sexta-feira, 19 de agosto de 2022

(SG) Sessão 126

A rainha amaldiçoada

• Ocultos nos arredores de Sensera, o grupo recuperava-se da última batalha e se preparava para o duro caminho que ainda teria que perseguir. Assim, Pedodes convocava um grande milagre de Cruine que traria Solana de volta dos mortos, enquanto Landalfo e Lanâncoras trocavam experiências com Allanor para aprenderem permanência, ao mesmo tempo em que ensinavam voo ao elementalista.

• Solana, revivida depois da conclusão do ritual de Pedodes, disse que havia sido capturada e morta ainda nos calabouços do palácio de Sensera. Ela afirmou que teve pouco tempo antes de que a matassem, mas pode ver Elvig sendo arrastada, empurrada e espancada enquanto perdia suas forças.

• Solana possuía alguns contatos dentro do palácio. Embora ela não confiasse em muitas pessoas, revelou que o sacerdote de Selimon Echoriel seria alguém que o grupo poderia certamente procurar para obter mais informações. Como conselheiro do rei Augustu, ele é uma pessoa sensata e que não apoiaria as últimas ações do monarca. Ela também mencionou uma mulher que trabalha nos calabouços que lhe poderia ser útil se ela conseguisse entrar na cidade para contata-la pessoalmente, embora ela mesma admitisse um certo risco nessa abordagem.

• Depois de terem se fortalecido o quanto podiam, os Heróis de Dantsem viajaram de volta para a fazenda próxima de Sensera, onde os ferais estavam aguardando por eles. Lá se organizaram para decidir como entrariam na capital maranense, já que as informações de Solana revelavam que os caça-magos, soldados treinados em identificar e aprisionar magos, seriam capazes de encontrá-los facilmente se entrassem com todos os seus equipamentos ou disfarçados magicamente. Assim, Lanâncoras foi encoberto por vestes não habituais e sem seu cajado mágico até o interior da cidade para comprar suprimentos para Cóquem preparar um disfarce mundano e eficaz para o grupo. Enquanto isso Pedodes preparava uma nova carta para o Rei Augustu Zeneri, na esperança de que ele pudesse juntar-se a causa da luta contra os infernais.

• A incursão de Lanâncoras por Sensera rendeu-lhe uma surpresa que acabou o distraindo. Ele encontrou, nos comércios em que visitou, vários cartazes de procurados com os retratos dele e do restante do grupo com recompensas de vivos ou mortos que variavam de 100 a 250 moedas de ouro. A acusação era de traição. Ele também encontrou um folheto assinado por Escarlon com acusações difamatórias sobre o rei Attos II, de Verrogar. Com todas estas informações mais a lista de compras que levara, o elementalista acabou esquecendo de procurar informações sobre a presença de Karr na cidade.

Manaia de folga

• Landalfo, Pedodes e Solana foram os próximos a entrarem em Sensera, desta vez disfarçados adequadamente com maquiagens feitas por Cóquem, um especialista. Entrar na cidade e permanecer desapercebido exigira que eles carregassem a menor quantidade de magia possível, assim Pedodes deixou sua vingadora e Landalfo seus objetos mágicos, inclusive seu cajado. Com a sensação de estarem nus, entraram facilmente pelos portões principais da capital maranense e começaram a investigação.

• Um passeio rápido pelas ruas principais de Sensera foram o suficiente para que Solana descobrisse que o general Karr não estava na cidade. Tratando isso como uma vantagem, procuraram por Manaia, um contato da comandane maranense dentro dos calabouços da cidade. A mulher estava de folga e recebeu o grupo em sua casa. Muito impressionada com Pedodes, a guarda parecia alguém disposta a ajudar. Ela colaborou com o grupo na elaboração do plano de infiltração no palácio: eles entrariam escondidos em uma carroça de transporte de alimentos para os presos naquela mesma noite do dia 12 do mês do talento. Não havia muito tempo para preparação.

• Antes de reencontrarem o grupo fora da cidade, Pedodes, Landalfo e Solana foram ao templo de Selimon para encontrarem-se com Echoriel. O sacerdote recebeu a comandante sem surpresa, pois o general Karr não havia revelado que ela estava morta ou que ela era uma traidora, como alegara. Os dois pareciam bastante amigos e Echoriel demonstrou frustração com o Rei Augustu Zeneri.

• Solana e Pedodes questionaram Echoriel várias vezes sobre a possibilidade do rei estar de alguma forma enfeitiçado para agir em favor do general Karr, mas o sacerdote foi taxativo: não. O rei Augustu não tinha nenhum laço mágico prendendo-o a qualquer pessoa. Mesmo assim, Echoriel tinha total certeza que ele defenderia seu general fosse qual fosse a acusação. A ligação entre os dois, especialmente da parte do monarca para o Karr, era misteriosa, mas evidentemente muito forte, de modo que ele não acreditava que o rei assumiria uma posição que ameaçasse seu preferido.

• Depois de conversarem com Echoriel, ainda antes de deixarem o prédio que era o templo de Selimon, foram até a enfermaria onde a rainha mãe repousava em estado semi-vegetativo. Havia muito anos que ela estava neste estado e o grupo suspeitou da situação. Perceberam que ela não estava enfeitiçada, mas observaram que uma outra mulher, a ex enfermeira da família real, Enad, dividia o quarto com ela e emanava uma aura profana que acusava claramente estar amaldiçoada. Landalfo relembrou imediamente da maldição sobre Ildra, que se manifestou de forma muito semelhante e que, logo, talvez pudesse ser quebrada de forma semelhante. Se fizessem isso, talvez eles pudessem libertar não só a ex-enfermeira, mas principalmente a rainha-mãe que estava sendo afetada pela maldição indiretamente - e talvez fosse ela justamente o alvo de quem colocou o feitiço.

• Sem tempo para um ritual de purificação, o trio deixou o templo de Selimon e foi planejar com o restante do grupo qual seria o próximo passo. Pedodes queria entrar nos calabouços do palácio de Sensera para procurar por Elvig, enquanto Landalfo achava que seria mais importante libertar a rainha-mãe da maldição. A discussão levou algumas horas até que optaram por entrar no palácio.

• Pedodes, Landalfo, Torin, Cóquem e Solana entariam no palácio através da carroça de alimentos, conforme o plano que Manaia colocaria em prática. Kaiser, Lanâncoras e Lia ficariam para traz, na retaguarda. Estavam concluindo seus preparativos quando uma visão no céu que inquietou primeiramente os ferais, mas depois também atormentou Torin e os outros foi presenciada: Luzes de tons escuros na forma de uma aurora boreal foram vistas no horizonte leste. Ela trazia consigo uma sensação profundamente desagradável de vazio, como aquela que os aventureiros haviam sentido quando presenciaram a invocação de um demônio tipo V.

Dantsem, dias 12 e 13 do do mês do Talento do ano de 1501.

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