sexta-feira, 25 de setembro de 2020

(SG) Sessão 44

As informações reunidas

• Após uma tentativa um tanto quanto frustrada de conversar com Siviân, o grupo todo se reuniu no acampamento montando por ela abaixo de uma de suas criaturas. Landalfo não se deu por satisfeito e resolveu escrever uma carta para a naturalista para expressar seu arrependimento pelo rumo que a conversa daquela tarde havia tomado. Assim, ele passou muitas horas escrevendo e reescrevendo seu texto, para então deixá-lo, já tarde da noite, debaixo da porta de Siviâm juntamente com uma raríssima flor de Mandrágora.

• Cóquem-Etu resolveu iniciar pessoalmente uma tentativa de apaziguamento dos acontecimentos do dia anterior. O napol voou até a porta da naturalista logo pela manhã, levando consigo as sinceras apologias de Landalfo. Siviâm pareceu um pouco arrependida por também ter se enervado durante a discussão e não hesitou em se desculpar para o napol e pedir que o pedido fosse estendido para o grupo.

• O bardo aproveitou o bom momento que conseguiu criar para perguntar para a maga muitas das informações que o grupo obteve no dia anterior. Cóquem descobriu que a ilusionista aliada de Ledâm era Kiara, uma elfa talentosa e a qual Siviâm não tinha muito apreço. Ele também conseguiu que a naturalista permitisse o retorno de Landalfo para sua casa. Ela havia lido a carta do mago e parecia comovida.

• Landalfo expressou suas desculpas quando conversou com Siviâm novamente. Depois, ele começou a falar com ela sobre Kiara, e acabou descobrindo que a elfa era uma verrogari natural de Finlaril, uma floresta que já fora amiense. A naturalista ficou muito surpresa quando ouviu sobre Kiara ser uma demonista, ou estar em vias de ser seduzida pelo demonismo, mas acabou por se convencer quando Landalfo mencionou o símbolo de Morrigalti atrás do espelho no quarto dela no Castelo das Brumas. Perguntando mais sobre os túneis em que Ledâm poderia estar escondido, o alquimista ouviu que eles cobriam muitos quilômetros abaixo dos Montes Solomor, e que muitas cavernas nas proximidades da nascente do Rio Corbei levavam até eles. Finalmente, ele ainda conseguiu, com sua conversa que agradava Siviâm, que ela lhe autorizasse a usar o laboratório em sua casa. Para isso, porém, ele precisaria esperar o retorno dela da patrulha que realizava todos os dias em seus domínios. Para fazê-la, a maga se transformou em uma ave e voou pela floresta.

• Landalfo retornou para o laboratório de Siviâm após o meio dia. Ele descobriu que os elixires que encontrara na torra amaldiçoada eram todos projetos de necromancia. Embora não tenha conseguido destilá-los para obter suas composições, o alquimista percebeu que se tratavam de líquidos com finalidades distintas: dois deles, embora com aparências diferentes, enrijeciam o tecido vivo de tal forma que impedia qualquer tipo de mofificação, mesmo as mágicas. Isso incluíria a anulação de milagres de cura para fechar ferimentos, ou as transformações do corpo. Outros dois elixires pareciam não letais se ingeridos, embora seus efeitos exastos não puderam ser descobertos sem experimentar. Porém, era certo de que um deles tinha algum efeito sobre o sangue, enquanto o outro deve ter efeito sobre a pele. O último elixir se tratava de um veneno corrosivo e poderoso, capaz de digerir carne, mas não o couro. Reconhecidamente utilizado por necromantes para remover o interior de cadáveres.

• Embora muito recesoso de tocar no assunto, Landalfo eventualmente foi capaz de pedir para Siviâm aceitar conversar novamente com Kaiser. O meio-elfo estava ressentido pela discussão da noite anterior e gostaria de uma nova chance. O arqueiro se reuniu com a maga na compahia de Cóquem, mas nem o bardo foi capaz de impedir que algumas faíscas saíssem da conversa dos dois, que possuíam pensamentos bem diferentes acerca dos acontecimentos. Embora Kaiser estivesse decidido a atuar na guerra, Siviâm estava saturada destes acontecimentos. Ela já havia combatido contra a seita, como revelara algumas horas atrás para Landalfo, e não tinha nenhum interesse em alterar o rumo que os humanos estavam dando ao mundo. Para ela, as fronteiras estabelecidas pelos povos humanos não faziam sentido, e ela não interferiria em algo que nada lhe representava. Kaiser saiu desapontado e um tanto enfurecido, já que não foi capaz de modificar em nada a posição da naturalista.

