sexta-feira, 29 de novembro de 2024

(RR) 006 - Kormine, o anão ladrão

    Kormine e seu grupo se posicionaram para resistir ao grupo que o ameaçara de morte. Os três protetores do anão portavam espadas e escudos e pareciam preocupados com o ataque. O ladrão disse que não se entregaria e que não seria capturado, o que deu início a uma batalha sangrenta.

    Urodam avançou enfurecido sobre um dos inimigos e o matou imediatamente. Ele feriu um segundo, partindo o escudo que ele carregava em pedaços com seu machado.

    Kormine ficou bastante preocupado quando viu seus protetores sendo mortos rapidamente. Os dois restantes foram abatidos por Torlam e Urodam sem muito esforço. Com isso, o anão bebeu uma poção que carregava em seu cinto e desapareceu.

    O grupo sabia que ele não havia fugido para longe. Eles começaram a caminhar pelo terreno em busca de sinais do ladino, atirando solo para o ar na expectativa de pegá-lo na passagem, mas não tiveram sucesso.

    Klaus foi até o burro de carga que o anão trouxeram, pois sabia que, como um ladrão, ele não deixaria seus pertences para trás. E o campeão estava certo, mas mesmo assim não foi capaz de prever a habilidade sorrateira do inimigo, que o pegou pelas costas e colocou uma espada em seu pescoço.

    Torlan conversou com Kormine enquanto Klaus era feito de refém. O elfo tentava convencê-lo de que seria melhor para ele se entregar e os acompanhar, mas Urodam estava decidido a matá-lo e deixou isso muito claro. Vendo que não seria poupado, Kormine disse que não se entregaria, mas baixou a guarda e permitiu que Klaus se libertasse com um movimento.

    Um breve confronto se deu entre o campeão, Kormine e o orc Urodam, que conseguiu se aproximar depois de superar o atraso que o solo escorregadio convocado por Danael lhe provocou. Mas Kormine estava em desvantagem e, afastando-se de seus inimigos, bebeu outra poção de seu cinto e foi transportado para fora da gruta onde lutavam.

    O ladrão continuou sendo perseguido e bebeu outra poção, desta vez uma que ampliou sua velocidade. Mas não foi o suficiente. Urodam também teve seus movimentos melhorados por uma magia de Jean, e o orc foi capaz de alcançar o ladrão em fuga. Enfraquecido pelos ataques do bárbaro enfurecido, Kormine terminou abatido por uma flechada lançada pelo cadáver de seu próprio protetor, reanimado por uma magia de Danael Finnar.

    Urodam não permitiu nem mesmo a queda do corpo do anão enquanto ele ainda estava vivo. O bárbaro segurou o ladrão agonizante pelo pescoço e o decapitou, matando-o antes que a perda de sangue o fizesse.

    A negociação de Torlam com Kormine, enquanto Klaus ainda era um refém, fizeram-no crer que o ladino não havia feito o que o campeão havia dito. Assim, ele resolvera não atacar o inimigo. Em vez disso, o elfo foi o primeiro a investigar o burro de carga e encontrar 25 moedas de ouro e um medalhão de madeira com entalhos estranhos. Ele guardou o dinheiro e os objetos consigo.

    Depois da batalha o grupo se reuniu ao redor da fogueira e começaram a conversar. Jean parecia intrigado com o que Kormine havia dito durante o combate, sempre negando que tivesse feito qualquer mal a uma criança. O gnome interrogou o campeão e, mesmo sem ter uma resposta clara, acabou descobrindo que Klaus manipulou as palavras para fazer o delito de Kormine mais grave do que de fato fora. Indignado, Jean cogitou deixar a companhia do grupo, mas foi convencido por Torlam e Danael a prosseguir.



    O retorno para Kai teve início apenas na manhã seguinte. O grupo chegou no pequeno vilarejo ao fim da tarde e a taverna já estava cheia. Torlam anunciou que pretendia ficar pelo menos 1 mês no vilarejo, pois tinha algumas tarefas que gostaria de praticar antes de seguir viagem. Klaus não se opôs, e nem o restante do grupo.

    Ainda na primeira noite de espera, Danael e Torlam foram ao encontro do ferreiro Gip. O elfo pediu para forjar uma lança na oficina e o humano aceitou sem problema algum. Enquanto isso, Jean encontrou-se com Idine, a pequena elfa que pediu que Klaus encontrasse seus pertences com Kormine. A pequena estava sozinha em sua casa na extremidade do vilarejo. A conversa revelou que a pequena havia sido roubada em 12 moedas de ouro e um medalhão de madeira.

    Aproveitando o espaço da oficina de Gip, Danael usou seus conhecimentos para descobrir que o medalhão de madeira concedia a seu usuário a magia forma humanoide algumas vezes ao dia. A dupla não tinha certeza se o objeto havia sido roubado de Idine, mas Jean logo ligaria os pontos e aumentaria a suspeita sobre a jovem.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

(RR) 005 - Um pedido singelo

     Após descansarem do duro confronto que tiveram contra os wargs, os aventureiros seguiram sua viagem rumo ao norte até saírem do bosque e alcançarem a vila de Kai, às margens do rio homônimo.



