sexta-feira, 22 de outubro de 2021

(SG) Sessão 92

Lanâncoras de volta

• Pedodes reuniu-se com Meridius, o novo sacerdote de Cruine no templo de Léom, e pediu que os acólitos o ajudassem nos preparativos para a realização do ritual que traria Lanâncoras de volta. Enquanto o vingador preparava seu longo ritual os outros descansariam, já que eles haviam retornado na madrugada.

• A conclusão do ritual de Pedodes se deu pela manhã. Uma luz divina envolveu o corpo de Lanâncoras e a vida foi trazida de volta para seu corpo. Aliviado e ao mesmo tempo conformado pelas decisões que tomara, Lanâncoras disse belas palavras de apoio ao grupo, de forma a eximi-los de culpa pela sua morte e reforçando as decisões que culminaram em sua morte.

• Pedodes ainda tinha outra missão para realizar: ele precisava obter mais informações sobre Élean. Pediu para que Józ tentasse reconhecer o corpo, mas isso não foi possível devido ao estado em que ele ficou depois da luta. Para obter as informações ele usaria seu necroconhecimento, um ritual que levaria 10 horas até sua conclusão. Torin dedicou-se a consertar as armaduras do grupo que foram prejudicadas pelo combate, especialmente a sua própria e a de Pedodes, mas também a de Arnieta. Landalfo foi reescrever o máximo de pergaminhos que pôde, uma vez que foi obrigado a utilizá-los durante a batalha. Kaiser comunicou ao rei sobre a morte da Bruxa da Alma, mas não informou sobre a criatura que ela gerou. O arqueiro pediu alguns bons soldados e rastreadores para ajudar em uma busca pela criatura, mas sem dar grandes detalhes sobre o que ela era ou como fora gerada.

• O necroconhecimento fez Pedodes ter uma sensação terrível. Ele pressentiu que a alma da bruxa fora recusada por Cruine e ela não estava nos reinos divinos. O vingador aceitou os riscos de buscar as informações no abismo em que ela se encontrava e começou suas perguntas após ver que Élean estava em um local sombrio, com uma aparência velha e agonizante. A mesma visão, de forma menos intensa, foi sentida por Landalfo, Lanâncoras, Cóquem, Kaiser e Józ devido a uma ligação mental que foi estabelecida entre eles na invocação da magia. A sensação foi demais para Cóquem, que se prostrou, mas especialmente para Józ, que fugiu apavorado.

O interrogatório de Élean
Pedodes: Valeu a pena?
Élean: Se minha criatura viveu, sim!
Pedodes: Onde está o diário de Ledam?
Élean: Com Elaias, minha cria.
Pedodes: Onde estão as suas anotações, livros e objetos de estudos.
Élean: Espalhados pelos meus covis.
Pedodes: Quais dos seus covis ainda estão funcionais e ativos?
Élean: A Pedra Marcada, o Monte Solitário, a Árvore Seca, o Olho D'água, o Sopé, .
Pedodes: Qual a natureza do encanto que usou para criar Elaias?
Élean: São criações minhas, baseadas em alterações de magias muito antigas.
Pedodes: É possível desfazer o ritual que você usou para unir o demônio e o enviado?
Élean: Depois da vida gerada, o único caminho é deixá-la viver.
Pedodes: Você baseou seus estudos no conhecimento do Rei-Feiticeiro Orlac?
Élean: Em parte.
Pedodes: Mas em que estudos e livros você se baseou?
Élean: Em parte.
Pedodes: Você se baseou em mais alguém?
Élean: Todos os meus estudos foram baseados em rituais ancestrais de necromancia, principalmente do Rei-Feiticeiro Orlac, mas também de magias necromânticas tradicionais.
Pedodes: Em quais destes esconderijos estão as anotações mais importantes do seu material.
Élean, já um pouco diferente e não tão direta como das outras vezes: As mais importantes estão no monte solitário.
Pedodes: E se você estivesse desesperada, não tendo mais salvação, para qual esconderijo você fugiria?
Élean, exitante e pensativa: Para o que vocês destruíram.

• Pedodes foi tocado no ombro pela assombração que via enquanto fazia seu necroconhecimento. O contato lhe fez mergulhar mais fundo no abismo em que foi buscar a bruxa. Percebendo que ela estava na passagem para o reino de Ricutatis, um vazio tomou conta de seu ser, o que fez aumentar a sensação de distância entre ele e seu deus. Aos poucos o sacerdote foi ficando mais distante de seus companheiros, até que os contatos mentais com o restante do grupo foi cortado. Élean, que pergunta após pergunta também parecia estar se libertando da magia de necroconhecimento, começou a tentar convencê-lo a ficar, informando que Simônio já mostrara-lhe o que de bom havia naquele lugar. Uma música tocava ao fundo no que parecia ser um baile. Pedodes recusou as propostas da maga de ficar por ali até que Landalfo conseguiu reestabelecer o contato e ajudá-lo a se livrar da conexão. Pedodes se libertou e o ritual de necroconhecimento foi concluído.

• Ter-se livrado da conexão com Élean foi uma salvação contra a morte. Pedodes sabia que por muito pouco sua alma não ficara presa no reino de Ricutatis. Ao reencontrar-se com Józ, com Merídius e com os outros companheiros, o vingador explicou toda a história que eles tiveram com a Bruxa da Alma, bem como tudo o que sabiam sobre a nova criatura que ela gerou.

