O Chamado da Anciã
Descida Difícil
O grupo deixa o túnel da montanha e se depara com o grande vale verde onde se situa Odrenvil, o vilarejo Zumi para o qual se destinam. No entanto, eles ainda se encontram nas montanhas, em uma estreita beirada que tangencia a montanha e desce lentamente até a trilha abaixo.
Rector alça voo imediatamente para explorar o ambiente aberto e limpo, como há muitos dias não presenciava. Enquanto isso, algo no chão chama a atenção do Guia. Olgaria comenta com o grupo que há um posto avançado Zumi a pouco mais de uma hora da localização atual deles.
Enquanto o Guia detecta sinais de que mais de uma dúzia de orcs passaram pela mesma trilha há pouco tempo, Rector depara-se com um grupo grande, de pelo menos 30, mais acima em uma plataforma na montanha. O napol é alvejado por algumas flechas e contra-ataca. No entanto, ele não retorna imediatamente para o grupo, pois tenta distrair a atenção deles e não entregar a posição de seus companheiros. O Guia, enquanto isso, trata de apressar seus companheiros, na esperança de que todos cheguem no posto avançado antes que os orcs os encontrem.
Caçada na Montanha
Uma fuga tensa tem início na perigosa beirada da montanha. O boi que puxava a carroça esforçava-se para alcançar sua velocidade máxima, mas o terreno acidentado dificultava o trabalho. Enquanto isso, o Guia preparava o terreno para atrasar os perseguidores com seus poderes.
Rector não foi capaz de ludibriar os inimigos e precisou retornar para a comitiva antes de se ferir. Porém, os orcs levaram quase trinta minutos para avistar o grupo de aventureiros na beirada. Quando isso ocorreu, o batedor tocou uma corneta de ossos que ressoou pelo vale.
Os orcs atacaram os aventureiros de várias formas. Quando tentaram atirar rochas de um ponto mais alto da montanha, foram alvejados por Rector, que conseguiu distraí-los e conceder tempo para o grupo atravessar o ponto de ataque.
Quando avistaram o pelotão orc, o Guia resolveu invocar uma habilidade animal para ampliar sua velocidade e ir até o posto avançado para convocar reforços. Ele sabia que a única chance dos aventureiros seria se angariasse apoio dos Zumis.
O encontro do Guia com o posto avançado Zumi por pouco não acabou em tragédia. Os arqueiros estavam perto de alvejá-lo quando ele gritou os nomes de Iuna e Olgaria, fazendo-os baixar as armas. Thirna e Erman, os dois caçadores que comandavam o pelotão no posto avançado, fizeram seus subordinados se prepararem rapidamente e subiram a ladeira. O Guia, mais rápido, foi na frente e logo conseguiu retornar para seus companheiros.
Uma parte dos orcs alcançou o grupo antes que o reforço chegasse. O confronto na beirada foi brutal. Garuk tomou a dianteira e conseguiu resistir bravamente até o retorno do Guia. Um dos orcs foi derrubado ladeira abaixo, mas Rector também se feriu durante a batalha.
Os orcs recuaram assim que viram os guerreiros Zumis subindo a cornija. Olgaria e Iuna correram ao encontro de seus compatriotas dizendo "Tio Erman", revelando que um dos comandantes era seu parente.
Os guerreiros Zumis receberam bem os aventureiros. Eles foram levados até o posto avançado e convidados a pernoitarem ali para recuperarem-se da longa viagem. No entanto, como se tratavam de mais três horas de caminhada até Odrenvil, o Guia e os outros resolveram seguir viagem e concluir o longo caminho desde Nesfes.
O Sussurro da Aurora
O grupo entra em Odrenvil e é levado imediatamente para a presença de Herda, a anciã. Ela vê o grupo com expectativa e logo revela uma conexão espiritual que já os anunciara antes de sua chegada. Segurando um amuleto com um pálido brilho vermelho que ela carregava em seu peito, Herda olhou fixamente para cada um dos aventureiros. O objeto que ela carregava era muito semelhante, ou talvez igual, àquele que o Guia havia obtido de Dagomir.
Garuk revelou o prisma cristalino para a anciã, fazendo-a mencionar uma "Aurora Gelada". Conforme Herda, este é o nome de uma divindade ancestral adormecida que estava prestes a despertar.
Herda contou ao grupo a lenda da Aurora Gelada. Esta lenda dizia que ela era uma divindade de luz que nasceu do coração das Geleiras e do orvalho das primeiras auroras; que era a mãe que despertava o mundo do inverno; que possuía um coração pulsante, um prisma cristalino que irradiava o calor e as cores do amanhecer. Segundo a lenda, as geleiras tiveram vales verdes, como aqueles em que eles se encontravam, e o despertar dela, que dava sinais de estar próximo, poderia trazer tudo isso de volta.
