O Forte Kram
Após obterem uma grande vitória sobre os autômatos no moinho, os aventureiros planejavam uma forma de sair do vilarejo em ruínas. Eles já haviam decidido ficar com a lamparina mágica que Gurpos havia pedido e, portanto, não precisariam retornar ao dirigível. Em vez disso, traçaram uma rota para Tip.
Torlam foi escolhido como o líder do grupo para a próxima etapa. O ladino seguiu à frente, esgueirando-se pela relva alta ao redor das ruínas a fim de evitar os autômatos que ainda estavam ativos no local. Com habilidade, ele conseguiu conduzir seus companheiros para fora da cidade e de volta à estrada para Tip.
O vilarejo de Tip estava como havia sido deixado. O grupo seguiu diretamente para o marceneiro, que havia concluído a carruagem conforme prometera. Jean pegou a forja com a ferreira e os quatro animais que havia comprado com o cocheiro para, depois, juntar-se ao grupo, montar todas as peças e se preparar para, enfim, seguir até o Forte Kram.
A viagem para o Forte não teve obstáculos difíceis. O mais complicado foi atravessar a ponte de pedra com a enorme carruagem que conduziam. Algumas horas depois, eles se depararam com uma placa na bifurcação: 'Ao leste para Pitax, ao norte para o Forte Kram'. O grupo seguiu para norte, pela estrada mais arruinada.
O Forte Kram era uma pequena cidade formada pelas duas ruas que davam acesso principal à fortaleza. Klaus era o único que já havia estado por aquelas bandas, mas sua passagem ocorrera há mais de 20 anos.
O campeão separou-se do grupo e foi até o castelo. Enquanto isso, Jean conduziu a carruagem até o mercado central, onde percebeu que seria um bom lugar para iniciar o comércio.
Antes de negociarem seus pertences, o feiticeiro teve o bom senso de procurar a administração local. Ele obteve algumas informações na taverna dentro dos muros do forte de que bastaria procurar atendimento no castelo, e foi para lá que rumou.
O atendimento no forte foi rápido e prestativo. Jean recebeu a autorização que esperava para comercializar no mercado no interior dos muros da fortaleza. No entanto, eles deveriam remover a carruagem ao anoitecer.
Klaus também conseguiu conversar com uma funcionária do castelo. O humano perguntou se seu amigo ainda estava preso ali e ouviu que não, que ele havia sido libertado há dez anos. Depois disso, o campeão entregou o anel com a heráldica da nobre família Kior e pediu que fosse entregue ao senhor do castelo, que descobriu tratar-se do General Kovotelo, o mesmo de seus tempos de guerra.
Jean explicou as condições do comércio assim que todo o grupo se reuniu na carruagem. Eles abriram a tenda ao lado e aguardaram. Um comerciante vizinho aproximou-se. Era Gosmil, um humano interessado em peles e tecidos. Ele fez uma proposta ao grupo depois de explicar que estava a serviço de um nobre de Pitax. Caso lhe trouxessem couro de uma quimera, o pagamento poderia chegar a até 250 moedas de ouro.
O grupo não aceitou o acordo imediatamente, embora Gosmil tenha parecido bem entusiasmado com as capacidades do grupo. Porém, ele deixou a conversa com uma alta expectativa de que os aventureiros lhe trariam o que ele precisava.
Pouco tempo depois de ele partir, Marielfa, a funcionária que atendeu Klaus na fortaleza, aproximou-se de forma séria. Ela entregou um pergaminho com uma convocação do general Kovotelo para encontrar-se com o campeão. Ele poderia levar quem quisesse, mas não seria permitido o porte de armas.
Klaus e Jean foram ao encontro do anão. A recepção foi calorosa: "─ Klaus, seu velho maluco! Eu achei que você já havia apodrecido em uma cela de prisão!". O general pediu que todos se acomodassem e parecia ansioso pelo reencontro com seu velho companheiro de guerra.
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