sexta-feira, 25 de novembro de 2022

(SG) Sessão 137

A Floresta Preta

    O grupo deixou o Bosque de Monda depois de ter absorvido o conhecimento da titã segunda. Informações importantes foram coletadas, além de magias ancestrais terem sido transmitidas. Lanâncoras e Landalfo poderiam, agora, viajar para fora de Dartel.

    Os aventureiros cruzaram os ares sobre bosque e rio até chegarem na Floresta Preta em busca da madeira mítica que permitira a Torin concluir a arma capaz de destruir a Adaga da Essência. Tal arma, segundo Monda, também teria um efeito devastador sobre demônios se construída com o cabo feito da madeira amaldiçoada da foresta que eles buscavam.

     

    A Floresta Preta era um local profano e amaldiçoado. As árvore putrefatas emanavam um cheiro desagradável e tinham seus galhos retorcidos de forma amedrontadora.

    Torin empunhou seu machado e partiu em direção a uma árvore que ele entendeu ser adequada para a extração da madeira. Porém, o primeiro golpe já fez com que a estranha árvore se movesse como uma criatura consciente. O anão se pôs em posição de defesa, enquanto Cóquem foi obrigado a deixar o seu poleiro sobre uma das árvores quando o galho em que ele estava também se moveu. A floresta amaldiçoada lutava com seus próprios meios.

    Antes de conseguir extrair a madeira das poucas árvores imóveis, o grupo precisaria enfrentar as árvores malditas que tentavam matá-los.

 Datel, Sagaeti, dia 20 do mês da paixão do ano de 1501.

 


 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

(VP) Sessão 103

Os protetores de outro mundo

• A escada levou o grupo até uma bifurcação. Tolman queria saber o que encontraria no caminho, assim seguiu para a porta ao sul na tentativa de descobrir o que havia atrás dela.

• A porta aberta pelo feiticeiro dava acesso a um ambiente cheio de gaiolas, duas delas com corpos mortos em seu interior. Com sua magia, Tolman removeu cautelosamente os objetos ainda intactos de uma das vítimas aprisionadas. Sem caminharem muito pelo chão daquela prisão, os aventureiros rumaram para a porta ao norte.

• Uma estranha estátua aguardava na outra sala. Uma representação aproximadamente feminina, mas com seis tentáculos no lugar dos braços. Duque estava ansioso para destruí-la e Tolman deu a autorização. No entanto, a primeira machadada fez a porta da sala se fechar, trancando os aventureiros nela. Drake ficara do lado de fora e não viu as criaturas surgirem imediatamente para atacar seus companheiros.

• Enquanto a batalha se sucedia no lado de dentro, Drake achou mais prudente não tentar abrir a porta, já que Tolman havia detectado uma armadilha nela. Assim, o draconato mesclou-se com a parede com um de seus milagres e tentaria passar pelo lado. Os adversários, porém, eram Ilithids, criaturas com poderes telepáticos avançados. Elas utilizaram uma espécie de onda psíquica que paralizou o dracoanto dentro das paredes, mesmo sem saber que ele estava ali. Tao também ficou paralizado por boa parte da luta, o que deixou Tolman e Duque responsáveis por lidar com o grande número de inimigos.

• Os inimigos foram eventualmente vencidos. Um novo Ilithid foi convocado por alguns Nothics desesperados, um maior e mais poderoso, mas também foi derrotado. Seu corpo, assim como o dos outros, desapareceu no vácuo depois de sua morte.

• Duque queria retornar a sua tarefa de destruir a estátua depois que matou seus inimigos. Mas Tolman notou algo que o preocupou: um veio negro escorria de dentro das rachaduras da estátua. Assim, impediu Duque de prosseguir. Antes de decidirem o próximo passo, o grupo viu o draconato sair da parede, ferido e desnorteado.

Sul de Aguasprofundas, dia 13 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

(SG) Sessão 136

As mentes atormentadas

    Landalfo caiu sangrando sobre o tomo depois de lê-lo e entrar na mente de Oraxus. O mago não parecia ter ferimentos evidentes, mas continuava inconsciente. Por garantia, Pedodes verificou se alguma marca havia surgido no corpo do companheiro e, confirmando que nada de diferente sugira, tratou de invocar alguns milagres para recuperar sua saúde.

    Apesar de ter deixado o livro e estar inconsciente, o alquimista ainda experimentava lembranças vívidas como consequência do tomo. Ele via o Oraxus em sua frente o ameaçando, dizendo "Deixe-me a mim e a minha Anabel. Pare de olhar para a minha mente!"

