sexta-feira, 12 de agosto de 2016

(HH) 18.8 - Desafios e descobertas

O fosso


A grande piscina que havia na sala onde o grupo encontrava-se era borbulhante. As paredes do local, embora fossem de tijolos trabalhados, apresentava claros sinais de envelhecimento e esfarelamento, além de possuir algumas partes desabadas. O grupo observava atentamente ao seu redor antes de fazer suas ações de cruzar o buraco.

O local começava em um corredor apertado que se abria na medida que o chão aparentemente desabava para um fosso com água. A parede à direita fazia curvas sinuosas, enquanto a esquerda abria-se mais. Algumas plataformas permaneciam sobre a água. Contudo, elas não inspiravam grande segurança devido a seu estado de conservação. O lado oposto também era pelo menos dois metros mais alto do que o lado em que estavam e cada plataforma depois da primeira ia gradualmente ficando mais elevada. O teto permanecia com altura constante, a mais ou menos 5 metros da plataforma em que os aventureiros chegaram.

Área com o fosso. O grupo percorreu-o no sentido ↑


Demétria e Dalaran descobriram escrituras anãs nas paredes que revelavam que a área originalmente era utilizada para lazer. Contudo, ela certamente perdeu sua utilidade, uma vez que o local desabou parcialmente.

Zeed tentava analisar se o líquido abaixo era seguro. Ele lançou um encantamento para revelar objetos e criaturas vivas no interior do lago e percebeu que ele estava repleto de pequenos peixes enguias. Ao verificar com rações e uma corda se eles eram violentos, o bardo teve uma infeliz decepção: as criaturas não apenas tinham um apetite voraz como também saltavam sobre a água. Com esta descoberta o grupo praticamente descartou a possibilidade de ir caminhando sobre a água.

Tom e Finn permaneciam apenas observando. Stor sugeria algumas ideias que também pareciam falhas. Um pouco ansioso, Tom pegou uma das cordas e partiria para saltar as plataformas, mas Stor o enviou para outra dimensão por um minuto, onde o bárbaro não poderia cometer atos impulsivos. Enquanto isso, os aventureiros decidiram como procederiam: eles iriam amarrar uma corda em um píton que prenderiam a parede do lado em que estavam e, voando sobre o tapete mágico, Zeed prenderia outra corda na outra extremidade.

Stor era o mais receoso em usar o tapete voador e Zeed compreendeu o porquê quando sobrevoou o fosso: o tapete havia sido danificado e estava instável, podendo falar a qualquer momento. Mesmo assim, o bardo foi bem sucedido em cruzar o perigo e retornar para junto dos aventureiros para cruzar pela corda, como todos os outros.

A corda amarrada estava bastante esticada. Seria possível cruzá-la como uma tirolesa na primeira metade, mas a segunda precisaria ter puxada manual. Assim, Zeed foi o primeiro. Infelizmente o bardo já começou mal. Utilizando um pedaço de corda como tirolesa, ele não foi capaz de se manter amarrado e iria diretamente para a água. No entanto Stor foi rápido e lançou um feitiço que fez com que o bardo caísse como uma pena, dando-lhe tempo para agarrar-se para uma das plataformas.

A salvo, Zeed saltou para a segunda plataforma e ativou uma armadilha de dardos. Ele sobreviveu e ficou aguardando o cruzamento de Demétria. A barda também não teve sucesso. Ela mal conseguiu se manter agarrada à corda mas, antes que mergulhasse nas águas perigosas, Dalaran deu um salto e a agarrou no ar, salvando-a ao caírem sobre a primeira plataforma. Para ir em segurança até o outro lado, Zeed e Demétria deram as mãos e teleportaram-se para o fim do trajeto.

Finn foi o próximo, e ele foi capaz de cruzar conforme o planejado, sem acidentes no caminho. Giles, em seguida, também não teve muito sucesso. O clérigo iria cair na metade e também foi auxiliado pelo feitiço de Stor, que deu-lhe tempo de agarrar-se a uma plataforma. Tal plataforma, no entanto, estava com uma armadilha de lâmina que o cortou com força, mas felizmente sem incapacitá-lo. A plataforma também começou a mergulhar devagar. Antes que se tornasse impossível de saltar, Giles pulou para o lado oposto da sala e chegou ao destino.

Ainda faltavam Stor, Dalaran e Tom para cruzarem o fosso. O paladino resolveu ir saltando de plataforma em plataforma. Ele conseguiu ir até o fim, mas não sem ativar duas armadilhas. Uma delas, várias flechas lançadas das paredes, o atingiram em pontos fracos, enfraquecendo-o bastante mas não impedindo-o que continuasse.

Tom seria o última a usar a tirolesa. O bárbaro conseguiu cruzar a primeira metade já com a corda desgastada e quase se rompendo, mas ele não teve a mesma sorte na segunda metade. Tom caiu de cabeça para baixo, mergulhando diretamente na água. Imediatamente Zeed saltou na plataforma, evitou a armadilha e pulou na água atrás do bárbaro, que tentava desvencilhar-se dos peixes violentos que o abocanhavam. Apenas poucos segundos se passaram do momento em que Tom caiu na água e Zeed o conseguiu alcançar com sua mão, teleportando ambos em segurança para o fim do trajeto.

Faltava apenas Stor, e o mago resolveu confiar mais uma vez no tapete voador, Sylvester. Tremulando no ar, o tapete cruzou todo o fosse, deixando o mago em segurança do outro lado.

O Troglodita


Os corredores das minas eram parecidos entre si, mas as salas eram muito diferentes. O grupo encontrou uma bastante pequena com uma gaiola dentro d'água. Havia também uma alavanca antes da continuidade do corredor. As paredes do local não diferenciavam-se dos corredores.

O troglodita na gaiola
O grupo iria seguir e ignorar a sala, mas então escutaram uma voz rouca e encontraram um lagarto humanoide preso na gaiola. Ele chamava pelos aventureiros e pedia por ajuda, dizendo-lhes que se eles abrissem a gaiola ele lhes daria um presente: uma lança a qual trouxe do fundo da água.

Dalaran perguntou se ele poderia guiar o grupo até a saída, e o troglodita, apresentado-se como Vangrustrass, garantiu que sim. O monstro também disse que o "mestre o havia prendido". Este "mestre" era uma criatura poderosa a qual ele temia, mas não soube explicar como ou o que era.

Convencido de que Vangrustrass poderia ajudar, Dalaran abriu a gaiola puxando a alavanca. Ao sair de lá, o troglodita, sem receio, despediu-se e mergulhou sem pressa. O paladino ainda ficou aguardando vários minutos para ver se a criatura voltaria, mas tudo indicava que ela havia apenas aproveitado-se do grupo para livrar-se da prisão e fugir. Os aventureiros seguiram seu caminho...

Terras Centrais do Ocidente, Minas nos Picos Desolados, tardinha do dia 11 de Nightal, a Nevasca, do ano de 1480

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