Danael e Torlam pernoitavam na casa do filho do prefeito depois de terem sido educadamente convidados. Seu patrono Klaus, no entanto, estava em uma situação bem diferente. O campeão saía da prisão depois de ter discutido com Miki Teleiro.
Klaus rumou para a estalagem Peixe-Espada, pois sabia que lá encontraria seus três mais novos seguidores, o hobgoblin Gomuk, o orc Urodam e o gnomo Jean Kward.
O trio estava se divertindo na taverna. Porém, os outros clientes do estabelecimento não podiam dizer o mesmo. As pessoas olhavam para o peculiar grupo de forma preocupada e até amedrontada. Gomuk percebeu isso, mas, ao invés de apaziguar a situação, sentiu-se mais confortável em aumentar a tensão, encarando de forma ameaçadora um aldeão.
A chegada de Klaus na taverna não melhorou muito a visão que os outros clientes da taverna tinham. Embora a atendente tivesse direcionado um tratamento claramente melhor para o campeão de Abadar, o tratamento dado ao trio que acabara de ser libertado da prisão de forma pouco tradicional continuava a ser bastante hostil.
A noite para Klaus não durou muito. O velho campeão até tolerou uma ação pouco honesta de Jear Kward para extorquir algumas moedas de três clientes apavorados com Urodam e Gomuk, mas não demorou a deixar a mesa e se dirigir ao seu quarto. Ele e Jean foram os únicos a conseguirem aposentos, pois o taverneiro disse que os outros quartos estavam ocupados.
Um dos clientes da taverna irritou-se com a presença intimidadora do orc e do hobgoblin. Tomado por uma coragem estúpida, ele pôs-se de pé e ameaçou a dupla com uma faca. Urodam não hesitou em arremessar o punhal encantado de Gomuk na perna do aldeão e depois erguê-lo pelo colarinho, devolvendo a ameaça com uma agressão física que quase acabou em assassinato.
A guarda foi rapidamente chamada, mas Gomuk agiu antecipadamente e salvou a vida do homem que o ameaçara para não gerar outra acusação contra eles. No entanto os clientes continuavam amedrontados e até raivosos com os dois. O hobgoblin conseguiu convencer os seis membros da milícia que vieram detê-los a não erguerem as armas, pois eles concordaram em sair da cidade durante a noite.
A conclusão da noite foi que Gomuk e Urodam acamparam perto do muro externo do vilarejo de Horija, mas retornaram pela manhã para se reencontrarem com Klaus e os outros.
O grupo não perdeu muito tempo em Horja. Klaus Karl tinha um destino certo, ele pretendia reconquistar terras roubadas em nome de Pitax, lugar aonde crescera. O norte era o destino deles.
A viagem pelos reinos fluviais não é fácil. A infraestrutura é quase inexistente, o que significou que eles tiveram que percorrer trilhas abandonadas e quase desfeitas, atravessar rios a pé e pisar sobre um terreno pantanoso difícil de trafegar.
O segundo dia de viagem foi o mais difícil. Uma chuva intensa e tempestuosa dificultava a caminhada, e a travessia de um rio, mesmo que raso, se mostrou um desafio perigoso. Assim, resolveram aguardar algumas horas até que o sol se revelasse outra vez. No entanto, enquanto descansavam, o sexteto foi atacado por um grupo de rastreadores. Eles foram abordados de forma sorrateira, pegos de surpresa. O confronto foi inevitável.
Durante a luta, um dos rastreadores anunciou a razão do ataque. Eles haviam sido enviados por Miki Teleiro como forma de vingança. A morte dos aventureiros estava encomendada.
A batalha durou alguns minutos. O grupo conseguiu lidar com os rastreadores, mesmo depois da emboscada. Entre os espólios, encontraram uma carta que não denunciava o nome dos Teleiros, mas que deixava clara a proposta de que os aventureiros deveriam ser assassinados e esquecidos nos ermos. Indignados com o inimigo que se revelara mais perigoso do que parecera, o grupo considerava retornar até Horija pra lidar com o nobre. Klaus ainda não havia manifestado suas intenções.