sexta-feira, 1 de julho de 2016

(IL) 4.2 - Problemas pra quem procura

Lançado aos tubarões


Mardoc estava no porto Oeste de Muli aguardando o momento de embarcar e partir para Saravossa. Ele havia enviado uma mensagem para Servill avisando que estava partindo para a capital de Calco e que não acompanharia o restante do grupo. No meio da tarde do dia 10 do mês da vida o Roncador içou velas e partiu.

Era a primeira vez do guerreiro de Virena no mar. Dwonirv veio conversar por alguns instantes e lhe apresentou o capitão do navio. Mardoc não estava totalmente acostumado com o balançar, então logo partiu para sua cabine.

Durante a noite o anão foi convocado ao convés por um martelo vermelho, um dos guardas pessoais de Dwonirv. O guerreiro desconfiou da situação ao subir as escadas e ver uma roda de tripulação com Dwonirv ao centro. O anão que Mardoc investigava então afirmou:

"Ouvi que você estava me investigando em Virena. Os Martelos Vermelhos de Virena comem em minha mão. Você acha mesmo que poderia fazer alguma coisa naquela cidade que eu não saiba?"

Com essas palavras, Dwonirv ordenou que amarrassem Mardoc e o lançassem à prancha. O guerreiro ainda teve de escutar Dwonirv blasfemar contra Blator dizendo "Eu quero que Blator queime na fogo infernal".

Atirado ao mar, Mardoc precisou rapidamente livrar-se das cordas. As amarras não estavam tão firmes e o anão conseguiu nadar até a superfície. Contudo, era noite e a distância para a terra era de dezenas de quilômetros. O anão resistiu por algum tempo, mas perdeu a consciência sem perceber.

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Mardoc acordou pela manhã em uma praia. Ao seu lado estava uma pequenina que disse que havia lhe resgatado do meio do oceano. Ela contou sua história para ele:

Pequenina que
salvou Mardoc
Há boatos em Muli de que Dwonirv é um traficante de escravos. O irmão dela pode ter sido um dos sequetrados e vendidos em algum lugar. Ela havia se infiltrado no Roncador para tentar descobrir se algum prisioneiro seria colocado lá. Contudo, ao ouvir a conversa de Dwonirv e Mardoc, a pequenina achou que seria prudente salvá-lo, pois ele poderia dar-lhe alguma informação útil. Assim, logo que Mardoc foi atirado ao mar, a pequenina lançou-se em um bote auxiliar que ela havia escondido no Roncador e retirou o anão da água.

Mardoc prontamente disse para a moça de que seu irmão, um pequenino com uma cicatriz no lado direito do rosto, não estava nos prisioneiros de Virena. Ela ficou agradecida e preocupada.

Os dois encontravam-se em algum lugar de Calco, próximo a fronteira com Muli. A pequenina disse que conhecia uma pequena vila de pescadores próxima dali e que depois eles poderiam seguir para a estrada principal de volta à Muli.

Pagando uma dívida de honra?


Finwe educava o gigante com todo afinco. Sua intenção era integrá-lo à companhia Finwe mas, para isso, era preciso que ele tivesse modos mínimos. Daileon havia conseguido há poucos dias, de algum lugar desconhecido, algumas ovelhas para pastorear. Finwe pediu que o gigante escolhesse uma e então o mostrou como assar a carne. O gigante, empolgado, queria repetir mas foi impedido de matar mais uma ovelha naquele momento.

O bardo queria apresentar "seu" gigante para a sociedade de Principado Antigo e pediu à Maicow que levasse uma correspondência ao Duque de Marimonte solicitando autorização para que Daileon pudesse entrar na cidade. O retorno veio rápido, com o duque autorizando a entrada do gigante em Principado, desde que o Finwe se comprometesse a não causar confusão, e afirmando que o duque não se responsabilizaria pela segurança do gigante no caso de algo sair do controle. Finwe então combinou que em dois dias levaria Daileon até a cidade.