    Landalfo atacou com toda a sua força, lançando mão de seus mais poderosos feitiços. Apesar de sentir os ataques, Oraxus não parou e, com a Adaga da Essência em sua mão, avançava sobre o alquimista dizendo que absorveria sua alma. Mas, antes que o inimigo conseguisse alcançá-lo, Landalfo despertou graças a um milagre que Pedodes estava invocando sobre ele.

    Faria não era uma opção para ser o próximo alvo da imersão, pois a página com sua história havia sido arrancada. Assim, concluindo que o próximo alvo da pesquisa deveria ser Ledâm, Landalfo sentou-se novamente à frente do tomo e começou a se concentrar no necroarcano.

    A primeira cena que Landalfo presenciou ao encarnar na mente do seu alvo foi o assassinato de Anabel com a Adaga da Essência. O alquimista pode sentir a fúria de Ledâm e ver a arma do crime cair depois de absorver os corpos de sua amada e de seu mentor.

    Ledâm buscou por décadas por uma forma de trazer Anabel de volta, até que concluiu que precisaria seguir os passos de Oraxus se quisesse entender o feitiço que ele fez e, assim, desfazê-lo.

    Porém, o conhecimento que Ledâm acumulou para se tornar um necroarcano o modificaram desde o cerne e confundiu sua mente. Em algum momento nessa história, Ledâm largou o punhal usado no assassinato de sua amada na própria cena do crime.

    Desta vez, Landalfo conseguiu retornar são da imersão na mente de Ledâm, possivelmente porque não explorou as memórias até o seu limite, como fizera com Oraxus.

    Lanâncoras foi quem tentou uma nova imersão, mas desta vez visando Kiara. O elementalista presenciou Ledâm no quarto de Anabel lamentando-se pela morte dela; presencioou o choque que Kiara sentiu ao perder a irmã; e também toda a história que ocorreu até a criação da magia de ilusão que foi capaz de gerar a acompanhante de Kiara com a exata aparência do corpo de Anabel; ele sentiu, e compartilhou em seu âmago, a ira que a ilusionista acumulava pelos deuses, especialmente por Palier, por eles não permitirem que ela trouxesse sua irmã de volta; e como ela conheceu Fariel, o elfo que lhe sugeriu uma forma de fazer Palier cair através da invocação de Morrigalti para Tagmar.

    Por fim, descobriram que Kiara estava em Treva no presente, com pretensões de ir até Âmiem. Ela confiava em Fariel para abrir os portais e convocar Morrigalti já em seus próximos passos.

    Diferente de Landalfo, Lanâncoras não foi tão bem sucedido em sua emersão. Ao retornar, uma parte da essência de Kiara estava contaminando sua alma. O elementalista trouxe consigo uma parte da ira que a ilusionista carregava pelos deuses. Esses sentimentos eram agora parte dele, pois os acontecimentos trágicos faziam parte de sua vida tanto quanto faziam da vida de Kiara.

    O grupo percebeu esta alteração, mas nenhum argumento pode convencê-lo a mudar.

    Ao deixarem a Academia dos Versos Etéreos os aventureiros seguiram de volta à Galhaçal e, pelo rio, foram para o Bosque de Monda. Cóquem levou consigo da biblioteca o conhecimento de um encantamento ancestral que poderia ser útil no futuro.

    Os aventureiros chamaram por Monda ao chegarem em seu Bosque. Uma entidade surgiu da vegetação, alegando que ela era, na verdade, o todo que ali se encontrava. Ela era uma titã segunda, cria de Maira e de Maná, aprisionada naquele mundo por Palier.

    O grupo revelou para a titã segunda que desejavam derrubar Fariel, e souberam que ela também era um inimiga daquele mago, pois ele havia levado algo dos domínios dela.

    Monda informou que o Oraxus que os aventureiros encontraram era um eco maligno, assim como muitos outros que viram pelo caminho, aprisionados em momentos desgraçados de suas vidas. Porém, a essência maligna destes muitos ecos presenciados são uma consequência da contaminação pelo eco do necroarcano.

    Sobre a missão de Fariel, ouviram que ele deseja abrir uma série de portais que, reunidos, formariam uma passagem grande o suficiente para permitir a travessia de Morrigalti para Tagmar. 

