A roda d'água destruída
O grupo ainda não havia decidido o que faria com os objetos mágicos encontrados no moinho. Jean não conseguira descobrir todas as funções da lamparina mágica, que parecia ser o objeto de interesse de 09 e Gurpos.
Torlam subiu pelo poço para investigar o que os autômatos faziam ao redor do moinho. Viu que ambos estavam recolhendo os destroços da casa desmoronada e os organizavam ao lado, junto ao rio. O elfo não se arriscou muito e retornou rapidamente para junto de seus companheiros.
Os aventureiros decidiram que precisavam destruir o eixo que conectava a roda d'água ao moinho e, com isso, parar o funcionamento dos autômatos. Dividiram as tarefas: Urodam usaria o bastão metálico para atacar o eixo, enquanto o restante do grupo vigiava os autômatos. Kaval ajudaria todos a se deslocarem pelo rio sempre que necessário. O boggard ficou próximo de Urodam enquanto ele se preparava para destruir a conexão.
Urodam desferiu um golpe forte no eixo metálico. Porém, nem um arranhão foi notado na madeira estranhamente resistente. O orc tentou novamente e percebeu que isso começava a chamar a atenção dos autômatos. Mais um golpe, desta vez mais potente, foi suficiente para entortar o mecanismo e apressar a ação dos autômatos.
O grupo se moveu rapidamente. Kaval se posicionou para tentar defender Urodam; Klaus atraiu um dos autômatos com um disparo de arma de fogo; Danael tornou-se invisível e se afastou da área de combate; Jean também desapareceu, mas permaneceu nos arredores; Torlam transformou-se em um gato e se afastou.
O autômato atraído por Klaus aproximou-se rapidamente, com um salto que quase esmagou o gato Torlam. O ataque veio devastador. O velho paladino interpôs seu escudo, mas a proteção foi despedaçada pelo impacto. Enquanto isso, Urodam continuava tentando desferir o golpe destruidor no eixo do moinho, mas a resistência encontrada era muito além do esperado.
Jean tentou uma nova estratégia. O gnomo convocou um duende capaz de usar feitiços que despedaçavam objetos. O truque foi um sucesso. Urodam conseguiu resistir a um dos ataques dos inimigos, mas, antes que precisasse realizar um ataque certeiro, um feitiço lançado pelo duende quebrou o eixo e separou a roda d'água do moinho. Os autômatos se apressaram para segurar a roda e impedir que ela se perdesse no rio. Porém, seus movimentos foram se tornando progressivamente mais lentos, até que ambos congelaram segurando a roda, cada um de um lado, protegendo-a da queda, mas impedindo que ela girasse.
Com a vitória garantida, o grupo retornou ao túnel subterrâneo a fim de recobrar suas energias. Eles descansaram por uma noite e, na manhã seguinte, Jean tentou analisar a lamparina novamente. Com a mente descansada, conseguiu descobrir todos os poderes do poderoso objeto mágico.
A lamparina mágica era uma fonte quase inesgotável de energia mágica. No entanto, o gnomo não sabia, na prática, como extrair essa energia. O objeto também podia iluminar o caminho que se desejava seguir, servindo como uma espécie de bússola. Por fim, tinha a capacidade de criar uma janela mágica para um destino conhecido. A janela se materializava no fim da iluminação esverdeada que ela projetava e podia se manifestar tanto em um sentido quanto em dois. Neste último caso, também permitia comunicação irrestrita.
Conhecendo os recursos do objeto, os aventureiros decidiram não entregar a lamparina a Gurpos. Em vez disso, a manteriam e apenas comunicariam ao gnomo que havia um objeto de interesse para ele nos escombros do moinho — uma peça de metal que poderia servir para a reconstrução do dirigível.
O próximo destino era o Forte Kram.
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