segunda-feira, 26 de junho de 2023

(SC) Sessão 015

Reviravolta no confronto

A batalha contra os inimigos estava sendo difícil, mas o sinal de que uma nave maior estava se aproximando acendeu um alerta na mente de todos. Eles perceberam que se não acabassem com aqueles inimigos em 90 segundos, estariam perdidos.

Razor, no comando da nave, começou a concentrar seu posicionamento para fugir da dianteira das naves inimigas. Sua agilidade no comando permitiam-lhe sempre estar um passo a frente e colocar Charlie em um dos flancos, fora da mira das melhores armas adversárias.

Já Karlag e Trita08 estavam à postos nas cadeiras de ciência e engenharia. Eles não perdiam nenhuma oportunidade de desviar as energias da nave para os escudos, e sempre encontravam o lado certo, prevendo a movimentação inimiga. Com isso, as naves não conseguiram vencer as defesas de Charlie e ultrapassar os escudos nem uma vez sequer.

Com Nick dando as ordens, Marvus e especialmente Hotspoth estavam com suas miras aguçadas. O solariano acertou praticamente todo o disparo que tentou com seus canhões elétricos. Marvus, embora não tivesse a mesma pontaria, também colaborou em danificar a fuselagem inimiga.

A vantagem dos tripulantes da Charlie era tanta que uma das naves inimigas recuou ao perceber que seria destruída. Hotspoth ainda tentou atirar nela a distância, mas a velocidade do caça o fez sair do raio da alcance. A outra nave foi mais ousada e imprudente e, com isso, acabou destruída.

Assim que se viram livres dos inimigos o grupo acelerou. A nave-mãe chegaria em instantes e eles queriam aproveitar a maior velocidade que Charlie certamente tinha para tomar alguma distância dos armamentos que os alvejariam.

Não poderiam estar mais corretos.

Quando a nave chegou, perceberam se tratar de um porta-naves. Ela anunciou uma oportunidade de rendição da Charlie através do comunicador, mas ouviu negações de baixo calão. Assim, disparou seus mísseis pelo espaço, ao mesmo tempo em que liberava naves auxiliares para perseguir os exploradores.

A esta atura Charlie já estava com seus propulsores desligados. Os exploradores estavam iniciando os motores de deriva para saírem dali sem deixar rastros. Precisaram, no entanto, desviar energia dos sistemas da Charlie para fortalecer os escudos, já que seriam obrigados a resistir aos mísseis. Torceram que os disparos tivessem sido ruins e foram recompensados: os mísseis disparados explodiram pouco antes de enconstar nos escudos da Charlie, mal danificando-os.

As naves auxiliares, novos caças que perseguiriam os exploradores, não conseguiriam chegar neles antes que os motores de deriva estivessem funcionando à pleno e preparados para o salto. Assim, Charlie lançou um míssel contra um caça, mas saltou para o hiper plano antes que pudesse ver o desfecho. Os exploradores alcançaram a deriva.

A rota traçada era para Vaxis, o planeta no espaço próximo que Radira indicou para eles. A viagem levaria vários dias se eles seguissem a rota planejada. No entanto, já se desviaram dela nos primeiros minutos.

O ponto de surgimento de Charlie ao chegar estava próximo de um asteróide estranho. Os sensores da nave indicavam que ele possuía água e vida em seu interior. Era grande como uma ilha, e flutuava aparentemente sem destino na deriva. Os exploradores resolveram se aproximar. Para a surpresa deles, se tratava de uma espécie de nave gigantesca disfarçada de asteróide ─ ou uma nave que fora mesclada com um asteróide devido as bizarrices da deriva. De qualquer forma, os exploradores estavam decididos a descobrir mais sobre ela.

Espaço nos Mundos do Pacto e Deriva, décimo sétimo dia do mês de Calistril do ano de 318 DL.

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