sexta-feira, 9 de setembro de 2022

(SG) Sessão 130

A longa jornada até o Vilarejo das Fadas

• Após cruzar as brumas com as varinhas mágicas que Ihromeniavênetus ajudou a criar, o grupo alcançou a Floresta dos Reflexos, o primeiro destino para alcançar o Bosque de Monda. O local era cansativo física e mentalmente, tornando a jornada desgastante.

Mesmo com o ambiente completamente estranho, Kaiser exibia sua grande habilidade de rastreio ao ter consciência plena de para onde ir, guiando-se pelos pequenos sinais e seu instinto. Assim, ele foi o guia durante todos os dias em que estiveram na Floresta dos Reflexos.

A caminhada levou dias. A primeira parada foi no vilarejo de Árvore Pequena, onde pequeninos receberam o grupo de forma muito hospitaleira. Lá, um quarteto lhes disse muitas coisas improváveis. Pé-Solto, como se chamava o pequenino das histórias inacreditáveis, contou uma história sobre Maira e Lena já terem visitado o vilarejo pessoalmente. Para além da conversa com o suposto mentiroso, os aventureiros ouviram algumas recomendações de como continuar sua jornada.

A estadia em Árvore Pequena durou até o pós-almoço do dia seguinte, quando partiram em uma caminhada interrompida apenas pela noite. Conforme as dicas recebidas no vilarejo dos pequeninos, eles encontrariam uma tribo de centauros na floresta, e a esta altura não deveriam estar longe.

Valor, o emissário.

Kaiser foi um dos guardas durante a noite. O arqueiro tem os olhos élficos afiados para procurar por qualquer rastro no chão, mas mesmo assim não foi capaz de perceber a aproximação de um grande, mas sorrateiro centauro. Galor, como se apresentou o emissário dos centauros, estava incialmente muito desconfiado, pois sua missão ali era verificar as intenções dos viajantes. O próprio Kaiser acabou convendo-o de que suas intenções eram nobres e de que eles não desejavam confusão. Apesar das palavras hábeis do arqueiro para convencer o híbrido, a interação com duas tribos diferentes deixou uma clara sensação de que os habitantes daquela floresta eram de uma ingenuidade raramente vista em Tagmar.

Pela manhã os aventureiros foram guiados até a tribo dos centauros, onde conheceram o ancião esclareceu algumas poucas dúvidas. Primeiro, tiveram a certeza de que se encontravam em Dartel. Ele explicou um pouco sobre as questões místicas da região e disse que os aventureiros deveriam viajar até o vilarejo de Hamley, onde conseguiriam novas orientações. O centauro ainda disse que o Bosque de Monda, o destino deles, era a própria Ketil Monda, embora isso possa ter parecido um pouco confuso no momento.

Kaiser aproveitou seu período com os centauros. Ele competiu com arco e flecha e ganhou um medalhão como presente pela vitória sobre o campeão da tribo, Valor. O grupo deixou a tribo após o meio-dia e seguiu sua jornada, desta vez por alguns dias em meio a floresta.

O vilarejo de Hamley estava em festa. O grupo foi bem recebido, especialmente depois que Kaiser mostrou o medalhão que recebera do campeão arqueiro dos centauros. Soleste, um pequenino que era o ancião e líder do local, disse que já vivera em Tagmar, mas que há séculos estava em Hamley. Disse que Dartel é um reino localizado no éter, e que eles estavam mais longe dos deuses, fato que era sentido por Pedodes. Como suas explicações esclareceram, o éter separa um plano do outro, e sua natureza de barreira torna difícil do poder dos deuses se manifestar com força.

Soleste, o ancião de Hamley.

Landalfo perguntou a relação de Dartel com a magia e se isso afetaria a forma como ele ou Lanâncoras deveriam realizar seus feitiços. Soleste afirmou que, apesar do mana ser diferente, o éter carrega toda forma de energia e não iria alterar a forma como os magos precisam realizar suas magias.

Os aventureiros foram orientados a seguirem até o vilarejo das fadas para pegarem um bote. Com ele, deveriam percorrer o Rio Cortante e chegar até a Vila dos Duendes, já nos arredores dos Bosque de Monda. Soleste enfatizou que eles precisariam navegar através do rio pelo bote, já que outro meio poderia levá-los para outro lugar, dada a natureza mágica da região.

Depois de pernoitarem após uma noite muito animada em que Kaiser dançou e fez amizades, o grupo peercorreu uma longa jornada até entrarem em um grande tronco na árvore, o qual os magos perceberam ser como um portal. Lá dentro eles encontraram escaravelhos em um buraco em volta de um cogumelo nascendo na origem de um filete de água. Uma aeromanipulação de Lanâncoras bagunçou todo o lugar, inclusive arremessando os ovos das criaturas e arrancando o cogumelo.

A chegada na Vila das Fadas fez os aventureiros sentiram-se como os gigantes que precisaram lidar nos Montes Palomares: tudo era minúsculo, das casas aos habitantes. Para chamarem um pouco menos de atenção, Landalfo usou sua magia para encolher a todos até um tamanho compatível com o lugar.

O grupo notou algo de estranho assim que entrou. O vilarejo estava em alvoroço porque o riacho que alimentava o lugar estava secando. Com pouco tempo de investigação eles descobriram que o fungo arrancado pela magia de Lanâncoras era a nascente do tal rio. Assim, o grupo se comprometeu consertar a situação e voltou até os escarevelhos.

Os escaravelhos em volta do riacho

Dartel, dias 5 a 9 do mês da Paixão do ano de 1501.

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