Na tarde daquele mesmo dia, no entanto, a fazendo onde Finwe estava com Maicow e Daileon recebeu a visita de cinco cavaleiros. Os cincos desmontaram seus cavalos e disseram que iriam matá-lo e lavar a honra da donzela filha do Lorde dos Morros, de Saravossa. Finwe, embora lembrasse do tal lorde, não recordava-se da moça - mas sabia que sua vida estava realmente ameaçada.

Finwe utilizou suas mágicas palavras para acalmar os ânimos dos inimigos ao pedir para pegar suas armas, para pelo menos ter alguma honra na batalha. Os cavaleiros permitiram e Finwe entrou rapidamente na casa. Ele encontrou-se com Maicow e pediu para o menino ir chamar o gigante, que pastoreava ovelhas no campo. O bardo escondeu-se em seguida, trancando por dentro um porão.

Os cavaleiros inimigos começaram a destruir a casa em busca de Finwe, até que ele ouviu a chegada de Daileon. Ao sair do porão, Finwe pode perceber um dos cavaleiros morrendo, outro ferido e os outros três lutando ferozmente contra o gigante, que também já estava ferido. O bardo, após alguma exitação, foi ao auxílio de Daileon e envolveu-se no combate.

A luta contra os guardas não durou muito mais tempo. Daileon se feriu bastante, mas nada que o impedisse de se mover ou andar. Finwe não foi atingido e conseguiu executar um dos inimigos. O único cavaleiro que permanecia vivo após o combate estava desacordado, em coma. No corpo de um dos cavaleiros o bardo foi capaz de encontrar uma carta com instruções.

Carta encontrada com os cavaleiros

Após a batalha Finwe resolveu ajudar Daileon com seus ferimentos. Contudo, o gigante não sentiu-se confortável com o tratamento do bardo e, por reflexo, deu-lhe um tapa que o arremessou a 4 metros. Finwe então achou melhor apenas oferecer bebida.

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Dois dias mais tarde Finwe levou Daileon em Principado Antigo. O bardo tomou uma precaução para não perder o controle: ele acalmou os ânimos do gigante com magia.

Os cidadãos de Principado Antigo estavam assustados com a criatura. Embora Daileon estivesse bastante amistoso e acompanhado por Finwe, ninguém se arriscava a chegar perto e as ruas estavam vazias por onde quer que eles andassem. Ao se aproximar de um comerciante, também nitidamente assustado, Finwe optou por usar sua magia de amizade para torná-lo mais suscetível a conversar com Daileon. Auxiliado por Finwe, o gigante conseguiu trocar com o comerciante uma moeda de ouro (posteriormente com o troco recebido) por algumas ovelhas.

O bardo podia concluir que sua visita na cidade fora um sucesso. Embora ele tenha tido que usar suas palavras mágicas contra o comerciante, ele também tinha convicção de que a Companhia Finwe ficaria na memória daquelas pessoas que o viram acompanhado de um gigante que fazia comércio.

De volta ao centro de Conti


Ark, Azurius, Servill e Zac estavam reunidos mais uma vez. Eles se encontraram na frente do templo da Tríade, onde Servil montou sua base em Muli. Após o pequenino bisbilhotar um pouco a tal carruagem blindada e Ark bater a algibeira de um curioso do templo, o grupo partiu em sua jornada de volta para Principado Antigo.

A longa viagem de três dias teve uma parada na Vila dos Pequeninos para que Servill pudesse rever sua esposa e filha depois de vários meses. Ark aproveitou a oportunidade de vários curiosos olhando a carruagem blindada para, mais uma vez, roubar a algibeira de um aldeão.

Em seguida, o grupo resolveu partir para Principado Antigo ou, mais precisamente, para a fazenda que Servill havia arranjado para Finwe passar seu tempo.

O quarteto chegou na fazenda de Finwe e percebeu Daileon ao seu lado. O bardo deu as boas vindas ao grupo e disse que havia tido alguns problemas há poucos dias e, por isso, a casa da fazenda estava parcialmente destruída.

A Companhia Finwe estava se reunindo mais uma vez e se preparando para dar continuidade a caça aos demonistas.

Conti, 10º ao 12º dia do mês da Vida do ano de 1500

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