    Também souberam que abrir os portais exige uma quantidade gigantesca de energia mágica e que, para impedi-la, além de, obviamente, impedir quem está cumprindo as tarefas, seria preciso dispender uma quantidade igualmente grande de energia a fim de selar os portais abertos. Para isso, seria necessário um objeto capaz de armazenar todo este poder, e o Cetro Dourado é um artefato capaz disso, desde que completamente carregado.


    A explicação de Monda sobre como carregar o Cetro Dourado foi clara. Os aventureiros precisariam retornar até Âmiem e subir a Ponte de Palier até alcançarem o reino divino, pois apenas o mago supremo seria capaz de fazer o cetro energizado novamente.

    Por fim, o grupo pediu ajuda com Lanâncoras, pois o elementalista queria ver a morte de Palier. A titã segunda disse que poderia isolar a parte contaminada da alma do mago, mas isso traria sequelas. Ela executou seu milagre e Lanâncoras voltou a ser quase o que fora, pois uma parte de sua essência foi perdida juntamente com a parte contaminada pela essência de Kiara.

    Ao ser questionada sobre como eles poderiam sair de Dartel, Monda ensinou para Landalfo e para Lanâncoras uma magia ancestral poderosa, Passos no Éter, que lhes permitiria criar uma passagem de volta para Tagmar.

Dartel, O Bosque de Monda, Calcato, dia 18 do mês da Paixão do ano de 1501.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

(VP) Sessão 102

A construção misteriosa

• O grupo se recompôs depois da entrada tensa na construção subterrânea. Eles analisaram a sala onde se encontravam para reconhecer perfeitamente o mecanismo que isolava o ambiente para que ele se enchesse ou se esvaziasse de água. Então prosseguiram.

• O corredor que levaria o grupo até o ambiente seguinte era isolado por uma outra porta bem fechada. Tolman a investigou com cautela e usou suas luvas para abri-la. Essa atitude impediu que um espinho envenenado o atingisse diretamente, e também alertou o grupo para os perigos do lugar.

• O salão que se mostrou em seguida possuía seis colunas dispostos simetricamente. O grupo andava com cautela pelos cantos, evitando posicionar-se entre elas, mas Tolman acreditava que era o chão o motivo das maiores preocupações. Ao saltar sobre o piso irregular, o feiticeiro quase foi dragado para uma espécie de buraco interplanar que surgiu ligando as duas colunas as quais ignorou ao passar no meio. Para sua sorte, o raio da aniquilação não o atingiu nem o dragou para o vão eterno.

• A cautela estava estampada nos olhos dos aventureiros, que mediam cada passo. O próximo ambiente foi alcançado após destravarem mais uma porta. Ele era pequeno, nada maior do que 5 x 5 metros, mas também tinha dispostas simetricamente quatro colunas, embora possuísse o centro limpo de qualquer estrutura ou objeto. Enquanto Tolman abria a porta para o leste, inicialmente ignorando a que rumava para o norte, Drake se posicionou no centro do ambiente. Tao e Duque perceberam que uma magia de teletransporte fora ativada. O draconato conseguiu resistir a um transporte imediato e saltou fora daquele local.

• A sala ao leste era idêntica a sala ao oeste, àquela em que Tolman quase fora obliterado por um raio de aniquilação. No entanto ela revelou criaturas inimigas. Aberrações criadas do puro vazio atacaram o grupo com seus tentáculos de vácuo e escuridão. A batalha que se sucedeu foi rápida e perigosa, mas os aventureiros conseguiram superá-la sem baixas. Ao fim, apenas um pequeno fragmento do monstro feito de matéria (ou energia?) desconhecida restara. Tolman pegou com cautela e o guardou dentro de sua bolsa dimensional, o que se revelou uma péssima ideia. A bolsa explodiu em um buraco espacial sugando aquilo que estava ao seu redor. Para a felicidade do feiticeiro, ele foi rápido o suficiente para atirar seu acessório para longe antes de terminar em outro mundo e aos pedaços.

• Retornando e rumando para a sala ao norte a partir do pequeno ambiente em que Drake quase fora transportado, o grupo chegou em uma grande sala com ligação em uma escada e com uma porta mais ao norte. Uma investigação minuciosa também revelou um alçapão no canto da sala. Ao abrí-lo, perceberam que o interior era escuro e impossível de ver. Outra magia também estava armada no centro do ambiente. No entanto, sua ativação parecia muito lenta e Duque teve tempo de sair de cima dela antes de precisar resistir a qualquer efeito. No entanto, isso também significou que eles não descobriram o que o encantamento fazia. Resolveram deixar assim como estava e foram abrir a porta ao norte.

