O destino dos boggards
Decididos a retornarem para a tribo dos anfíbios e informar-lhes sobre o destino da anciã impostora, os aventureiros se dirigiram pela rota conhecida até avistarem as palafitas e algumas das criaturas. No entanto, o clima estava um pouco diferente entre os nativos, e os olhares já não pareciam os mesmos.
O grupo passou na frente do saguão da anciã no caminho para a casa de Kaval. Pela porta aberta, eles avistaram o chapéu de Kaval entre o tumultuado saguão. A discussão, no coaxado idioma dos anfíbios, parecia estar acalorada.
Os aventureiros resolveram aguardar o retorno de Kaval na casa dele. Largaram o corpo da bruxa no chão e relaxaram, embora tenham mantido um vigilante olhando pela porta.
Jog foi a primeira a retornar. Ela disse que conseguiu levar consigo um grupo de soldados. Mas a bruxa não ficou plenamente convencida da parte de Kaval. Ao que parece, o sapo foi capturado. Jog deixou o grupo na cabana e foi ao saguão principal tentar ajudar o companheiro.
Levaram vários minutos para Danael notar que vários boggards saíam revoltados de dentro do saguão e entravam na água em direção à casa de Kaval. O sapo rastreador foi visto em seguida. Seus companheiros arremessaram seu chapéu no lago e, ao que parecia, o baniram.
O grupo permaneceu oculto na casa de Kaval até saber o que aconteceria. Sentiram o grupo de boggards começarem a derrubar a cabana do rastreador quando ela começou a estremecer. Rapidamente, Danael tornou todos invisíveis e eles saíram dali, deixando o corpo da bruxa.
Os aventureiros resolveram não contatar mais os boggards. Em vez disso, foram atrás de Kaval e o encontraram. O anfíbio parecia desolado por ter sido exilado. Assim, os aventureiros o convidaram para seguir jornada com eles. Hesitante, o boggard acabou aceitando depois que ouviu para onde o grupo rumava.
Os aventureiros decidiram ir para o norte até o Forte Kram. O anel com o símbolo heráldico que Jean tinha removido da bruxa trouxera a lembrança de um antigo companheiro de guerra de Klaus. O Forte era a última localização que o paladino tinha deste homem.
A jornada para o norte era uma de uma caminhada difícil. O relevo da região é difícil, reduzindo a velocidade que eles se moviam. No entanto, haviam algumas trilhas seguras. O grupo pretendia passar por um local demarcado no mapa como Marco do Norte. Ele estava no caminho e levaria entre dois e três dias para ser alcançado.
Os aventureiros se depararam com uma estranha carruagem na tarde do segundo dia. Diferente daquelas que eles costumavam cruzar na estrada, esta estava protegida por quatro cavaleiros bem armados, além da própria carruagem ser muito bem acabada.
Jean conversou com um dos cavaleiros, mas nenhuma informação muito precisa foi obtida. Os protetores da carruagem tinham um clara tendência a serem hostis, o que deixou o grupo mais curioso quanto aos passageiros.
Quando os aventureiros saíram da estrada para dar caminho à carruagem chique, viram estampado em sua lateral o brasão dos Teleiros, a família com a qual eles tinham feito inimizades em Horija. Jean tentou obter mais algumas informações do cavaleiro ao perceber isso, mas não teve sucesso. O clima por pouco não ficou violento, com encaradas maliciosas uns para os outros.
Antes que a carruagem saísse da vista dos aventureiros, Danael notou uma das cortinas delas se abrindo. Uma mulher olhou discretamente de dentro para fora. Então, a carruagem se foi.
O Marco do Norte estava a pouco mais de um dia de caminhada. Os aventureiros o alcançaram ao fim da tarde do dia seguinte. Como ainda haveria alguns momentos de luz, os aventureiros cogitaram explorar um pouco o que parecia ser a ruína de um antigo vilarejo.
Do alto da colina onde estavam, os eles conseguiam identificar alguns prédios altos que ainda não haviam sido destruídos pelo tempo ou tomados pela natureza. Não havia uma trilha clara para o vilarejo.
Danael e Jean notaram algo muito evidente ao se aproximarem do vilarejo: uma fraca aura mágica que assolava o lugar. Algo como se uma magia poderosa tivesse sido dispersada naquele. Danael ficou amedrontado e resolveu não descer a colina. Klaus, Torlam e Kaval fizeram o mesmo.
Urodam desceu primeiro, por sentir-se desafiado a demonstrar coragem para seus companheiros. O orc acabou brigando um pouco com a fauna local, já que vegetação havia tomado conta do chão quase até sua cintura, e os insetos e outras criaturas espreitavam sob a grama.
Jean veio em seguida, testando suas magias e notando que algo de diferente acontecia por ali. O feiticeiro viu um raio de chamas explodir no ar como uma bola de fogo e sentiu-se motivado a experimentar mais. Porém, antes disso, investigou uma das residências em ruínas junto com Urodam.
O bárbaro encontrou um lugar com algunas armários e muitas roupas danificadas. Achou, também, um saco de couro que parecia ser o envelope de algum traje mais valioso. Enquanto isso, o gnomo encontrou uma faca de alfaiataria no baú.
A noite começou a cair a e o grupo resolveu acampar acima da colina, longe da influência mágica. Na subida, Jean ainda fez outro teste com sua magia. Ele tentou lançar uma bola de fogo e viu ela se dispersar em algo diferente, embora as trevas não tenham permitido que ele visse o que foi.
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