sexta-feira, 27 de agosto de 2021

(SG) Sessão 84

As opções do triunvirato

• O trio que estava em Efrin seguia Loniân para entrar pela passagem secreta de acesso à Efrin. Eles avançaram pela floresta ao leste da cidade e entraram em uma porta secreta metálica que estava encoberta por vegetação. Do lado de dentro um corredor quase abandonado, mas com tochas acesas. Eles passaram por vários cruzamentos não iluminados até que finalmente chegaram a uma nova porta metálica. Loniân abriu-a igualmente, com uma chave grande quase do tamanho de um antebraço humano e movimentos bem coordenados na fechadura. A porta deu acesso a uma biblioteca restrita, com pouca vigilância. Segundo o arauto o palácio não possuía muita proteção, uma vez que ninguém além dos próprios sumo sacerdotes circulavam livremente por lá.

• Esgueirando-se novamente pelos corredores do luxuoso, mas mal cuidado, palácio de Efrin, os aventureiros conseguiram chegar até a grande sala de reunião onde o triunvirato de Eredra os aguardava. Columbano, Imiliatânis e Ariberto sentaram-se aos três vértices do norte de uma enorme mesa hexagonal e pediram que o trio de Dantsem fizesse o mesmo.

• A conversa com os três sacerdotes resultou em duas alternativas para o grupo. A primeira seria buscar a "Semente da Luz", um objeto sagrado de grande poder que está nos túneis sobre a cidade. Este objeto está protegido por uma criatura poderosa que fora colocada lá sob comando do triunvirato, Porém eles perderam o poder sobre ela há muito tempo e a Semente de Luz também se perdeu. A posse dessa Semente seria vital, uma vez que poderia trazer de volta a vitalidade dos campos de Eredra que os Volins vem danificando e, com isso, os sacerdotes gozariam de mais prestígio e influência para insuflar uma rebelião contra os bárbaros. A segunda alternativa seria ir até Itéria e convencer Horen Vigia, o conselheiro do Tu-Portentâ, de que a guerra dos verrogaris tem implicações muito maiores do que parece. O grupo acabou acatando esta opção, uma vez que parecia trazer retorno mais rápido. Imiliatânis deu a eles uma carta para ser entregue ao conselheiro quando eles tivesse a chance.

Ariberto, Columbano e Imiliatânis, sumo-sacerdotes de Quíris, Sevides e Líris em Efrim

Horen Vigia de Itéria

• O voo até Itéria não demorou para ser concluído na forma de uma águia. Entrar na cidade não foi de grande dificuldade, uma vez que a cidade, apesar de capital real, não possuía nenhum prisioneiro, como era o caso do triunvirato em Efrin. Encontrar Horen Vigia também não foi difícil, graças a orientação de Loniân. Rapidamente o grupo se dirigiu até a casa do conselheiro, onde monstraram-lhe o Olho Profano de Morrigalti a fim de convencê-lo da gravidade da situação. Com a presença maligna que o objeto trazia, Horen não teve outra alternativa senão acreditar. Ele garantiu que faria tudo que pudesse para convencer o Tu-Portentã Veinor sobre a situação da guerra, mas que levaria alguma semanas para que conseguisse mobilizar tropas, especialmente para se opor à Verrogar.

• Tendo feito tudo que era possível em Eredra, Lanâncoras, Pedodes e Torin voltaram a transformar-se em águias e rumaram para Léom novamente.

. . .

• Cóquem, Landalfo e Kaiser planejavam uma forma de abordar Hamônd. Depois de um bom tempo de conversa, o trio chegou a uma estratégia: Landalfo e Cóquem iriam interpeceptá-lo em sua casa, enquanto Kaiser e Arnieta ficariam ocultos e tentariam esgueirarem-se em sua casa assim que ele saísse.

Hamônd

• O início da estratégia deu certo. Landalfo e Cóquem conseguiram chamar a atenção do homem e começaram a conversar com ele. Mesmo sugestionado pelas palavras do bardo, Hamônd era esperto e evitava respostas objetivas. Ele também estava apressado e repetia seguidamente que não poderia chegar atrasado para sua função. Cóquem insistia nas perguntas para tentar revelar uma simpatia pela seita, mas o soldado não dava seu braço a torcer.