• A pequena sala guardava um pequeno altar. Havia uma caixa sobre ele que os aventureiros abriram e observaram outra fenda dimensional. Embora se parecesse com suas sacolas, esta parecia incapaz de devolver os objetos ali depositados. Sem muita investigação, já que Tolman estava convencido de que aquele não era o altar a que Vush se referira, o grupo deixou o local e desceu a escada para um novo andar, na expectativa de estar mais perto de destruir, ou pelo menos banir, a entidade que estava embaralhando os mundos.

Sul de Aguasprofundas, dia 13 de Alturiak do ano de 1490.

domingo, 13 de novembro de 2022

(VP) Sessão 101

Mergulhando na baía

• Tao fora abordado por uma estranha criatura do plano da terra. Agressiva, o atacou com ferocidade. No entanto, ela não se mostrava páreo para o guerreiro munido de sua alabarda, embora ele não desejasse perder muito tempo com o confronto.

• O inimigo já estava quase derrotado quando outro surgiu a algumas dezenas de metros. Sem pestanejar, Tao Hen correu e a ultrapassou antes que ela tomasse ciência da situação.

• Ao chegar no Descanso da Wyvern, Tao anunciou a todos sobre as invasões que estavam acontecendo, provocando um alvoroço. Dois aventureiros, em meio a todas as outras pessoas, se propuseram a ajudar e partiram para as ruas de Aguasprofundas para combater os inimigos.

• Depois de reencontrar-se com Drake e Duque e ouvir deles o que conseguiram da maga amiga do Grandão, o trio foi ao encontro de Tolman. Este, por sua vez, rumou para as docas onde se encontraria com Vush.

• Vush contentou-se com a informação de Tolman sobre o local que a entidade pedira a ele para plantar o ramo apodrecido. Ela afirmou que precisaria concluir alguns cálculos antes de ter a mistura adequada para que Tolman pudesse usar naquele local específico e banir o ser permanentemente, e então partiu.

• Vush reencontrou-se com o grupo a noite e entregou-lhes a mistura prometida, além de outros materiais. "─ Você precisa espalhar a poção em um altar, cravar a adaga no ponto mais fundo e ler o ritual do pergaminho" disse ela, explicando para Tolman quais o passos ele precisaria cumprir a fim de banir a entidade.

• Já começando os preparativos para sua aventura derradeira, o grupo se dirigiu até a Torre Blackstaff onde buscaram pelos melhores equipamentos.

• O ponto registrado no mapa situva-se na baía de Aguasprofundas. Cogitaram tomar uma canoa emprestada e ir navegando, mas resolveram voar até o ponto mais próximo possível em vez disso. O objetivo deles estava muito abaixo da superfície, e então Drake fora transformado em um enorme tubarão que serviu como guia puxando o restante dos aventureiros para o fundo da baía. Todos os outros conseguiam respirar as salgadas águas de Aguasprofundas graças ao provisionamento que fizeram na Torre Blackstaff. A descida, no entanto, não foi a salvo de perigos. A mente de tubarão em Drake quase o fez atacar Tao Hen, que ainda mantinha alguns ferimentos da luta contra o monstro do plano da terra. Mas o draconato resistiu às tentações.

• No local mais profundo da baía de Aguasprofundas respousava uma construção estranha. Ela se abriu para a passagem do grupo e Drake acabou envenenado por um mecanismo de defesa. Depois que entraram a porta traseira se fechou e a água foi drenada por magia. Tolman, então, fez o clérigo retornar à sua forma de draconato. A exploração dos túneis subterrâneos estava prestes a começar.

Sul de Aguasprofundas, dias 12 e 13 de Alturiak do ano de 1490.

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

(SG) Sessão 135

Oraxus

    O grupo estava frente a frente com Anabel, a irmã de Kiara, quando uma criatura surgiu repentinamente e atacou o grupo. Ela ameaçou os aventureiros, ordenando que eles não perturbassem a elfa, mas isso não evitou o confronto.

    A batalha não demorou. Apesar disso, foi intensa. James e uma das armaduras animadas de Landalfo foram destruídos durante o combate, mas os aventureiros conseguiram terminar sem marcas no próprio corpo.

