Parte 1: Um bardo e um gnomo
O bardo fujão

Zeed,
"The Great Sound", é um bardo humano natural de algum lugar de Sembia.
Criado no mundo após abandonar sua terra natal, ele acabou buscando
abrigo por algumas semanas na Antiga Cidadela Élfica por acreditar que
lá haveria conhecimento que poderia absorver. Seu excelente trato social
acabou por convencer os líderes da cidadela de que ele não seria uma
perturbação se ficasse lá, pois era habilidoso com instrumentos musicais
e conseguia agradar aos que o ouviam.
Contudo, o bardo não foi
capaz de segurar seus instintos ao ter contato com a linda princesa elfa
Mailên e, após bajulações e cortejamentos, conseguiu que ela se
apaixonasse por ele - mesmo que o objetivo final não fosse esse. A
princesa se entregou a seus braços, mas foi descoberta. Com a pureza da
donzela maculada, Zeed seria executado pelas leis élficas, o que o
obrigou a fugir com o que conseguiu carregar em direção ao sul, onde
sabia que existia um povoado humano que, com sorte, o protegeria.
Tumulto na Vila do Pântano
O
grupo estava preparando-se para partir da Vila do Pântano. Dalaran e os
outros estudavam por onde seria a melhor rota até chegarem ao covil
previsto do dragão Ruflon, e ponderavam sobre ir até o Templo Escondido,
como defendia Tom, ou seguir o trajeto do rio ao norte, como Dalaran e
Demétria acreditavam ser mais sensato.

Antes
que pudessem chegar a uma conclusão, todos ouviram os passos apressados
de cavalos no solo encharcado. Ao irem à rua, os seis (Dalaran, Stor,
Tom, Giles, Demétria e Redon) e mais o jovem estalajadeiro viram três
elfos cavaleiros. Um deles desmontou e dirigiu-se até Dalaran. Em
élfico, o cavaleiro lhe perguntou sobre um humano criminoso carregando
um alaúde e que haveria fugido da cidadela naquela direção. Desconfiado,
o paladino questionou sobre o crime que este humano tinha cometido.
Segundo o elfo, ele é um bardo que aproveitou-se erradamente da princesa
da Cidadela, e que deve ser levado a justiça segundo suas leis devido a
isto.
Dalaran ouviu e não considerou o crime merecedor de uma
punição severa. Assim, ele despistou o cavaleiro, afirmando
convincentemente que o bardo fugira para o sul. Os três elfos partiram
agradecidos e o grupo ficou com a curiosidade de saber quem era o tal
criminoso.
Enquanto isso, Zeed havia chegado na Vila do Pântano
diretamente na casa de Lithira. Ele havia encontrado Tindara e Gindala e
a velha. O bardo ficou encantado com as gêmeas em seu primeiro momento,
mas a visão de Lithira o fez "desencantar". Ele perguntou onde poderia
descansar e Gindala o levou até a estalagem.
Foi na frente da
estalagem que o bardo encontrou-se com o restante do grupo. Lá eles se
apresentaram e conversaram por alguns minutos. Era evidente que ele era o
fugitivo dos elfos. Redon parecia concordar com os elfos que ele
deveria ser punido, mas o paladino possui um senso de justiça...
diferente, e não crê que uma atitude realizada pelos dois, Zeed e a
princesa, em comum acordo devesse provocar uma punição ao bardo.
Assim
a conversa acabou mudando um pouco de rumo e o grupo acabou descobrindo
que o bardo tinha vasto conhecimento da região. Ele é um estudioso que
já estudou a área e está presente na floresta há mais de um mês e,
portanto, poderia ser um bom guia enquanto eles procuravam o dragão.
Convidado a seguir com a comitiva, Zeed aceitou e eles partiram para o
leste.
Maco, o gnomo
O grupo cavalgou para o leste por
meio dia sem parar até ver duas cabanas velhas ao redor da estrada. Eles
pararam a uma distância segura e resolveram investigar.
Tom foi
na frente, mas retornou quando escutou um barulho estranho. Dalaran,
Demétria e Zeed não se intimidaram e seguiram até a cabana a esquerda da
estrada. O paladino verificava se havia alguma armadilha nas portas da
casa, enquanto o bardo olhava pelas janelas. O local estava acabado de
velho, com as raízes das árvores invadindo o piso e o pouco que restava
do telhado. Zeed viu uma banheira e uma bica ao mesmo tempo em que
Dalaran anunciava que não haviam armadilhas no local. os três
investigavam a cabana e o paladino encontrou alguns velhos pergaminhos
vazios junto a outros documentos velhos e quase ilegíveis.
