sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

(SG) Sessão 55

As revelações do caminho

• Depois de passarem alguns dias no vilarejo, o grupo resolveu partir pela estrada principal. Na viagem ele invocou seu novo aliado, Alcabion, que substituiu Alcax. Após um dia de viagem eles encontraram uma grande taverna sozinha à beira da estrada. Para ter certeza de que era seguro, Kaiser e Cóquem foram na frente para investigar o local e fazer algumas perguntas enquanto o restante do grupo preparavam as bagagens logo a frente.

• Os dois aventureiros se surpreenderam quando se depararam com um pelotão verrogari comemorando na taverna. Um oficial se aproximou do balcão enquanto Cóquem conversava com o Taverneiro. Ele se apresentou como o General Verdígius Avios, o terceiro em comando nas tropas verrogaris. Com seu carisma notável, o bardo conseguiu conquistar a simpatia do sisude general. Enquanto isso, Kaiser correu até o grupo para buscar veneno com Pedodes. O arqueiro retornou rapidamente e tratou de colocar rapidamente na bebida do general enquanto Cóquem o distraía. No entanto, antes que ele pudesse beber, um subordinado se aproximou e lhe disse "Código 13", o que o fez sair imediatamente e juntar seus soldados do lado de fora.

• Cóquem percebera que o "Código 13" tinha alguma relação com os aventureiros e isso despertou a desconfiança do grupo. Kaiser começou a cogitar um ataque contra o general, uma oportunidade única de atingir alguém tão influente nas fileiras inimigas, mas o grupo não achou prudente se expor sem ainda ter alcançado seu objetivo maior, que era apresentar Éperus para Escarlon. Assim, depois de muito discutir, os aventureiros viram Verdígius ordenar que seus homens se espalhassem ao redor da taverna e tomassem posições de guarda, enquanto ele e alguns poucos soldados permaneceriam alojados no estabelecimento. Kaiser, ao contrário do restante do grupo, resolveu passar a noite no campo, longe da estalagem, a qual temia ser parte de alguma armadilha.

• Na manhã seguinte o grupo se deparou com um novo pelotão verrogari a se juntar ao de Verdígius e então partir para Fontenova. Os aventureiros ouviram mais de uma vez o destino dos inimigos e chegaram a ficar curiosos sobre o que poderia estar ocorrendo por lá. Mesmo assim, partiram em sua jornada rumo a Lutrúcia.

• A chegada na cidade de Entremontes ocorreu no meio da tarde. Kaiser ainda sugeriu que ele forçassem a marcha até Lutrúcia, um trajeto que levaria cerca de mais 7 ou 8 horas, mas foi voto vencido quando colocou a alternativa para o grupo. Assim, eles acabaram alugando quartos na taverna Rei Enganado e cada um foi para seu quarto descansar.

• Kaiser foi até o centro da cidade e visitou uma herborista. Sua intenção era comprar por venenos e emplastros curativos. A herborista lhe indicou algumas misturas venenosas e curativas, espcialmente antídotos, que o arqueiro acabou comprando.

Lia, Sacerdotisa de Cruine

• Pedodes e Alcabion perguntaram por algum templo de Cruine e ficaram sabendo que há uma pequena capela guiada pela sacerdotisa Lia, nova no comando. A humana, muito bonita, ficou muito surpresa e honrada em ver o vingador de Cruine. Ela recebeu a dupla muito bem e lhes serviu chá. A mulher não hesitou em responder nenhuma pergunta do sacerdote. Revelou o boato de que o rei Attos II está fortalecendo o exércio em Fontenova a fim de iniciar uma guerra contra Filanti. Também falou sobre os cavaleiros em armaduras negras que o grupo viu na estrada. Também destacando que sabe apenas de boatos, ela disse que eles são arautos da destruição, provavelmente demonistas que sempre são vistos a noite e próximo de acontecimentos terríveis.

• A conversa com a sacerdotisa levou Pedodes a explicar seu pseudo trajeto, dizendo que são peregrinos em missão de Cruine. Lia então se ofereceu para acompanhar o grupo até Lutrúcia. O vingador não confirmou que ela poderia acompanhar, mas se comprometeu a voltar ao templo para lhe dar uma resposta definitiva.

• Cóquem ficou na taverna e fez perguntas sobre Brudegar. Descobriu que o anão comanda a taverna Lobo Marinho em Lutrúcia e que visita ocasionalmente Entremontes. Ele é duro de negócio e uma pessoa que muitos conhecem. Enfim, ele foi apresentado a um humano que viaja muito entre o porto de Lutrúcia e a cidade de Entremontes e que conhecia Brudegar pessoalmente. O humano revelou que o taverneiro de Lutrúcia gosta de jóias, vestindo sempre um anel com uma pedra azul e um colar com uma pedra vermelha. Sobre os cavaleiros de armadura negra, o humano disse que eles são uma lenda.

