sexta-feira, 4 de julho de 2025

(EE) Sessão 04

Custo-benefício

    Van, TR e Star aguardavam ansiosamente pela Imperatriz Errante. A instalação dos dispositivos eletrônicos contratados pela missão havia se tornado uma tarefa muito mais complicada do que haviam planejado inicialmente.

    No espaço, James recebia algumas instruções de Van sobre como executar a manobra Razor, uma técnica de pilotagem tudo ou nada, que Van recomendava para aterrissar a nave próximo ao grupo. No entanto, o militar não se sentia à vontade para realizar a manobra sugerida e respondeu que executaria a aproximação utilizando seu próprio repertório de manobras.

    A aproximação da atmosfera revelou-se o primeiro desafio. Baraccus conseguia manter os sensores operacionais, mas, mesmo assim, James tinha dificuldades em manter a nave no ponto de destino, pois as fortes tempestades empurravam a Imperatriz para longe.

    Os tripulantes em solo avistaram a nave cortando as nuvens poucos instantes após o último contato com James. A Imperatriz surgiu distante, voando em baixa altitude, com muita oscilação. James lutava para manter o curso, enquanto Baraccus se esforçava para estabilizar os computadores. A manobra do piloto reserva parecia fadada ao fracasso, mas, no último instante, os propulsores cumpriram seu papel e, com uma retomada poderosa, James conseguiu trazer a Imperatriz junto ao solo e aterrissá-la muito próximo do restante do grupo.

    Ainda assim, James não teve um sucesso absoluto. Na retomada, a nave acabou colidindo com o solo. O impacto foi majoritariamente absorvido pelos escudos e pelo casco, mas os danos à estrutura certamente custariam mais do que o grupo estava preparado para gastar.

    Reunidos novamente na órbita de Hades, os viajantes calcularam os prejuízos e avaliaram se seria prudente continuar a missão. Ao consultarem o porto, descobriram que os reparos custariam cerca de Cr$ 75.000. Diante disso, decidiram renegociar os termos com Kael.

    TR e Star desembarcaram no porto espacial de Hades, distante do local onde Arturus havia autorizado a aterrissagem deles alguns dias antes. A dupla utilizou os elevadores magnéticos subterrâneos e seguiu rapidamente até o centro financeiro, onde o prédio do Barão Theron se destacava entre os demais.

     O não humano que guardava a entrada autorizou a passagem dos dois sem questionamentos, como se o prédio fosse frequentemente visitado, apesar de estar vazio naquele momento. Os dois se viram em um amplo saguão, diante de um balcão de atendimento onde meia dúzia de mulheres trabalhava, a maioria ocupada em conversas por comunicador.

    A conversa com a recepcionista foi rápida. O grupo solicitou uma reunião com o Sr. Kael e, poucos minutos depois, recebeu a confirmação de que seriam atendidos. Contornaram a grande coluna central do saguão e acessaram os elevadores, cujas entradas ficavam discretamente na parte traseira da coluna.

    TR e Star subiram até o terceiro andar, onde encontraram um ambiente tipicamente corporativo. Havia muitas salas com portas fechadas, e uma delas, a 307, era a de Kael. Após anunciarem-se, entraram e encontraram o representante do barão em aparente bom humor.

A conversa rapidamente tomou um tom mais sério. TR solicitou mais créditos, argumentando que a missão havia se revelado muito mais difícil do que Kael sugerira no início. Convencido pelos argumentos do psi — que sabiamente não utilizou seus poderes para influenciar a negociação —, o representante alterou os termos do contrato:

    A conversa com ele logo tomou um rumo sério. TR pedia mais créditos, pois a missão se revelara muito mais difícil do que Kael havia sugerido no começo. Convencido pelos argumentos do psi, que sabiamente não fez uso de seus poderes para influenciar a conversa, o representante mudou os termos do contrato:

  1. A Imperatriz Errante seria reparada dos danos sofridos até então, sem custos para o grupo;
  2. Os viajantes receberiam o valor dos bônus e mais, totalizando Cr$ 240.000, caso concluíssem a missão com sucesso;
  3. No entanto, o novo prazo foi fixado em 5 dias. Se não cumprido, os viajantes não receberiam nada.

    TR levou os novos termos a seus companheiros, que hesitaram. Porém, após avaliarem os riscos e considerando que já conheciam o novo ponto, decidiram aceitar.

    Enquanto TR negociava, Van dirigiu-se à loja de aluguel do VTT para devolvê-lo. Chamou novamente Nyra para intermediar o processo, e ela conseguiu ativar o seguro contratado. Depois, o piloto alugou um novo veículo, idêntico, para que a próxima expedição pudesse ser realizada. Star preocupou-se em adquirir trajes mais adequados ao ambiente hostil do polo, garantindo que o grupo estivesse totalmente equipado para a perigosa missão.

    Nyra foi novamente contratada para cuidar da documentação que autorizaria os viajantes a deixarem o porto. Com a rota traçada para o polo norte mais uma vez, alçaram voo rumo à órbita.

Sistema Hades, data imperial 15-1100

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