Parte 1: Tocaia
Durante a viagem
Enquanto viajavam
para o antigo posto de pedágio, os aventureiros também planejavam como
seria sua estratégia para abordar o grupo inimigo. Tom viajava alguns
metros na frente do grupo, mas os outros decidiam que seria apropriado
se eles pudessem parar os inimigos por tempo suficiente para que
pudessem atacar.
Ao chegarem no local, os aventureiros decidiram
que seria apropriado se os soldados de Helús fizessem o papel de guardas
e estivessem no posto. Lestis, o halfling, ofereceu-se para ser a
pessoa a cobrar o pedágio. Ele tentaria fazer o inimigo recuar. Os
outros ficariam a postos para um eventual contratempo. Demétria e Stor
ficariam próximos, aguardando o momento para lançar magias. Demétria
tentaria adormecer os inimigos, enquanto Stor exploraria uma
oportunidade para atacar múltiplos inimigos de uma só vez.
A dura batalha
O
grupo inimigo não chegou todo de uma vez, para a surpresa dos
aventureiros. Um cavaleiro aproximou-se como um batedor, e conversou com
Lestis, recusando-se a pagar o pedágio. Uma luta começou alguns
instantes após a troca de algumas palavras afiadas, justamente no
momento em que o grupo via que o restante dos inimigos se aproximava.
O
combate não durou muito tempo, e os aventureiros fizeram bom uso de sua
maioridade numérica, embora grande parte dos recursos tenham sido
gastos para manter em pé os soldados de Helús.
A luta começou com
a troca de golpes entre o cavaleiros e os soldados de Helús. Stor,
assim que percebeu a aproximação do restante do pelotão inimigo, lançou
uma bola de fogo naquela direção. A magia foi bastante efetiva, ferindo
bastantes os inimigos e derrubando um dos cavalos. Em resposta, um
encapuzado inimigo contra atacou com outra bola de fogo na direção de
Stor. A bomba explodiu nas proximidades, destruindo parte do posto de
pedágio e nocauteando Whine e Wizin. Enquanto isso, Demétria tentou um
lançamento frustrado da magia sono, Tom defendia-se e o Dalaran se
posicionava.
Nos segundos posteriores os inimigos tentavam se
aproximar. Tom largou seu bastão e, enfurecido, partiu em direção ao
mago inimigo. Stor, ajudado por Demétria, logo voltou a atacar o mago
inimigo com sua magia, derrubando-o antes que ele causasse mais
estragos. A troca de golpes entre os combatentes era muito intensa,
especialmente para os soldados de Helús que tinham que ser
constantemente auxiliados por Giles ou Demétria.
Finalmente,
Demétria conseguiu utilizar seu poder de sugestão mental para convencer o
cavaleiro, cercado, a render-se. O restantes dos inimigos, percebendo a
desvantagem, tentavam fugir por onde conseguiam. Contudo, o bárbaro não
pretendia permitir um fugitivo e, montando um dos cavalos dos inimigos,
partiu em perseguição. Graças a sua grande habilidade com montaria, Tom
foi capaz de alcançar o adversário sem grandes dificuldades forçá-lo a
sair da estrada e reduzir a velocidade. Giles, então, conseguiu
aproximar-se o suficiente para alvejar o inimigo com um poderoso raio
milagroso, matando-o.
Após a batalha o grupo vasculhou os corpos
dos inimigos. Stor encontrou alguns pergaminhos e Dalaran encontrou um
mapa. Agora eles precisavam interrogar o cavaleiro que fizeram de refém.
(Terras Centrais, dias 26 e 27 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)
Parte 2: Juramento
O Sepultamento
Dalaran
e Stor foram sozinhos interrogar o prisioneiro. Os dois ficaram em uma
cabana isolada no posto de pedágio, e pediram para que Tom fosse
reunindo o corpo dos derrotados. O bárbaro, com a ajuda de Wizin e
Whine, juntava todos próximo ao lago.
Durante o interrogatório,
Dalaran pediu para que Stor soltasse o prisioneiro. Eles ficaram
conversando com a sala fechada, e o paladino tentava convencer o
cavaleiro chamado
Redon a dar informações mais
completas sobre a missão que receberam. O cavaleiro disse que tinha
poucas informações, pois o líder do grupo era o mago Anvafs, conselheiro
pessoal de Lorde Garr e que recebera a missão de Erik Meritak.

Dalaran
percebia que Redon era honrado, mas que possuía o pior da cultura
escravagista e arrogante de Riátida arraigada em sua personalidade.