A
outra cabana tinha dois andares, mas a escada que levava ao segundo
estava em péssimo estado. Daralan conseguiu ver, assim que pôs o pé
dentro da casa, olhos amarelos de um gnomo das profundezas. Ele iniciou
uma conversa em subcomum e logo percebeu que ele estava muito
desconfiado dos estrangeiros. Contudo, o paladino sabia utilizar as
palavras e fez com que o Gnomo tolerasse a presença deles.
Durante
a refeição, Zeed catou algumas plantas de tempero e Demétria utilizou
na preparação da carne que tinham. O cheiro fez com que Maco aparecesse
para o grupo. Demétria e Zeed cantaram e tocaram, desinibindo o gnomo,
que disse ao grupo como era o Templo Escondido muito ao Leste. Depois de
comer o que queria, o gnomo desapareceu na vista do grupo. Todos
descansaram e prepararam-se para seguir viagem.
(Terras Centrais, dia 07 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)
Parte 2: O Templo Escondido
A travessia da ponte
Após
descansarem por um tempo nas antigas cabanas, o grupo resolveu seguir
viagem por mais algumas horas. Eles chegaram até o Rio e viram a ponte
registrada no mapa quebrada em um determinado pedaço. Do outro lado
havia uma placa, que Stor usou seu familiar para ler. Ela dizia:
Para o Norte, estrada nova
Para o Sul, estrada antiga
Zeed
sabia que a estrada nova não estava concluída e, além disso, levaria
até muito perto da Cidadela Élfica. O bardo recomendou que o grupo
seguisse pela estrada antiga, pois também os levaria mais próximos ao
dragão. E assim foi feito.
O grupo então resolveu saltar a ponte
quebrada. O movimento não era difícil, mas era perigoso, pois o rio
corria forte abaixo da ponte e uma cachoeira podia ser ouvida logo a
frente. Dalaran foi o primeiro e, não fosse pela excelente natureza de
Flecha, sua égua, ele precisaria mostrar suas habilidades nadando. O
restante do grupo não teve mais dificuldades para passar, embora Tom,
mesmo sendo o melhor dos cavaleiros, tenha quase deslizado.
O
grupo seguiu viagem em um terreno que se elevava e a estrada saía da
característica pantanosa. Eles escolheram o ponto mais alto de uma
colina na clareira da floresta para acamparem, pois dali poderia ver
possíveis ameaças. Enquanto o acampamento era montado, Zeed e Dalaran
patrulhavam a área.
Dalaran, que havia descido a colina para
patrulhar o pântano logo abaixo, resolveu retornar quando foi atacado
por uma cobra. O paladino percebeu que não haveria nada naquela área que
pudesse ser explorado naquele momento, e contentou-se com o acampamento
onde ele estava.
A descoberta do Templo Escondido
Seguindo
viagem no dia seguinte, o grupo encontrou o segundo rio. Desta vez ele
estava em um vale mais amplo, e suas águas misturavam-se com o pântano
que lhe fazia divisa. Não foi difícil para ninguém cruzar o rio montado
em seus cavalos. Do outro lado o grupo persistia por uma estrada
embarrada, mas desta vez, pelo menos, seca.
Ao chegarem ao ponto
demarcado no mapa como sendo o templo escondido, já com a noite caída,
não havia nenhuma indicação de onde poderia estar tal estrutura. Assim,
Dalaran e Zeed foram caminhar ao redor e tentar buscar alguma
informação. Enquanto isso, Stor usava seus feitiços para detectar se a
área tinha sido alvo de magia.
Não foi surpresa para ele que
sim, embora a magnitude de tal efeito possa tê-lo surpreendido. Várias
árvores no seu entorno, assim como outras coisas que o brilho intenso
não lhe permitiam discernir, apresentavam uma magia forte, mas antiga e
decrescente. Sabendo disso, Zeed, ao aproximar-se de uma das árvores,
resolveu entoar sua melodia de desencantamento. A frequência de suas
notas ressoaram com a trama das ilusões que escondiam o templo, e logo
foi revelado que as grandes e sólidas árvores escondiam portas abertas
de acesso a alguma espécie de templo.
Como já vinha ocorrendo,
Dalaran foi o primeiro a entrar. O paladino seguiu investigando
armadilhas em um corredor a frente deles enquanto o grupo vasculhava
livros nas prateleiras. Stor encontrou um diário em élfico antigo que
não foi capaz de traduzir naquele momento, enquanto Tom parecia aprovar
utilizar livros como travesseiros.
