terça-feira, 10 de novembro de 2020

(OA) Sessão 03

As cavernas de Klothys

Depois do duro combate contra os ursos, o grupo tomou seu tempo para se reorganizar antes de seguir viagem pela estrada principal. O trajeto os levaria a vários pequenos vilarejos antes de chegarem a cidades maiores.

Em uma das paradas que realizaram fora da estrada o grupo pernoitou próximo a uma enorme estátua de Keranos. O deus das tempestades recebeu uma oração de Benthic, que lhe pediu mais previsibilidade no clima especialmente no mar. A manhã seguinte surgiu com uma chuva mais leve do que aquela que os castigava no dia anterior, e Benthic resolveu agradecer ao deus. No entanto, seu gesto foi repondido com um relâmpago a cair sobre o alto da estátua, assustando o tritão.

A próxima parada do grupo poderia ter sido a cidade de Barramen, um entreposto comercial muito movimentado devido à união das estradas que vem de Altrisos e de Meletis. No entanto, para tentar evitar chamar a atenção, o grupo resolveu passar ao lado da cidade marchar por mais três dias até a chegada na cidade de Cruzaz, uma cidade ainda maior do que a anterior e que servia de ponto de parada para todos que trafegavam entre as principais pólis.

Em uma taverna na cidade de Cruzas os aventureiros ouviram uma história de que muitos exploradores estavam morrendo na Caverna do Lagarto de Sangue recentemente. Supostamente, os intrépidos que conseguirem chegar ao coração da caverna teriam o direito de conversarem diretamente com a deusa Klothys.

No entanto, o objetivo imediato dos aventureiros era outro. Théodas pretendia se encontrar com o oráculo de Athreos na cidade e Cruzaz, onde saberia do melhor rumo a tomar. Ao chegar no templo do deus da passagem, o centauro se deparou com um ritual de sepultamento. Confundido com o novo sacerdote local, ele acabou por realizar o rito fúnebre. Somente depois ele ficou sabendo que o clérigo que ele buscava está afastando há algum tempo devido a uma doença.

Depois de descobrir que o clérigo doente chama-se Eadmulf, Théodas foi capaz de encontrar sua casa. Lá ele foi recebido por uma mulher que inicialmente não quis recebê-lo, mas logo em seguida disse que o próprio doente queria vê-lo pessoalmente. O encontro dos clérigos foi breve. Eadmulf disse que Athreus havia tomado um lado na disputa entre Ephara e Klothys: o lado de Ephara. No entanto, ele precisava que um de seus heróis dissesse isso pessoalmente para o deus do destino. E assim Théodas concluiu que deveria ir até a Caverna do Lagarto Sangrento para dizer para Klothys pessoalmente que seu deus patrono apoiava Ephara.

Eadmulf faleceu assim que passou a mensagem para o centauro. A mulher que cuidava dele era sua filha, Rose, e disse que Théodas poderia pegar o que quisesse no templo próximo ao cemitério. E assim o centauro se dirigiu até lá e acabou descobrindo o diário do velho sacerdote, que lhe revelou algumas informações sobre sua vida e os costumes locais.

A viagem até a Caverna do Lagarto Sangrento levou pouco mais do que uma hora. A entrada era escura e estreita. Logo na primeira centena de metros Benthic notou que a estrutura parecia estar desenhada para uma pedra rolante cair sobre os desavisados, e assim fez o grupo evitar o possível gatilho da armadilha. Ele não foi tão eficiente algumas dezenas de metros mais pra frente, quando um gatilho no chão ativou uma lâmina cortante que quase partiu ele e Théodas ao meio. Felizmente o grupo conseguiu se recuperar um pouco antes de prosseguir viagem.

Os aventureiros acharam um local adequado para fazerem um pequena pausa pouco antes de um pequeno lago de águas borbulhantes. Benthic foi quem mais se aproximou, mas resolveu que não tocaria na água por ora.

Platô Quatro Ventos, dias 8 a 15 de Lyokymion do ano 12 da era dos Heróis.

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