Assim, o paladino tentava de todas as formas convencê-lo de que Lorde
Garr não iria promover o bem para ninguém se conquistasse o que queria:
criar um reino sob sua liderança em todas as Terras Centrais. Um reino
que imporia medo nas nações vizinhas, como Amn e Cormyr, e conquistaria
Cidades-Estado, como Baldur's Gate.
Indignado com o apoio que
Redon dava à escravidão, Dalaran o levou até onde Tom tinha reunidos os
corpos e deu-lhe uma pá e, então, pediu-lhe que abrisse a cova para
enterrar seus amigos. O paladino deu-lhe ordens como se ele fosse um
escravo, tentando fazê-lo entender que ele tinha tantas razões para ser
um como qualquer outro, embora o cavaleiro de berço nobre não pensasse
desta forma.
Tom ouvia todos os sermões de Dalaran com atenção. O
jovem bárbaro não é inteligente o suficiente para elaborar um discurso
planejado, mas ele concordou com e admirou as intenções do paladino,
parecendo compartilhar de parte daquele ideal.
De volta ao monastério
Dalaran
resolveu que eles deveriam levar o cavaleiro com eles. O conhecimento
que ele tinha da missão que recebera poderia ser útil, mas a intenção
real do paladino era de convencer Redon de que ele estava errado.
O
grupo viajou de volta pela estrada principal até Helús, onde não
pararam, mas se despediram dos soldados, e depois até o Monastério
Frenas. Lá eles resolveram pernoitar, embora ainda não houvesse
anoitecido.
Os monges distribuíram o grupo nas camas no chão,
como haviam feito da outra vez, e deram liberdade para que fizessem o
que quisessem. Assim, Dalaran e Demétria descansavam, enquanto Giles
orava e Tom ia praticar Matrag. Stor acompanhava o bárbaro, embora
estivesse mais preocupado em encontrar uma jovem que pudesse encaminhar à
Tom.
O bárbaro, que havia ensinado o jogo de Matrag aos monges
em sua última visita, ficou feliz ao perceber que vários monges o
praticavam. Empolgado, ele resolveu entrar na brincadeira com o cajado
recebido de sua mãe. Contudo, talvez por apego sentimental, talvez
apenas por falta de inteligência, o bárbaro receava de defender-se com a
arma. Assim, ele era golpeado diversas e diversas vezes, desviando a
arma no exato momento em que conseguiria defender-se, sendo atingido.
Como resultado, Tom terminou a sessão de Matrag com hematomas e uma
reputação abalada.
Stor havia conhecido uma jovem monja chamada
Sanny. Ele pediu a ela que conversasse com Tom e tentasse lhe passar
algumas instruções sobre as técnicas monásticas. A jovem, vendo durante o
Matrag que o bárbaro realmente precisava de ajuda, concordou em ajudar.
Assim, logo após o treino, Sanny e Tom tentaram alguns minutos de
meditação.
Após várias tentativas de meditação e sem grandes
avanços, o bárbaro retornou ao dormitório. Ele teve suas feridas
tratadas por Dalaran e então todos dormiram, inclusive Redon, que era um
prisioneiro solto dentro do monastério. No dia seguinte eles
continuariam sua jornada para Ulguim.
(Terras Centrais, dias 27 a 29 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, do ano de 1480)
Parte 3: Meio-elfo e anões
Animais famintos
Enquanto
viajavam do monastério até Ulguim, o grupo precisou acampar durante
duas noites. A segunda noite, já não muito longe da cidade destino, eles
resolveram se afastar da estrada para sair de um vale em que estavam.
Assim, os seis percorreram alguns minutos colina acima e ficaram mais
próximos do pé dos Picos Nebulosos.

Como
de costume, o grupo dividiu a noite em turnos, com Tom fazendo o
primeiro, Demétria o segundo e Giles o terceiro. Foi neste turno que uma
dupla de animais foi percebida ao redor do acampamento. Inicialmente
sem saber do que se tratava, Giles acordou Dalaran e Stor e, em pouco
tempo, todo o grupo, a exceção do prisioneiro Redon, estavam acordados.
Afastados
pela luz, mas espreitando o tempo inteiro, dois leões da montanha
cercavam o acampamento. Dalaran foi quem teve a iniciativa de investir
contra uma das criaturas. A maior parte do grupo não enxergava o
suficiente para lutar a longa distância, dificuldade o combate para
Demétria e Stor.
Tom foi atacado por trás por outro animal. Ele
conseguiu defender-se e defender sua montaria. Dalaran combatia contra o
outro leão, mas não tinha dificuldades.
O combate durou alguns
segundos. Stor foi o algoz do leão mais resistente, que enfretava
Dalaran, enquanto Giles e Tom cuidaram da fêmea que os atacava. Embora
não tenha sido um combate particularmente difícil, ele mostrou que o
vigia durante a noite é importante pois, não fosse Giles, alguma
garganta poderia ter sido dilacerada antes que todos acordassem.