    Anabel pareceu mais lúcida depois que o monstro foi destruído. Ela lembrava-se de seus últimos momentos em Tagmar, que Oraxus foi a pessoa que fizera isso com ela, e que sua alma estava amaldiçoada. Ela explicou um pouco de sua história, embora não soubesse como quebrar o ciclo a qual estava mantida.

    Os aventureiros deram o assunto como resolvido, por ora, e decidiram pernoitar longe da casa de Anabel para evitar qualquer surpresa desagradável. Na manhã seguinte, eles foram até o vilarejo rural de Galhaçal, onde passaram dois dias para recuperarem as energias. 

    Durante o tempo no vilarejo, Torin consertou Jeff, a armadura animada por Landalfo que foi danificada durante a última batalha, e também construiu a lâmina e a alma do cabo de uma espada com o metal das névoas, o metal único encontrado apenas naquele lugar. O cabo carecia de material adequado e ficou para depois. Já Landalfo refez a armadura de James, que fora destruído na última batalha.

    Pedodes visitou o cemitério do vilarejo, Lanâncoras preparou alguns rituais, Cóquem preparou um pergaminho.

    O próximo destino foi a Academia dos Versos Etéreos. Lá eles encontraram-se com Finias, o curador do local, em uma corrida apressada para encontrar um estudante que fora para o lago. O local, segundo o gnomo, era perigoso, pois podia transportar pessoas para destinos misteriosos.

    Enquanto ele fazia a busca, os aventureiros foram convidados a entrar e conhecer alguns dos estudantes. Quando Finias retornou, revelou que o estudante havia desaparecido.

    A conversa com o gnomo revelou a existência da Biblioteca Etérea, um local protegido que poucos poderiam visitar, pois estava conectado ao reino de Palier. Mesmo assim, Landalfo conseguiu convencer Finias a deixá-lo conhecer o lugar.

    A Biblioteca Etérea se mostrou um lugar decepcionantemente pequeno. O ambiente quadrado não tinha mais do que 4 metros de lado, com uma estante de livros em cada parede e uma mesa redonda no meio. Com concentração, Landalfo conseguiu encontrar um tomo enorme, quase do tamanho da mesa redonda no centro do lugar.

    Landalfo mentalizou Oraxus enquanto abria o tomo, conforme Finias havia orientado. Com isso, ele começou a ler sobre a história de vida do vilão. Cada passagem da vida dele estava descrita nas linhas invisíveis para todos, exceto para Landalfo, que concentrava-se no Tomo. O mago lia, mas sua mente interpretava os fatos como se ele estivesse com a carne e os ossos do personagem do tomo.

    As linhas revelavam que Oraxus conhecera Anabel antes dos Bankdis se imporem sobre o continente, e que eles logo se tornaram muito amigos. Apesar da amizade mútua, Oraxus nutria um amor não correspondido com Anabel.

    A elfa apresentou sua irmã Kiara e Ledâm para Oraxus e pediu que ele ensinasse aos dois. O foco do arcano eram magias ancestrais e conhecimento antigo, e foi isso que ele transmitiu aos seus novos pupilos.

    O caminho de Oraxus drenava sua sanidade, e o amor que ele tinha por Anabel tornava-se cada vez mais uma fixação em sua mente. Com o tempo, já enlouquecido, resolveu confeccionar uma prisão com suas artes antigas, com a qual pretendia se aprisionar com sua amada. Para isso, ele preparou a Adaga da Essência, um objeto mágico que serviria como foco para o ritual.

    No entanto, no dia em que preparou-se para lançar seu encantamento, encontrou Anabel com Ledâm, de quem ela era, ou seria, esposa. O necromante resistiu e o confronto acabou vitimando a amada de Oraxus, que foi morta por ele com a adaga preparada. O vilão se matou em seguida com a mesma arma. Porém, o poder da magia não foi perdido. Como a arma foi utilizada para tirar as vidas, ela também aprisionou ambas as almas.

    Enquanto Landalfo viva estas descrições na pele de Oraxus, ele lia em voz alta todas as passagens para seus companheiros. Porém, quando a morte de Oraxus foi narrada, o alquimista caiu sangrando sobre o tomo.

Dia 11, Calcato, a dia 15, Sivonte, do mês da Paixão do ano de 1501.

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

(SG) Sessão 134

Origens

    O grupo ainda se recuperava da surpresa de ter encontrado a acompanhante de Kiara em Dartel. No entanto a elfa pareceu não reconhecer nenhum deles ao vê-los se aproximar da casa que cuidava.