O corredor que Dalaran
descobriu não possuir armadilhas levava até uma bifurcação marcada por
uma estranha planta em um vaso. Depois de alguns instantes de
investigação, eles descobriram que ela era capaz de absorver magia e
fizeram com que Rédon a levasse para a rua.
O grupo então chegou a
um pequeno altar localizado atrá de alguns destroços em uma das salas.
Acima desse altar havia um capa embaixo uma escritura, também em élfico
antigo - dessa vez traduzido - que dizia:
"Aos meus inimigos, a forma do Verme"
Stor
também identificou que a tal capa possuía magia de transmutação e então
o grupo pediu para que Tom a pegasse e a guardasse. Com medo e pressa, o
bárbaro a tirou do pedestal e atirou-a junto com suas outras coisas na
mochila. Ele teve uma sensação desagradável nesse momento, mas não
sofreu nenhum efeito negativo visível.
Aranhas!?
A sala
na direção oposta a que estavam desde o encontro com a planta come-magia
não tinha nada, com exceção de um tapete de escamas de um réptil
desconhecido por todos (mas que Stor tinha certeza não se tratar de um
dragão). Zeed insistia que o local deveria ter alguma passagem e,
removendo o tapete, eles encontraram um alçapão para descerem.
O
andar de baixo foi alcançado após uma longa descida por uma escada de
madeira. O local era um túnel de madeira com água até os joelhos de
Stor. Era profundamente escuro, mas a iluminação de Giles e Stor
resolvia o problema. Dalaran estava na frente e Tom cuidava da
retaguarda. A medida que avançavam, eles perceberam de algumas
reentrâncias nas paredes pareciam vir sons de passos de aranha. Tom
ficou um pouco receoso, mas avançou com o resto do grupo.
Foi
então que Tom foi primeiramente atacado por uma enorme meio-aranha,
meio-drow. Dalaran foi o próximo, e o combate se iniciou. Tom, na
retaguarda, permanecia na defensiva e impedia que o monstro alcançasse
Giles. O paladino, a frente, lutava com sua alabarda apoiado pelos
ataques a distância de Giles, Demétria e pelas magias de Stor.
O
monstro que enfrentava Dalaran tentou fugir subjugado após ser alvo de
três explosões das bolas de fogo de Stor. Contudo, Zeed foi preciso para
não permitir que ela fugisse e a derrubou da escalada nas paredes com
sua explosão sobrenatural. Dalaran, que percebeu que o outro monstro
também fugia quando seu aliado foi derrotado, tentou perseguí-la, mas
não teve sucesso.
O grupo estava no meio do túnel alagado, e Dalaran estava decidido a pegar o monstro que fugiu.
(Terras Centrais, dias 07 a 09 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)
Parte 3: O covil de driders
A
drider - a aranha elfa - havia fugido por uma das reentrâncias da
caverna de madeira. Contudo, a fuga foi apenas uma estratégia para
ganhar tempo, pois em pouco tempo o grupo estava envolto em trevas
mágica que nem mesmo Dalaran era capaz de ver através.

Protegida
pela escuridão, a drider ainda imbuiu o grupo com um brilho
sobrenatural e atacou o paladino, ferindo-o. O grupo se refez
rapidamente e Zeed tratou de rapidamente desfazer o encanto do monstro,
forçando a aranha a fugir novamente. Desta vez, contudo, o paladino não
perdeu tempo em persegui-la. Ele se esgueirou por um canto apertado da
caverna até que chegou a um covil de horror, com casulos de teias de
tamanho humano que sangravam quando ele passava sua lâmina.
O
monstro se aproveitou do momento de distração do paladino com os casulos
para atacá-lo novamente. Sozinho, Dalaran se via em apuros, embora
conseguisse manter o combate em alto nível. A natureza élfica da
criatura lhe dava uma grande habilidade com a espada, que feria o
paladino em cheio, e sua mordida venenosa castigava seu corpo cada vez
que o atingia.
A luta tornou-se mais fácil quando o reforço ao
paladino chegou. Demétria e Stor vieram acudi-lo, e logo o monstro foi
derrotado pela alabarda poderosa de Dalaran. Em meio a isso, uma
explosão de ar causada por Stor revelou que os casulos possuíam os
corpos corroídos de elfos vítimas do monstro.
Terminada a batalha, o grupo resolveu sair do túnel em que se encontravam e buscar um lugar mais confortável para descansar.
(Terras Centrais, dia 09 de Uktar , o Apodrecer, do ano de 1480)