A mesa dos anões
Ulguim
é uma cidade média. É a passagem mais segura entre Amn e as Terras
Centrais e até Cormyr em centenas de quilômetros, fazendo dela um
importante centro comercial.

O grupo de aventureiros chegou na cidade no próximo do meio dia de
2 de Uktar de 1480.
Vendo que uma chuva era iminente e para conhecer um pouco da cidade, o
grupo dirigiu-se diretamente para uma taverna. Dalaran percebeu que
vários anões estavam reunidos em uma mesa, e logo sentiu-se compelido a
provocá-los. O meio-elfo disse várias palavras em tom irônico e de
deboche sobre os anões e a cerveja, forçando um dos que estava na mesa a
virar-se e iniciar uma briga. Como bons anões, a confusão que eles
aderiram logo contaminou grande parte da Taverna.
Tom, que não
estava interessado em brigar, também disse que não iria permitir que
ninguém saísse dali até que a situação estivesse resolvida. O bárbaro
mudou de ideia, contudo, no momento em que um homem armado ameaçou
iniciar outra confusão caso ele não liberasse a saída.
O paladino
estava percebendo que a situação era desfavorável para ele. Demétria
ainda nem tinha entrado na confusão, e parecia intimidada para fazê-lo;
Redon estava desarmado e ainda não mostrava a simpatia suficiente para
ajudar Dalaran; Giles estava longe, e se aproximando; sobrou para Stor. O
mago ergueu a voz para tentar apartar o combate, mas, antes que
qualquer resposta pudesse ser dada, um dos anões acertou-lhe um soco na
boca do estômago. Atordoado e profundamente irritado, o arcano recuou e
lançou invisibilidade sobre si mesmo, deixando que o paladino, por
enquanto, cuidasse sozinho da confusão que havia armado.
Dalaran
percebeu que os anões estavam voltando-se todos contra ele e que, se
permanecesse nesse ritmo, logo ele estaria debaixo de uma pilha anões
chutando-o. Para acabar com a confusão, o paladino utilizou um de seus
poderes para ampliar seu soco. O golpe trovejante nocauteou o anão que
mais estava irritado, jogando-o dois metros para trás e derrubando uma
mesa. O impacto também provocou uma onda de choque que atirou ao chão
todos os que estavam muito próximos do paladino, como Demétria e até
Redon. Isso provocou uma pequena pausa no combate, que serviu para o
paladino dizer uma brincadeira e acalmar um pouco os ânimos - exceto o
do taverneiro.
Dalaran conseguiu impressionar os anões ao
nocautear quem, segundo eles, era o mais notável guerreiro do grupo.
Assim, ele foi convidado a sentar-se com eles, juntamente com o restante
do grupo. Eles conversavam por algum tempo, e o paladino conseguiu
descobrir que a Vila do Pântano ainda possui, ou pelo menos há pouco
tempo ainda possuía, habitantes humanos. Ele também soube que os
hobgoblins infestavam a região mais ao sul, e representavam uma ameaça
real a quem percorresse a floresta.
Para finalizar, Dalaran teve
que recusar o pedido do anão para segui-lo. Apesar dele dizer que era
bom combatente, o meio elfo não sentiu-se seguro em levá-lo. Revoltado
com a recusa, o anão partiu.
Depois do horário de almoço na
taverna, o grupo teria a tarde para decidir se permaneceria em Ulguim
por mais tempo ou partiria imediatamente até a Vila do Pântano, a
primeira parada na Floresta das Serpentes. Eles resolveram tirar a tarde
para descansar e obter mais informações sobre a tal Vila do Pântano.
Demétria e Dalaran discutiram brevemente, uma vez que a barda reprovava a
atitude do Paladino com os anões.
Na manhã seguinte eles estava preparados para partir.
(Terras Centrais, dia 30 de Marpenoth, a Queda da Folhagem, a dia 02 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)
Parte 4: Mal entrando na floresta
A batalha na Floresta das Serpentes
Após
decidirem seu destino no dia seguinte a confusão na Tavera, o grupo
resolveu partir em direção a Floresta das Serpentes. Antes disso, porém,
Dalaran resolveu ir despedir-se do anão com quem arranjara confusão no
dia anterior.
Uma vez que iniciaram sua viagem, eles perceberam
que a estrada tornava-se apenas uma pequena trilha assim que entravam na
floresta, forçando-os a viajar em apenas uma fila. Tom era quem guiava o
grupo pela mata, enquanto Giles fazia a proteção na retaguarda.
