sexta-feira, 15 de abril de 2022

(SG) Sessão 112

O espetáculo milagroso

• A batalha da reconquista de Porteval havia deixado profundas marcas na cidade e no próprio grupo: Lanâncoras estava morto. No entato, sabendo das capacidades do grupo e dos milagres que o vingador Pedodes era capaz de realizar, Landalfo havia se prevenido e havia guardado um fio de cabelo de cada membro do grupo. Com isso, o sacerdote seria capaz de, com a graça de Cruine, trazer seu companheiro de volta à vida.

• A ressurreição do mago não ocorreu de forma discreta. O sacerdote havia comunicado a um pequeno grupo de pessoas que faria seu milagre na praça da cidade no dia seguinte. Isso foi o suficiente para fazer a notícia se espalhar e, no momento de inicio do culto do sacerdote, um ritual que levaria 12 horas, uma pequena multidão já se aglomerava para assistir. Pedodes recebeu uma mensagem ao final de suas preces. Na voz do próprio enviado tipo V que havia lhe ajudado em batalha, o sacerdote ouviu uma pequena repreensão sobre a atenção que atraíra para si, e também que para a conclusão do milagre todos os restos mortais do demônio deveriam ser expurgados. Landalfo recebeu a atribuição de cocluir esta parte da missão que, imediatamente após terminada, permitiu ao sacerdote convocar o espírito de Lanâncoras do reino de Cruine e reconstruir completamente seu corpo através apenas do fio de cabelo que Landalfo havia guardado. O milagre da ressurreição estava concluído, para a enaltação de todos os presentes. Glória para Cruine.

• Pedodes conversou com alguns sacerdotes nos templos da cidade. Ele pediu ao sacerdote de Sevides para comunicar sua ordem sobre o renascimento dos cultistas e foi até Mahad Saturk, ao qual também pediu para que avisasse sua ordem sobre todo o mal que pairava sobre Verrogar e os reinos ao redor. Esta conversa ocorreu juntamente com a arquiduquesa Maraila, prima do Rei Attos II, mas que havia auxiliado Dantsem na batalha após ver a invocação dos demônios. Mesmo assim, ela ainda parecia reticente em apoiar Éperus, um bastardo. O vingador, de forma astuta, resgatou a informação sobre o príncipe Ramum e seu corpo mumificado nos arredores de Calinior. Aterrorizada com esta blasfêmica com o corpo de seu primo, a arquiduquesa rendeu-se aos argumentos e jurou, já no dia seguinte, lealdade à Éperus como o legítimo rei de Verrogar.

• A convera com Maraila, que também contava com a presença de Kaiser, também rendeu algumas informações úteis sobre a atual situação do reino de Verrogar. Segundo a arquiduquesa, o povo tem vivido dias difíceis e um clima hostil parece crescer entre os cidadãos. O próprio rei Attos II tem se mostrado cada vez mais avesso ao diálogo e tem exibido crueldade, o que parece estar contaminado todo o reino.

Hipória, a Contrabandista

• Durante os dias de espera o grupo dividiu-se em diversas tarefas. Landalfo e Cóquem dedicaram-se a criação de um novo homúnculo, a escritura de pergaminhos e a confecção de um novo cajado mágico. Torin reforçava seus equipamentos e aos do grupo com seu excepcional talento anão. Kaiser, além de seus treinos diários, também recebeu uma mensagem importante de Arnieta. Sua nova testa-de-ferro em Isalíbel havia contatado duas pessoas importantes para manter sua rede de pé: Hipória, uma contrabandista de armas entres os reinos do sul que, deixou claro, não fazia o tráfico de pessoas; e a meio-elfa Fênin, uma cafetina com uma rede espalhada entre Dantsem e Eredra. Esta, inclusive, revelou informações confiáveis originadas de um mercenário vindo de Marana de que Allanor de Léom estaria em um cativeiro em Sensera.

• Depois, Kaiser e Pedodes encontraram-se com Azerb. O infiltrado nas fileiras verrogaris nunca fora descoberto, mas agora receberia uma nova missão, com a autorização da majestade de Dantsem. Ele se infiltraria em Marana e buscaria informações sobre o paradeiro de Allanor, o mago elementalista e tio de Lanâncoras. O espião viajaria até Calinior em um grifo de Kaiser cujo cavaleiro perecera na batalha e, de lá, receberia instruções de Hipória sobre como se infiltrar em Marana. O grupo planejou, inclusive, uma forma de fazer contato uma vez que chegassem na capital maranense: todas as manhãs o espião deveria ir ao maior templo da cidade fazer suas orações.

• O grupo também teve a oportunidade de conversar com Éperus. Eles se reuniram na sala de guerra de Porteval e ouviram do jovem suas angústias sobre o momento certo para marchar sobre Treva. O grupo ainda estava preocupado com outros assuntos e não pensava mais tanto na guerra. A recuperação do Cetro Dourado em Âmien era a mais iminente, mas também precisariam descobrir o que estava acontecendo em Eredra, pois da última vez que deixaram aquele reino o triunvirato tinha um plano para tentar reconquistar influência e seu antigo portentã estaria novamente no páreo.

• Pedodes, já no dia agendado para a partida do grupo, visitou os calabouços de Porteval para procurar por anomalias no mana que ativassem a detecção de sua espada, mas não encontrou nada de anormal além de algum prisioneiro escondido o ameaçando. Já no momento da partida, o grupo viu a chegada da caravana real com o próprio Rei Azuma. O monarca ficaria em Porteval por alguns dias, o que atrasaria novamente a partida dos aventureiros. Kaiser, prontamente, tratou de pedir uma reunião com o rei e foi informado que isso ficaria para a manhã seguinte.

• Naquela noite, Landalfo foi visitado por Elden. Seu novo homúnculo, James II, anunciou o conselheiro do rei, mas a extrema desconfiança do elfo não lhe permitiu recebê-lo sem antes fazer uma análise mágica. Para aguçar ainda mais seus sentidos de paranoia, Landalfo percebeu que o sacerote inteiro era uma peça de magia e quebrou o encantamento. Preocupado que se tratava de Kiara nas proximidades, ele alertou Kaiser e o restante do grupo para que a perseguissem. A noite estava apenas começando.

Dantsem, dias 18 a 22 do mês Semente do ano de 1501.

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