sexta-feira, 13 de novembro de 2020

(SG) Sessão 50

Por dentro do reino de Marana

• O prisioneiro havia sucumbido à magia de Cóquem, que lhe deixou sugestionado para não tentar fugir ou mentir. Assim, o grupo estabeleceu uma conversa relativamente calma com o soldado verrogari durante várias horas da viagem para Sensera. Todos estavam espremidos na grande carruagem, mas o interesse em obter informações sobre o reino inimigo era grande demais para isso ser um obstáculo.

• O prisioneiro era um soldado comum e jovem. Ele não tinha informações privilegiadas e sabia aquilo fazia parte de seu cotidiano. Logo, ele foi capaz de informar que seu comandante, Vozum, fora convocado para Aberdim porque o general Afren estaria lá nos próximos dias. Além disso, ele soube dizer que os aventureiros já eram conhecidos em Verrogar, pois Kâminus espalhou suas descrições depois que conseguiu fugir. Por último mas não menos importante, o soldado informou que Verrogar formou uma tropa de magos com pelo menos quarenta deles, e que pretendia usá-los para invadir Calinior.

• Os personagens ouviram atentos as informações que o jovem soldado passava. Quando nada mais poderia ser tirado dele, Pedodes fez uma breve oração para sua entrada no reino dos mortos e Torin o matou com uma machadada ali, dentro da carruagem mesmo. O sangue foi limpo em uma parada posterior no caminho para Sensera, e um túmulo honrado foi erguido em memória ao soldado morto.

• A cidade de Sensera era grande e movimentada. O grupo chegou a noite e parou na primeira estalagem que encontrou, antes da primeira ponte. Eles notaram de imediato o grande número de obras que acontecia, especialmente nas torres de vigia ao redor da cidade. Além disso, um templo de Crezir estava sendo erguido próximo ao hotel. Uma grande arena chamava a atenção mesmo a noite, e despertou a curiosidade do anão. Pedodes também ouviu que a cidade tinha execuções quase diariamente na praça do Abutre.

Cidade de Sensera

• Pela manhã ficou decidido que eles passariam da forma mais discreta possível por Sensera. Marana exigia o cadastro dos magos, mas nem Lanâncoras nem Landalfo tinham a intenção de deixarem seus nomes registrados na capital.

• Para surpresa dos aventureiros, eles se depararam com um grande número de elfos amienses na praça central. Landalfo foi capaz de notar um brasão bem próximo ao castelo, no lado interno dos muros da cidadela: Fariel. Com mais uma preocupação em mente, o grupo começou a traçar planos do que fazer com esta informação. Fariel era uma pessoa perigosa e certamente estaria tramando alguma coisa para estar ou ter enviado um representante para Marana. O receio do grupo era de que ele estivesse tentando aliciar o reino sedento por uma guerra para se aliar à Verrogar contra Dantsem.

• Para tentar descobrir mais alguma informação sobre os elfos estacionados no meio da cidade, Torin foi até as proximidades da arena e conversou com o artesão que construía a estátua de Crezir. Com muitas homenagens a deusa, o anão disse que os elfos estavam tomando conta de Sensera. Ele também falou sobre a luta que ocorreria naquele dia, entre Bartonigre e uma fera. Embora a conversa tenha sido agradável, ela não trouxe nenhuma informação útil para Torin.

• Finalmente, o grupo de aventureiros resolveu que iria ignorar a presença dos elfos em Sensera e seguir com sua missão principal. A presença de Éperus entre eles se mostrava um fardo especialmente para Kaiser, que temia que o jovem fizesse algo irresponsável, mas também para os outros, que sabiam do peso da missão que haviam assumido. A discussão sobre esta condição ocupou boa parte do tempo da viagem, já que Kaiser se mostrava mais interessado em fugir da rota planejada para realizar missões alternativas que poderiam mudar os rumos da guerra, enquanto os outros eram mais receosos, pois consideravam que se algo acontecesse com o bastardo de Verrogar Dantsem não teria mais nenhuma chance de vitória.

Lir
a guerreira anã

• O grupo, disfarçado como uma peregrinação de Cruine, chegou em Chipara uma semana depois de ter deixado Sensera. Eles dirigiram-se para uma estalagem e foram para uma taverna, onde algumas pessoas passavam a noite. Lhes chamou a atenção um grupo de mulheres aventureiras que, pela presença de uma anã, chamou ainda mais a atenção de Torin.

Itilara
a guerreira humana

• Cheio de confiança em suas habilidades de sedução, Torin aproximou-se da anã e começou a cortejá-la. Éperus e Pedodes também conversaram com as mulheres, embora o sacerdote não parecesse ter intenções secundárias. Eventualmente Cóquem se envolveu no assunto e descobriu que o grupo feminino vinha de Luna e rumava para as Terras Selvagens. As aventureiras queriam chegar nas Estepes Vítreas e fazer riquezas. Cóquem não pode ajudá-las falando sobre uma rota, pois viera voando. No entanto, sua aparição foi muito bem recebida por elas. A guerreira do grupo lhe presenteou com uma adaga muito bonita feita artesanalmente por ela, e pediu para que ele a devolvesse nos Mangues, quando eles se reencontrassem.

Auviana
a necromante

• Embora Pedodes não tenha percebido de imediato, Cóquem supôs que uma das aventureiras se tratava de uma necromante. O bardo fez diversas perguntas para mulher que pronunciava muito poucas palavras e acabou se retirando mais cedo do recinto. Alcax também não notou a presença da necromante, afirmando categoricamente que ela não realizou nenhum ritual na presença dele. Enquanto essa discussão ocorria, Torin já levava a anã para o quarto para uma... conversa mais particular.

• As aventureiras deixaram a estalagem logo cedo pela manhã. Cóquem foi ao quarto da necromante e procurou por algum pista, e acabou encontrando dois ratos mortos e um pergaminho rabiscado com tinta de sangue. Ao levar estes materiais para o grupo, ele ficou sabendo que o sangue dos ratos seria utilizado para escrever algum pergaminho necromântico, mas que a mulher desistiu na metade e não realizou magia alguma. Como elas já deviam estar longe a esta altura, o grupo deixou seguir e voltou-se para sua missão.

• Eles ainda não tinham recomeçado sua jornada, mas a princípio se deslocariam para oeste, passando ao norte da cidade verrogari de Seviala rumo à Lutrúcia, último paradeiro do bardo Escarlon. A reentrada no reino inimigo era o que mais lhes preocupava nesse momento.

Marana, dias 18 a 30 do mês da vida do ano de 1500.

Nenhum comentário:

Postar um comentário