O
bárbaro, mais habilidoso para se locomover no mundo selvagem, foi capaz
de perceber uma movimentação estranha na floresta. De lá saíram um
grupo de bandidos a atacarem. O parte da frente, que Tom guiava, foi
capaz de perceber os inimigos com antecedência. A parte de trás,
protegida por Giles, foi surpreendida e Stor foi o mais visado.
A
batalha iniciou com um grupo de nove bandidos atacando violentamente.
Eles visavam principalmente Stor e Dalaran. O primeiro passava por
dificuldades para se defender, mas Dalaran, no início, estava
conseguindo manter-se firme. Tom, que estava na linha de frente,
mantinha-se em posição defensiva.
Os maiores estragos na fileira
inimiga era causado por Stor que, embora estivesse em situação delicada
para lançar suas magias, ainda conseguiu provocar três poderosas
explosões, oriundas de suas bolas de fogo, que derrubou um de seus
inimigos e deixou muito ferido vários outros. Um destes seus efeitos
fantásticos, inclusive, atingiu o cavaleiro Redon de Riátida enquanto
ele buscava uma arma para ajudar o restante do grupo, mas ele permaneceu
lutando.
Dalaran era atacado por quatro oponentes na linha de
frente. Embora fosse muito habilidoso em se defender, o paladino não
resistira muito tempo. Logo que percebeu que o companheiro estava em
apuros reais, Tom abandonou sua posição defensiva apenas para distrair
os oponentes de Dalaran. O plano deu certo, uma vez que os bandidos
deixaram de atacar o meio-elfo e passaram a agir contra o mulano.
A
batalha seguiu calorosa por poucos minutos. Aos poucos, o grupo ia
conseguindo derrubar os adversários e, graças a Giles e a Demétria, seus
ferimentos iam se curando a medida que o dos adversários só aumentava.
No fim, o grupo conseguiu capturar quatro inimigos ainda vivos. Por
piedade e visão de mundo, Dalaran resolveu deixá-los todos viver, mesmo
que tanto Stor quando Redo não corroborassem com a ideia.
Terminada
a batalha, o grupo resolveu acampar por algumas horas para repor suas
energias. Enquanto isso, Stor, Dalaran e os outros aproveitaram a
oportunidade para salientar a Ton o quanto é importante que ele colabore
durante as lutar atacando inimigos e não apenas se defendendo. A
conversa tomou um tom de reprimenda, embora bastante cordial. O bárbaro,
cuja esperteza não é o ponto forte, concordou forçadamente com o
restante do grupo, embora muitas das palavras proferidas tenham,
certamente, sido perdidas no meio do mato.
A Vila do Pântano
Mais
algumas horas de viagem e o grupo chegou na vila do pântano. Um lugar
úmido, escuro e com o solo encharcado. A primeira vista, a Vila do
Pântano mais parecia como uma cidade fantasma, mas logo os aventureiros
puderam perceber que havia vidas humanas habitando o local.
Todos
se dirigiram até a maior residência, localizada no centro da vila. Lá
eles foram recepcionados por um jovem sardento que lhes foi bastante
cordial. O jovem lhes disse que o Pântano era um lugar assustador, e que
não havia uma estalagem ali porque a anciã,
Lithira,
não desejava. Ele indicou a residência da anciã como sendo a grande casa
construída dentro de uma árvore gigante, a uma centena de metros da
Vila.
Apenas
Redon, Dalaran e Stor se dirigirem para lá, e foram recebidos por duas
mulheres muito bonitas. Elas eram gêmeas, estranhas e falavam
sincronizadamente. Elas eram as pupilas de Lithira, a anciã, e se
chamavam
Tindara e Gindala. Após algumas breves perguntas, a própria Lithira chamou os aventureiros para seu aposento.
A
anciã era uma velha humana de rosto surrado. Ela dizia que tinha visões
e que sabia da aproximação do grupo há vários dias. Ela também sabia da
missão dos aventureiros, embora não demonstrasse muita clareza em suas
ideias.

Lithira afirmou que poderia ajudar o grupo se eles buscassem para ela um
mapa
no Cemitério ao sul. Com este mapa, afirmava, ela seria capaz de prever
o futuro e dizer precisamente para os aventureiros como eles poderiam
encontrar a Orbe dos Dragões. A anciã ainda dizia que ela mesma nunca
poderia entrar no cemitério, pois este era protegido pela alma e corpo
do
Duque de Fermount.
Dalaran e Stor responderam
que sim em nome de todos e retornaram para a taverna. Eles combinaram
de não contar a Ton que o cemitério era assombrado - o plano é que o
bárbaro descubra quando já será tarde demais para fugir.
(Terras Centrais, dias 03 a 05 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)