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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

(VS) Sessão 7

A usina de Zin-Zan-Naz

mapa da usina de Zil-Zan-Naz

Abrindo a exaustão

O grupo desembarcou do veículo, e Berenice informou que estava trabalhando no processo de decodificação do idioma de Alter. Munidos dessa informação, seguiram para o setor onde abririam as válvulas de compressão da usina.

Os corredores eram iluminados por fios bioluminescentes, uma tecnologia desconhecida de todos os aventureiros. Em alguns momentos, esses fios pareciam vivos, pulsando nos corredores ondulados da usina.

O ambiente não era favorável. Como Berenice havia mencionado, os trajes dos aventureiros seriam capazes de manter o equilíbrio térmico por, no máximo, sete minutos. As centenas de graus centígrados no interior da usina sobrecarregavam até mesmo os sistemas avançados de refrigeração do equipamento.

O grupo levou de três a quatro minutos para chegar ao terminal de operação da válvula de descompressão. O painel encontrava-se fechado e em modo de segurança devido à alta temperatura. Para abri-lo, seria necessário mover uma alavanca em uma porta circular próxima.

Kassius tentou girar a alavanca. O soldado teve sucesso, e Ed conseguiu alguns segundos para decifrar os comandos intrincados e alienígenas do terminal da usina. Porém, Kassius não conseguiu sustentar a alavanca por muito tempo, e o painel se fechou novamente.

Na tentativa seguinte, Hothspoth, Kassius e Flynn passaram a forçar a alavanca juntos. O trio conseguiu mantê-la por tempo suficiente para que Ed burlasse os sensores de segurança. No entanto, o mau funcionamento do programa integrado forçava o sistema a retornar ao estágio inicial. Ed precisou de alguns segundos a mais para contornar a situação, exigindo que Hothspoth, Flynn e Kassius se esforçassem ao máximo para manter a alavanca.

No momento em que Ed finalmente concluiu a reprogramação do sistema de compressão, a comporta circular cuja alavanca o trio sustentava se aliviou. Uma pequena brecha se abriu, e a temperatura começou a despencar rapidamente. Em poucos instantes, os trajes dos aventureiros atingiram uma condição de equilíbrio. Haviam conquistado mais tempo para explorar o interior da usina — horas, no mínimo.

Os problemas encontrados

Os aventureiros exploravam os túneis enquanto consultavam o mapa da usina recebido de Thalor. A representação não era detalhada, mas poderia ajudá-los a prever o que encontrariam a seguir.

Seguindo pelos corredores intrincados e alienígenas da usina térmica, o grupo chegou a uma sala com um grande painel no centro. Sobre ele, um pequeno robô esférico, com dois braços metálicos projetados, operava incessantemente os mecanismos. A máquina exibia o símbolo da Frozen Trove, uma empresa triaxiana famosa pela produção de bens tecnológicos.

O robô parou de operar quando o grupo entrou e assumiu posição de alerta. Os aventureiros tentaram conversar com ele, mas ouviram apenas:

— Detectada inconsistência operacional. Solicitação de desativação ignorada. Otimização prioritária.

O grupo percebeu que, mesmo nos breves momentos em que o robô parava de atuar sobre o painel, uma turbina no teto se movia, drenando parte do ar para outro ambiente. Ficou claro que a máquina estava impedindo os exaustores de funcionar.

Ed começava a montar seu rifle enquanto Rick argumentava com a máquina. No entanto, ela não parecia inclinada a sair de sua programação. Flynn não hesitou: aproximou-se e disparou seu raio solar contra ela, arremessando-a para o outro lado da sala, incapacitada.

Flynn dirigiu-se até o robô enquanto Ed seguia para o painel. O solariano arrancou uma solda a laser integrada na carcaça da máquina. Em seguida, percebeu que ela iniciava um processo de autodestruição e, assustado, entregou-a a Ed para que agisse rapidamente.

Ed foi ágil na reprogramação. Conectando seu próprio comunicador ao robô e recebendo a ajuda de Berenice, conseguiu ajustar sua programação para que cumprisse a tarefa original: manter a exaustão funcionando.

Ainda assim, Ed precisou calibrar os parâmetros da sala de exaustão para que ela operasse de forma eficiente, removendo os gases e a temperatura excessiva que infestavam a usina. Depois disso, o grupo retornou pelo setor de reciclagem, por onde havia chegado ao setor de exaustão, para enfim prosseguir em direção ao núcleo.

No caminho, abriram uma porta que dava acesso a um corredor que circundava o núcleo da usina, o coração pulsante do vulcão que alimentava a geração de energia geotérmica.

A maior parte das escotilhas que davam visão ao núcleo estava obstruída por detritos de rocha. No entanto, quando conseguiram uma imagem clara do interior, depararam-se com uma cena aterrorizante: um autômato colossal, com tentáculos cravados em uma base de lava incandescente.

Berenice informou que aquela era uma anomalia, pois a lava não deveria estar incandescente no interior da usina. Em razão disso, calculava que um colapso seria inevitável em poucas horas, em vez dos dois dias previstos por Thalor.

Os aventureiros prosseguiram impressionados tanto com a cena quanto com a atualização da missão. O impacto do fracasso acabara de assumir novas proporções.

Ao deixar o corredor do núcleo, chegaram ao setor de serviços. A área possuía alguns dutos que controlavam a pressão e a emissão de gases tóxicos oriundos do vulcão. No entanto, um substrato neruniano bloqueava a passagem e também os dutos.

