sexta-feira, 18 de setembro de 2020

(SG) Sessão 43

A floresta de Siviâm

• O grupo recebeu camas em uma barraca aquecida depois da conversa que tiveram com Gálegor. Seria a primeira noite em muito tempo que eles não precisariam fazer guarda. Porém, ante de dormir, Cóquem resolveu pedir autorização para enviar uma mensagem para seus companheiros em Isalíbel. O napol queria pedir ao seu amigo guerreiro Andiár que lhe trouxesse a armadura de couro de hidra que ficara em construção na cidade que agora era uma fotaleza. Gálegor lhe disse que a tropa deixaria aquela posição muito em breve, e que possivelmente quando o companheiro de Cóquem chegasse eles já não estariam mais ali. Tendo aceitado as condições, um falcoeiro foi apresentado ao napol, que entregou a mensagem e a coordenada de entrega dos materiais.

• Os aventureiros partiram logo pela manhã em direção ao oeste. Suas intenções eram de encontrar Siviâm o quanto antes para perguntar a ela sobre a pedra amaldiçoada que Landalfo ainda carregava alguns fragmentos. Kaiser guiou o grupo por grande parte do tempo com a ajuda de um mapa que Landalfo havia encontrado nos alfarrábios de Ledâm, antigo nome do necroarcano.

• O frio era o maior desafio dos aventureiros até então. A floresta era muito viva, com animais de vários tipos marcando suas presenças, mas nenhum deles representou perigo para o grupo que demonstrava ser uma ameaça maior para eles. Mas não para todos. Enquanto procuravam acampamento ao final do primeiro dia, Landalfo conseguiu ouvir sons estranhos vindos da floresta mais densa. O mago não exitou em avisar o grupo e pedir que todos se preparassem. Foi então que uma dupla de mantícoras surgiu e os atacou.

O confronto com as mantícoras

• O confronto contra as mantícoras foi perigoso. A atenção de Landalfo antes do combate foi bastante decisiva para impedir que as criaturas conseguem tomar uma vantagem preciosa. Uma das criaturas parecia menos habilidosa do que a outra, e foi justamente esta que começou o confronto tendo uma das patas seriamente ferida por um disparo poderosos de Kaiser. Landalfo e Lanâncoras queriam terminar logo com o combate, mas faziam de tudo para não danificarem muito os corpos das criaturas. O primeiro porque podia extrair algumas partes para seus experimentos alquímicos, e o segundo porque lembrara que uma comerciantem em Rillie possuía um objeto mágico cujo preço incluía uma pele intacta de mantícora.

• Felizmente as flechas de Kaiser não provocavam muito estrago no couro das criaturas, e foram elas as responsáveis por darem o golpe de misericórida na mantícora menos habilidosa. A outra, porém, se mostrou muito mais feroz. Os ataques feriram muito a armadura Lili e quase mataram Red. Lanâncoras por pouco não foi atravessado pelos espinhos que mais pareciam flechas. Para combatê-la o grupo precisou fazer uso de todas as suas ferramentas, e os raios elétricos dos magos e as espadadas de Red deixaram a criatura com pouco do que se aproveitar. Por fim, os aventureiros superaram a batalha sem nenhuma baixa.

• Sem muita pressa para descansarem na noite, Landalfo e Lanâncoras perderam algumas horas para esfolar os animais e retiar deles tudo o que lhes interessava: o couro, o sangue e os espinhos. Landalfo tinha planos de uma poção a partir do sangue da criatura, e pretendia preparar flechas com os espinhos. Depois da matança, os magos se limparam no rio e avançaram alguns metros antes de refazerem o acampamento longe do sangue que banhara o chão.

• A viagem no dia seguinte se mostrou um pouco confusa. O mapa de Landalfo mais uma obra de arte do que de geografia, e eles estavam dependendo mais da localização de Kaiser que, apesar de excelente, não era capaz de levá-los a um local sem melhores referências. Foi então que uma lebre falante lhes interpelou. O animalzinho perguntou o que eles estavam fazendo ali e teve uma conversa educada com Landalfo. O mago lhe mostrou o medalhão que Gálegor havia lhe entregue e, com uma farejada, a lebre percebeu que era verdadeiro. Ela então autorizou os aventureiros a entrarem em seus domínios, mas para isso eles seriam escoltados por uma árvores.

• O vegetal animado levou o grupo até uma árvore colossal em tamanho, com um tronco que tinha certamente mais de 30 metros de diâmetro e cuja copa ficava encoberta pela copa das outras árvores ao seu redor que eram mais baixas do que ela. Uma escada de madeira fazia o contorno no enorme tronco e terminava em uma cabana suspensa em um dos grossos galhos. Os aventureiros foram orientados a seguir por este caminho até chegarem na residência de Siviâm, que já os esperava.

─ Olá aventureiros. Eu os esperava desde que entraram em meus domínios. Podem fazer suas perguntas. Eu responderei tudo o que souber.

• O grupo começou a questionar a maga depois de ouvir estas generosas palavras. As perguntas foram inicialmente direcionadas à Ledâm, o mago da torre amaldiçoada. Ela disse que conhecera o mago em vida, há muito tempo atrás. Segundo ela, Ledâm já tivera uma consciência boa, mas alguns acontecimentos em sua vida, e a relação com uma outra maga e seu mentor Oraxus, acabaram o desvirtuando do melhor caminho. Eventualmente ele se tornou o que os aventureiros viram. No entanto, a magia que eles encontraram naquela torre não estava completa. Embora ela não soubesse exatamente do que se tratava o encantamento daquela pedra, ela soube lhes dizer que fazia cerca de 9 meses que Ledâm havia iniciado a maldição naqueles campos e que ele ainda buscava uma forma de aperfeiçoá-la.

• A conversa com Siviâm começou a perder seu rumo quando Kaiser mudou o assunto para a guerra. O arqueiro começou a tentar convencer a naturalista de que ela seria um apoio importante para Dantsem, de que sua floresta estava ameaçada por Verrogar e de que os elfos faziam parte da guerra. Irritada, a maga interrompeu a conversa e disse que não tinha mais nada a converar com eles. Ainda pediu que eles não voltassem. Os aventureiros então desceram a escadaria e a mesma árvore animada se dobrou para fazer uma cobertura para eles. Landalfo e Kaiser ainda tiveram algum tempo para discutirem o rumo que a conversa com Siviâm tomara. O elfo estava indignado, pois tinha visto uma boa oportunidade de aprendizado na naturalista, e Kaiser estragara tentando convertê-la em uma aliada na guerra. No entanto, os ânimos pareciam estar mais amenos antes do anoitecer.

Floresta de Marviom, Dantsem, dias 15 a 17 do mês da Rosa do ano de 1500.

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