• Cóquem, imaginando que o humano sabia mais do que estava revelando, usou seus encantamentos para torná-lo mais amigável. Assim, o viajante disse que já ouvira falar dos cavaleiros, mas que acreditava mesmo que se tratava de uma lenda. Alguns boatos os relacionam com o rei Attos II, outros apenas com o General Idhor Maximus, e outros ainda dizem que são demonistas. Porém, o que mais lhe preocupou foi quando o humano disse já ter ouvido o nome Cóquem no porto há cerca de uma semana. Segundo ele, os militares andaram procurando por alguém com este nome. Esta pessoa seria parte de uma tropa de elite dantseniana e um inimigo de alta prioridade de Verrogar. No entanto, o novo amigo do bardo aceitou facilmente que não se tratava daquele à sua frente, já que o nome não era inteiramente igual ─ Cóquem não se apresentou com o nome -Etú ─ e não era meio pássaro como a descrição que os soldados descreviam ─ Cóquem estava transformado em humano.

• Finalmente, Cóquem ficou sabendo que o nome do general Afren surgiu há pouco tempo como um general de grande destaque no reino. Ele era influente e possuía muitos contatos, o que lhe garantiu muitos sucessos rápidos. Antes de se despedir, Cóquem reforçou que o seu novo amigo não lhe chamasse de Cóquem, mas apenas por seu "sobrenome" Sigs.

• Com as novas informações em mãos, o grupo começou a cogitar mudar de estratégia e abandonar o disfarce de comitiva de Cruine. Haviam duas partes difíceis nessa estratégia. A primeira foi convencer Pedodes a não ostentar seu símbolo de Cruine por onde estivesse. A segunda foi convencer Torin a não ser um anão. A primeira tarefa foi concluída com êxito. Já a segunda foi impossível, mas o grupo conseguiu pelo menos fazê-lo adotar uma aparência diferente.

• Depois de determinarem como seguiriam a última etapa da viagem, eles abriram a caixa de jóias que encontraram no templo e que seria ofertada por Karr para Verrogar. Ali encontraram alguns colares, um medalhão, um pingente, dois anéis e uma varinha de ouro ornamentada. Com um esforço conjunto, fazendo os objetos passarem de mão em mão, os aventureiros descobriram que o valor de mercado dos objetos poderia chegar a quase 20 moedas de ouro.

• Além do valor monetário, os objetos traziam brasões amienses das casas de Liadon, a mesma do antigo companheiro de grupo Ereandrim Liadon, de Calisto, do aliado de Landalfo, e de Briniel, intimamente ligado à coroa; outros objetos traziam símbolos élficos do clã unificado de Marviom. Embora os elfos da região não tenhum um símbolo de nobreza, eles ostentam um símbolo unificado; a varinha possuía o símbolo real de Léom.

• O grupo ficou muito intrigado com o que aquilo poderia significar. Pedodes, analisando com mais cuidado a varinha, descobriu que ela poderia ser aberta. Do lado de dentro, eles viram dois pergaminhos. Um deles, escrito em malês, parecia um bilhete apresentando a outra na forma de presente. O selo de assinatura remetia ao símbolo do general Karr, de Marana.

Rei do corajoso povo verrogari, Vossa Majestade Rei Attos II, o Destemido. Trago esta mensagem que foi encontrada por um de meus homens com um mago que viajava através de nossas terras. Vejo que ela se refere alguém de seu interessee que tem lhe causado problemas. Assim, lhe faço a cortesia de presenteá-lo para que faça melhor uso.

• A segunda carta estava completamente escrita em élfico e trazia um selo de assinatura de Âmien, bem como a assinatura de Allanor, o tio de Lanâncoras. Ela parecia muito antiga e estava em péssimas condições.

Allanor, este é Lanâncoras Yavenoin, sangue do seu sangue. Proteja-o com sua vida, como prometeu para sua irmã Drurien perante Ramat, o patriarca alquímico, seu avô. Ele possui o dom da magia, e um dia lhe deixará orgulhoso. Oliver e Druiriem foram elfos honrados, e morreram em glória lutando contra o demônio maldito, Morrigalti, que avança cada dia mais sobre nosso solo sagrado. Seu filho, este perante você, foi jurado de morte e nunca poderá se revelar, pois carrega consigo a lembrança de um ferimento que o inimigo não esquecerá. Âmien, Cidade Dourada, ano 1395. Gildram Maite.

• A reunião destas informações mostrou que a carta fazia referência a Lanâncoras, que imediatamente ficou preocupado com seu tio Allanor. O grupo agora cogitava que os objetos encontrados na caixa haviam sido obtidos a força das pessoas a quem os brasões pertenciam. Talvez elas significassem casas já abatidas. De qualquer forma, o grupo estava confuso e precisava processar melhor as informações, especialmente as descobertas sobre o passado de Lanâncoras.

Marana e Verrogar, dias 17 e 18 do mês da Justiça do ano de 1500.

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