O vingador destacou a gravidade das realizações de Élean, e que sua criatura é muito perigosa. Para Józ ele questionou sobre os covis da bruxa, recebendo a resposta de que Galpa, um vilarejo próximo ao Mirante Solitário, já fora uma das bases dela. O catedrático também apontou outros dois pontos que ele acrediva serem regiões em que a bruxa poderia ter feito alguma outra base, um deles ao sul, próximo de Novini, e outro ao norte dos Montes Solomor, em Verrogar.

• A data prevista para a chegada das tropas dantsenianas em Isalíbel estava próxima. O grupo fez seus últimos preparativos em Léom antes de voar até o acampamento. Eles ordenaram as dez pessoas designadas pelo rei para investigar os arredores de Celeira em busca de notícias da criatura de Élean. Dois sacerdotes acompanhariam os batedores e comunicariam a presença de Elaias através de enviados mensageiros. Eles foram ordenados diretamente para que não entrem em confronto contra a criatura, uma vez que ela é poderosa demais.

• O acampamento dantseniando estava montando nas proximidades das ruínas da fortaleza criada pelos magos elementalistas para conter o avanço verrogari. Eles encontraram-se com uma batedora a algumas centenas de metros, assim que voltaram as formas normais. Ela se apresentou como Mitra, uma sobrevivente de Iragai, a primeira cidade ocupada por Verrogar na região de Porteval. Lanâncoras a reconheceu e a deixou honrada. A mulher, então, os levou até a barraca do Rei Éperus.

• Conversando com Éperus e Katrius, o grupo descobriu que o avanço das tropas parou em virtude das ruínas dos elementalistas. Há grande chance dos verrogaris terem prepado alguma armadilha no local, que é estreito e fácil de defender. Alguns batedores foram enviados há algumas horas, mas não retornaram. Assim, Landalfo e Lanâncoras resolveram voar até o local e explorá-lo invisíveis.

• Pedodes e Kaiser foram até a barraca de Arbestus enquanto Lanâncoras e Landalfo agiam como batedores. A dupla questionou o general verrogari se ele conhecia os cavaleiros de armaduras enegrecidas que saqueavam e destruíam as cidades que as tropas principais de Verrogar atravessavam. Ele disse que ouvira sobre eles, mas que nunca havia falado pessoalmente com nenhum. As ordens dos generais eram para deixá-los "fazer o serviço deles" e não atrapalhar. No entanto, relatou que vira, certa vez, Afren conversando com o líder desses cavaleiros e que, segundo boatos, chama-se Vandros.

• Landalfo e Lanâncoras sentiam uma grande alteração de mana no entorno da fortaleza erguida rapidamente com muita magia pelos magos elementalistas. Porém, Lanâncoras também pode pressentir algum tipo de criatura abaixo da terra. A dupla de magos explorou com cautela a torre sul e percebeu, também, que haviam muitos soldados verrogaris preparados para defender a posição. Atravessando o chão enquanto estavam intangíveis, os magos acabaram encontrando um túnel abaixo da torre. Eles seguiram o caminho até encontrarem uma porta com os símbolos de Léom e do colégio elemental. Ao atravessá-la, viram dezenas de crianças humanas e anãs.

Grufinda

• Lanâncoras se revelou para as jovens pessoas daquela caverna primeiro. Ele foi reconhecido como um mago elemental de Léom e foi bem recebido pela líder daquele grupo, a jovem anã Grufinda. Já com Landalfo, a anã explicou que todas aquelas crianças se refugiaram ali depois de serem salvas de Isalíbel pelos magos elementais. Dois magos, Trídius e Osvald, ficaram para fazer a proteção, mas partiram há alguns dias depois que uma criatura estranha surgiu nas profundezas das cavernas. Eles tentariam pôr um fim nela, mas nunca retornaram. Por fim, a anã disse que Osvald era um mago de Isalíbel que mencionara algumas vezes que há túneis daquelas ruínas até abaixo de Isalíbel.

• Pedodes e Lanâncoras ficaram muito interessados nos túneis. Eles acharam que se fossem capazes de chegar até eles, poderiam levar os exércitos de Dantsem diretamente para dentro da cidade e vencer a batalha sem muito esforço. Grufinda lhes entregou um tomo com anotações de Osvald que revelava alguns detalhes sobre a construção da fortaleza e do monstro que a assolava.

• Para salvar todas aquelas crianças, Lanâncoras e Landalfo fizeram um enorme túnel de portais. Os magos, despendendo uma grande quantidade de energia, criaram duas dúzias de passagens dimensionais e atravessaram com as criaças em fila um após o outro. Os quilômetros percorridos em poucos minutos os levaram até o lado da barraca do rei Éperus, que viu a chegada triunfal dos magos com mais de cinquenta resgatados. Restava a dupla de magos explicar ao restante do grupo tudo que haviam descoberto. O tomo de Osvald apontava que o monstro abaixo da terra era um devorador astral. Seriam eles capazes de enfrentá-lo?

Dantsem, dias 10 a 12 do mês da paz do ano de 1501.

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