Fios bioluminescentes orgânicos estavam integrados às paredes, o que levou Rick a cogitar usá-los para enfraquecer a estrutura. O draconiano, porém, não encontrou solução com as ferramentas disponíveis. Foi então que Hothspoth sugeriu uma alternativa mais drástica: usar o ressonador solariano encontrado no covil de Gre-ôn para, reunindo forças com Flynn, detonar a parede com uma explosão solar.

Hothspoth e Flynn avançaram até a parede obstruída, enquanto o restante do grupo se afastava o máximo possível para evitar as consequências do que estavam prestes a fazer.

A dupla energizou-se com o fluxo solar, e o ressonador de Gre-ôn atuou como catalisador do poder de ambos. As esferas em seu interior se agitaram e formaram um único sol. Quando o processo se completou, eles atingiram os cabos bioluminescentes, que absorveram a energia e se expandiram, provocando a explosão violenta da parede rochosa.

Flynn, protegido por sua armadura solar, resistiu sem danos. Hothspoth, porém, não conseguiu manter o equilíbrio do processo, e a explosão saiu do controle. Ainda assim, o solariano conseguiu reativar sua energia rapidamente, protegendo-se dos destroços arremessados.

O restante do grupo sofreu consequências piores, especialmente Kassius. Fragmentos das pedras se espalharam por todos os lados. Ed e Rick conseguiram se proteger parcialmente, mas Kassius foi atingido no capacete e arremessado ao chão. Uma rachadura no visor ameaçava romper os lacres do traje — o que seria fatal. Ed se apressou, improvisou equipamentos e selou a rachadura, embora a emenda passasse a prejudicar a visibilidade de Kassius.

O monstro na usina

A destruição da parede de selamento reativou os filtros de gases tóxicos, e o ar no interior da usina tornou-se menos corrosivo e nocivo. O grupo já havia concluído quase todos os objetivos da missão e agora se dirigia aos propulsores de purga.

Havia duas rotas possíveis para chegar até eles. A primeira seria contornar o núcleo da usina, como haviam feito anteriormente. A segunda seria atravessar a sala de controle, no setor de operação central. Como esse era o caminho mais curto, optaram por segui-lo. Assim, também obteriam conhecimento da rota necessária para reiniciar todo o sistema.

A sala de controle estava vazia. Porém, através de algumas escotilhas em uma das paredes, viram o autômato gigante operando no núcleo. Assim confirmaram que ele era o responsável por manter o desequilíbrio térmico da usina. Graças a ele, o colchão de magma não se formava, e a temperatura subia de forma descontrolada.

Os corredores que levavam ao setor de purga eram diretos e sem desníveis, diferentes de alguns túneis enfrentados anteriormente.

Ao chegarem à sala de purga, uma grande escotilha permitia ver claramente a criatura autômata, que agia como um parasita se alimentando do calor. A imagem tornou-se ainda mais assustadora quando ela os percebeu. Movendo-se, retirou alguns tentáculos do magma incandescente.

Ed dirigiu-se aos painéis de operação e analisou o que precisava ser feito. A tarefa não era imediata, pois seria necessário calibrar os sensores de temperatura e pressão que estavam sendo manipulados pelo parasita no núcleo.

Assim que Ed iniciou o protocolo de recalibração, o parasita criou uma cópia reduzida de si mesmo na sala de purga, aparentemente decidido a impedir os aventureiros. Rick auxiliava Ed em sua missão, enquanto o soldado e os solarianos defendiam a operação, enfrentando o inimigo.

Flynn avançou contra o monstro que surgiu em meio a um vazamento de vapor superaquecido. Porém, o solariano foi contra-atacado por dezenas de tentáculos, agarrado e arrastado. Kassius perseguiu a criatura e conseguiu destruí-la.

Enquanto isso, Ed e Rick estavam a meio caminho de retomar o controle da purga. A criatura se agitava e emitia pulsações que interferiam nos computadores. Em seguida, largou completamente o magma para gerar outra cópia na sala, determinada a impedir os aventureiros fisicamente.

Os solarianos e Kassius seguiram combatendo o inimigo até que Ed finalmente superou a interferência e retomou o controle. Antes que a criatura reagisse, Rick acessou o sistema interno e obteve a autorização final para isolar o equipamento, protegendo-o de novas invasões.

Assim que os propulsores de purga foram religados, o magma mantido aquecido pelo parasita começou a resfriar, apesar de seus esforços em contrário.

O grupo destruiu a cópia criada pelo autômato e retornou à sala de controle. Berenice informou que Ed poderia usar os canhões de perfuração geológica para desintegrar o inimigo após o reinício da usina.

Com todas as informações reunidas, o operativo pôs o plano em movimento. O comando de reinício estava de fácil acesso, já que todos os sistemas essenciais haviam sido restaurados pelas ações do grupo nos setores anteriores.

O autômato virou-se ameaçadoramente para a sala de controle quando a energia caiu repentinamente durante o processo de reinício. Ele parecia prestes a atacar. No entanto, quando a energia retornou, Berenice auxiliou Ed a mirar os canhões de perfuração geológica.

O disparo foi certeiro, mas a desintegração da criatura não foi imediata. Criados para atravessar as mais duras rochas alterianas, os canhões decompuseram o corpo do monstro pouco a pouco.

Quando toda a usina já operava em condições normais, Berenice anunciou que o grupo deveria deixar o local, pois tudo estaria inundado novamente em cerca de 40 minutos. O caminho de retorno estava livre. A missão havia sido um sucesso.

Sistema Desconhecido, quinta e sexta-feira, 8 e 9 de Desnus, 325 DL.

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