• Em determinado momento Landalfo detectou que Hamônd carregava dois objetos mágicos: uma espada e um anel. Sugestionado, o humano entregou a espada para que o mago analisasse, mas ele não tirou seu anel mesmo sob efeito de magia. Irritados pela reação do homem que já insistia que deveria retornar para sua função, Landalfo abriu um portal e, dizendo que os levaria direto para o posto que ele se dirigia, enganou-o e transportou-o para o quarto do alquimista no Castelo das Brumas. Ali eles imobilizaram o soldado em uma cadeira e começaram a interrogá-lo.

• Aproveitando a ausência do dono da casa, Kaiser e Arnieta procuraram um local para entrar na residência. Eles arrombaram uma janela nos fundos, mas foram vistos e a guarda foi alertda. Arnieta disse para que o Marquês entrasse enquanto ela iria distrair os perseguidores, o que deu tempo para Kaiser explorar o local de Hamônd.

• A residência era um local pequeno e dividido em dois cômodos. Kaiser abriu baús, um guarda roupa, revirou a cama e todo o quarto por onde entrou, encontrando charutos, folhas secas e animais dissecados, colocando tudo que podia em sua sacola. Também encontrou sob o colchão uma grande quantidade de pergaminhos e um medalhão com um símbolo que ele não reconheceu. Prensou tudo o mais que pode e, como da outra vez, jogou em sua sacola para levar.

• O arqueiro avançou para o outro cômodo, que servia tanto como cozinha quanto como sala. Viu um pequeno ídolo de Blator sobre a mesa, bem como cinzas de pergaminhos na lareira. Pegou o ídolo. Ele acabou sendo interrompido por guardas que foram investigar o que havia acontecido. Para evitar os inimigos ele se ocultou na chaminé da lareira bem a tempo de evitar que os guardas que entraram pela janela quebrada o vissem. Eles permaneceram alguns minutos, reviraram algumas coisas e, depois, partiram, dando a oportunidade de Kaiser terminar de investigar a residência, mas nada mais foi encontrado. Assim, ele retornou até o castelo e foi direto encontrar-se com Landalfo e Cóquem.

• Kaiser, Landanfo e Cóquem estavam reunidos com Hamônd no quarto do alquimista. Eles seguiram interrogando o soldado que a esta altura já se encontrava dominado pelo encantamento do bardo. Mesmo assim ele não aceitava tirar seu anel. O objeto só saiu de sua mão depois que Cóquem o nocauteou com um soco forte e o pôs no chão, dando a oportunidade para que Landalfo o pegasse de seu dedo e colocasse nele mesmo imediatamente. A maldição do anel estava sobre o alquimista, mas ele tinha a certeza de que seria capaz de conter o mal que ela provocaria.

• As cartas que Kaiser havia conseguido foram analisadas pelo grupo. Dentre várias, eles destacaram uma série de mensagens que Hamônd trocava com uma mulher chamada Londis, na Crássia, e desde há muitos anos. Katrius chegou ao quarto de Landalfo e viu a situação de Hamônd. Ele não gostou muito doque vira, mas entendeu a situação. Uma mensagem chegou ao general dantseniano durante o interrogatório: a mensagem de Escarlon havia se espalhado. A notícia, fantástica para os planos de Dantsem, mudaram o humor de Katrius que logo saiu para fazer preparativos para a próxima e decisiva batalha.

• O grupo explicou a situação para Éperus assim que o reencontrou. Eles disfarçaram a situação de Hamônd e não disseram o que fizeram com ele. Antes de partirem para reencontrarem-se com Hulôn e pegar o diário copiado eles confirmaram ao herdeiro de Verrogar de que ele estaria junto no encontro com a bruxa logo à noite.

• A falsificadora não conseguira falsificar todo o diário a tempo. Cóquem pediu-lhe que copiasse tudo o mais rápido que poderia até o final do dia, e assim a deixaram. Conforme esperado, ela conseguiu cumprir a tarefa parcial. Faltava entregar a capa, mas esta parte não necessitava de tanta pressa, uma vez que Cóquem a entregaria apenas em troca da remoção da maldição sobre ele.

• Como havia sido combinado, Éperus acompanhou Landalfo e Cóquem na casa de Rarder para fazer a troca com Élean. Kaiser achou mais prudente não ir, uma vez que não confiava em si mesmo para não atacar a bruxa. O alquimista e o bardo passaram boa parte do caminho acalmando o herdeiro de Verrogar e pedindo que ele não agisse por impulso com a bruxa, uma vez que isso poderia colocar em risco a vida de sua irmã. No entanto, às portas da humilde residência de Rarder, foi Éperus quem percebeu sangue em frente da porta arrombada.

Dantsem e Eredra, dia 25 do mês da água do ano de 1501.

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