sexta-feira, 27 de novembro de 2020

(SG) Sessão 52

O templo abandonado

• As discussões após o contato que Pedodes e Cóquem tiveram com o pelotão Maranense começaram com as considerações do napol. Ele cogitava revelar suas verdadeiras razões para o general Karr em troca de conseguir alguma aliança com Marana. No entanto, o fato dos dois soldados terem saído do pelotão no meio da noite em direção ao rio os deixava preocupados.

• Enfim, eles resolveram que Kaiser e Cóquem iriam atrás do soldados, um por terra, outro por ar. Landalfo e Lanâncoras seguiriam a uma distância segura, mantendo James no meio do caminho passando as instruções do napol. Torin, Éperus e Pedodes ficaram na tavera.

• Os dois soldados foram vistos a cerca de 2 km, retornando de uma ruína a mais ou menos 5 km. Ao se aproximar, o bardo encantou a dupla com uma canção de controle e, a seguir, sugestionou um deles para que lhe respondesse algumas questões. Eles revelaram que tinham levado um pequeno baú para o altar de oferendas do templo de Cruine sob ordem de seu comandante Karr. Eles não sabiam o que continha o pacote, mas sabiam que ele seria retirado em seguida. Depois, Cóquem lançou uma magia de esquecimento nos soldados e saiu da frente deles para que eles não lembrassem do grupo que acabara de encontrá-los.

• Enquanto isso, na taverna, Torin se aproximou dos soldados maranenses e puxou assunto. Os soldados falavam assuntos triviais, mas a presença de Torin não os agradou muito. Seu bafo alcólico parecia lhes deixar um pouco incomodados. Os soldados resolveram sair após alguns minutos de conversa. Foi Pedodes quem lhes avisou que Karr estava comandando o pelotão que chegou, o que os fez sair às pressas.

• O grupo que havia encontrado o soldado chegou nas ruínas do templo. O ambiente possuía uma aura profana, que tornava estar ali um tanto desconfortável especialmente para Lanâncoras e Landalfo. No altar, o pequeno baú com um cadeado, que foi aberto por Cóquem com certa facilidade, possuía diversas jóias e uma carta com uma mensagem. A carta de Karr dizia em Verrogari:

Vossa Majestade, rei do poderoso Império Verrogari, meu nome é Karr, o Impiedoso, e eu falo em meu nome apenas, mas trago-lhe uma proposta que pode interessar ao vossos interesses. Minha majestade, o Rei Augustu Zeneri, tem exércitos poderosos e que aspiram por provar seu valor em uma verdadeira guerra. No entanto, a inexperiência ainda paira sobre suas mentes e corpos. Assim, eu lhe garanto que se presentear o Rei Augustu com o conteúdo desta caixa, ele ficará grato em apoiá-lo nesta guerra contra os terríveis dantsenianos. Caso não se interesse, aproveite o presente.

• Cóquem retornou até o grupo que estava na estalagem para entregar a carta aos companheiros, os únicos no grupo que conseguiam ler no idioma inimigo. Pedodes leu a carta e disse para o napol retornar aos outros enquanto eles iriam a pé. O grupo que ficou no templo recebeu Cóquem de volta e começaram a discutir algumas alternativas. Ainda antes do grupo a pé chegar, eles decidiram que substituiriam o pacote deixado pelos maranenses pela cabeça do verrogari que haviam matado algumas horas atrás. Para isso, Cóquem voou rapidamente até a floresta para pegar o corpo do homem que haviam enterrado.

• Quando Pedodes, Torin, Alcax e Éperus chegaram, o grupo já estava decidido a trocar o baú pela cabeça do verrogari abatido. Eles perceberam que algumas jóias tinham procedência amiense. No entanto, enquanto discutiam o que poderia acontecer e também qual poderia ser a relação dos objetos no baú que poderiam influenciar o rei de Verrogar, Pedodes encontrou uma passagem para o subterrâneo das ruínas do templo e desceu imediatamente, o que acabou obrigando o restante do grupo a ir com ele. James, no entanto, ficou de vigia para alertar se os responsáveis por recolher o pacote chegassem.

• O interior também estava em ruínas. Alguns corredores levavam a buracos muito profundos que emanavam uma aura maligna. Algumas das salas também estavam repletas de uma trepadeira que gerava uma gosma ácida que corroía armaduras. Assim, com cautela, o grupo foi percorrendo os corredores atrás da presença maligna que sentiam, guiados por Pedodes. Eles eventualmente acaberam chegando a uma grande porta com o símbolo de Ricutatis riscados por cima dos símbolos apagados de Cruine. James contatou Landafo para alertá-lo de que os responsáveis por pegar o objeto no altar estavam chegando, vindos do lado verrogari da fronteira. O grupo então permaneceu quieto, tentando não alertar quem estava no andar de cima até que a dupla de mensageiros pegasse a cabeça e, mesmo obviamente achando aquilo estranho, deixassem o templo.

• Com a partida dos verrogaris os aventureiros resolveram abrir a porta. Eles se depararam com zumbis e um cavaleiro etígio saindo de enorme buraco parecido com o primeiro. Pedodes conseguia perceber uma forte aura maligna sendo emanada da abertura, que claramente tornava os mortos-vivos mais poderos.

• O combate contra os mortos-vivos foi duro. Torin, que tomou a dianteira, foi atingido em cheio na cabeça pelo inimigo. Não fosse pelo elmo, que se partiu e foi arremessado do lugar, sua cabeça teria sido partida ao meio. Atordoado, o anão não foi capaz de reagir imediatamente. Os zumbis se mostravam adversários mais incômodos do que realmente perigosos, e iam sendo abatidos pelos aventureiros. Já o cavaleiro se mostrava letal. Ele passou perto de abater Pedodes, que apelou por ajuda de Cruine e demorou mais do que o de costume para ser atendido graças à aura maligna emanada no local. Ao mesmo tempo, esta aura parecia renovar as forças das criaturas.

• A chegada do aliado divino auxiliou no combate, pois deu tempo para os aventureiros se recomporem, além de ajudar a encurralar o inimigo que já se via cercado. Torin, mesmo enfraquecido, mostrou toda sua técnica de guerreiro e conseguiu desferir um golpe letal no pescoço do inimigo, arrancando-lhe a cabeça. Mesmo Lanâncoras tendo ficado aliviado pela vitória, Pedodes percebeu que o fim ainda não havia chegado. O mostro teria se levantado não fosse o sacerdote ter pego seus restos e o exorcizado ali mesmo, vaporizando seus restos.

• Com o fim da batalha o grupo se via frente a uma nova decisão. Eles iriam investigar todo o templo?

Marana, madrugada entre os dias 10 e 11 do mês da Justiça do ano de 1500.

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