• Com as informações que obtiveram, os aventureiros rumaram para leste em direção à Calinior. A viagem foi longa devido a grande quantida de carga que eles carregavam. Assim, até chegarem em Calinior eles levaram 7 dias.

• A chegada na cidade ocorreu a noite, e eles foram imediatamente descansar em uma estalagem. Pela manhã foram conversar com Katrius Dejanin no quartel. Ao chegarem lá perceberam que o general e sacerdote de Blator saía da sala de guerra com dois napóis conhecidos de Cóquem-Etu: Adiér e Piriak. O trio se cumprimentou e depois se despediu. Era a vez dos enviados do rei Azuma conversarem com Katrius.

• A reunião com Katrius Dejanin foi tensa. O sacerdote queria saber das informações que o grupo trazia consigo, mas eles queriam guardá-las para revelar apenas na presença do rei Azuma. Assim, depois de algum tempo decidindo o que fariam, Katrius falou que os acompanharia até Léom. Para isso eles precisariam aguardar a chegada de Frido na manhã seguinte, e então seguir por mar em uma jornada de quatro dias.

• Cóquem conversou com seus companheiros nas docas no dia anterior à partida para Léom. Piriak, o navegador do grupo que o acompanhou desde os mangues, havia passado algumas semanas conhecendo todo o sul de Dantsem ao lado de Adiér. Para ele, a derrota do reino era uma questão de tempo, e ele não achava uma estratégia muito esperta de Cóquem trazer mais napóis para se envolver em um lado que perderia. Mas Cóquem ainda tinha a esperança da vitória, e também pensava nos frutos que viriam no futuro, com os napós ganhando reconhecimento nos reinos. Além disso, pesava a favor de apoiar Dantsem a impossibilidade de se juntar ao lado que Piriak acredivava que venceria, uma vez que Verrogar jamais iria receber um napol em seus domínio, muito menos aceitar ajuda estrangeira. Assim, Piriak se responsabilizou por enviar uma mensagem para seus iguais no sul e solicitar algum apoio.

• A recepção em Léom foi pomposa. Todo o alto escalão militar aguardava a chegada da embarcação que trazia não apenas Dejanin, mas os heróis do rei Azuma. Rapidamente todos foram levado até a sala de guerra no Castelo das Brumas, onde começaram a falar de todas as suas aventuras e planos de Verrogar que haviam descoberto. Eles deram grande destaque para a estrada que está sendo construída em Eredra em diração a Isalíbel, especialmente depois de escutarem que foram detectados movimentos de tropas Verrogaris naquele reino. Também mencionaram Ledâm e a floresta que agora não possuía mais um campo amaldiçoado e todo o resto que acabaram por vivenciar ao mesmo tempo em que cumpriam sua missão principal de infiltrar Azerb. As revelações foram importantíssimas, mas também muito preocupantes. Nem Azuma nem seus conselheiros tinham tanto reunido, e a possibilidade de Verrogar estar comungando com Eredra seria o fim, já que as fronteiras com este vizinho são vastas e desprotegidas.

• Tendo ouvido tudo e passado o momento de medo, Azuma afirmou que era chegada a hora de colocar as cartas de Dantsem na mesa. Era preciso apresentar Éperus para o povo verrogari. No entanto, de nada adiantaria fazer isso sem um plano. Foi por isso que o rei fez mais um pedido ao grupo: ele precisava que Éperus fosse levado até Escarlon de Sula, uma bardo que já fora membro da corte do Rei Attos I. Atualmente ele reside isolado nos Montes Palomares, e é imprescindível que ele se comova com a causa dantseniana. Essa seria a nova missão do grupo.

Dantsem, dias 17 do mês da Rosa ao dia 05 do mês da Vida do ano de 1500.

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