    Os aventureiros chegaram ao meio, e se depararam com uma taverna fechada na entrada da vila. Frustrados por não terem um local para passarem o tempo, eles se dividiram em diferentes atividades.

    Torlam foi até a praia, onde presenciou uma dúzia de pescadores retornando de uma manhã proveitosa no rio. Os trabalhadores conduziam suas redes repletas de peixes até a areia grossa às margens do rio Kai. Ali a pesca era eviscerada e a preparada para ser usada na panela, serviço este realizado principalmente pelas mulheres locais.

    Danael resolveu ajudar os trabalhadores conduzindo, principalmente no corte do pescado. Já Urodam se beneficiou de sua força para auxiliar no arrasto das redes até a praia. Enquanto isso, Klaus e Jean Kward ficaram assistindo tudo de longe.

    Danael descobriu que a vila também abrigava um ferreiro enquanto ajudava os locais na evisceração do pescado. O mago se reuniu com Torlam e com Jean e foi até lá assim que o serviço foi concluído. Enquanto isso, Klaus e Urodam foram para a taverna aproveitar as refeições que logo seriam preparadas.

    Danael conheceu o ferreiro Gip enquanto ele trabalhava em uma ferramenta de pesca. A oficina denunciava que a maior parte de seu tempo era destinado a confecção de ferramentas para a prática principal do vilarejo, mas o mago questionou se ele sabia criar algo a mais. Para sua surpresa, ele ouviu que Gip aprendera tudo com um ferreiro em Setearcos, e forjar armaduras estava entre este conhecimento.

    Klaus e Urodam pediram comida para todos enquanto aguardavam na taverna. O pequeno estabelecimento mantinha todos à vista, mas o tumulto da hora do almoço não permitia uma conversa calma. Assim, Urodam resolveu aceitar a participação em um jogo de tabuleiro dos pescadores, enquanto Klaus permanecia impassível.

    A dureza do campeão perdurou até uma pequena menina elfa chamá-lo e pedir por ajuda. Idine, como se chamou, acusava o anão Kormine de tê-la roubado. Segundo a história da pequena, o anão é um ladrão conhecido que visita Kai com alguma frequência, e ele roubou algo importante dela e da mãe dela em sua última passagem.

    A expressão fechada do campeão mudou com o pedido da menina. Ele se decidiu por ajudá-la e começou a procurar seus companheiros para explicar a situação. Urodam e Gomuk foram mais fáceis de convencer, especialmente com a escolha de palavras que Klaus utilizou: "vamos atrás de um anão que abusou de uma criança". Mas a explicação para o restante do grupo não soou tão convincente e ele teve problemas para converter todos para executar o seu plano.

    Danael combinara com o ferreiro uma troca de conhecimentos que seria benéfica aos dois. O mago prometeu retornar para o vilarejo e trabalhar na forja do humano, que por sua vez trabalharia no que fosse necessário. Depois da oficina, Finnar foi até a taverna para ouvir os pedidos de Klaus.

    O campeão ficou irritado com o desdém que Jean Kward e Danael demonstraram com sua pressa. Os dois pediram um banho antes de atenderem à demanda urgente Klaus. Depois, ainda argumentaram que o plano não parecia prudente, pois embora a localização do anão era mais ou menos conhecida, nada se sabia sobre se ele estava sozinho, ou mesmo sua habilidade em combate. 

    De nada adiantou, o grupo acabou conduzido pelo velho campeão rumo às colinas do norte em busca de um anão que roubou uma criança elfa.

    A jornada pelas colinas durou um dia. Era noite quando os aventureiros avistaram as luzes de um acampamento na trilha pouco trafegada. Os aventureiros anunciaram sua chegada assim que viram um trio de humanos fazendo guarda em um acampamento. Eles perguntaram por Kormine, na esperança de encontrá-lo sem dificuldade, e foram agraciados pelos deuses. O anão ouviu e surgiu de dentro de uma caverna ao lado do fogo, perguntando o que eles queriam.

    Klaus foi enérgico, mas não deu muitas explicações. O campeão anunciou que o anão acertaria as contas com Abadar e recuperaria o que foi roubado, sem explicar exatamente porque estava fazendo aquilo. Kormine se pôs em defensiva e seus companheiros fizeram o mesmo. Uma luta estava prestes a começar.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

(RR) 004 - Os Wargs na Floresta

    A noite nebulosa no acampamento não parecia segura. Jean fazia seu turno de guarda e escutou os sons de wargs espreitando em algum lugar próximo. O gnomo não demorou para reagir e acordar seus companheiros, que assumiram uma posição de alerta, perdendo o descanso que precisavam.

    Os aventureiros ouviram um grito profundo de sofrimento vindo do fundo da floresta. Os sons de wargs continuavam. Depois de algum tempo, resolveram avançar com cautela para verificar o que estaria acontecendo.

