradou Anabel devido ao respeito que ela possuía pelo mago.
Outra visão mostrava um tempo diferente, posterior a paz que eles pareciam viver quando foram apresentados a Oraxus. Nela, Ledâm estava revoltado com o destino que tomara sua amada. Obtida à partir de um punhal, esta visão mostrou o corpo de Anabel sendo perfurado pelo objeto.
Pedodes viu Kiara escrevendo um pergaminho blasfemando contra os deuses, especialmente contra Palier, a quem ela prometera tirar de seu lugar. A elfa buscava acordos com vários dos príncipes infernais, os quais Mocna, Ricutatis e Morrigalti foram identificados durante a cena revivida. Este, segundo a ilusionista, foi o escolhido por ser o único capaz de fazer cumprir seu desejo. Kiara traçou seu destino para Âmiem e a visão se encerrou.
Landalfo já era capaz de concluir que quase tudo naquela casa era formado por ilusões, com alguns elementos necromânticos. Mas eles conseguiram deduzir que a residência era uma representação de uma equivalente em Tagmar. Analisando os indícios, concluíram que ela estava em algum lugar da Floresta de Finlaril, ao sul dos Montes Crássios.
Os aventureiros encontram-se com a visão de Anabel mais uma vez do lado de fora da residência. A elfa cantarolava quando o grupo se aproximou e iniciou uma conversa amistosa, dizendo que poderia ajudá-la. Assustada, ela disse que era impossível pois já estava feito, antes de sumir em uma sombra.
Dentre outros objetos, Landalfo encontrou uma espada curta cega, com uma bainha repleta de mantras. Eles não determinaram a origem do objeto, e ainda precisavam decidir o próximo passo.
Calcato, dia 11 do mês da Paixão do ano de 1501.
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