sexta-feira, 20 de agosto de 2021

(SG) Sessão 83

Lidando com o fracasso

• O grupo ainda estava decidindo o que fazer. Pedodes queria ir até Léom para ver como Éperus estava, mas Landalfo e Cóquem desejavam dividir o grupo, enviando uma parte deles até Efrin para falar com o arauto que Józ havia mencionado. Depois de algum tempo discutindo, decidiram que todos iriam até Léom e na manhã seguinte se dividiriam, com uma parte indo até Efrin e outra ficando em Léom para acompanhar a situação da guerra, bem como tentar contato com Élean para renegociar os termos para ela revelar como quebrar a maldição.

• O voo até Léom levou pouco mais de uma hora. Como já de costume, a forma de falcão os faz percorrer longos caminhos rapidamente. Apesar da hora tardia, o grupo foi até o templo onde Ildra sofria seu flagelo. Éperus estava lá, parecia muito cansado, mas orava ao lado da cama da irmã. Ficou bastante decepcionado ao ouvir que eles não trouxeram a solução para a irmã, mas compreendeu a situação. As promessas de que os aventureiros iriam tentar um novo acordo com a bruxa e iriam reencontrá-la o mantiveram calmo, mas ele estava decidido a participar desse próximo encontro. Antes de se despedirem, ainda perceberam a péssima aparência da jovem flagelada. Suas unhas, amareladas, haviam crescido exageradamente nos poucos dias que haviam se passado.

• Já no castelo, assim que se alojaram em seus quartos, mas antes de se acomodarem para o descanso, foram convocados pela majestade para a sala de reuniões. Lá encontraram-se com Lidjinir e a rainha Mirna. Ela manifestou sua preocupação com o herdeiro de Verrogar, dizendo que temia que ele estivesse duvidando de sua fé. A rainha foi enfática em dizer que nem toda vitória do mal ocorria através de magia, mas que ele conquistava o coração das pessoas aos poucos, através de pequenos detalhes do cotidiano. O grupo pode finalmente descansar depois da reunião.

• O rei Azuma teve um encontro com o grupo logo cedo na manhã seguinte. Ele já havia tido conhecimento do desfecho que os aventureiros haviam tido com a bruxa, mas precisava atualizá-los sobre a guerra e sobre os próximos passos a serem dados. As tropas verrogaris pareciam mais apressadas do que há poucos dias e os novos cálculos de Katrius estimavam que eles levariam de 5 a 10 dias para chegarem aos portões da capital. Aproveitando a oportunidade, o grupo pediu que um falsificador experiente fosse trazido até eles com urgência, já que precisariam deste serviço para copiar o diário de Ledâm.

• A próxima parada foi mais uma vez o templo onde Ildra estava. Depois de uma desconfiança ao ver o corpo da moça, Pedodes fez nova análise e acabou por perceber o mal que afligia a jovem: ela estava a se tornar uma vampira. Como ele, Lanâncoras e Torin viajariam para Efrin, pediu para Lia permanecer e ficar de olho em Éperus em seu lugar. A sós com Torin, o herdeiro de Verrogar desabafou para o anão. Ele demonstrou toda sua frustração com os deuses e revelou que se apoiava na brava história de Torin e em sua experiência tão pessoal com Crizagom, que um dia o salvara da morte certa no último momento, para continuar a crer que as forças divinas poderiam ajudar sua irmã. O guerreiro prometeu que daria sua vida para salvar a da moça, e então partiu.

• Landalfo e Cóquem não perderam tempo depois que o vingador partiu em sua jornada e foram à procura de Rarder, o necromante. O velho humano os recebeu com receio de que o vingador estivesse próximo, mas se tranquilizou depois que soube da situação e de receber alguns presentes do alquimista. A dupla o colocou à par da situação de Ledâm e de Élean e perguntou se ele conhecia algum dos dois. Ouviram o necromante afirmar que conhecia um pouco de ambos, mas que tivera relações mais próximas com Élean. Segundo ele, se a bruxa já estava em Léom ela poderia ser atraída por algum presente, como uma caveira de criança. Assim, Landalfo tratou de modificar uma caveira de cão na de um ser humano para atraí-la o quanto antes. Saíram com a esperança de terem um encontro o mais breve possível.

Hulôn

• A pessoa com habilidades de falsificação que a coroa recomendou chamava-se Hulôn. Eles foram até a casa indicada e se depararam com uma humana e sua filha com cerca de dez anos. Ela exitou um pouco em fazer o serviço proposto nos 2 dias que lhe foram dados, uma vez que afirmava ser possível fazê-lo em 7, mas acabou aceitando fazer uma cópia fiel do diário. A conversa também a intimidou bastante, com Cóquem e Landalfo reiterando inúmeras vezes o quão perigosas as palavras contidas ali eram e como Hulôn ou sua filha não deveriam, de forma alguma, lê-las em voz alta.

