sábado, 3 de setembro de 2016

(IL) 6.1 - O Palácio dos Abal

No caminho do Palácio


Antes de deixar a residência de Quir-a-Nuã em direção ao palácio a fim de recuperar o Cálice das Lágrimas, o grupo resolveu deixar a mochila de Daileon com a pedra pesada. Em seguida eles começaram a jornada de vocês, em tempo frio, nublado, e por uma trilha quase apagada.

O grupo não se deslocava muito rapidamente. Mardoc ia na frente, tentando descobrir alguma trilha que possa ter passado pela região. O anão encontrou trilhas antigas de gigantes e orcos. Os primeiros haviam passado há semanas, mas os orcos haviam passado em grande número há no máximo três dias. No entanto, ele também percebeu que nenhum deles estava no mesmo caminho que eles.

Como eles haviam começado a caminhada já durante a tarde, o grupo ainda estava na metade do caminho quando a noite chegou. Azurius modelou a terra da montanha para criar um abrigo subterrâneo para o grupo próximo a uma árvore. Durante a guarda noturna, Mardoc ouviu passos e acordou seus companheiros. Eles perceberam que tratavam-se de orcos, mas as criaturas não perceberam o abrigo.

Na manhã seguinte o grupo seguiu caminhada até chegar no vale onde havia um rio. Este rio não era muito profundo, mas possuía uma forte correnteza. O grupo perdeu alguns minutos traçando uma estratégia de como cruzá-lo e decidiu que deixara uma corda nas mãos de Mardoc. Ele atravessaria a nado depois ajudaria o grupo.

O anão esforçou-se e conseguiu ser bem sucedido em atravessar o rio a nado. Com a corda esticada, ele aguardava que seus companheiros atravessassem. Os dois primeiros a atravessar foram Servill e Folhagem. Ambos tiveram bastante trabalho, mas conseguiram cruzar o rio em segurança.

Maicow e Zac tiveram um pouco mais de desenvoltura do que os pequeninos para atravessar o rio. Eles conseguiram passar sem demonstrar desgaste físico. Já Azurius e Ark fizeram a tarefa parecer muito simples, cruzando a corda em pé e não caindo em momento algum. Finwe foi aquele que cruzou de forma mais segura: ele subiu no ombro de Daileon e o gigante cruzou o rio caminhando.

Passado este desafio, o grupo seguiu caminhando montanha acima. O trajeto era difícil e eles não conseguiram chegar ainda neste dia. Durante a noite, Azurius tentou educar um pouco Maicow no caminho da magia. O mago tentava convencê-lo de que seguir o caminho da magia seria muito útil para ele. Para isso, Azurius mostrava os livros e explicava todas as maravilhas que a magia podia cumprir. Ele estava tentando moldar a aura do jovem no caminho dos magos, mas sabia que seria preciso muito mais tempo.

O Palácio


O Palácio que Quir-a-nuã se referia estava parcialmente encrustado nas rochas. Uma escadaria dava acesso a uma porta enorme. Ark analisou os degraus e percebeu que pelo menos três armadilhas já haviam sido ativadas na entrada. Com mais segurança, o ladino subiu até o último degrau e percebeu que era uma alavanca que abria a porta.

Ark não foi capaz de puxar a alavanca e pediu ajuda de Mardoc. O anão executou a tarefa e fez a porta abrir-se completamente. Ela dava acesso a um grande saguão com algumas colunas. Mais uma vez com muita cautela, Ark foi na frente e percebeu que haviam armadilhas desativadas nas colunas. Enquanto isso, Azurius percebeu que braseiros ainda queimavam com uma tênue chama de uma lenha de uma árvore muito comum entre os elfos.

No fim do salão havia uma grande estátua de anão trajando uma armadura de bronze e um martelo metálico. Tanto a armadura quanto a arma não faziam parte da estátua e Mardoc notou o brasão do clã Abal nela. Antes de aproximarem-se da estátua, Ark precavia-se das armadilhas e Mardoc procurava por rastros de viventes. O anão percebeu que os últimos sinais de movimentação haviam sido há muito tempo atrás.

Ao chegar perto da estátua, Azurius sugeriu que Daileon usasse a armadura da estátua anã. O gigante gostou da ideia e passou a tentar arrancar a armadura tentando quebrar a estátua. Mardoc, bastante irritado com aquele gigante quase quebrando uma obra de arte anã, sacou seus machados e ameaçou Daileon. Foi Azurius e Finwe quem apartaram o combate.

Com os ânimos um pouco mais calmos, Mardoc passou a retirar a armadura da estátua de forma a removê-la sem danificar a estátua. A tarefa levou uma hora completa e Ark e Azurius colaboraram. Mardoc sugeriu a possibilidade dos magos encolherem a armadura para ele vestir, mas a ideia foi desmanchada por Azurius, que enxergava muitos riscos.

Machado dos Abal
Continuando a análise da estátua, Mardoc encontrou um botão. Ao pressioná-lo, o anão notou a abertura de um compartimento abaixo da estátua, com acesso através de uma escada. Mardoc, ligeiramente abaixado, entrou no pequeno espaço e lá encontrou um machado vermelho sobre um pedestal. Ele imediatamente pegou o machado, o que ativou um mecanismo que fechava a porta da estátua e liberava veneno naquele local. Graças a Azurius, as portas do compartimento não foram trancadas imediatamente, dando tempo para Mardoc agarrar a porta e forçá-la para abrir, conseguindo escapar sem intoxicar-se.

O grupo então seguiu investigando os outros compartimentos do palácio. Havia uma porta emperrada, que Mardoc conseguiu forçar e abrir. Através dela os aventureiros encontraram um laboratório, uma cozinha e um dormitório. Havia comida estragada na cozinha e também dois ídolos de Blator e Palier do tamanho de um antebraço.

Eles encontraram uma grande chave sob o colchão do dormitório. Guardando-a, eles prosseguiram, mas não encontraram nada mais que lhes interessasse e, então, seguiram para a outra porta que ainda não tinham investigado.

Não havia trancas na outra porta e eles encontraram dois caminhos. Um deles levava a uma grande porta e o outro levava a um dormitório particular. Ali eles encontraram uma taça de ouro com o brasão dos Abal, várias cobertas de tecidos nobres e um baú com 120 moedas de cobre.

Zac encolheu os cobertores de tecidos finos para que eles pudessem ser transportados. Ark pegou a taça e jogou seu conteúdo sobre a mesa, que provocou seu derretimento. O ladino então guardou a taça junto com seus pertences. Mardoc ainda encontrou um diário escrito em Voz da Pedra. Ele percebeu rapidamente que tratava-se de o diário de Dubrak Abal.

Enquanto o restante do grupo seguia a investigação do restante da sala, Mardoc ficou lendo o diário para buscar informações sobre o local. Ele percebeu que o diário relatava a chegada de Findore ao palácio - e ele não parecia ser uma visita agradável. Ao mesmo tempo, Azurius encontrou um traje anão de gala, que guardou para Mardoc.

Antes que o anão terminasse de ler seu diário, Ark tentou destrancar a última porta. Embora tenha sido bem sucedido na tentativa, o ladino não percebeu uma armadilha e foi atingido por uma agulha envenenada. Ele ficou imediatamente totalmente paralisado. Incapaz e inútil, Azurius, com ajuda de Finwe, arrastou o corpo de Ark para o saguão principal e lá o acomodou junto com Daileon.

A sala que viram a seguir possuía outra grande estátua com o cálice. Como eles pegariam que ainda seria discutido.

Conti, 23º ao 25º dia do mês da Vida do ano de 1500.

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