    A jovem com o rosto familiar, que logo se apresentou como Anabel, chamou por um nome ainda mais emblemático: Ledâm. Um mago humano saiu da residência e se apresentou aos aventureiros. Bem diferente do necroarcano que o grupo enfrentara, este não parecia corrompido pelas forças infernais.

    A conversa não durou muito tempo. As duas pessoas que interagiam com o grupo desapareceram em uma sombra sobrenatural e deram lugar a feras hostis. O grupo não teve alternativa senão lutar. A batalha foi dura e, não fosse Lia, Pedodes teria apressado seu encontro com Cruine.

    Depois do confronto os aventureiros foram investiga a casa. Aparentemente bem conservada, o grupo percebeu apenas alguns sinais de abandono, como teias de aranhas tecidas pelos cantos.

    A residência emanava uma aura mágica poderosa. Tanto que os aventureiros eram absorvidos em visões do passado ao encostar em alguns objetos ou chegar perto de alguns locais. As cenas  revividas retratavam Kiara, Ledâm ou Anabel.

    Cóquem teve uma visão de Anabel tocando piano ao tentar reproduzir uma partitura que ele encontrou sobre o instrumento abandonado. Nesta visão, Anabel reproduzia a mesma música que ele. Durante a cena, a elfa encontrou-se com Kiara e a chamou de irmã. As duas sentaram-se juntas e tocaram o instrumento em dueto.

    Pedodes viu Ledâm na sala de estudo. O necromante escrevia uma carta em élfico arcaico que mencionava Kiara. O sacerdote se fez competente para compreender o conteúdo através de um milagre de linguagens. No entanto não houve muito tempo. Antes do necromante colocá-la em um envelope, o vingador leu um agradecimento para Anabel e Kiara por elas terem apresentado Oraxus a ele.

    Landalfo teve uma visão de Kiara na banheira. No entanto, esta visão foi vívida, pois a elfa interagiu com o alquimista como se ela ali estivesse no tempo presente.

    Depois de muitas informações coletadas, inclusive obtidas de algumas outras visões, o grupo concluiu que Anabel e Ledâm tiveram algum tipo de relação amorosoa há séculos atrás, antes deles terem sucumbido ao mal que provocam atualmente. 

    O ponto de convergência da história dos três parecia ser um mago poderoso chamado Oraxus, mencionada em um diário de Anabel encontrado pelos aventureiros. A elfa teria sido a responsável por reuni-lo com sua irmã Kiara. Esta, por sua vez, apresentou seu amigo Ledâm à Anabel.

    Kiara e Ledâm tornaram-se aprendizes de Oraxus, o que agradou Anabel devido ao respeito que ela possuía pelo mago.

    Outra visão mostrava um tempo diferente, posterior a paz que eles pareciam viver quando foram apresentados a Oraxus. Nela, Ledâm estava revoltado com o destino que tomara sua amada. Obtida à partir de um punhal, esta visão mostrou o corpo de Anabel sendo perfurado pelo objeto. 

    Pedodes viu Kiara escrevendo um pergaminho blasfemando contra os deuses, especialmente contra Palier, a quem ela prometera tirar de seu lugar. A elfa buscava acordos com vários dos príncipes infernais, os quais Mocna, Ricutatis e Morrigalti foram identificados durante a cena revivida. Este, segundo a ilusionista, foi o escolhido por ser o único capaz de fazer cumprir seu desejo. Kiara traçou seu destino para Âmiem e a visão se encerrou.

    Landalfo já era capaz de concluir que quase tudo naquela casa era formado por ilusões, com alguns elementos necromânticos. Mas eles conseguiram deduzir que a residência era uma representação de uma equivalente em Tagmar. Analisando os indícios, concluíram que ela estava em algum lugar da Floresta de Finlaril, ao sul dos Montes Crássios.

    Os aventureiros encontram-se com a visão de Anabel mais uma vez do lado de fora da residência. A elfa cantarolava quando o grupo se aproximou e iniciou uma conversa amistosa, dizendo que poderia ajudá-la. Assustada, ela disse que era impossível pois já estava feito, antes de sumir em uma sombra.

    Dentre outros objetos, Landalfo encontrou uma espada curta cega, com uma bainha repleta de mantras. Eles não determinaram a origem do objeto, e ainda precisavam decidir o próximo passo.

Calcato, dia 11 do mês da Paixão do ano de 1501.