O monstro no fundo da mina
Depois de concluírem as tarefas na oficina de Aliin, o grupo perguntou para a ferreira se ela tinha algum serviço que pudesse render algumas moedas para os aventureiros. Dannael estava claramente interessado na mulher, embora ela não parecesse compartilhar da mesma vontade e foi bem direta em oferecer que eles buscassem seus materiais na mina ao norte pelo valor de 15 moedas de prata.
O grupo acabou aceitando a tarefa oferecida por Aliin e foi até a mina com uma carroça e um burro cedido por ela. Junto com o material, levaram um anel de diamante para ser entregue para Bubibrok atirar no fosso, embora a razão disso não tenha ficado claro. Já o transporte e o animal seriam parte do pagamento depois que o serviço estivesse concluído, então os aventureiros cuidaram da criatura, preocupando-se em deixá-la perto da água e do feno ao deixá-lo na entrada da mina.
A mina era um túnel de 4 metros de largura sustentada por pilastras de madeira envergadas pelo peso. Jean preocupou-se com a qualidade da estrutura e provocou um pouco de medo no grupo, especialmente depois que Klaus também demonstrou preocupação em entrar ali. No entanto, eles foram convencidos a entrar pelo pagamento que receberiam.
Os aventureiros entraram na mina fazendo uso de uma única fonte de luz gerada por um truque de Dannael. Eles chamavam pelo nome Bubibrok sempre que cruzavam com algum mineiro em seu carrinho carregado sobre os trilhos, mas não o encontraram facilmente.
A mina descia para as profundezas e o ar se tornava cada vez mais rarefeito. O grupo passou por algumas cavas abertas e abandonadas, tomadas por água que formava um lago, já aparentemente esgotadas dos minerais de interesse.
Após uma bifurcação que levava para um declínio acentuado para ainda mais fundo na mina, Jean voltou a ficar preocupado com a estrutura que mantinha o lugar inteiro. Assim, o grupo retornou para o cruzamento e encontrou uma orc com seu carrinho cheio de minério. Eles a indagaram sobre Bubibrok e ela foi direta em dizer que ele estava para as profundezas. Quando perguntada se lá era seguro, ela afirmou apenas que o gnomo é louco.
Enquanto conversavam, Urodam lançava um olhar penetrante para a orc, que correspondeu. O trabalho pesado e a caverna invocaram sensações libidinosas ancestrais em ambos, que agarraram-se na penumbra da mina e copularam enquanto seus companheiros apenas assistiam em choque.
Trocadas as experiências, o grupo seguiu em silêncio para mais fundo na mina. Eles desceram o chão íngreme até chegarem em um pequeno elevador e uma escada de mão. Ao descê-la, foram necessários poucos passos para que chegassem uma grande cava de mineração em que encontraram o gnomo Bubibrok.
A primeira pergunta que fizeram para o gnomo foi sobre o anel de diamante. Antes que qualquer resposta fosse dada, porém, Bubibrok o arrancou da mão de Jean com uma agilidade impressionante. Ele analisou o diamante encrustado nele e afirmou em voz alta "Azam, nosso pagamento chegou!"
Jean se indignou com a reação do gnomo, mas ele não conversou mais com os aventureiros. Em seu lugar, uma gnoma de nome Azam apareceu e deu continuidade ao assunto com o grupo. Ela explicou que eles trabalham para Aliin levando ferro e cobre para a superfície, mas que também coletam um mineral diferente que é utilizado como material alquímico.
O mineral que eles coletam está nas profundezas da mina, onde uma criatura perigosa vive nos lagos subterrâneos: o local onde eles se encontravam agora. Porém, eles não ofereciam qualquer tesouro para a criatura. Em vez disso, eles pegavam os objetos que Aliin enviava para oferenda como forma de compensação pelo trabalho duro que nenhum outro mineiro aceitava fazer, mas ela não pagava a mais. A criatura que eles mencionavam não representava uma ameaça se não perturbada, razão pela qual o trabalho era executado com extremo cuidado.
Vendo que a ferreira estava sendo enganada, o grupo encontrou uma oportunidade de extorquir os dois gnomos ao ameaçar revelar a história deles. Os argumentos não surtiram efeito no começo, mas uma negociação mais elaborada acabou por convencê-los. Enfim, o grupo propôs se livrar da criatura que assolava o lago na mina. Com isso, eles poderiam extrair o minério alquímico com mais facilidade e menos precaução.
Com o acordo fechado, os aventureiros pegaram o anel de diamante e ficaram na mina enquanto os dois gnomos retornaram para a superfície. Eles agitaram a água do lago algumas vezes, até que uma serpente gigante enfim surgiu. Deslocando-se por túneis submersos abaixo da superfície onde eles estavam, o monstro apareceu quase no meio deles e atacou Urodam e Klaus. A luta teve início.
Urodam e Klaus tomaram a vanguarda da batalha, segurando as investidas perigosas do inimigo enquanto seus aliados davam apoio da retaguarda.
O monstro desferia golpes muito poderosos com sua cauda e presas. Urodam precisou do apoio de Torlam por algumas vezes para conseguir manter-se em combate até o final. A criatura, imobilizada em sua pequena abertura conectada com o lago, não conseguia alcançar a todos.
Depois de alguns segundos em que ataques violentos foram trocados, o monstro enfim foi ferido. Ele fugiu de volta para seu buraco e desapareceu da vista dos aventureiros, que também se encontravam bastante desgastados.
Apesar da dificuldade, vislumbrar o prêmio que receberiam logo em seguida os mantinha em alerta para conseguir uma prova de sua vitória.
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