    Torlam ficou um pouco para trás. O elfo estava preocupado em ser pego de surpresa e se manteve oculto na vegetação densa às margens da trilha na floresta. Os outros avançaram buscando enxergar no meio da escuridão, mas auxiliados por duas luzes mágicas criada por Dannael.

    Algumas dezenas de metros à frente os aventureiros se depararam com um acampamento destruído e um grupo de wargs se alimentando  do cadáver de um desafortunado viajante.

    As criaturas não avançaram de imediato. Elas pareciam bastante concentradas em seu jantar. Porém, Jean Kward lançou uma de suas magias contra elas, fazendo-as reagir imediatamente.

    Os wargs investiram contra os aventureiros e feriram Jean e Urodam, que assumiram a linha de frente ao lado de Claus. Contudo, o paladino conseguia resistir à maioria dos ataques, enquanto seus dois companheiros não tinham a mesma perícia. 

    Danael convocou, por duas vezes, um morto-vivo esqueleto para auxiliá-los, mas a criatura foi repetidamente destruída sem hesitação.

    As criaturas convocadas pelo mago tiveram sua utilidade na batalha, atraindo golpes das bestas. Urodam foi o segundo mais visado. O orc foi abatido e esteve à beira da morte em mais de um momento. Jean, que também se viu cercado no início da batalha, deu um jeito de escapar e tornar-se invisível.

    O confronto contra as criaturas prolongou-se por menos de um minuto. O ataque repentino dos aventureiros contra as criaturas que se alimentavam revelou-se um trunfo no início da batalha, concedendo-lhes uma pequena vantagem inicial. Isso ajudou a garantir um desfecho favorável, com a derrota de todas as criaturas.

    O mais ferido após o combate foi Urodam. O orc tinha ferimentos profundos, mas Torlan o tratou com suas ferramentas médicas e ele ficaria bem. Enquanto isso, o restante do grupo investigou o acampamento destruído e encontrou algumas moedas de prata, uma espada e um elmo mágico capaz de ler auras. Danael queimou o corpo do viajante azarado, e o grupo retornou para seu acampamento, esperando não ser perturbado novamente até o raiar do sol.

Floresta


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

(RR) 003 - O Rio

     A chuva intensa ainda prejudicava a visão e os pensamentos dos aventureiros depois da batalha contra os assassinos enviados pelo Teleiro. Com isso, eles se enervaram e resolveram avançar na travessia do rio mesmo com a tormenta e com a cheia.

    Klaus e Urodam conseguiram atravessar na parte mais rasa do rio, vencendo a força de uma correnteza de água pela cintura. O orc levou consigo uma corda, que Torlam amarrou em uma árvore do lado oposto.

    Gomuk acreditou que conseguiria saltar sobre o rio caso se aproveitasse de uma pedra que se projetava um pouco mais para dentro dele. Porém, o hobgoblin fracassou em sua tentativa, prejudicado pela solo molhado e pelo ar pesado. Ele caiu na água e afundou até a soleira do rio, prendendo uma de suas pernas no fundo lamacento.

    Urodam saltou imediatamente no rio para tentar resgatá-lo. O bárbaro, sem noção do risco que correria, perdeu o equilíbrio assim que foi atingido pela correnteza e se viu desnorteado sob a água turva. Seus companheiros começaram a se mover com uma urgência necessária em meio a tormenta a fim de salvar os dois do rio violento. Para a sorte de ambos, uma barreira natural evitaria que eles fossem arrastados rio abaixo, perdendo-se de seus aliados.

    Danael convocou um pequeno elemental da água. A criatura conseguia se deslocar facilmente mesmo na forte correnteza, mas não possuía força física suficiente para trazer, sozinha, os dois grandões do fundo do rio. No entanto ela foi útil e ajudou. Urodam acabou rompendo a corda que estava amarrada nele, e por poucos segundos não perdeu a consciência sob a água. Ele foi capaz de nadar para a superfície, auxiliado pelo elemental, nos seus últimos instantes de fôlego.

    Gomuk não tivera a mesma sorte. O hobgoblin já estava inconsciente e se afogando no fundo do rio. Torlam pegou a corda e a amarrou em uma árvore mais próxima de onde o companheiro estava enterrado no rio, e também mergulhou na correnteza violenta para, assim como Urodam, quase perder para o rio.

    O elemental conseguira soltar os pés de Gomuk do fundo lamacento, mas o hobgoblin inconsciente não conseguia se ajudar. Foi um Torlam já bastante prejudicado que conseguiu alcançá-lo no último instante e nadar, auxiliado pelo elemental e extraindo forças sabe-se lá de onde, até a margem mais próxima.

    Gomuk ainda estava vivo. O médico o trouxe de volta e em seguida todos encontravam-se em segurança. Suas vidas haviam estado a um tris de se perderem neste dia. Muito mais em decorrência de suas ações imprudentes quanto ao rio do que pelo ataque de assassinos contratado pelo Teleiro.

    Percebendo isso, resolveram aguardar a tormenta passar para, uma hora depois, atravessarem o rio com segurança, com sua correnteza já reduzida.