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domingo, 10 de agosto de 2025

(LA) Sessão 5

O Mantra

O medo

O tremor de terra assustou os Rúbios, que mencionaram que "O-Mal-Sob-O-Gelo" estava mais forte. Curiosos, os aventureiros fizeram algumas perguntas sobre a entidade e foram informados de que se trata de uma figura antiga que assola as Geleiras.

O ancião da tribo dos Rúbios estava orientando outros membros quando Rector e Garuk se aproximaram para conversar. Os demais aventureiros já tinham sido bem recebidos e estavam se aquecendo com um caldo de carne de lobo, embora os Napol tenham preferido sua própria ração. Rector e Garuk notaram uma mudança no semblante do ancião ao lhe mostrarem o cristal da Aurora. Assustado, o homem explicou que a presença do objeto era um mau presságio, pois atrairia o Mal-Sob-O-Gelo.

Apesar do temor que o cristal incutia no ancião, ele permitiu que os aventureiros pernoitassem na caverna junto com a tribo, pois a tempestade que se aproximava seria severa demais para ser enfrentada ao relento.

Olgaria, que conhecia as lendas sobre o Mal-Sob-O-Gelo, explicou que a entidade maligna é a suposta rival da Aurora Gelada. As histórias de sua tribo, os Zumi, narram que a Aurora Gelada deverá derrotar o mal quando despertar. Olgaria compreendeu a preocupação do ancião pois, como a Aurora ainda se encontra dormente, a presença do cristal pode atrair o mal e impedir o seu despertar.

Nial e Magmar pediram ao grupo que não levassem a atitude do ancião para o lado pessoal. Os presságios eram referentes ao cristal que carregavam, mas eles seriam sempre bem-vindos no futuro, caso retornassem sem o artefato.

O Guia, por sua vez, aproveitou a conversa para questionar sobre o menino Ingá. O menino parecia incapaz de falar, mas Magmar explicou que o havia resgatado de uma tribo de Lazúlis há um ano, quando ele portava apenas a roupa do corpo e uma pequena faca de pedra, que se partiu logo em seguida.

Uma trilha de sangue

A tempestade, como previsto pelo ancião, se abateu sobre a região naquela noite. Os aventureiros, porém, estavam protegidos na caverna dos Rúbios. Pela manhã, o clima havia mudado completamente, e eles seguiram a jornada para o sul, em direção à longa planície costeira.

Apesar de a paisagem ainda ser branca e nebulosa, o grupo notou a melhora do clima e viu água na forma de chuva pela primeira vez em dias. Eles pegaram a trilha principal que levava às Terras Bárbaras, notando que, diferente dos caminhos nas montanhas, este era largo e firme.

No caminho, os aventureiros encontraram um trenó Lazuli destruído, com um corpo esmagado e lobos mortos nas proximidades. As marcas de faca nos lobos e no corpo do Lazuli indicavam violência. Após investigar o local, descobriram outra trilha em direção ao leste. Rector sentiu uma sensação estranha, pressentindo a presença do cristal da Aurora, e o grupo decidiu seguir a pista encontrada pelo Guia.

Eremitas

A trilha os levou a um chalé decrépito no meio da neve, com fumaça saindo da chaminé. O Guia se aproximou cautelosamente e, em silêncio, sentiu o cheiro de peixe assado e ouviu um mantra sendo recitado por duas pessoas.

O mantra era o seguinte: 

Aura-lim. Friiou-Vêrn.
Sil-a-Vir. Nuirr-Crân, 
Pal-da-Sun. Bliss-e-Garrd. 
Fal-o-Norr

 

Enquanto isso, Olgaria e Darion ficaram para trás com os cavalos. Rector e Garuk, menos furtivos, se aproximaram por trás do Guia, e o mantra foi interrompido. O Napol encontrou o corpo de um Lazuli dentro de uma caixa na carroça em frente à cabana, e o homem lá dentro fechou rapidamente as janelas.

Como sua aproximação não havia sido notada, o Guia contornou a casa e entrou pela janela dos fundos, surpreendendo o casal. O casal, de cabelos loiros e usando roupas de inverno, ficou apavorado, mas não ofereceu resistência. O Guia abriu a porta para que os outros pudessem entrar.

Apesar de a abordagem ter sido pacífica, o comportamento do casal era peculiar. O grupo descobriu que o casal, Kael e Liana, estava usando um pó de cristal semelhante ao cristal da Aurora como condimento.

Durante a conversa, o grupo descobriu que o menino Ingá era, na verdade, o filho perdido do casal, Brandec. Eles o chamavam de Brandec e acreditavam que ele estava morto após um confronto com os Lazúlis.

Em troca de informações detalhadas sobre a localização do filho, os aventureiros questionaram o casal sobre a origem do cristal e sobre um gigante que, segundo as lendas deles, destruía as pedras quentes. O casal revelou que a criatura poderia ser encontrada na Torre de Gelo Quebrada, a oeste.

Os aventureiros pernoitaram na cabana, enquanto Kael e Liana, que permaneceram acordados durante a maior parte da noite, partiram pela manhã para encontrar o filho. O grupo, por sua vez, investigou o chalé e encontrou utensílios de metal com resíduos do pó de cristal que vibravam com a proximidade do cristal da Aurora. Rector obteve uma faca de cristal de Liana, o que o fez se lembrar do menino Ingá, que também havia sido encontrado com uma faca de pedra frágil.

O gigante na torre

Deixando a cabana pela manhã, o grupo seguiu para o oeste em direção às montanhas. Chegaram à Torre de Gelo Quebrada, onde os pesados barulhos de metal e pedra aumentavam à medida que se aproximavam.

O Guia, que nunca havia visto um gigante, percebeu algo inusitado: a criatura dentro da torre não era um gigante, mas um ogro. O monstro não parava de bater com uma marreta em uma pedra cristalina que emitia um brilho pálido e vermelho, semelhante ao cristal da Aurora.

As Geleiras, dia 19 do mês da Paixão do ano de 1502 DC, data dos reinos

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