• O encontro entre o grupo que ficara em Léom e a bruxa ocorrera na noite de Sagaeti daquela semana. A reunião na casa de Rarder começou com Élean chegando transformada em um humano. Eles então começaram a tratar dos termos para entregarem o diário de Ledâm para ela, bem como a remoção da maldição de Cóquem. Quanto a primeira tarefa, a bruxa explicou que tinha como reverter a transformação que Vandros, o vampiro, estava impondo sobre ela, embora não fosse garantido que sua mente permaneceria a mesma. Quanto à segunda tarefa, Élean disse que poderia aprisionar os demônios que faziam o contato entre Cóquem e o príncipe infernal e cortar a ligação para quebrar a maldição. Eles combinaram novo encontro no dia seguinte para fechar o acordo, quando entregariam o diário de Ledâm para ela e seria-lhes revelado como quebrar a maldição sobre Ildra.

A motivação da bruxa
Élean deseja criar a vida. Ela tem juntado corpos por toda a Tagmar e os reanimando para tentar construir uma criatura mais forte, mais esperta e mais fiel.
Sua maior ambição é criar uma alma. Para isso, ela crê que pode fazer uso de um corpo celestial. No entanto é muito difícil conseguir um desses, pois eles são dissolvidos assim que derrotados em combate. Além disso, nenhum sacerdote os chamaria de boa vontade apenas para ser sacrificado.

• O trio transformado em falcões por Lanâncoras já estava chegando nos arredores de Efrin quando Pedodes percebeu que o enviado que ele despachara para Luna se dissipou, possivelmente por ter concluído sua tarefa, considerando o tempo que levou. Com isso, uma nova esperança de que a Ordem da Noite Eterna pudesse enviar ajuda se fortalecia.

• Ainda na mesma noite, Lia chamou Cóquem para conversar sobre algumas coisas que a incomodavam. Ela estava tentando se aproximar de Éperus como amiga, como Pedodes havia aconselhado, mas o aspirante a monarca havia estabelecido uma ligação com um soldado que sempre estava de serviço durante o dia e que lhe parecia de certa forma prejudicial, ou pelo menos suspeita. Ela não sabia dos assuntos entre eles porque as conversas sempre se encerravam quando ela se aproximava. Assim, Cóquem traçou um novo objetivo: conhecer tudo sobre este soldado chamado Hamold. Éperus, o primeiro a ser questionado sobre esta pessoa, já adiantou que o considerava um bom amigo.

Loniân de Efrin

• O vingador orou por Sevides apertando o amuleto dado por Józ. Ele queria convocar Loniân, mas ao mesmo tempo acabou tendo uma inspiração muito maior. Sevides, deus da Agricultura, o agraciou com sua própria dádiva. O meio-elfo apareceu para eles cavalgando um alazão alguns minutos depois. Ele trazia conhecimento de coisas que não tinha visto e acabou se revelando um oráculo. Mesmo assim, ele afirmou que precisaria de provas contundentes para fazer com que o triunvirato recebesse o grupo, e estas vieram na forma do Olho Profano que Pedodes trouxera consigo. O arauto partiu às pressas de volta para dentro dos muros de Efrin em seu cavalo branco a fim de tentar convecer o triunvirato e o governo Volin a deixar os heróis de Dantsem entrarem.

• Enquanto isso, em Léom, Cóquem descobrira que o soldado Hamold vivia sozinho na periferia da cidade. Ele tinha uma irmã que era casada e tinha filhos, mas ele próprio era bastante sozinho. Servia o exército há algum tempo, mas não haviam muitas informações sobre ele, nem muitos amigos para contatar. O próximo bater de asas do napol seria para conhecer o soldado pessoalmente na esperança de saber se ele representava algum risco para os planos de Dantsem.

• Loniân retornou em poucas horas. O meio-elfo não trouxera a mensagem ideal, mas ainda assim poderia ter sido pior. O triunvirato aceitaria vê-los, mas o governo Volin não os deixaria entrar em Efrin. Porém, ele mesmo veio com a solução: infiltraria os aventureiros pelos túneis secretos sob a cidade sagrada, o que os levaria diretamente aos sumo-sacerdotes. Aqueles túneis não eram de conhecimento dos Volins e estavam vazios há décadas. Por isso, havia o risco de algum monstro ter feito deles seu covil. Mas era a única chance que Landalfo, Lanâncoras e Pedodes tinham de verem o triunvirato e talvez conseguirem seu apoio contra os demonistas e, com um pouco de sorte, fazer com que essa influência motivasse o povo de Eredra a apoiar a causa dantseniana. Não havia dúvidas: aceitaram o plano do oráculo.

Dantsem e Eredra, dis 23 a 25 do mês da água do ano de 1501.

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