Quando a Aurora Gelada deixou o mundo, seis fragmentos de cristal ficaram para trás. Estes fragmentos Herda chamou de Corações d'Aurora. O amuleto dela era um deles, e tudo indica que aquele que o Guia obteve de Dagomir era outro. Conforme a história, cada Coração d'Aurora possuía um poder inerente a ele, como o dela, que lhe permitia ver o futuro.
Herda sugeriu que os aventureiros, os quatro, eram parte de uma composição maior que ajudaria a trazer a Aurora Gelada de volta para este mundo. No entanto, o Guia estava claramente cético quanto a isso. Garuk e Amstel ficaram indiferentes, enquanto Rector pareceu um pouco surpreso, embora ainda receoso.
Os aventureiros foram para uma residência preparada por Olgaria e exigiram seus pagamentos. A Zumi lhes deu dois cavalos e disse que pela manhã eles poderiam conversar mais.
Durante a madrugada, o Guia deixou a casa em que estavam para refletir sozinho sobre o galho de uma árvore. O sekbete pegou o Coração d'Aurora que Dagomir lhe presenteara e tentou extrair dele alguma energia, mas nada aconteceu. Qualquer que fosse o poder que aquele objeto possuísse, se o possuísse, ainda não estava desperto.
Para os Ventos do Sul
Os aventureiros saíram todos juntos pela manhã, com exceção de Rector, que ficou para trás em sua casa dos sonhos. O napol aproveitou para voar livre pelos campos depois que os outros deixaram a casa. Ele foi até um rio ao oeste da cidade e deslumbrou-se ao ver que o vale era fértil como nenhum outro lugar no entorno daquelas terras geladas.
Enquanto isso, Amstel conseguiu um acordo melhor com Erman. Ele trocou seu boi e sua carroça por mais um cavalo e três conjuntos de alforjes para os animais que agora possuíam. Isso lhes permitiria carregar quase tanto peso quanto já estavam carregando com a carroça, mas os tornaria mais ágeis.
Olgaria levou os outros dois para encontrar Ormar, o ferreiro, para que ele pudesse fornecer um punhal para o Guia. Garuk ainda não havia recebido um prêmio individual, e alegava que ainda precisava de uma recompensa.
Rector retornou de seu passeio direto para encontrar a anciã. Neste encontro, Herda teve uma nova visão. Ela disse que a Aurora Gelada estava despertando e que uma voz antiga dizia que os aventureiros deveriam ir para Uno. Ela mencionou que a cidade era o lugar onde o coração original repousava e onde todos os fragmentos de Corações d'Aurora poderiam ser reunidos, permitindo que o mundo se lembrasse novamente da Aurora Gelada.
Olgaria, Garuk, Amstel e o Guia foram chamados de volta para se encontrarem com Herda assim que ela teve a nova visão. O grupo se reencontrou na presença da anciã, e ela disse que a missão fora dada a eles, e que não havia o que eles pudessem fazer para escapar dela. No entanto, o Guia permanecia cético. Os outros, no entanto, pareciam estar dispostos a aceitar a jornada.
Assim que Herda terminou, Olgaria disse que faria a jornada. Herda disse que ela não fazia parte da mensagem que ela recebera, mas a jovem ignorou. "Eu achei o cristal", dizia ela, alegando que também fazia parte do destino grandioso de despertar a Aurora Gelada.
Os aventureiros estavam deixando a presença de Herda quando ela disse ao Guia: "procure Thirna, ela tem algo que vai despertar seu interesse".
Thirna estava arrumando toalhas bem tecidas em um varal quando o grupo a encontrou. Olgaria disse que a anciã havia enviado o Guia ali, pois ela deveria ter algo do interesse dele. A caçadora ficou surpresa e disse não saber do que ela estava falando. No entanto, enquanto fazia isso, ela revelou, debaixo de uma das toalhas que arrumava, um tecido em couro que fora parte de uma armadura. Este tecido tinha o símbolo de Aymon Ghevra, o mestre do Guia. O sekbete pediu a peça imediatamente. Ao pegá-la, sentiu o cheiro de seu amigo Thal, por quem procurou por anos.
A conversa com Thirna prosseguiu por mais alguns instantes. O Guia estava muito interessado em saber onde ela havia encontrado aquele pedaço de armadura, e a caçadora disse que estava com ela desde o inverno passado, quando trocou com alguns mercadores de Telas, ao sul.
Com a nova descoberta, o Guia decidiu: ele acompanharia o grupo na jornada até Telas, embora tenha tentado desmotivar Olgaria a fazer o mesmo. Não adiantou. O grupo que partiria em uma jornada pelo despertar da Aurora Gelada era Garuk e o Guia, sekbetes, Rector, o napol, Amstel, o elfo, e Olgaria, a humana.
Odrenvil, dia 11 do mês da Paixão de 1502 DC, data dos reinos.
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